Hoffen: Unidos

By drikacsa

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''São duas realidades totalmente diferentes. Eu vim de fora dos muros e a realidade de quem vive lá fora, vai... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17

Capítulo 3

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By drikacsa


       

                                                                                      
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                                                                   Mia  

- Eu vou matar ele – Tento ir atrás de Axel, mas a selvagem me agarra pelo braço.

- Por que pensa que para tudo você depende dele? – Ela diz me encarando. Meus olhos queimam de ódio por ela está em minha frente.

- Porque ele é o único que pode entrar naquela merda de prédio – Grito com ela.

- Eu sou a neta do governador, lembra? – Ela diz e para por um momento como se estivesse analisando que o que acabou de falar é realmente verdade - Eu posso entrar onde eu quiser. – Talvez eu tenha subestimado a selvagem, relaxo e penso no que ela acabou de me falar.

- Vai mesmo querer fazer isso? – Pergunto.

- Também quero descobrir o que isso significa. Deixe Axel pensar que o mundo gira em torno dele e enquanto isso agimos sem ele saber.

- A garota tem razão – Max se levanta – Axel só nos atrapalharia, ele não vai nos ajudar até que tenhamos algo concreto a mostrar.

- Espere que me levem até lá, talvez não demore, então nós vamos ao laboratório.

- Talvez, eu goste um pouco de você selvagem – Digo e ela sorrir. Mesmo que agora tenhamos outra chance, não vou perdoar Axel me provocar daquela forma. Eu o vejo como um irmão, mas ele sempre tentar ser como o idiota do seu pai, o torna um idiota também. Quando fomos para a escola pela primeira vez, dois anos mais novos que Axel, todos nos olhavam com desdém por sermos filhos de um traidor. Axel nos protegeu desde sempre. 

Meu pai foi acusado de traição quando tínhamos dois anos, mas diferente dos outros ele não foi logo morto. O governo não tinha um cientista tão bom quanto ele e por isso o mantiveram vivo por mais alguns anos. Ele não podia morar na nossa casa, mas como parte do acordo com o governo, ele poderia nos ver duas vezes no mês, ele era esperto o suficiente para dizer que se não o deixasse nos ver, ele não faria nada para eles. Com mais ou menos seis anos, comecei a ir visita-lo escondida. Meu pai dizia que eu era uma ninja, ele dizia que jamais entenderia como eu podia tão novinha e enganar a segurança do governo. Sempre que eu o visitava analisava todo o lugar e planejava como eu iria entrar sem ser pega, ele até me ajudou fazendo uma rota menos arriscada para mim. Apesar de eu vê-lo apenas pela minúscula janela de seu quarto. O governo tem varias bases espalhadas pela cidade, uma das bases é o muro que a cada ano vai se expandindo mais. Temos o prédio militar e o aero militar, as principais bases.  O aero militar é usada por engenheiros, enquanto o prédio militar é pelos cientistas. Eles mantinham meu pai no aero apesar de ele ser um cientista, meu pai me disse que era com o objetivo de não chamar tanta atenção, ter um prisioneiro na cidade seria motivo de muitos comentários, mas eu não me importava, até gostava.

A melhor segurança se encontra no prédio e nos muros, que foram os sistemas projetados pela mãe de Justine, mas o do aero militar, ainda estavam em andamento quando eles a mataram, então foi mais fácil. Outra vantagem é que a maior parte dele é a céu aberto e com todos os CT aéreos enormes, era fácil de se esconder. 

Ele sempre foi minha inspiração para tudo, aprendi a lê muito cedo, porque nossa mãe sempre fez questão de nos ensinar, como meu pai teria feito se pudesse está mais próximo a nós. Eu pegava os livros de sua biblioteca e os devorava, desde ficção a livros científicos. Eu queria ser como ele. Meu pai era a melhor e mais corajosa pessoa que eu já conheci, eu mal posso acreditar que ele foi morto.

