Inferno Perfeito () LIVRO CO...

By CamilaFerreira21

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Obra registrada na Biblioteca Nacional. Sinopse: Laura Ryder sempre sonhou em fazer história com uma grande... More

Sinopse
Prólogo
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Dan Walker - Passado Confidencial
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Amor Confidêncial
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DISPONÍVEL NO SITE AMAZON
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By CamilaFerreira21

Laura

Acordo ao som das batidas lentas do coração de Dan Walker...

Minha cabeça sobe e desce em um movimento calmo e continuo. Ela está apoiada sobre o seu peito e a sensação de te-lo aqui, tão perto, é realmente muito agradável. Não há como negar a atração que sinto, mas não há como negar que isso esteja cada vez mais forte dentro de mim. É como se nada de ruim pudesse ser capaz de me alcançar. Como se nada pudesse me atingir. Gosto de estar assim, gosto de estar com ele. Por alguma razão, eu gosto.

Ergo a cabeça me deparando com um rosto sereno enquanto dorme. Dan parece um menino, como se fosse completamente indefeso e distante de um assassino frio e calculista que ele quer, de qualquer maneira, demonstrar. Agora, posso observá-lo com mais calma o homem de traços bonitos, másculos e fortes. Por mais que ele seja obtuso, eu apenas enxergo sua dificuldade em demonstrar sentimentos que eu sei que está aí escondido em algum lugar. Agora me sinto, de alguma forma, desafiada a procurar e completamente obstinada a encontrar.

Encaro sua bela figura e, instintivamente, meus dedos vão de encontro ao seu rosto, mas quando está prestes a toca-lo, sou interrompida pela sua mão ágil e forte segurando o meu pulso com firmeza. Seus olhos se abrem na mesma velocidade e fixam nos meus.

— O que estava prestes a fazer? — sinto meu corpo querer expulsar o meu coração para fora do meu peito principalmente pelo susto que acabei de levar. Ele é rápido e perceptivo, mesmo enquanto dorme.
— Nada. — sussurro, com a voz falha.
— Nada? — ele ergue as sobrancelhas. Sua voz está rouca, calma, demonstrando claramente que ele estava dormindo.
— Queria apenas tocar seu rosto. — seus olhos nunca saem dos meus e ele inspira um ar profundamente soltando-o devagar pelo nariz .
— Por quê? — ele parece curioso.
— Me deu vontade! — ele afrouxa a sua mão do meu pulso e, para a minha total surpresa, a leva espontaneamente para o seu rosto. Meu coração ainda está acelerado e minha respiração agora ainda mais rápida. Segurando o meu pulso, ele envolve a palma da minha mão em seu nariz e inspira o meu cheiro, profundamente, mas logo em seguida, afasta a minha mão.
— Satisfeita? — ele sussurra e eu nego com a cabeça lentamente.
— Eu queria... — hesito antes de falar.
— Diga. — ele me encoraja a continuar. Olho para baixo e depois encaro-o decidida.
— Quero saber sobre você. Sobre sua vida, seu trabalho... Quem é Dan Walker? Onde estão seus pais? — ele me observa por longos segundos e em seguida, solta o ar pelo nariz.
— Interessante. Não quer anotar as perguntas que pretende me fazer? Não deseja um local mais formal, senhorita Ryder? — engulo em seco, imaginando que será difícil arrancar alguma informação do homem de pedra.
— Não estou fazendo perguntas como uma jornalista e sim por curiosidade. Sinto vontade de saber mais sobre você. Apenas isso! — ele segura meus braços que estão em volta do seu corpo e me coloca ao seu lado como uma boneca de pano. Quando eu penso que ele vai sair, ele começa a falar.

— Sou um ex agente do serviço secreto, meu pai morreu, minha mãe vive há alguns anos no Canadá — seu país de origem—, e eu sou um homem que você jamais deveria ter conhecido. — ele me lança um olhar rápido e volta a observar o nada, mergulhado em pensamentos. Mesmo na escuridão, as cortinas estão abertas, trazendo luminosidade de fora para o quarto. Confesso que estou surpresa sobre seu trabalho real. Sobre o que ele realmente foi e o motivo que o levou a sair e a querer matar pessoas por dinheiro.

— Sinto muito sobre seu pai. — ele não diz nada em resposta, mas continua pensativo.

— Por que eu jamais deveria ter te conhecido?
— Eu sou um assassino. Eu mato pessoas por dinheiro, Laura Ryder. — ele fixa seus olhos frios nos meus. — Eu poderia matar você agora!

— Se fosse me matar, já teria feito há muito tempo. Aliás, não teria me ajudado como me ajudou. — ele assente.

— Você tem razão. Eu já teria te matado, mas antes, arrancaria a sua língua. — ele diz sem nenhum resquício de brincadeira na voz, mas eu não tenho medo.

