Os Anjos Também Sofrem

By Mimoria936

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Como pode uma criança de início de vida surpreendente, até para si mesmo, mergulhar em uma vida de sofrimento... More

Regressão ou ilusão?
Um tiro à queima roupa
Adeus, lindo e pobre, Cajá
Um novo mundo
Amooooo inesquecíveis
Napoleão?
Um bicho horrível..
Dupla consciência.
A trama do mal.
Um lindo rosto, na sepultura
11
Um outro pai...
A gente pensa que sabe...
Auto condenação...
Inesquecível pobreza infantil
17
18
Ideia "Genial"
Como é Jesus?
Grandes decepções...
Gay, eu?
Mudanças...
Aparências
Milagre forjado
A Trama
O Drama
Mãe
Que loucura?
Tentações...
Novos amigos
Incompreensão Sexual
Abuso sexual
As Minas
Controvérsias de minha alma
Anjo Puro ou Impuro?
Alma de mão dupla..
Um Fantasma Gay
Um Papo Com o Pastor
Mais uma vez, à beira da morte
O primeiro beijo
Novinhas, nosso corpo não é um brinquedo.
Minha avó e os anjos. Acredito
Segredos. Entre a terra e o Céu.
Que missão...?
Gays, Prostitutas, Falsos Crentes.
Prenúncios de Morte
Tirando Máscaras
Detentores de Deus
Uma morte "surpresa"
Um presente e uma "Loucura"
Quem sou Eu?
A morte de meu pai
Ao invés de festa, pranto...
Quem matou meu pai?

Um Pedófilo...

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By Mimoria936

Branco, vamos ao igarapé? Choveu muito ontem à  noite. Hoje deve está legal. O Marcelo e o Augusto também vão...

Oba!.. vamos chamar também o Fernando...

Nunca eu tinha presenciado um momento tão bom em minha família. Uma igreja,  fora construída,  próximo a meu bairro. Eu estava gostando muito de participar, pois eu preferia conviver com pessoas do meu nível financeiro. Eu estava estudando à noite,  a quinta série,   já estava entrando em meus 13 anos de idade. Nessa igreja minha mãe e minha família não estavam sendo vítimas de intrigas e nem acusações falsas. As pessoas eram na maioria conhecidas de anos atrás.. meu pai não estava metido em nenhum caso de adultério. Ele  já estava até pregando na igreja.  Eu queria esquecer tudo que se passou e ser o melhor crente do mundo. Voltei ao meu interesse escolar, e,  novamente,  eu era o garoto  inteligente da  sala de aula. Comecei também a ver o novo momento de meus amiguinhos. Eles estavam crescendo do dia para noite. Suas pernas, barrigas e pubis estavam cada vez mais cabeludos. Isso ainda não estava acontecendo comigo. Minha puberdade foi muito retardada. Mas no igarapé percebi algo diferente: eu queria estrear minha sunga nova,  que peguei de nossa pequena loja. Sem meu pai perceber, é claro. Ele jamais me daria uma. Eu estava achando minhas pernas e meu bumbum muito lindo naquela sunga preta. Cada vez,  que eu subia na sapata de concreto,  que havia, no meio do igarapé, percebia que um homem me olhava. Cada vez que eu pulava também ele pulava na água, acompanhado de um lindo garotinho. Um garoto de minha idade. Super lindo. Alto, muito maior que eu. Branquinho. De rosto e cabelo de dar inveja. Como eu sonhava ser,  caso eu pudesse mudar meu biotipo. Esse homem,  não parava de correr seus olhos,  em todos os meus movimentos. Me olhava da cabeça aos pés.. parece que chegava a medir cada passo que eu dava. Ele conferia de pouquinho cada corrida para frente, cada volta, cada mergulho que eu dava na água. Comecei a ficar envergonhado. Não resistir aaquele homem me olhando e corri para fora do igarapé... vesti meu calção. Meu único pensamento: aquele homem percebeu que tenho jeito de menina quando ando. Nunca mais tomarei banho só de sunga na frente de ninguém. Aí que vergonha disso!
O homem pulou na água,  com o garoto e ficaram em movimentos estranhos dentro do igarapé. A água estava cobrindo até o pescoço deles. Meu irmão me falou: acho que aquele homem está comendo aquele menino. Eu respondi: é verdade... mas eu não quis comentar. Apenas fazia de conta que não via. Mas eles queriam mesmo era aproximação comigo. E ele não estava,  apenas olhando  meu corpo. Mas também meu comportamento. Ele percebeu que eu tinha um jeito bem educado. Diferente dos outros colegas...

Branco, vamos embora. Já está tarde. E tu ainda vai pra aula hoje...

É sim, Jesiel. Vamos...

Ei garoto.

Oi..

Como é seu nome..?

Meu nome é Gelson. Mas todos me chamam de Branco...

Ah! .. que prazer! ... eu sou jack.. tu estás vendo aquele meu amigo? Ele quer ser teu amigo também... faz o seguinte. Você vai até ele e  pergunta: O que faço pra ser seu amigo...?