Uma vez eu o perguntei, qual era o segredo que ele havia descoberto e ele apenas me respondeu; o que um dia você irá descobrir. Então agora eu ligo tudo, os colares não podem ser apenas uma coincidência, tem que existir algo. E depois eu o perguntei o porquê de eu ter que esperar para descobrir se ele poderia me contar e ele me disse que eu ainda era muito nova para entender, mas agora eu não sou mais. Eu tinha oito anos quando ele foi morto, chegou o dia da visita e nos disseram que não teria mais visitas, que tinha chegado a hora dele pagar pela sua traição. Eu era uma criança de oito anos ouvindo que o meu herói tinha sido morto, porque tentou mostrar algo as pessoas. Aquilo despertou algo tão grande dentro de mim, algo que jamais vai poder ser calado, foi como se tudo o que meu pai era, tivesse se transferido para dentro de mim, eu fiz de tudo para ser como ele, só para ter certeza de que parte do que ele era, ainda estava vivo. Eles não nos deixaram nem mesmo ver o seu corpo.

- Mia, tudo bem? – Justine pergunta entrando em meu quarto, enxugo minhas lagrimas.

- Tudo – Ela me encara, esperando que eu diga mais – Eu estava lembrando do meu pai.

- Ainda se lembra dele?

- Sim, eu tinha oito anos quando ele morreu. O governo o deixou vivo por mais seis anos, depois da traição.

- Pelo menos alguns de nós ainda tem lembranças. Eu queria saber como eles eram, queria conversar com eles. – Ela dá de ombros – Tem sorte Mia, eu não tenho nada para lembrar e chorar.

- Dói muito – Encaro ela – Você sabe o quanto dói. É como cair em um poço de sofrimento eterno. Eles eram pessoas especiais.

- Sim, eram. – Ela para por um tempo olhando uma foto minha, de Axel e minha mãe juntas – E ela? Onde ela está?

- Trabalhando, desde que meu pai morreu, ela mal fica aqui, chega quando estamos dormindo e volta antes de acordarmos, geralmente. Algumas pessoas não sabem lidar com a morte.

- Parecem feliz nessa foto – E estamos, foi no nosso aniversario de dezessete anos, ano passado. Raros momentos em que convivemos de verdade. Ela nos levou para acampar próximo aos muros, foi o mais perto que cheguei de lá. Volto a chorar e como eu odeio chorar na frente das pessoas.

- Não quero mais falar deles – Digo – Me conte sobre como é lá fora.

- Não somos selvagens, só para deixar claro – Sorrio – Lá fora tem muitas pessoas e tudo é muito extenso, vivemos em comunidades, existem sete comunidades no total. Eu vivo na comunidade mais distante dos muros e mais próxima a floresta. Nas outras cidades, eles são diferentes, mais desorganizados, pelo menos foi o que me falaram.

- Pensei que não existia mais florestas lá fora.

- As floresta sem vida, nós a chamamos assim. Existem florestas com vida ainda, as que estão próximas aos lagos, mas temos pouco acesso a elas. O governo controla todos os lagos, então sempre estamos a procura de novos, mas no final eles sempre os encontram e tomam eles de nós. A maior parte dessa comida de vocês, vem do nosso trabalho, plantamos, colhemos e fazemos todo o processo até que cheguem a vocês, a água usada nisso é monitorada rigorosamente por eles. Então todo o mês, eles nos dão dois galões de água e um pouco de comida, que no caso não é o suficiente para nada, ai somos obrigados a nos arriscar nas florestas para caçar.

- Então nada de rituais, caça as pessoas da cidade, comer humanos e tudo aquilo que nos contam?

- Eu não sei o que contam a vocês, mas não somos assim – Ela me encara brava.

- Calma – Levanto minhas mãos para o alto – Nosso vô nos contava historias assim.

- Me lembre de não matar nenhum de vocês por acreditarem nessas historias.

- Tudo bem – Sorrio – Pode dormir comigo ou no quarto de Max, ele dorme no sofá.

- Prefiro ficar aqui, deixe Max com sua cama.

