Os desgarrados: Livro 3 - CUI...

By Misha1010

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Continuação Sinopse
CONNOR VAUGH
Luna Agnelli
LICANTROPIA E O INSTINTO CUIDAR
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CONTINUAÇÃO DO CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
AVISO
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7

PRÓLOGO

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By Misha1010

*** Boa noite queridos leitores, mais um romance se inicia. Como um carinho de páscoa, eu trago-lhes o Prólogo de Os Desgarrados - Livro 3 Cuidar, contando a história linda de amor e superação de Connor Vaugh e Luna Agnelli, o nosso lobo bombeiro e a sua dona de Pizzaria "Carnuda". Tentarei fazer o primeiro capítulo semana que vem, mas estou envolvida na revisão do primeiro livro, além de compromissos pessoais. Em breve começarei as postagens a todo o vapor. Aguardo ansiosa os seus comentários e votinhos bem vindos.***



O pátio do Batalhão do Corpo de Bombeiros de Portland está repleto de gente. Hoje é aniversário do nosso Departamento e está sendo promovida uma grande solenidade para festejar essa data importante.

Durante a formatura, o locutor anuncia para que eu tome um local de destaque à frente do palanque de autoridades.

- Tenente Vaugh, três passos à frente.

Posiciono-me em posição de sentido de frente ao Coronel Swan, presto continência e ele estende uma medalha de honra ao mérito pela excelência, profissionalismo e relevância dos meus serviços prestados, os resgates que eu lidero nos incêndios.

Aperto a sua mão e agradeço, voltando para o meu lugar de origem.

Após o término da cerimônia militar, a banda marcial dos bombeiros toca hinos e dobrados militares, além de algumas canções populares.

Jared e Phil vêm em minha direção e me cumprimentam pela homenagem recebida.

- Parabéns Tenente Vaugh, o senhor merece, e aí, vamos tomar uma cerveja para comemorarmos?

Eu abraço os meus melhores amigos, sargento Jared Patterson e o soldado Phill Truman.

- O... Obrigado ca....caras, mas ho...hoje eu na...na...não tô a... a... a fim.

Estes caras fazem parte da minha equipe há anos, nós já enfrentamos juntos todos os perrengues que um bombeiro pode passar e continuamos durante todo este tempo, unidos. Jad e Phy Man são dois parceiros para todas as horas e momentos.

Inclusive este momento que eu estou vivendo hoje, pois coincidentemente neste dia de celebração, faz três anos que Jéssica morreu.

Jéssica era a minha garota, nós éramos namorados desde a adolescência e após anos de namoro, eu pedi-a em casamento em uma festança que ficou para a história da cidade.

Ela era linda, tinha os olhos mais azuis que eu já vi, toda loirinha, os cabelinhos curtinhos e espetados, magrinha e sardenta, parecia à fada sininho, mas eu brincava chamando-a de meu pequeno duende.

Eu e Jessie nos formamos na mesma Universidade: Eu fiz Administração de empresas e ela Gastronomia.

Após dois anos lutando, Jessie conseguiu alugar um galpão, reformou-o e fez o seu restaurante, especializado em comida francesa, era um dos points mais interessantes de todo o Oregon.

Ela vivia para o seu trabalho, amava a culinária, sonhava em vencer, por isso, de vez em quando, sempre que precisava fechar o restaurante mais tarde, ela dormia no escritório que ficava nos fundos do galpão.

A perícia concluiu que o incêndio foi acidental, um curto circuito no sistema elétrico, o fato é que o restaurante pegou fogo e Jessie tomou um calmante e trancou-se para dormir no escritório.

Durante o seu resgate, eu fiquei preso nos escombros do telhado que desabou, a minha equipe conseguiu me resgatar com vida, apesar de algumas queimaduras nas costas, mas Jessie infelizmente morreu asfixiada pela fumaça. Na autópsia comprovou-se que a minha Jessie estava grávida de gêmeos.

Eu seria pai, algo que eu sempre sonhei por toda a minha vida, mas não agora, porra! Agora eu mal consigo encontrar uma garota para namorar.

