Hoffen: Unidos

By drikacsa

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''São duas realidades totalmente diferentes. Eu vim de fora dos muros e a realidade de quem vive lá fora, vai... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17

Capítulo 4

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By drikacsa


4

Max

Axel nos encara como se a qualquer piscada fossemos fugir. Acho bom que a selvagem de um jeito de sumir com Axel, ou, não faremos nada. Mia enrola um de seus cachos loiros em seu dedo, enquanto encara Axel. Ela está provocando ele, se tem uma pessoa no mundo que sabe como provocar alguém; essa pessoa é a Mia. Desde criança ela sempre faz isso com Axel, sempre que ele acha que estamos prestes a aprontar algo, ele fica de olho em nós, como nesse exato momento. E Mia sempre age como se fossemos realmente fazer algo, mesmo quando não vamos fazer, isso o enlouquece.

- Escutem aqui, sei bem que estão tentando me enlouquecer – Mia faz bico para ele, sorrio - Mas não vão conseguir. – Ele vai até a secretaria do governador e fala algo para ela, que pega o seu ctphone, ela tira o holograma e não conseguimos ver o que ela está fazendo. CTphone foi criado pelo meu pai, claro que é bem antigo e algumas cidades já possuem softwares bem melhor do que o nosso, o problema é que a cidade nunca conseguiu alguém que desenvolvesse algo melhor e como nossas leis dizem que cada cidade devem desenvolver suas próprias tecnologias, ficamos nisso mesmo, mas não por muito tempo. Depois dos dezoito, você entra para faculdade, mas se você quer mesmo fazer algo que gosta, tem que ser muito bom. Cada um de nós apresentamos algo novo na nossa área e então, eles nos escolhem ou não. Se você não for escolhido, então você será escolhido para os níveis mais baixos da área que você se identifica. No meu caso, sigo os passos de meu pai, criei um software muito mais avançando do o que ele criou. Pelo menos eu o considero assim. É contra as leis mostrar seu projeto a alguém e as pessoas nos dizem que dar azar.

As pessoas apostam muito em nós dois. Nossos professores sempre nos consideraram os melhores de toda a cidade. Mia puxou mais para o lado da mamãe. Nossa mãe é uma das melhores medicas da cidade e Mia se mostrou ser o futuro dessa profissão, mas ela se dividi entre a profissão de nosso pai e de nossa mãe. Todos sabemos que ela vai optar pela profissão do papai, pois segundo ela, tudo o que importa é orgulha-lo, mesmo que ele não esteja mais aqui. Apesar dessa ser sua escolha, ela tem medo do conselho. As escolhas deveriam ser nossas, mas como eles é quem decidi, então não será tão simples. Mia é muito boa quando o assunto é softwares e principalmente com hardwares, mas ela é muito melhor em medicina. No caso eu sou muito melhor que Mia quando o assunto é tecnologia e para eles, tudo o que importa é no que você é melhor. Ela pode escolher a área de tecnologia, mas facilmente também pode ser recusada e quando você é recusado você está nas mãos do governo. E como tudo não passa de artimanha do governo, ela será enviada para a faculdade de medicina, onde vai poder provar ser realmente boa nisso.

E minhas duvidas sobre o que Axel falou a secretaria acabaram. Trenx, amigo de Axel, entra na sala e vai até ele. Axel fala algo para ele e depois se volta para nós novamente.

- Eu não posso ficar de babá de vocês, preciso fala com meu pai, então Trenx vai ficar de olho em vocês e por favor se comportem. – Axel diz serio, como se falasse com soldados.

- Sim senhor – Respondemos juntos. Um ponto em que eu e Mia nos entendemos é no ódio de quando damos as mesmas respostas ao mesmo tempo. As pessoas encaram isso como se fosse uma coisa fofa e se tem uma coisa que nós não somos é fofo. Axel nos encara nada contente, ele leva esse tipo de resposta como um desafio a ele.

