UMA CARTA PARA MIM

By filhadatrindade

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Angelina Forbes é uma jovem com personalidade forte, cheia de energia e marcas. Depois de perder sua irmã mai... More

Prólogo ❤
Capítulo 1 - Escola nova ❤
Capítulo 2 - De cara com a Barbie ❤
Capítulo 3 - Novas pessoas ❤
Capítulo 4 - Você parece com ela ❤
Capítulo 5 - No terraço ❤
Capítulo 6 - Egoísta ❤
Capítulo 7 - Ferrou ❤
Capítulo 8 - Castigo ❤
Capítulo 9 - Você não está sozinha ❤
Capítulo 10 - Anjo ❤
Capítulo 11 - Surpresa ❤
Capítulo 12 - Um encontro? Acho que não ❤
Capítulo 13 - Ame seus inimigos ❤
Capítulo 14 - Anna ❤
Capítulo 15 - Sinal ❤
Capítulo 16 - Dias passados ❤
Capítulo 17 - Abraços grátis ❤
Capítulo 19 - Briga ❤
Capítulo 20 - Desmaio ❤
Capítulo 21 - Uma velha amiga ❤
Capítulo 22 - Tensão ❤
Capítulo 23 - Show de talentos ❤
Capítulo 24 - Revelações ❤
Capítulo 25 - Momento de dor ❤
Capítulo 26 - O monstro está nas ruas ❤
Capítulo 27 - A coisa certa a fazer ❤
Capítulo 28 - Isabel ❤
Capítulo 29 - Viagem ❤
Capítulo 30 - A verdade está a caminho ❤
Capítulo 31 - Algo bom está por vir ❤
Capítulo 32 - Esclarecimentos ❤
Capítulo 33 - Maldito sorriso ❤
Capítulo 34 - O amor está no ar? ❤
Capítulo 35 - Feliz aniversário ❤
Capítulo 36 - Meus queridos ♥
Capítulo 37 - Voltando a Academia Star ❤
Capítulo 38 - Eu ainda...❤
Capítulo 39 - Um roubo ❤
Capítulo 40 - Alguém está em perigo ❤
Capítulo 41 - Troca de mensagens ❤
Capítulo 42 - Podemos virar... cinzas ❤
Capítulo 43 - Eu te amo ❤
Capítulo 44 - Enfim... Lar! ❤ [Penúltimo capítulo]
Capítulo 45 - Sabor de amor ❤ [Último capítulo]
Epílogo ❤

Capítulo 18 - Isso sim é um encontro ❤

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By filhadatrindade

" Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor."

1 João 4:8


— Você está linda – Vincent disse me fazendo corar. — Ainda bem que veio arrumada. Tenho uma surpresa para você – Ele estendeu sua mão e eu aceitei. Ele me guiou até a parte externa da sua casa.

Era um jardim lindo e bem extenso, tinha algo planejado ali e era muito bonito, tinha um violão, almofadas e alguns comes e bebes, ele me olhou de soslaio e eu fiz o mesmo, contudo não contive meu sorriso, aquilo estava lindo. Tinha um véu cobrindo a parte das almofadas no chão, estava tudo bem arrumado e... romântico.

Não sou lá a maior fã de romantismo, mas tenho que admitir ter gostado daquilo. Tinha também algumas flores prendendo o véu formando um tipo de tenda, um pano lilás cobrindo o chão, era uma bela visão;

— Você fez isso tudo só para um ensaio? – Inquiri.

— Não exatamente – Ele me guiou novamente, mas dessa vez para se sentar com ele entre as almofadas ali no chão.— Nós não conseguimos ter um encontro nenhuma vez em dois meses então achei legal unir o útil ao agradável – Ele pegou o violão que estava ao lado dele e começou a afinar o mesmo.

—Você pensou em alguma música? – Perguntei, pegando alguns morangos que estavam me chamando.