A minha vida amorosa se resume a encontros casuais e nada mais. Quando percebo que eu ou a garota estamos nos envolvendo mais do que eu planejei, eu dou logo um jeito de fugir e por fim a relação.

Sexo suado e quente, sem promessas e sem hora pra terminar. Essa é a minha filosofia de vida.

Mas, algo além de prazer, eu não estou pronto a dar a nenhuma mulher.

- Hei, hei! Vaugh, tá com o pensamento longe? Estávamos falando com o senhor.

- Me des...des...desculpem, eu es...es...estava dis...distraído.

Jad me faz acordar do meu retorno ao passado, Phill me olha tristonho e estende-me uma caneca de cerveja, perguntando.

- É hoje, não é?

Eu assinto e Jad olha para nós dois ainda sem entender sobre o quê estamos falando, depois de alguns segundos, a sua ficha cai e ele me dá um tapinha nas costas, propondo-me uma noitada de bebedeira.

- Quer sair por aí pra gente comer umas bocetas e bebermos até cair?

Ele fala inocentemente, sem saber que se há um vício que eu tenho e não me envergonho em ceder é a fissura que eu tenho pelo sabor de uma boceta.

 Eu me perco no cheiro que elas possuem, o gosto suave, intenso, inigualável do creme que expelem enquanto gozam em minha boca. Por diversas vezes eu acordo excitado ao me lembrar do aroma de uma vagina invadindo as minhas narinas, o doce mel escorrendo por minha garganta. Mas, por mais que eu queira fugir da realidade, não há vagina que me tire da melancolia que me corrói o peito.

Bebedeiras e bocetas, não serão suficiente para isso, o que eu precisava mesmo hoje era uma amnésia, quentinha, saindo no capricho.

Uma salva de palmas nos desperta a atenção e todos os olhares se viram para a entrada do salão de recepção. Mal conseguindo se sustentar em pé, Tyler Randon aplaude com sarcasmo e aponta para mim, falando enrolado e alto por causa da embriaguez.

- Parabéns Tenente Vaugh, que linda medalha, você ganhou por que mesmo? Ah! Deixe-me lembrar, pelos bons serviços prestados a população, às vítimas, estou certo? Pois eu cuspo na sua farda, se eu pudesse arrancava essa porra do seu peito. O que adianta ser tão bom, tão prestativo e na hora que a sua noiva está morrendo tostada, você tropeça, cai, desmaia como uma garotinha frágil e a deixa morrer.Se não fosse a sua incompetência, a minha Jessie estaria hoje aqui entre nós, seu bombeiro de merda.

Mary, mãe de Jessie, tenta tirá-lo do salão e após Tyler cair bêbado no chão, ela se aproxima de mim e balbucia

- Perdoe-o Connie.

Eu, perdoar? Eu seria o homem mais feliz desse mundo se tivesse esse poder.  

"Perdão", eu começaria por mim mesmo. Tudo o que eu queria era me perdoar, mas nem isso eu sou capaz de fazer.

Dor? Vergonha, constrangimento? Todos esses sentimentos são irrelevantes, ínfimos perante a culpa que eu carrego. Hunter pega Tyler pelo braço e o retira do salão lotado de gente, todos me olhando em um misto de pena e pesar. Eu peço licença a Jad e Phy, eles fazem menção de me seguir e eu mando que me deixem sozinho. Ultrapasso a porta ainda ouvindo os xingamentos bêbados de Tyler e saio sem rumo pelo batalhão, parando no playground perto do rancho dos oficiais.

Sento-me desajeitado no balanço e tiro a medalha que a cada segundo pesa e incomoda no meu peito, jogando-a no gramado.

Eu choro, permito-me depois de tanto tempo, deixar que a minha raiva do destino, da vida ou de Deus venha à superfície. Meus olhos estão tão embaçados pelas lágrimas, que eu nem vejo alguém se aproximar. É uma criança, levanto os olhos e surpreendo-me ao ver que é a menininha que eu resgatei na árvore, a filha da gostosa da Pizzaria. Forço a memória para lembrar o seu nome e após alguns segundos me recordo : Pietra, esse é o seu nome.