- Não tire o olho deles um segundo – Axel diz encarando Trenx com seriedade.

- Relaxa cara, eles vão ficar bem.

- Eu estou falando serio, não tire o olho deles um segundo. Não confie neles, não se deixe enganar por esse par de cabelos dourados, eles parecem inofensivos, mas não são – Axel não está exagerando. Trenx é um babaca e com certeza era o tipo de aluno que colava na prova de artes. Tão burro e distraído, deve ser por isso que ele é o único que pode ficar de olho em nós.

- Cara, são só os gêmeos, já conheci eles antes.

- Por algumas horas, conheço eles a minha vida toda. – Axel sai e ficamos apenas com Trenx e a secretaria, que não sai do seu CTphone.

- Então crianças, querem alguma coisa? – Ele pergunta como se realmente estivesse falando com crianças.

- Trenx temos dezoito anos – Mia responde mal humorada.

- Eu imaginei, mas você são tão angelicais com esses cabelos dourados e tão parecidos, você Mia é linda como sua mãe – Ele termina dando um longo suspiro.

- Espero que esse suspiro tenha sido por causa da minha mãe – Ela diz o encarando com nojo.

- Sua mãe é uma ótima pessoa, ela que me atendeu quando um selvagem quase me comeu. – Reviramos os olhos, que merda, fizemos isso de novo.

- Trenx sabemos que os selvagens não come pessoas e Axel nos contou que você tropeçou enquanto carregava suprimentos.

- Droga – Ele diz e senta a nossa frente.

- E cara, nunca mais chegue perto da minha mãe – Digo. Passam longas uma hora, tendo que ouvir todas as incríveis e mentirosas historias do Trenx, sobre as aventuras que ele viveu fora do muro, até que Justine sai da sala. Trenx pega seu CTphone e o seu holograma está aberto, então o vejo avisar a Axel que ela saiu. Nos levantamos e logo atrás dela esta o governador.

- Eu falei com o governador e nós podemos conhecer o prédio, o que acham? – Justine diz se aproximando. A porta do elevador se abre e Axel aparece, ele é rápido.

- Axel os garotos vão fazer uma visita ao prédio – O governador diz enquanto ele se aproxima.

- Então deixe que eu os acompanho – Axel diz.

- Não precisa se incomodar, Justine me garantiu que adoraria sair por aí sozinha – O governador coloca a mão sobre o ombro dela e sorrir. Paro para observar Justine melhor agora, diferente de como ela chegou, não parece mais uma selvagem. O cabelo longo que bate em sua cintura está solto, formando ondas, eles são morenos e agora parecem até brilhar, seus dentes são bonitos para uma selvagem e seu rosto é realmente belo, nariz afinado, olhos castanhos. O que realmente a faz parece uma selvagem agora é sua magreza, ela é carne e osso, aposto que se levantar sua blusa é possível ver todos os seus ossos marcados pela pele.

- Eles podem se perder.

- Axel, por favor, é um prédio cheio de pessoas, não vamos nos perder. – Mia diz.

- Isso mesmo – Digo.

- Axel e Trenx preciso que vocês montem uma equipe para fazer novas rondas fora dos muros, ouvi fala que há pessoas caçando por lá, caso encontre alguém – O governador encara Justine por um breve momento – Você sabe o que fazer. – Ele se vira para nós – Se me permitem, tenho que me retirar – Damos a ele um leve sorriso e ele sai voltando para a sua sala. Vamos para o elevador, mas antes de entrar, percebo que Justine fala sozinha com Axel. A conversa demora um pouco, mas ela logo vem. Axel para na nossa frente e antes da porta do elevador se fechar ele diz:

- Vocês – Ele aponta para nós três – Eu odeio vocês – Sorrimos com sua irritação e então a porta se fecha. Mia e Justine comemoram.

- Selvagem, você é a melhor – Mia diz abraçando ela, então tiro a conclusão de Mia realmente gostou dela, Mia odeia abraços.