O Que?  Eu .... eu não..!

Cara... essa é nossa senha de amizade... vai lá... enquanto teu irmão se afastou...

Éh... eu não vou, não, cara. Isso é pedir uma amizade. Eu nunca fiz isso....

Ele vai ficar triste. Ele quer mais do que tudo que sejamos amigos. Ele,  você e eu.. ele é um cara muito bacana, rapaz.. vai lá... vamos ser amigos...?

Éh... tudo bem. Mas tou com vergonha...

Eu te ajudo. Vamos lá...!

Oi... co...como faço pra ser seu amigo? ...  foi seu amigo que me pediu pra falar assim...

Hahaha... não fique envergonhado. É assim que começo com todos que eu quero como amigo. Como é seu nome, garoto?

Eu sou Gelson. Mas todo mundo me chama de Branco.

AAAAh! Gostei. Vou te chamar de Branco também...

Meu nome é Edy... olha, Branco. Um amigo tem que ser leal,  companheiro e bondoso. É assim que temos que ser um amigo. Um amigo faz tudo por outro amigo...

Ah! Legal... 

Sou novo em Santa Luzia. Iniciei agora na cidade uma oficina de bicicleta. Você pode sempre me visitar...

Ah! Legal. Quando eu for à escola posso ir lá....

Huuum, você tem jeito de menino estudioso. Será um prazer ter você lá... viu? Não precisa  você se tremer pra ver que sou um cara legal...

Kkkk sempre me tremo assim. Sempre fico nervoso...

Hahaha tudo bem. Não dá pra perceber muito, não... isso é normal.

Vou pra casa com meu irmão..

A gente se ver... tchau...gostei de você garoto...

Parecia que eu estava entrando em um paraíso. Agora eu estava na quinta série. Tinha dez matérias pra estudar. Tinha 9 professoras e 1 professor. Eu já podia ir à escola,  de bicicleta. E novas amizades estavam surgindo a cada minuto. O professor de matemática,  não quis me chamar de Gelson. Ele gostou do meu sobrenome. Agora, na escola eu era o Mimória. E eu  fazia jus ao nome,  em sala de aula. Aos poucos eu ia pegando roupa de nossa lojinha. Agora eu já tinha calças e camisas  de adulto. Eu estava querendo mesmo era crescer. Coisa difícil, muito difícil pra mim.
Desconfiei de Edy. Eu não queria ser amigo dele. Eu já lia a bíblia. Eu já sabia o que era pecado, para minha igreja. Eu percebi que ele tinha um caso amoroso com jack, eu jamais iria parar em sua oficina. Mas nesse caso quanto mais dificil a presa, eles  acham melhor... uma semana depois,  sem eu que eu fosse atrás dele..

Bom dia, dona...

Bom dia, moço. Em que posso ajudá-lo?

É aqui que mora o Branco, filho do seu Xavier... ?

Sim, é aqui mesmo.... por que a pergunta?

Eu sou Edy.  Conheço seu esposo. Ele concerta as bicicletas de vocês comigo... vejo o Branco todo dia na loja. É um menino inteligente. Vejo todo dia ele ir a aula. Se a senhora permitir que ele aprenda a profição comigo, posso aceitar e ensiná- lo. Até pago um semanal, caso ele goste do trabalho... como é seu nome mesmo, minha senhora...?

Eu me chamo Lurdes.. mas é o seguinte, moço. Essa é uma decisão dele. Não sou de forçar meus filhos a nada. Se ele quiser, tudo bem. Pesso ao pai dele, que o leve até você, já que ele o conhece. Sei que meu filho é inteligente e até um pouco responsável, pela idade dele. Mas como já lhe disse. Ele só vai se ele quiser...

Ah! Tudo bem dona Lurdes. Vejo que a senhora é uma boa mãe... tchau... olha veja se convença o meu Branco, tá .. gostei muito do menino. Ele tem futuro...

Tá perdido....?

Oi Edy, é aqui mesmo que estudo... no Mariano Muniz... é que só tem quinta série à noite nessa cidade. Por isso que  menor estuda a noite aqui...

Tu nem passa na minha oficina, ne?

É que essa escola é muito distante. Só venho à aula quase correndo... não dá tempo parar por lá..

E o que tua mãe te falou?

O que, tu falou com minha mãe?

Eu pedi ela pra tu trabalhar em minha oficina... eu falei pra ela. Vê se convença meu Branco... ela falou que você é quem decide. E aí....

Minha mãe não me falou nada rapaz... e ainda bem. Pois eu não quero. Não é minha vocação. Nossa professora ensina que temos que procurar fazer o que é de nossa vocação... e não procure falar com minha mãe. Não gostei disso...!

Pô, mais eu pensei que seríamos amigos. Lembra do nosso pacto de amigo?

Tchau, Edy. O portão da escola vai já abrir...

.

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