Eu tinha que me distrair, não podia ficar encarando o quanto ele estava bonito naquela roupa ou na boca dele que parecia um tanto quanto convidativa. Eu não queria confundir as coisas, mas isso já estava acontecendo e também eu provavelmente estava com cara de idiota comendo aqueles morangos.

— Sim, eu pensei na música Love is war, do Hillsong, o que acha? – Ele voltou seus olhos para mim e eu apenas sorri e concordei — Seu sorriso... – Ele deu uma pausa para falar, soltou o violão e se aproximou de mim, ele tinha o poder de me deixar nervosa.

Seus olhos fixaram nos meus e em seguida os dele correram por todo meu rosto e parou na minha boca. Senti as bochechas corarem e um tremor violento tomar minhas pernas, se eu estivesse de pé, iria precisar de ajuda, com certeza.

— O-O que tem meu sorriso? – Gaguejei, nunca me senti tão envergonhada, ele abaixou a cabeça e deu uma risada então dei um tapa de leve na sua cabeça, ele levantou a cabeça e olhou fixo nos meus olhos.

— Seu sorriso tira meu oxigênio – Ri de leve e ele passou uma das suas mãos no meu rosto, não resisti fechar meus olhos para apreciar seu carinho. Ele pegou um dos fios fujões e pôs atrás da minha orelha. — Bem, vamos ensaiar.

Ok. Não era isso que eu queria agora, mas acho que ir devagar não era uma má ideia, afinal.

— É, vamos – Acedi a contragosto.

Ele pegou novamente seu violão. Pigarreei um pouco fazendo com que ele soltasse uma gargalhada gostosa de se ouvir. Acho que nunca tinha prestado atenção nela.

Começamos a ensaiar a canção e foi como uma sintonia, aproveitamos para conversar sobre ideias para a igreja e tudo mais, um certo momento paramos e deitamos na grama um pouco mais distante dali e ficamos lado a lado olhando o céu e conversando sobre a criação do mundo. Depois voltamos a ensaiar e ficamos um bom tempo cantando. Nós fazíamos um par vocal muito bom, não é apenas porque eu gosto dele, mas realmente combinamos vocalmente, numa sintonia extraordinária.

Ele fazia meus olhos faiscarem, eu me cativava sempre que ouvia ele falar da fé e do amor dele por Deus, meu coração palpitava forte de emoção ao ouvi-lo cantar doce e apaixonadamente, não era para mim que ele cantava, a sua paixão era redirecionada para Ele e isso me surpreendia toda vez. Eu realmente queria ser assim, com tanta paixão, estou me reaproximando aos poucos d'Ele, mas já sinto meu coração arder em algumas coisas, como antes.

Anna sempre foi assim, apaixonada, sempre que colocava algo no coração, era difícil de sair, acho que por isso que ela não conseguiu superar. Acho que por isso que ela não conseguiu suportar até o fim. Não sei ao certo, mas acho que ela acreditou que a dor não ia passar.

— Chega de ensaiar essa música – Ele me acordou dos meus devaneios. — Vamos cantar outra coisa.

— Estou te dando tudo de mão beijada esses dias, não quero cantar outra música, na verdade... – Eu me levantei e cruzei meus braços, ele largou o violão e se levantou também — Quero caminhar um pouco, já estamos aqui faz horas, já até escureceu – Eu apontei meu dedo para cima, porém ele colocou sua mão na minha, eu tremi, literalmente.

—Sua mão é macia, posso beija-la? – Continuou segurando a minha mão e eu apenas assenti com a cabeça, ele massageou a palma da minha mão e deu um beijo delicado na mesma, eu fechei meus olhos e suspirei fundo, ele não soltou minha mão, mas abaixou ela.

Eu abri meus olhos e ele, com a mão livre, começou a acariciar minhas madeixas vermelhas, largou a minha mão e a colocou no meu rosto, eu inclinei um pouco minha cabeça para sentir o cheiro da sua mão que era bem perfumada e macia eu olhava para seu rosto e desenhei ele todo com a ponta do meu dedo indicador, ele fechou seus olhos ao sentir o toque da minha mão.