- Então, para onde vamos? – Pergunto e Mia me acerta com um tapa em minha cabeça.

- Passamos uma hora lá e você não usou esse tempo para buscar o local que o laboratório fica? – Ela fecha os olhos e respira fundo – Max se você não fosse meu irmão, eu mataria você agora mesmo.

- Você não me avisou nada – Digo – Poderia ter feito também.

- Como todos dizem, você é o melhor – Reviro os olhos com o tom de Mia.

- Mia vai mesmo querer discutir isso? – Mia sempre quer tudo do seu jeito, ela me culpa por ter quase certeza que o governo não vai aceita-la na mesma área que eu, mas ela também esquece que mesmo sem eu, ela jamais seria aceita, como eu disse; eles nos querem no que somos melhor e Mia não é a melhor em tecnologia. – Deveria ter escondido o quão boa você era em medicina.

- Sabe que eu tinha que ajudar a mamãe – Ela morde o canto do lábio inferior, ela só faz isso quando está prestes a chorar. O governo nos incentiva a nossas profissões desde pequenos, Mia se mostrava muito boas em biológicas, então ela ia duas vezes por semana ajudar a mamãe no hospital desde o seus doze anos. Isso deveria ajudar Mia com os sentimentos sobre nossa mãe, mas mesmo com Mia lá, ela sempre estava ocupada demais para lidar com aprendizes. Eu fui aprendiz em alguns setores do governo na área de tecnologia, mas nada muito empolgante, eu sabia fazer tudo o que eles pretendiam me ensinar. A maioria deles me odiava.

- Gente será que vocês podem deixar essa discussão para depois? Serio. – Justine diz e Mia e eu nos recompomos.

- Isso é mais comum do que parece – Digo a Justine. Ela arqueia as sobrancelhas e para pensativa.

- Bom, nossos pais mexiam com tecnologia, onde fica os andares que mexem com isso?

- Boa sacada selvagem, mas nossos pais tinham um andar apenas para eles, então... – Mia para pensativa por um breve segundo, mas antes dela concluir seu pensamento, eu concluo.

- Temos que procurar o andar isolado – Digo e pego meu CTphone e busco sobre isso – Não tem nada sobre um andar isolado aqui.

- Claro que não, acha mesmo que eles colocariam isso na internet?

- Internet o que? – Justine pergunta e nós sorrimos.

- Você é sim uma selvagem, se não sabe o que é isso, então você é – Digo – Internet é mais velha que minha bisa vó. É o paraíso digital, vai entende melhor quando sua cabeça for mais que florestas e todas as injustiças sociais do governo com as pessoas fora do muro.

- E foi a internet que fez você tão idiota assim? Então muito obrigado, prefiro continuar sem entender. – Levo a mão ao coração como se ela tivesse me atingido.

- Estamos perdendo tempo – Mia diz.

- Mas os andares das áreas de tecnologia do governo ficam no vigésimo primeiro, vigésimo segundo e vigésimo terceiro. – Mia aperta no botão para o vigésimo primeiro. – Descemos e quando o elevador para temos apenas a visão de um lindo andar, cheio de preciosidades tecnológicas que um dia em colocarei as mãos. – Podemos conhecer esse andar? – Pergunto.

- Não – Justine responde e me surpreendo com sua arrogância – Tenho que volta logo para fora dos muros, não posso perder tempo quando as pessoas de lá, vivem com tanta injustiça social – Ela devolve com um olhar furioso.

- A garotinha iludida do vovô – Digo, mas apenas para irrita-la. Ela me ignora e Mia aperta para o vigésimo segundo. – De novo, não tem nada de andar isolado. Vigésimo terceiro e apenas pessoas felizes com suas tecnologias.

- Não tem andar isolado. – Mia diz. – Temos que tentar todos – Ela aperta em outro e eu seguro sua mão.

- Eles não deixariam um andar isolado, para quem quisesse entrar, tão facilmente.

- Mas eles não acabariam com o laboratório.

