Olá, amores!
O capitulo de hoje vem meio esquentadinho, então sentem a pressão de hoje, vai ser babado ;)
Ótima leitura, A.B.
Maria Eduarda
Tentei a todo custo colocar um sorriso em meu rosto, mesmo às vezes sendo falso, era o primeiro dia do meu mais novo chefe, tinha que esquecer minha vida pessoal e focar no meu profissional, mais não conseguia, estava magoada demais para me fingir de alegre e acho que Oliver deve ter sentido isso, pois sentia o quanto estava sendo dura com ele e corria risco de ser despedida por está atitude, mais nesse momento pouco me importava.
- Aqui fica o R.H, você sabe essa sala é direcionada principalmente quando alguém é demitido. Essa outra sala aqui é a de Administração, onde eu fico.
- Falta muita coisa para conhecer, Srta. Andrade?
- Faltam algumas coisas, mais não são tão importantes quanto ao resto das coisas que lhe mostrei.
- Tudo nesta Empresa é importante, isso aqui vai ser meu, tudo nela incluindo os funcionários são importantes, grava isso na mente. – Oliver sorriu e concordo com a cabeça.
- Claro, foi um deslize meu, na próxima vez serei competente e fazer um serviço melhor. Como sou estúpida.. o senhor quer que te leve até a sua sala? Para não se perder. – Levo um susto quando Oliver segurou meu braço e começou a me arrastar pelo corredor, abrindo a porta que dava para a escada de emergência da Empresa, fechando a porta e me imprensando na parede.
- Você está mexendo com a pessoa errada, não sou como o meu pai que é bonzinho e não liga para as ironias de seus funcionários, comigo as coisas é mais intensa, quente e selvagem. – Oliver sussurrou no meu ouvido e arregalo os olhos. – Se você continuar com o deboche, irei te mostrar o seu lugar.
- E onde seria o meu lugar?
Oliver Sanches esta com a testa colada na minha, assim como o seu corpo todo esta colado no meu e posso muito bem sentir uma coisa que só homem tem bastante animado na minha barriga. Meu deus, o que está acontecendo? Oliver me lançou um sorriso bastante indecente e se afastou de mim.
- Um dia poderei lhe mostrar o seu lugar, de um jeito lento e devagar. – Oliver sorriu saindo da escada de emergência.
Deixei meu corpo escorregar pela parede até sentir minha bunda cair no chão, fico assim por algum tempo, as pernas esticadas nos degraus, a cabeça encostada na parede e pensamentos longe. Não sei o que acabou de acontecer alguns minutos atrás, Oliver me imprensou na parede, encostou seu corpo no meu e me fez sentir coisas que nunca tinha sentido antes. Era algo errado e nada profissional o que aconteceu, e não deveria estar com esse sentimento de culpa dentro de mim, mais sentia.
Ainda não tinha terminado com o Marco, mesmo não querendo nada com ele ainda estávamos namorando, e talvez por este motivo me sinta tão culpada. Hoje seria o dia que entraria no apartamento que fui feliz, que fui amada por Marcos, e ele tinha sido o único homem que tinha me tocado, me beijado, me amado, e vai ser difícil por algum tempo esquecê-lo.
A partir do momento que entrasse naquele apartamento que um dia foi nosso, pegasse todas as minhas coisas e talvez deixasse um bilhete para ele, assim que saísse de lá começaria uma nova vida para mim e seria muito melhor do que já tive. Ainda sou nova e vou achar alguém que me valorize e me ame, sinto isso.
Olho para o relógio digital no computador, já é a minha hora de almoço, e estava feliz por ser 13:00 hora da tarde e finalmente descansar meus olhos e mente por 45 minutos. Desligo a tela do computador, pego a minha bolsa e coloco no ombro, e antes que saísse da minha mesa, Zé se aproxima de mim e me da um sorriso.
- Oi ruiva, o pessoal vai almoçar juntos no Restaurante Italiano que tem aqui perto, quer ir conosco?
Zé é um homem muito legal, tinha em torno de 40 anos, casado e 3 filhos. Ainda não era muito amiga do pessoal da minha sala, acabava ficando muito no meu canto concentrada no meu trabalho e não ficava de conversinha, preferia me dedicar naquilo que era o meu sustento e fofoca poderia ser deixado para outro dia. Então acabei ficando mais próxima de Zé, já que ele é casado e pai de família acabei pegando confiança, então quando tem esses almoços relâmpagos com os colegas de trabalho, Zé é o único que vem me convidar, e não fico triste por isso.
- Sim, obrigada pelo convite. – Então sai ao lado de Zé da sala, estávamos seguindo os nossos colegas de trabalho até o elevador e foi difícil não reparar próximo ao elevador que tinha a escada de emergência. Foi inevitável não se lembrar do que aconteceu há quase 4 horas atrás ali dentro, ainda podia sentir as mãos grandes e fortes de Oliver em mim, seu corpo musculoso junto ao meu e seus olhos esverdeados encarando-me com total malícia.
Maria Eduarda para agora! Ele é o seu chefe sua maluca, não vai começar a delirar com seu próprio chefe!
Minha mente tem razão, não posso começar a pensar em coisas que não tem. Talvez Oliver tenha me levado lá para conversarmos melhor e eu com a mente poluída que sou pensei em coisas onde não tem. É isso, estou pensando corretamente neste momento. As portas do elevador se abrem e estava acompanhando meus colegas de trabalho. Já tinha ouvido que perto da Empresa tinha um Restaurante Italiano, mais nunca tinha me dado ao trabalho de procurar por ele.
