UMA CARTA PARA MIM

By filhadatrindade

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Angelina Forbes é uma jovem com personalidade forte, cheia de energia e marcas. Depois de perder sua irmã mai... More

Prólogo ❤
Capítulo 1 - Escola nova ❤
Capítulo 2 - De cara com a Barbie ❤
Capítulo 3 - Novas pessoas ❤
Capítulo 5 - No terraço ❤
Capítulo 6 - Egoísta ❤
Capítulo 7 - Ferrou ❤
Capítulo 8 - Castigo ❤
Capítulo 9 - Você não está sozinha ❤
Capítulo 10 - Anjo ❤
Capítulo 11 - Surpresa ❤
Capítulo 12 - Um encontro? Acho que não ❤
Capítulo 13 - Ame seus inimigos ❤
Capítulo 14 - Anna ❤
Capítulo 15 - Sinal ❤
Capítulo 16 - Dias passados ❤
Capítulo 17 - Abraços grátis ❤
Capítulo 18 - Isso sim é um encontro ❤
Capítulo 19 - Briga ❤
Capítulo 20 - Desmaio ❤
Capítulo 21 - Uma velha amiga ❤
Capítulo 22 - Tensão ❤
Capítulo 23 - Show de talentos ❤
Capítulo 24 - Revelações ❤
Capítulo 25 - Momento de dor ❤
Capítulo 26 - O monstro está nas ruas ❤
Capítulo 27 - A coisa certa a fazer ❤
Capítulo 28 - Isabel ❤
Capítulo 29 - Viagem ❤
Capítulo 30 - A verdade está a caminho ❤
Capítulo 31 - Algo bom está por vir ❤
Capítulo 32 - Esclarecimentos ❤
Capítulo 33 - Maldito sorriso ❤
Capítulo 34 - O amor está no ar? ❤
Capítulo 35 - Feliz aniversário ❤
Capítulo 36 - Meus queridos ♥
Capítulo 37 - Voltando a Academia Star ❤
Capítulo 38 - Eu ainda...❤
Capítulo 39 - Um roubo ❤
Capítulo 40 - Alguém está em perigo ❤
Capítulo 41 - Troca de mensagens ❤
Capítulo 42 - Podemos virar... cinzas ❤
Capítulo 43 - Eu te amo ❤
Capítulo 44 - Enfim... Lar! ❤ [Penúltimo capítulo]
Capítulo 45 - Sabor de amor ❤ [Último capítulo]
Epílogo ❤

Capítulo 4 - Você parece com ela ❤

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By filhadatrindade

Meu sangue estava fervendo. Aquela garota realmente era uma coisa. Queria mesmo arranjar confusão comigo e ela estava conseguindo me irritar.

— Não faz nada. – Paola chegou perto de mim às pressas. — É isso que ela quer.

— Olha só. A coisa está ganhando seguidoras. Eu só disse a verdade, nada demais. – Continuou Elise.

—Será possível! – A professora jogou alguns livros no chão. — As duas, para fora! Agora! – Vociferou.

— Eu não fiz nada. – Digo.

— Professora, a Elise que está provocando a Angelina – Amanda toma a minha defesa.

— Eu não preciso que me defenda! – Rosnei.

— Você é sempre assim mesmo? – Leonard murmura me perguntando.

— Eu não vou sair. Eu sou a irmã do dono desse colégio e você, professora de quinta, não manda em mim! – Elise retruca e uma confusão se inicia quando os alunos querem defender a professora.

— Pelo amor... – Levanto da cadeira e saio.

Respiro fundo. Eu precisava desse ar fresco me impregnando. É só o primeiro dia e eu já queria explodir esse colégio.

—Está tudo bem? – A voz, que eu sabia de quem era, me assustou um pouco, mas continuei imóvel.

— O que foi agora? – Rosnei.

— Você é muito falsa. – Kathy cruzou os braços, escorada na porta.

— Você quer realmente começar uma briga? – Cerrei meu punho.

— Não. Não vale a pena com você. O negócio é que, eu já saquei tudo. Você perdeu sua irmã e agora está nessa defensiva. Eu sinto muito por ela, mas... Eu tenho certeza que essa coisa de garota durona não é você, ou seja, você é falsa. – Ela coloca a mão na maçanete e volta para sala.