- Não, mas nossos pais faziam um trabalho importante, não os colocariam em qualquer lugar e sim todos esses andares é muito pouco. Axel é o único que sabe.

- Max é aqui, papai disse que ele trabalhava aqui.

- Então onde? – Justine pergunta. Ninguém parece saber a resposta – Então vamos supor que é um local secreto? – Encaro ela sem dar a mínima importância – Na aula de historia nossa professora nos falava que os militares antigamente quando queria esconder algo, geralmente era em locais subterrâneos.

- Não existem mais locais subterrâneos – Mia responde.

- Quem garante? Se eles isolaram o local de trabalho de nossos pais, então eu não vejo como fazer isso e ainda sim manter o local protegido, se todos nós acreditamos que não existem locais subterrâneos.

- Como pretende achar?

- Só vamos descobrir se voltarmos lá para baixo – E nós voltamos, caminhamos para além da recepção e existem algumas salas por lá.

- Selvagens estudam? – Pergunto e Justine fecha os punhos com força.

- Max eu até pensei em te proteger da primeira vez, mas se ela quiser te matar, eu vou deixa – Mia diz. Somos parados pelo pai de Axel e encaro Mia com a mesma preocupação que ela.

- Não podem ficar por aqui crianças – Arthur diz sorrindo, ele para seu olhar em Justine – A neta do governador – Ele estende a mão a ela e Justine faz o mesmo – É um prazer ter você de volta, Justine, me perdoe se não me apresentei da forma correta ontem a noite.

- Tudo bem – Ela diz – O governador nos deu permissão para conhecer o prédio, mas estamos um pouco perdidos. – Ele sorrir.

- Algum lugar especial que gostariam de visitar?

- Eu não sei, alguma sugestão? – Respiro aliviado, por um segundo, pensei que a selvagem estragaria tudo.

- Vai por mim, aqui é bem chato, nada de interessante. Deveria pedir para os seus amigos levar você para se divertir pela cidade – Ele sorrir e nos encara – Só não apronte tanto quanto os gêmeos. Se vocês me permitirem, tenho que ir, foi um prazer conhecer você Justine e vocês se comportem. – Ele sai nos deixando sozinhos novamente.

- A fama de vocês é bem extensa.

- Ele dá em cima da mamãe, então sempre nos livra quando aprontamos - Justine sorrir – Eu queria que esses caras parassem de ficar dando em cima da minha mãe.

- Sua mãe é linda – Ela diz.

- Eu sei, mas é minha mãe. – Uma breve lembrança do dia em que minha mãe saiu com Arthur me veio à cabeça, eu nunca mais o consegui encarar da mesma forma. Depois do encontro eles até tentaram, mas Arthur é o cara mal do governo, enquanto minha mãe é a medica que salva vidas.

- Então, vocês vão me levar para se divertir?

- Com certeza, mas nossa diversão é outra – Continuamos andando e entrando em cada sala, mesmo que as pessoas nos olhem como loucos todas as vezes que entramos e quando estamos quase na ultima..,

- Está trancada – Justine diz.

- Então acho que encontramos o que estávamos procurando. – Digo.

- O problema é que não tem como abrir com esse tanto de gente aqui e as câmeras – Mia diz.

- São trancas digitais, posso invadir o sistema e destranca-las.

- É o sistema do governo – Mia diz.

- Sistemas que nossos pais ajudaram criar, era isso que eles faziam Mia, nós somos uma parte disso e conhecemos todo o trabalho do papai, os diários dele, você e eu lemos milhões de vezes. – Nosso pai registrava tudo o que fazia e como fazia em seus diários. Ele escondeu do governo e contou a Mia onde eles estavam, mas a coisa que mais queríamos que ele tivesse anotado, ele não anotou. Precisamos descobrir o que eles sabiam de tão importante que levou o governo a mata-lo.