- Ele não se incomodaria, nosso sofá é bem confortável – Ela encara minha cama com uma certa duvida e senta sobre ela.

- Na verdade, eu prefiro dormir no chão.

- No chão?

- Sua cama é confortável demais, parece que vou afundar nela – Sorrio e me jogo em minha cama, na verdade é suave e aconchegante – Eu dormia praticamente no chão, então tudo isso ainda é muito para mim.

- Nem pensar, vai afundar na minha cama sim – Digo a ela, me deito de um lado da cama e ela do outro. – Viu? É relaxante.

- Muito – Não tenho certeza se ela diz a verdade. Pego no sono quase imediatamente.

                                                                       *******

- Mia – Ouço alguém me chamar. Abro os olhos devagar até que vejo minha mãe.

- Mãe? – Digo sonolenta.

- Quem é essa garota deitada no chão? – Olho para o lado de Justine não está mais lá, vou mais um pouquinho para frente e a encontro dormindo no chão, reviro os olhos.

- É a neta do governador – Ela arregala os olhos – Ele a encontrou ontem e Axel a trousse para ficar aqui até que o governador faça o comunicado de sua volta. Ela era uma selvagem.

- Querida por que não me avisou que ela estava aqui?

- Achei que não ia se importar, você nunca está aqui mesmo – Digo me levantando.

- Sabe que é por causa do meu trabalho.

- Claro, seu trabalho – Entro no banheiro, mas deixo a porta aberta. Escovo meus dentes enquanto ela fala.

- Acho que vou preparar um café da manhã para ela, o que acha?

- Seria muito gentil da sua parte – Digo apenas para a tirar daqui.

- Mas eu não sei do que ela gosta, você sabe? – Apareço na porta do banheiro ainda com a escova em minha boca e a encaro como se fosse a coisa mais obvia do mundo, tiro a escova e digo; - Mãe ela é uma selvagem, qualquer coisa que você faça ela vai gostar. Menos ovo mexido, ela odeia.

- Você odeia ovo mexido, Mia.

- Então eu disse a ela para odiar também. – Ela dá um meio sorriso e sai. Termino de me arrumar e chamo ela. – Bom dia selvagem – Digo, assim que ela abre os olhos.

- Já disse para não me chamar de selvagem – Ela se levanta.

- Enquanto continuar agindo como uma, vai ser sim. – Digo entregando a ela, uma escova de dentes ainda na embalagem, para a sorte dela, eu sempre tenho uma reserva. – Isso é uma escova de dente. Se quiser posso te ensinar a usar – Digo irônica, mas ela não acha graça, apenas vai para o banheiro e bate a porta com força – Minha mãe está cozinhando para você, não demore.

Vou para a cozinha de onde o cheiro é maravilhoso.

- Meu Deus, vamos comer algo diferente de ovo e bacon. – Ela sorrir – Serio você precisa ensinar Max a fazer outra coisa além disso.

- E você devia tentar aprender também – Max diz vindo de seu quarto, ele me dá um beijo na bochecha, mas limpo com nojo.

- Nunca mais me beije.

- Beijo você todos os dias – Ele dá um beijo na mamãe também e ela sorrir. – É bom ter você por aqui.

- Tem razão – Digo – Acho que a selvagem deveria morar aqui, quem sabe ela ficaria todos os dias. – Um fato sobre nós dois é que Max sempre foi mais compreensível do que eu. Somos gêmeos, mas somos muito diferentes em vários aspectos. Sempre que vejo algo semelhante em nós, eu sinto muita raiva. Não quero ser igual a Max. Alguém bate na porta e eu sei que esse alguém é Axel, porque só ele bate na porta. Max vai na direção, mas o paro. – Deixa que eu vou. – Abro a porta e Axel está lá, com seus cabelos castanho claro, penteados perfeitamente para o lado e abaixo dos seus olhos castanhos, olheiras que entregam sua noite mal dormida.

- Veio me prender? – Pergunto.