Elise sai como um furacão da sala de aula, então, aproveitando a oportunidade, vou atrás dela que nem ao menos enxergou a minha presença até chegarmos ao refeitório. Ela estava soltando alguma bobagem com a supervisora, que obviamente era sua amiga. Entre no refeitório e ela me olhou.

— O que você quer?

— Me devolva minhas coisas. – Disse. — Eu estou pedindo numa boa Elise. Me devolva. – Estendo a minha mão.

— Espera sentada. – Ela passa por mim e bate no meu ombro.

— Deve ser muito desconfortável para você, não é? – Ela para de andar e se vira para mim.

— Do que está falando?

— Essa pose toda. Você não tem amigos de verdade. Por isso compra aquelas duas seguidoras suas e maltrata quem não quer nada com você. – Cruzo os braços.

— Eu estou mostrando meu verdadeiro eu, e você? – Ela ri e cruza a porta do refeitório.

Talvez eu realmente não esteja sendo eu de verdade, mas isso não me interessa em nada no momento. Eu só quero acabar com isso logo. Eu quero voltar a paz de antes. Apesar de que, acho que isso nunca vai acontecer, pois me falta um pedaço extremamente importante.

Depois de alguns minutos sentada no refeitório, pensando sobre como eu descobriria um jeito de ter meus pertences de volta, o sinal toca e os alunos começam a vir e a pegar badejas com seus almoços. Saio dali depressa e vou andar pelo jardim. Era grande e não tinha ninguém. Era perfeito.

Eu não queria mais arrumar briga por hoje e nem ouvir a voz de Amanda que estava me irritando. Agora, provavelmente, todos estão falando sobre o que aconteceu com a minha irmã e eu não estou nenhum pouco afim de ver seus olhares de pena sobre mim.

—Estranha – Um ar gélido se aproximou do meu ouvido, então me esquivei. — Sou só eu. – Leonard sentou-se no primeiro banco que viu.

— Você está me seguindo ou o que? – Questionei, ainda em pé.

— Só queria terminar nossa conversa. Alguém nos atrapalhou. – Ele estende seus braços e apoia no banco. — É verdade o que a Elise disse?

Fiquei um tempo em silêncio. Eu não queria falar sobre a morte dela, mas se eu quisesse saber mais, eu ia precisar disso.

— É. – Suspirei.

— Sinto muito. – Ele abaixou a cabeça. —Ela era... Muito, muito gente boa.

— Tão gente boa que... – Me auto interrompi. — Ela se apaixonou aqui.

— Ah, é... – Ele desviou seus olhos dos meus.

Seus olhos estavam mais claros diante da luz, fraca, do sol sobre nós. Ele realmente tinha belos olhos e um rosto bonito. Até sua voz era diferente e boa de se ouvir.

— Ela namorou mesmo um garoto, mas não lembro quem foi. Foi tudo tão rápido. – Disse.

— Você disse que era amigo dela, como não lembra? – Indaguei, cruzando os braços.

— Eu era amigo e não intrometido. Só sei que ela gostava dele e ele dela, mas não perguntei quem era, ela... Queria guardar segredo. – Respondeu.

Pior que era a cara dela fazer isso. Guardar segredo porque é mais "aventureiro".

— Bem, eu tenho que ir. Apresentação de balé clássico daqui a pouco. – Ele piscou para mim e saiu. — Você vai ir?

— Claro – Ele me encarou — que não. – Me pus a andar.

Eu precisava sair daquele lugar.

Eu fugi o resto do dia e, pela noite, apenas fiquei no meu quarto, afundada no meu travesseiro. Não acredito que em um dia eu arrumei uma inimiga e a mesma contou, friamente, que minha irmãzinha morreu. Além disso, eu não posso confiar em ninguém aqui nesse colégio, nem nas meninas, que insistem em tentar me ajudar.

Depois de muito dormir e me revirar na cama, acordo com a cara da Amanda em cima de mim, obviamente eu já estava atrasada para alguma coisa.

Eu não estava com paciência para nada, principalmente para o humor eufórico e grudento de Amanda nesse momento. Levantei-me e fui ao banheiro. Tomei um longo banho e sequei meu cabelo, deixando-o solto, vesti minha roupa e continuei sendo observada por ela.

— Não vai nos agradecer? – Ela quebra o silêncio.