Ele tirou sua mão dos meus fios e colocou carinhosamente na minha cintura me aproximando dele e fazendo nossos lábios ficarem a centímetros de distância, eu não resisti morder meu lábio inferior e ele pelo jeito não resistiu sorrir de canto, coloquei minhas mãos em volta do seu pescoço fazendo nossas testas apoiarem uma na outra.

Era o momento perfeito, o cenário perfeito, eu não queria estar em outro lugar, eu não tinha definido meus sentimentos por ele, mas eu sabia que queria muito estar ali e queria muito beija-lo. Meu estômago estava repleto de pássaros, meu corpo estava eletrizante e a cada toque sentia ele arrepiar, ele tinha uma grande influência no meu coração que batia forte apenas ao som da sua voz.

— Você não faz bem para o meu psicológico – Ele disse com a voz baixa. Eu apenas sorri e extinguiu a distância entre nós.

Ele segurou meu rosto com as mãos e eu segurei bem fundo nos seus olhos verdes que sempre me tirava o raciocínio logico.

Seu hálito fresco, sua respiração quente, eu já estava sentindo tudo isso, ele me puxou mais e o beijo foi inevitável, um beijo que eu mal posso descrever, com mil e um gostos e sentimentos. Eu o senti colocar sua mão por trás do meu cabelo e eu senti meu coração quase ausentar-se, meu corpo estremeceu totalmente. O beijo dele era pausado e alucinante, ele estava entregue e eu também estava.

Era como uma corrida que me deixava cansada, mas não me enjoava. Como uma música viciante que eu não queria parar de ouvir, ou uma comida que por mais calórica que seja eu não conseguia e nem queria parar de comer. Era magnífica aquela sensação, eu nunca havia me sentido assim antes, em êxtase, meu interior estava em festa.

Parecia que eu estava ouvindo a trilha sonora do nosso primeiro beijo ao pé do meu ouvido enquanto suas mãos fortes tocavam minha nuca e seu corpo estava assustadoramente próximo do meu.

Ficamos na mesma sintonia por minutos que eu definitivamente não queria que chegasse ao fim, mas chegou, nos desgarramos do beijo, mas continuamos com as testas juntas, eu abri meus olhos sem pressa e vi que ele estava com os olhos fechados ainda. Ele deu uma leve risada abriu seus olhos em seguida.

— Eu esperava um tapa na cara – Ergueu a sobrancelha, descrente.

— Eu esperava um ensaio normal – Repliquei fazendo-o rir. Nos afastamos e ele pegou novamente minha mão e deu um beijo nela.

— Vou te levar pra comer agora, deve estar faminta – Disse com um sorriso de canto.

— Sim. Estou. – Confessei. Ele riu de novo.

Ele me deixou na sala por alguns minutos e logo desceu com uma jaqueta e chaves, ele pegou novamente na minha mão e fomos para fora. Tinha um carro estacionado bem à frente da casa, ele abriu a porta da frente para mim, deu a volta e se sentou no banco do motorista.

— Não sabia que dirigia – Fiquei surpresa.

— Tem muitas coisas que ainda vai descobrir sobre mim – Ele sorriu e deu partida no carro.

— Espero que todas boas.

— Talvez – Sorriu de novo. — Só uso o carro em ocasiões especiais – Ele soltou uma das mãos do volante e colocou em cima da minha.

A viajem toda conversamos sobre coisas bem aleatórias, e até mesmo cantamos algumas músicas da rádio, ele me fazia rir o tempo todo fingindo cantar mal, a viajem foi demorada, mas valeu todo minuto que eu estava ali com ele. Aproveitei para olhar meu celular e falar para minha mãe que iria chegar mais tarde. Olhei pela janela e estávamos chegando próximos a um bairro bem elegante. Ele estacionou o carro, saiu e abriu a porta para mim.