- Mia, sem drama – Ele diz serio.

- Se veio pegar sua selvagem, ela está terminando de se arrumar. – Saio da frente da porta e o deixo passar. – Se precisar de alguma coisa senhor, avise. Quem sabe uma reverencia? Alguém como você merece.

- Mia não acha que está pegando pesado? – Minha mãe pergunta.

- Não se meta – Me viro para ela – Você nem sabe o que aconteceu, na verdade você não sabe nada sobre nossas vidas. – Ela se cala. Justine aparece dessa vez vestindo uma calça jeans velha e uma blusa manga longa. Me pergunto se ela sabe que aqui dentro não precisa viver usando mangas longas.

- Peguei algumas roupas suas, espero que não se importe.

- Tudo bem – Digo.

- Vamos Justine. – Axel diz.

- Não, ela está cozinhando para nós.

- Pode comer lá no prédio militar, seu avô está a sua espera. – Encaro Justine, ele a levará para o prédio, ela me encara de volta percebendo a mesma coisa que eu, é a nossa chance, Max sorrir no canto da sala.

- Então o deixe esperando – Ela diz. Sorrio, essa selvagem é das minhas.

- Isso mesmo – Digo me aproximando dela – Vem Justine, vou ensinar você a usar nossas tecnologias, você pode ter um CC ser quiser.

- O que é isso?

- Rede social das cidades. Vamos criar um perfil bem legal para você – Digo e encaro Axel, que devolve o olhar furioso. – Ele está furioso – Digo a ela.

- Eu sei – Ela olha para ele rapidamente – Não quero que me vejam como uma garota boba que vai aceitar tudo o que me disserem.

- Foi esse espirito que matou nossos pais – Sorrio – É o que minha mãe sempre me fala, quando me comporto como meu pai.

- E vai ser com esse que vamos vinga-los.

- Isso aí – Tento fazer um toque de mãos com ela, mas ela não sabe, então eu a ensino. – Vai fazer nossas ideias parecerem legais – Digo. - Bate a palma da mão, as costas e uni os nossos dedões.

- Meninas o café está pronto – Minha mãe nos chama. Vamos para a mesa e Axel se uni a nós. Minha mãe faz as melhores panquecas do mundo.

- Isso é tão bom – A selvagem diz e minha mãe sorrir.

- Eu disse, ela é uma selvagem, vai gostar de tudo que der a ela.

- Quando eu voltar para fora dos muros, vou enviar a você um bom ensopado de coelho – Ela diz, mas não é o ensopado de coelho que nos espanta  e sim sua vontade de voltar. Encaro Axel. Ele não contou a ela que não vai mais poder voltar para lá.

- Então eu vou esperar ansiosa – Digo quebrando o silencio – Ou não, isso me parece nojento – Ela sorrir – Tem quantos anos selvagem?

- Dezesseis anos e vocês?

- Dezoito – Max responde em conjunto comigo. Como odeio isso, parece ser tão coisa de gêmeos.

- Dezenove, mas logo vou fazer vinte anos.

- Vocês estão ficando tão grandes – Minha mãe passa a mão por nossos rostos – Estou me sentindo velha. E você Justine é muito parecida com seus pais. – Justine sorrir.

- Então agora podemos ir? – Axel pergunta.

- Sim, mas não quero ir sozinha.

- Você vai comigo.

- Não, os gêmeos também vão.

- Eles não precisam ir – Axel diz impaciente. Me levanto, sorrindo.

- Claro que precisamos. – Passo minhas mãos pelos ombros de dela – Ela precisa de amigos do lado dela.

- Se eles não forem, eu não vou. – Axel fecha os punhos em total raiva.

- Acho melhor eles ficarem, você precisa de um tempo com seu avô – Minha mãe diz se aproximando a ela, reviro os olhos, ela tem mesmo que se meter?

- Na verdade eu prefiro que eles vá – Ela diz.

- Tudo bem, só vamos logo – Pego minha mochila e coloco todos os colares nela, mando uma mensagem a Max avisando que ele se prepare, quando estamos prontos, vamos com ele.