— Você sempre fez isso? — ele ergue as sobrancelhas não entendendo a minha pergunta.
— Fiz o quê, exatamente?
— Matar. Quero dizer, mesmo quando trabalhava para o serviço secreto?
— La, eu era uma pessoa que investigava, assumindo uma identidade falsa. Eu nunca matava efetivamente. Hoje eu mato para bancar os meus custos. Não nasci um assassino. As circunstâncias me levaram a ser um! — ergo as sobrancelhas.
— Seus custos devem ser muito altos começando por essa casa.
— Essa casa era do meu pai. — ele revela e me olha contrariado, mas parece sentir-se  à vontade em me contar. Estou, silenciosamente, chocada. Talvez ele esteja com vontade de desabafar com alguém. Talvez. — Meu pai contraiu dívidas e essa casa foi a única coisa que não perdeu por estar em meu nome. Em breve não precisarei de nada disso. O luxo excessivo só faz parte da minha vida, porque é necessário no momento.

— Necessário? — ele não tira seus olhos dos meus.
— O meu trabalho vai terminar no mesmo instante em que eu matar o meu ultimo alvo. — estou completamente espantada com as revelações, mas não demonstro. Não imaginei que ele realmente se abriria. Estou muito surpresa.

— Você precisa muito matar este homem. — constato e ele assente sem responder.

— Não que eu esteja reclamando, pelo contrário, mas, por que decidiu se abrir? — ele solta o ar pesadamente.

— Porque eu sei que você não teria condições físicas, psicológicas e muito menos financeira para me ferrar. — ele diz e se ergue da cama caminhando em direção à porta. Mas eu não quero que ele vá.

— Dan? — ele se vira para me encarar. — Você pode confiar em mim. — ele curva seus lábios em um sorriso que não tem absolutamente nada de simpático. Vejo sarcasmo nele.
— Eu não confio em ninguém. — suas palavras são firmes e eu queria entrar dentro dele para entender o que tanto lhe aflige. Ele continua fazendo o seu caminho em direção à porta, mas minhas palavras o faz parar.

— Você deve enfrentar os seus medos, sejam eles quais forem.
— Eu não tenho medo. — ele diz sem se virar.
— Então não fuja de mim. — Dan se vira para me encarar novamente.
— Você está supondo que eu tenho medo de você?
— Estou afirmando. Você me evita, mesmo estando ao meu lado. Talvez você não queira gostar de mim, mas sente algo e, mesmo que seja desejo, eu sei que sente alguma coisa. — provoco-o como um boa jornalista que sou, mas, ao invés de se sentir desconfortável  com o que digo, ele curva seus lábios novamente com extremo sarcasmo.

— Não confunda as coisas, Laura Ryder. Eu não sou nada seu e nem pretendo ser. Sabe que eu te ajudei mais do que deveria e não pretendo ajudá-la mais se começar a confundir seus sentimentos em relação a nós dois só porque transamos. — a forma que ele disfere as palavras é fria, áspera e me machucam imediatamente. Ele quer me atingir com suas palavras cruéis e conseguiu.

— Eu não pedi que me trouxesse até aqui. — minha voz é áspera assim como a dele. Sua expressão não muda e ele parece não se importar.
— Você não está presa aqui. Saia quando quiser! — a raiva que eu sinto agora faz com que os palavrões que quero gritar, ficam presos precariamente na minha garganta. Como ele pode ser tão insensível? Quando ele quer ser um idiota, ele consegue ser o maior deles. Da mesma maneira que eu me sinto muito atraída e protegida por ele, eu o odeio com todas as minhas forças.

Levanto-me imediatamente e saio bufando à procura de minhas roupas. Ele me observa sem dizer nada, mas não sai do lugar. Assim que encontro minha calça e blusa, eu me visto, rapidamente. Sigo até o closet onde a minha mala está ainda feita e a abro, pegando um casaco para o frio que me espera do lado de fora. Eu a puxo seguindo em direção ao quarto. Olho para o moderno relógio sobre criado mudo e percebo que ainda são 5 da manhã. As cortinas abertas, através do vidro, revelam a imensidão do mar e um pequeno alaranjado bem ao longe como se o sol estivesse saindo dele.

— Pra onde vai. — eu estou com raiva e não faço contato visual.
— Pra casa.
— Não é seguro. — encaro-o com o mesmo desprezo que ele sempre tem impresso em seu rosto.
— Nenhum lugar é 100% seguro. — repito as suas próprias palavras e, pela primeira vez, vejo algo em em sua face, algo incomum, parecido com surpresa.

Ele não responde e quando eu decido passar por ele, sinto sua mão segurar o meu cotovelo com força.

— Não seja tola. Você estará mais segura aqui!
— Você não me quer aqui.
— Isso não importa!
— Pra mim importa! — rapidamente, ele segura os meus dois braços, fazendo com que a minha mala caia das minhas mãos e me encara fixamente.

— Pare de agir feito uma inconsequente.
— Então pare de ser um idiota. — nossos rostos estão tão próximos que eu posso sentir o ar que sai de sua boca. Sei que ele luta internamente para fugir, mas eu sinto-o ainda mais próximo.

Engulo em seco, esperando que ele diga alguma coisa, mas ele apenas... se afasta. Se afasta? — ele caminha, lentamente, em direção a grande parede de vidro e observa o mar calmamente. Encaro-o sem entender o que ele quer.

— Fique, por favor? — ele pede sem se virar, enquanto o alaranjado do sol começa a ficar mais forte no horizonte. — Eu prometo encontrar um lugar para você em breve, mas fique aqui e deixe-me cuidar da sua segurança? — sua voz, embora calma, parece implorar e eu não sei o que fazer. Na verdade eu sei. Eu quero ficar, mas quero que ele me queira aqui.

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