— Eu sei abrir a porta – Continuei sentada no banco encarando-o.

— Me deixe ser cavalheiro – Ele pegou na minha mão e me ajudou a descer, acionou o alarme do carro e começamos a caminhar.

Chegamos até um restaurante italiano, era um que eu sempre quis ir, mas nunca conseguia, ele com certeza acertou em cheio. Ele me deixou por uns instantes e foi falar com um homem vestido de terno na porta do restaurante, o cara chamou um dos garçons e ele me chamou pra perto dele.

Então fomos guiados até a área externa do restaurante que era simplesmente maravilhosa. Cheia de luzes douradas, natureza, e a brisa batendo nos nossos rostos, o melhor de tudo era a vista para o lago que dava pra ver dali.

Eu já ia puxando minha cadeira, mas ele deu um tapa na minha mão e o fez por mim, me sentei e agradeci com um sorriso. Ele se sentou à minha frente e logo em seguida o garçom deixou os cardápios com a gente.

— Fique à vontade senhor Martin – Ele se abaixou a cabeça e se retirou em seguida.

— Não precisava disso tudo – Falei folheando o cardápio. — Um podrão já ia ser bom.

— Precisava sim, quero que nosso primeiro encontro seja marcante e bonito – Eu abaixei o cardápio e percebi ele olhando de soslaio para mim — Dessa vez é um encontro. – Ele mostrou apenas seus olhos e piscou para mim.

Balancei a cabeça e voltei a olhar o cardápio então procurei com os olhos algo que me despertasse a atenção, até que achei. Abaixei o cardápio e apoiei minha cabeça nas minhas mãos esperando Vincent fazer o mesmo.

— O que você vai querer? Não consigo decidir – Ele abaixou seu cardápio e fez um bico enorme para mim, revirei os olhos e bufei.

— Tortellini de Bolonha, sempre quis comer – Falei e ele concordou, ele chamou o garçom e fez nossos pedidos.

— O que vão querer para beber? – O homem perguntou, ele parou por uns instantes e me olhou, os olhos dele eram cinza, como o céu naquele dia. Vincent pigarreou e o mesmo voltou seu olhar para ele.

— Minha namorada e eu queremos suco de laranja – Respondeu sério, o garçom ficou constrangido, ele assentiu e saiu da nossa presença.

Eu dei uma risada.

— Namorada? – Ergui minhas sobrancelhas e o olhei. Ele inclinou um pouco seu corpo para frente e eu fiz o mesmo.

— Não beijo qualquer uma – Me deu um selinho e depois piscou para mim, voltando a sua postura inicial.

— Eu nem gosto de suco de laranja... – Sussurrei para mim mesma. Apenas sorri e balancei a cabeça, no momento essa palavra soava muito bem: namorada, eu só podia estar sonhando.

O jantar não demorou muito a chegar, o garçom nem olhava mais na minha cara o que me fazia rir, nos deliciamos naquela comida italiana e com conversar aleatórias sem noção, eu não conseguia entender como ele me fazia sorrir tão espontaneamente, me deixava feliz e calma. Me passava uma segurança incrível, eu não sei descrever que sentimento é esse, mas ele está ali e eu mal posso explicar.

Vira e mexe nossos olhos se encontravam e soltavam os sorrisos bobos, infelizmente aquilo havia chegado ao fim, Vincent estava me levando pra casa antes que minha mãe chame a polícia, apesar de não ser nem dez da noite ainda. A viajem de volta foi mais silenciosa, apoiei minha cabeça no seu ombro e terminei adormecendo, aquilo foi mágico. Eu tinha que agradecer a Deus por isso.

Continua...

"Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa. " Isaías 41:10

Fiz o capítulo mega longo amores hahaha mas espero que tenham gostado, cheio de coisas nas entrelinhas hihi mais pra frente vocês vão entender ♡♡♡ Espero que vocês tenham gostado do capitulo de hoje.

Votem e comentem ♥ até a próxima ♡

  

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