- Vamos fazer uma visitinha a você no seu trabalho – Digo entrando no carro.

- Não enche Mia, vou ficar de olho em vocês o tempo inteiro. – Sorrio para Justine. Eu pensei que a odiaria, mas na verdade ela é bem legal. No caminho observo como seus olhos parecem captar tudo ao seu redor. – Nós utilizamos energia solar – aponto para as placas em cima dos prédios. – Bem sustentável não? Esse prédios a maioria são destinados a militares e ciência, todo ano são criados cinco novos, dizem que vão quebrar os muros e expandir o nosso espaço.

- Vão nos tirar de lá – Ela diz.

- Nem tudo o que Mia fala é verdade – Axel diz sem tirar os olhos da estrada. Ele parece está muito irritado comigo, mas isso é mais comum do que parece.

- Se desenvolveram rápido, cinquenta anos me parece pouco para uma cidade.

- Sim, mas também investiram em mentes como a de nossos pais. Eles eram incríveis, fizeram softwares, fizeram da nossa proteção ainda mais segura e tantas outras coisas. Seus pais eram responsáveis pelas tecnologias que nos protegem de vocês selvagens e algum possível ataque e da proteção solar. Sua mãe criava muitos equipamentos de segurança, no começo, meu pai disse, que ela desenvolvia armas para o exercito, mas seu avô a considerava perigosa demais para ter acesso a algo tão importante, então a transferiu para a segurança. E seu pai fez aquela belezinha ter o maior avanço em anos – Aponto para o alto onde o grande teto solar transparente ronda a cidade. – Meu pai criava software, os melhores que essa cidade já teve. Eles trabalhavam em conjunto por serem os melhores, o governador dizia que um ligava o outro e isso fazia de nossa sociedade ainda melhor. A mãe de Axel foi à evolução da nanotecnologia na nossa cidade.

- Gostaria de ter conhecido eles, todos eles.

- Todos nós – Digo e sorrio para ela. Quando paramos em frente ao prédio militar, ela parece ainda mais maravilhada.

- É o maior prédio que temos – Digo a ela. E também o mais lindo, o prédio todo de vidro espelhado, era a coisa mais linda a se ver dessa cidade. Muitos militares correm de um lado para o outro, o tempo inteiro aqui e além de ser o lugar onde você vai encontrar as pessoas mais importantes da cidade. Entramos e observo toda a decoração rustica do lugar, o elevador a esquerda da recepção e o cantinho onde as pessoas esperam até que sejam chamadas. Eu tinha me esquecido como esse lugar era. Entramos sem precisar passar pela recepção, é agoniante ter que subir tanto para encontrar o governador. Ele fica no ultimo de 24 andares. É o máximo permitido para prédios, penso que talvez seja porque eles não nos querem vendo o que tem lá fora. E isso vai mudar, uma parte do muro continua a ser aumentada e logo as outras também. Vão aumentar o muro até que sua ambição o derrube. Quando o elevador para e a porta se abre, o governador já está lá ao lado da mesa da sua secretaria, ele parece surpreso em nos ver. O andar do governador é sem duvidas o mais lindo, tudo ali é de decoração rustica, um rustico tão lindo que parece brilhar. O lustre de cristal dá a entrada ainda mais elegância.

- Ela insistiu que os gêmeos viessem – Axel diz logo após a reverencia ao seu governador.

- Já fez novos amigos, que bom – Ele sorrir, mas é tão falso, que sinto vontade de vomitar. Ao contrario de Axel, não o reverenciamos, nem mesmo devolvemos seu sorriso falso, apenas nos sentamos em um dos sofás. Ele leva Justine até a sua sala e ficamos ali, com Axel nos encarando feito um cachorro bravo.

- Não vai aprontar Mia – Ele diz – Quer mesmo ser pega e considerada uma traidora? – Levanto minhas mãos para o alto.

- Não estou dizendo nada.

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