- Vamos indo, eles vão desconfiar de nos ver parados aqui – Mia diz e nós a seguimos, pego meu CTphone e começo meu serviço, não é fácil, sofreu algumas modificações com um tempo e uma parte dele foi criado pela mãe de Justine. Me pergunto se quando eu passar, o governo criara uma equipe especial, assim como fez com nossos pais. Eles cuidavam dos nossos sistemas até a nossa segurança e ninguém jamais fez melhor que eles. Talvez o governo não volte a confiar em ninguém. – Consegui – Digo – Procuro pela trancas digitais até que acho da sala que precisamos destrancar. – Pronto, só preciso dá um jeito nas câmeras.

- Max conseguiu invadir o sistema, pode conseguir outras informações, até mesmo sobre nossos pais. – Mia diz.

- Mia entrei em uma parte simples do sistema, se eu for mais a fundo vão me rastrear e nos descobrir e sinceramente à única de nós segura, é Justine, o governador não teria pena de nós – Mia encara Justine, acho que até ela sabe que tenho razão, foi assim com o pai dela, ele iria o poupar se não tivesse fugido para fora dos muros.

- Só faça isso logo – Justine diz. Consigo fazer a câmera repetir a mesma imagem do ultimo minuto.

- Temos um minuto antes que a câmera volte ao normal - aceleramos nossos passos até que chegamos à porta e entramos – Dez segundos – Respiro aliviado. A sala está escura e só o que ilumina é meu CTphone. Ligo a lanterna dele e ativo o seu holograma que é suficiente para iluminar uma boa parte da sala. Parece uma sala comum, os moveis sobre ela, estão cobertos sobre lençóis brancos, um sofá a direita, uma mesa e duas poltronas entre ela e uma estante velha atrás. A diferença é um porta no fundo da sala. Sua tranca não é como as outras aberta apenas pelo sistema, precisa das digitais.

- Não vamos entrar se nossas digitais não estão cadastradas.

- Talvez estejam – Digo – Se deixaram algo para nós descobrirmos, então com certeza facilitaram nossa entrada.

- Erámos bebês na época e Justine nem existia.

- Lembra que o papai nos falou que uma vez nos trouxe aqui? Ele disse que mesmo que não intendêssemos nada, um dia nós iriamos e ele tinha certeza disso. – Coloco minha mão sobre a porta e um segundo depois provo que estou certo, nossas digitais estão cadastradas.

- Como? O governo teria apagado – Mia diz.

- Tudo de mais moderno nesse prédio foi feito por eles, se eles eram os únicos a conhecer de verdade o sistema, poderiam muito bem ter deixado nossos registros escondidos. Empurro a porta e como esperávamos estava lá. O laboratório enorme, tão bonito quanto os de cima, só que empoeirado. Justine para em frente a um vidro que da a visão de outra sala, que parece uma sala de testes. – O trabalho deles eram muito extenso, tentavam enquadrar a tecnologia em tudo ao nosso redor.

- Acho que se tudo fosse diferente, também iria querer seguir os passos deles – Ela diz colocando a mão sobre o vidro. A sala está vazia a nossa frente, mas todos nós sabemos que coisas incríveis já saíram dali. Procuro por algo que possa nos ajudar a identificar o que tem nos cordões.

- Gente o que é isso? – Justine pergunta passando a mão pela enorme lupa.

- É só uma lupa grande, usávamos em alguns trabalhos da escola – Mia diz. Justine pega uma das folhas e a coloca nela, ignoro e volto a procurar por algo.

- Talvez isso ajude – Ela diz.

- Acha mesmo que eu não tentei usar uma lupa?

- Só que essa é enorme e era deles. – Mia me encara e vai até ela. Justine pega os cordões da mão de Mia e coloca em cima do suporte que sustenta a lupa, Mia abaixa para ficar da altura delas.

- Está tudo embaçado – Mia diz.

- Como na outra que eu tentei. Tudo parece deixar embaçado – Justine vira a lente da lupa para o outro lado.

- Max – Mia diz surpresa, corro até elas e não está mais embaçada.