— Posso saber pelo que? – Perguntei enquanto colocava minha bota.

— Ontem de tarde você fugiu da apresentação da digníssima irmã do diretor e as meninas e eu tivemos que mentir por sua causa! – Disse, sem pausa, então respirou fundo ao final.

— Sei. Mas eu não pedi por isso. – Disse, sorrindo forçado.

— Bem, você perdeu a chance de ir ao clube com a gente. – Deu de ombros.

— Que clube? – Perguntei pouco interessada.

— Ficou interessada agora?

— Quer saber, eu estou mais interessada na aula de matemática do primeiro tempo. – Pisquei para ela e saí do quarto. —Que povo chato. – Bufo.

Eu não estava com nenhum pouco de vontade de comer. Cheguei a porta do refeitório e vi todos ali comendo e se divertindo, falando sobre o assunto do momento: minha irmã. Dei meia volta e fui andar pelo lado do colégio que eu ainda não conhecia.

Eu estava morrendo de sono, então mal prestei atenção em algumas coisas, mas quando cheguei a sala que tinha uma placa escrito "música" do lado de fora, aquilo me despertou, tentei abrir, mas claro, trancada. Peguei o grampo do meu cabelo e olhei para os lados. Eu tinha aprendido algumas técnicas com um velho amigo meu. Abri a porta e entrei, claro que, só tinha poeira e instrumentos de música clássica.

Piano, violino, harpa, entre outros. Nada de guitarra e nem bateria. Olhei pela porta mais uma vez e fechei, fui até o piano e me sentei, abri-o e peguei meu celular para ver uma cifra. Here, Kari Jobe, a música que eu aprendi com a minha irmã. A nossa música.

Posicionei meu celular e comecei a tocar. Só espero que ninguém me escute.

Toquei um pouco e senti como se meu mundo atual fosse uma mentira. E como eu queria que fosse. Esse mundo de agora podia ser só uma piada de Deus, uma mera brincadeira. Uma mentirinha.

— Então a marrenta toca – Me assustei quando as luzes foram acesas.

— Aí garota! – Coloquei a mão no coração.

— Eu sou a Vitória, caso não se lembre. – Torci o nariz e me levantei.

—Vai fugir? – Ela disse e eu passei pela porta da sala de música. — Tenho um lugar interessante para te mostrar. – Ela continua me seguindo pelos corredores.

— Eu canto bem. Fui aceita em uma das melhores faculdades de música nessa idade, mas eu tenho que terminar o ensino médio antes, infelizmente. – Ela deu informações que eu não queria ouvir. — Você quer ver o que eu tenho a te mostrar?

— Não obrigado. – Arqueei a sobrancelha apertando o passo.

— Vamos. – ela diz.

— O que? Aquele clubinho que a Amanda falou? – Zombei. — Eu passo.

— Posso garantir que é mais interessante que essa sala empoeirada de música. – Meus ouvidos estavam atentos agora. — Tem violão, guitarra... – Ela disse.

— Para de me seguir! – Rosno. —Todo mundo nessa escola é louco – Saio em direção a sala de aula batendo o pé.

Continuo ouvindo passos atrás de mim, mas antes que ela pudesse dizer algo ouvi o sinal bater e outros alunos entraram, então ela foi para o seu lugar. Tive que aturar mais uma aula junto com o idiota do refeitório e Amanda atrás de mim tagarelando sempre. E claro, o desconfiado do Leo do meu outro lado. Eu tinha que descobrir mais sobre ele e a relação com a minha irmã.

Apesar da chatice de Amanda e suas amigas, eu realmente estava interessada no clubinho secreto delas agora, apenas pelo fato de que tem um violão lá. Eu preciso descarregar essa raiva que eu estou sentindo em algo e o único instrumento que eu toco é o violão, pelo menos, o único que eu me interesso em tocar.

As aulas correram bem, na hora do almoço, peguei um sanduiche e comi sozinha, em seguida voltei para a sala de aula. Fiquei com meu lápis em mãos e o caderno de desenho que me era totalmente precioso, depois do caderno de poemas que eu escrevia com minha irmã. Ela sempre adorou escrever. Até mesmo foi a última coisa que fez em vida.

— Oi estranha. – Ouvi batidas na porta e o olhei. Leonard estava com um livro nas mãos e entrou devagar, sentando-se no seu lugar ao meu lado.