Ela está toda vestida de rosa, com um vestido rodado e florido. Pietra me encara curiosa e sem pedir licença se senta ao meu lado no balanço. Ela se agacha e pega a medalha, guardando-a com as duas mãozinhas coladas ao peito.

- Não joga fora, é bonita tio.

Eu dou-lhe um sorriso amargo e respondo.

- Não e... era pa...para ser mi...minha, que...querida.

Pietra estende-me a medalha e eu recuo a mão, mas por fim aceito.

- Você não quer ela, quer dar pra mim?

Abri o fecho e preguei-a em seu vestido, perto do seu peito.

- To...toma, a...ago...agora é su...sua, prin...princesa.

Alguns minutos depois, Luna apareceu pálida e reclamou quando encontrou Pietra no playground.

- Caspita, Você estava brincando com Britney, onde está Latoya? O que mamãe falou para você sobre essa sua mania de fugir? La mia principessa non correre più ( Minha princesa, não fuja mais assim*)

- Perdonami mamma ( me perdoe mamãe), eu não faço mais.

- Me perdoe à falta de educação, eu nem o cumprimentei, como vai Tenente Vaugh?

- Por fa...favor, me cha...chame só de Co...Connor, co...como vai Lu...Luna?

Como pode ser tão másculo e tão cativante? Por que ele tinha que ter esse sorriso de menino, com esse furinho no queixo, o olhar quente e doce? Dios mio! Luna, você está muito tempo sem sexo para começar a fantasiar com o bombeiro da cidade.Componha-se, lembre-se, você ainda é casada, mesmo que seja só no papel.

- Eu vou bem, obrigada.

Bem... Essa boca carnuda em forma de coração, enterrando-se entre as minhas pernas, isso sim, faria eu me sentir realmente bem.

Mesmo devastado, eu não pude deixar de surpreender-me o quanto o som melodioso do sotaque de Luna me encanta. Ela está linda hoje, com os cabelos soltos caindo em ondas suaves pelas costas, um vestido preto com um recorte frontal que apesar de discreto, ainda assim instiga a imaginação, enchendo com generosidade o bojo do decote. Os quadris largos evidentes, as pernas morenas torneadas e a cintura marcada a fazem irresistivelmente voluptuosa.

Uma senhora cumprimenta Luna fazendo-a vira-se de costas e eu desço os olhos famintos pelas dobrinhas nuas e suaves de suas costas, respirando fundo, imaginando os meus dentes cravando em suas gordurinhas, mordiscando-a e sem que eu possa sequer dar conta, eu ajeito discretamente o volume que cresce incomodo em minha virilha e lambo os beiços ao pousar os olhos em suas nádegas grandes e redondas.

- Hummmm.

- Hã, o quê?

- Não, na...nada, eu es...estava dis...dis...distraído.

O que eu pretendia dizer com esse Huuummm ridículo? Eu agora me transformei em algum vira-lata atracado com uma bisteca? Eu estou vivendo um dos piores momentos de minha vida e ainda assim eu me comporto como um tarado? Luna sorri e o seu sorriso some quando vê a minha medalha no peito de Pietra.

- Pi, devolva a medalha para o moço.

- Não, eu...eu que dei a e...ela.

Uma amiga de Luna buzinou o carro, chamando-a, Pietra beijou a minha bochecha e despediu-se de mim. Que menininha doce ela é, Luna estendeu os braços para Pietra pegando-a no colo-se e as duas foram embora, deixando-me sozinho de novo com os meus demônios.

Após duas semanas sem sair de casa em uma apatia profunda, a minha psicóloga recomendou-me que eu tirasse férias. Eu reuni-me com o Comandante do meu batalhão e mesmo a contra gosto, aceitei que eu precisava de um tempo só para mim, para consertar a minha cabeça e reerguer-me perante a minha vida.

Despedi-me de meus irmãos e meus amigos, e coloquei o pé na estrada, para passar quatro meses na Califórnia.

Aluguei um apartamento em Napa Valley, a cidade do vinho. Conheci muita gente interessante, fiz tratamento com uma equipe multidisciplinar de fonoaudióloga, psicóloga e psiquiatra para tratar a gagueira e após dormir entre mais coxas do que eu podia suportar, por fim voltei a Portland.

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