- Como deduziu isso?

- Quando algo não parecia funcionar na comunidade, nós virávamos ao contrario.

- Parece um nome – Observo atentamente cada letrinha.

- Tenta organizar pelas nossas idades – Mia diz.

- Axel, eu, Mia e Justine. Ainda me parece estranho – Digo.

- Claro seu cabeção, eu nasci primeiro.

- Alguns minutos – Digo e coloco Mia a frente do meu. Bigle.

- O que significa Bigle? – Justine pergunta.

- Bigle Swan. Ele é um dos maiores cientista que existe, ele vive na cidade do presidente. Os números - viro a outra parte do pingente e lá está os numero, anoto todos seguindo a ordem. – Parece que temos o numero dele. – Tiro meu CTphone do bolso e disco o numero, chamo ele para uma chamada, mas ele não atende, então chamo de novo.

- Não faz sentido, tudo isso por um nome e o numero de um cara.

- Vamos descobrir isso quando ele atender. – Um cara gordo e de cabelos grisalhos, quase careca, aparece no holograma, mostrando seu peito para cima.

- Quem está me ligando nesse numero? – Libero minha câmera e ele finalmente nos ver, estamos os três grudados.

- Encontramos seu nome e numero em nossos colares – Justine diz.

- Colares? – Seus olhos parecem se arregalar. – Agora eu percebo, os gêmeos, vocês são a copia dos pais de vocês, a mãe de vocês continua linda? – Reviro os olhos. – E essa garota?

- É Justine – Mia diz – Filha de Daniel e Alice. – O cara parece está vendo um espirito.

- A menina... ela.... morreu... como? – Ele mal consegue falar.

- Não morri, Kiro me criou depois que meus pais foram assassinados.

- Kiro ainda está vivo? Meu Deus. Eu não esperava receber essa ligação de vocês, não tinha certeza que conseguiriam entender o significado dos colares.

- Por que estava seu nome e numero neles? Sabe qual é o segredo?

- Não acho seguro falarmos disso assim. Precisam vim me encontrar.

- Você mora na cidade do presidente – Mia diz – Não podemos ir sem autorização.

- Venham pela floresta, a menina deve conhecer se viveu fora dos muros.

- Não o suficiente – Digo.

- Kiro vai ajuda-la. Precisam me encontrar, darei um jeito de passar vocês pelo muro da cidade, mas primeiro precisam dar um jeito em seus CTphone, não deixem que o governo rastreiem vocês.

- Não vamos – Digo – Mesmo que pela floresta, se sairmos da cidade não poderemos mais entrar e são dias de viagem até aí.

- Tem certeza que é filho de Miguel? Seu pai morreu para descobrir o segredo.

- Então porque apenas não nos conta?

- Porque eu não sei – Ele diz – O convite está feito, se decidirem vim, apenas me avisem. – Ele desliga.

- Precisamos ir – Justine diz.

- Não – Digo junto a Mia e dessa vez nem me irrito com isso.

GENTE O OUTRO CAPÍTULO QUASE NÃO TEVE COMETARIOS :( COMENTEM BASTANTE NESSE E QUERO AVISAR QUE OS QUATRO PRIMEIROS CAPÍTULOS FORAM PARA VOCÊS CONHECEREM OS PERSONAGENS E UM POUCO DO MUNDO DELE E CLARO QUE OS OUTROS VÃO REVELAR AINDA MAIS, SÓ QUE AGORA VAMOS PARA O PONTO FOCO DA NOSSA HISTÓRIA, TEM MUITAS EMOÇÕES VINDO PELA FRENTE E GENTE A DEMORA FOI PORQUE EU ESQUECI DE POSTAR MESMO KKKKKKK E TA DIFÍCIL ME DEDICAR INTEIRAMENTE AO LIVRO PORQUE TO ESTUDANDO PRO ENEM ENTÃO ESCREVER SÓ QUANDO MEUS HORÁRIOS PERMITIREM.

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