— Ninguém consegue ficar totalmente sozinho aqui nesse colégio, né? – Revirei os olhos.

— Bem, aqui é uma sala de aula e o lar de todos. Difícil conseguir isso por mais de cinco ou dez minutos. – Deu de ombros. — Você desenha muito bem. – Ele sorri de canto, sem me encarar.

— Leo. – Olho para a porta.

Um garoto com o cabelo arrumado e olhos verdes entra com uniforme escolar. Apesar da sua aparência meio abatida, ele era realmente bonito. Alto e ombros bem desenhados, assim como seus lábios. Desvio meu olhar de volta para meu desenho e continuo.

— Oi Vincent. – Olhei novamente para frente quando Leo o cumprimenta.

Era o mesmo da aula de biologia.

— A Elise está te procurando feito louca. – Entrou e chegou mais perto do amigo.

— Aff. – Bufou fechando o caderno. — Ela não se toca que eu estou fugindo dela – Cruza os braços.

— Dá para entender. – Murmuro e ele ri.

—Amiga nova? – Vincent pergunta.

— Acho que não. Ela não gosta de pessoas – Ele balança as sobrancelhas e se levanta, faço uma careta e volto a desenhar. — Eu vou me resolver com a princesa, licença. – Ele bate no ombro de Vincent e sai.

— Meu nome é Vincent. – Ele estende a mão, mas eu não cumprimento. — Eu sou dessa turma também, mas só que cheguei depois.

— Eu não lembro de ter perguntado. – Respondo.

— Ele não brincou quando disse que você não gostava de gente – Continuei fitando meu desenho e esboçando. — Desenha bem. – Olho-o e sorrio forçado, como se me importasse.

Ele senta na fileira depois do Leonard, bem ao seu lado. Eu realmente não estava com sorte. Era verdade que aquele lugar estava vazio ontem e pela sua obvia palidez, ele provavelmente não estava bem.

Ele ficou quieto por mais uns dez minutos até que pigarreou, então o olhei.

— Qual seu nome?

Respirei fundo e larguei o lápis. Todos os dias uma nova batalha. Todos são tão gentis aqui que nem parece que um deles foi responsável pela destruição da vida da minha irmã.

— Angelina. – Respondo, querendo me livrar da sua voz.

— Angelina? Eu conheço uma Angelina, que dizer, de ouvir falar. – Deu uma pausa e se sentou na cadeira a minha frente, porém virado para mim com os braços nas costas da cadeira. — Você parece com ela.

— Mesmo que eu não queira saber com quem tenho certeza que vai dizer – Aproximei meu rosto dele esperando que ele dissesse algo.

—Apesar da personalidade forte, que é o que mais diferencia vocês. Você parece com sua irmã, Anna. – Meu coração bateu mais forte.

Eu sempre gostei de ouvir isso, mas nos últimos tempos eu não queria isso, pois, acho que seria muito ruim para ela ser como eu.

O sinal finalmente bateu. Então todos entraram de volta para a sala e ele saiu da minha frente indo para o seu lugar. Elise e Leonard voltaram juntos e ela claramente não estava feliz, assim como ele parecia ter desgastado suas forças com ela.

Senti uma mão me tocar por trás e virei.

— Vai querer ir no clube? – Sussurrou para mim.

— Você não vai desistir, não é? – Sorrio forçado e ela nega com a cabeça. — Você venceu, eu vou, mas só porque estou muito curiosa.

— Eu finjo que acredito e você finge que é verdade. – Murmurou de volta.

O professor entrou na classe e já começou sua aula, claro que o resto do dia foi um saco, mas acho que o final dele poderia ser no mínimo proveitoso. 

Continua...

"Lembrem-se dos seus líderes, que transmitiram a palavra de Deus a vocês. Observem bem o resultado da vida que tiveram e imitem a sua fé. " Hebreus 13:7

Hey fofos, gostaram do capítulo de hoje? espero que tenham gostado ♡♡♡

Postarei o próximo capítulo na sexta feira amores então sejam pacientes ❤❤❤❤❤ durante a semana tem pastagem de Uma verdadeira razão para viver, meu outro livro... deem uma olhadinha .

VOTEM E COMENTEMATÉ A PROXIMA











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