Saindo de dentro da Empresa, Zé ainda está ao meu lado olhando ao redor e vejo que meus colegas estão virando para o lado esquerdo enquanto conversam, mais não foi isso que me chamou a atenção, o que me chamou a atenção foi ver uma mulher encostada em um carro vermelho encarando-me. Reconheceria aquela mulher em qualquer lugar, era a mulher que é amante de Marco esse tempo todo!
- Zé vai indo na frente, estou vendo uma conhecida minha, se der tempo vou ao encontro de vocês.
- Tudo bem, até daqui a pouco. – Aproximei-me daquela mulher com passos furiosos e parei a poucos metros de distancia dela. Olhando para ela vejo que esta com calça de couro, uma blusinha rendada branca e saltos altos pretos, seu cabelo está em um coque frouxo. Fico encarando aquela mulher com os braços cruzados esperando que ela falasse algo.
- Tem um Restaurante aqui perto, vamos até lá para conversar? – Sorri e olhei ao redor para ver não é nenhuma pegadinha.
- Conversar? Por causa de você não tenho mais namorado!
- Sei que está magoada, Marco também está na mesma situação, mais quero conversar outra coisa com você.
- Não vou a lugar algum com você, fale o que tem pra dizer daí mesmo.
- Queria conversar civilizadamente, mais vejo que não vai rolar, então vou ser bastante direta com você. Marco sempre foi fiel a você, mais a 1 ano mais ou menos começamos a se relacionar, ele se sentia culpado mais não conseguia terminar com você porque tem sentimentos, assim como tenho sentimentos por ele. Talvez Marco fizesse isso para provar a si mesmo que vai ter ereção com qualquer mulher, mesmo já tendo compromisso. Só que o problema Duda é que aconteceu uma coisa naquele dia da Boate que você não sabe.
- Fala pra tonta aqui o que aconteceu!
- Já tínhamos terminado Duda, fazia algumas semanas já, e no dia da Boate queria conversar com Marco seriamente, ele só tinha passado lá para saber o que tanto queria conversar com ele, e ele descobriu. Estou grávida, esse era o real motivo de ter chamado Marco na Boate. – Lembro do que Juliano me contou, mas não acreditei que de fato era verdade. Pensei que ele estava falando para implicar, mas agora vejo que ele não estava mentindo.
Dou dois passos para trás, estou em estado de choque. Sinto meus olhos ardendo e a única coisa que fiz foi dar a meia volta e entrar dentro da Empresa, cortando caminho e indo para o Estacionamento procurando meu carro e entrando nele. Que se danasse minha hora de almoço, que se danasse a hora que tinha que voltar para o trabalho, que se danasse tudo!
Ligo para o Rick pedindo que fosse para o apartamento de Marco imediatamente, que largasse seu serviço de consertar eletrônicos, e que iria lhe pagar a mais por isso, e ele aceitou na hora. Tirei o carro do estacionamento e coloquei-o na estrada, assim que passei pela frente da Empresa não vi mais o carro vermelho daquela vagabunda, e se ela não tivesse grávida possivelmente estaria em cima dela batendo na carinha dela.
Como Marco pode fazer uma coisa dessas comigo? Além de me trair ainda engravidou aquela mulher! Lembro como se fosse hoje de quando estava pensando que queria engravidar, que estava doida para ver minha barriga crescendo a cada dia, ficando redondinha e com um bebêzinho ali dentro, e o que ele fez? Disse que não pensava em filhos e que era para tirar essa ideia da cabeça, e agora iria ter um filho e parecia estar bastante aliviado em não ter mais nada comigo. Como fui burra, uma estúpida por não ter percebido há tempos que era traída, estava tão evidente depois de certo tempo que isso estava acontecendo. A partir do momento em que ele chegava em casa altas horas da madrugada e quando acordava não o via mais no apartamento, deveria ter notado ai que ele estava com alguém, e não que ele estava se matando de trabalhar.
Estaciono meu carro em frente ao prédio que tanto vou sentir falta, desço do carro deixando minha bolsa ali dentro, somente pegando as chaves do apartamento e do carro. Vejo Rick encostado na sua van e ele abre os braços me puxando para um abraço apertado quando me vê.
- Obrigada por vir, assim que tirarmos tudo de lá de dentro que é meu te dou o cheque.
- Não tenho pressa, mais vamos logo fazer isso, não posso demorar a voltar ao trabalho.
Entramos no prédio, dei boa tarde ao porteiro e levo Rick até o elevador. Sai no andar que tanto reconhecia, que tanto estava acostumada a vir depois do trabalho, mais tinha que esquecer isso, tinha que colocar meu plano de vingança em ação. Entro dentro do apartamento sentindo que esta somente Rick e eu aqui.
– Vou pegar algumas caixas de papelão que tem no quartinho dos produtos de limpeza, já volto.
Pego as caixas de papelão e volto para a sala. Rick me ajuda a montar novamente as caixas que estavam dobrados, vou pegando tudo o que é meu que está na sala e colocando em cima do sofá. Dou jornais para Rick colocar meus objetos para serem colocados dentro da caixa.
Vou para o quarto, abro o armário e começo a pegar os cabides que tem as minhas roupas, o bom que coloco muitas roupas no mesmo cabide. Dobro todas as roupas e coloco dentro da caixa. Abro todas as gavetas de uma só vez, pegando meus sutiãs, calcinhas, caixas de joias, e paro assim que vejo uma caixinha de madeira media onde guardava todas as lembranças que tenho com Marco, abro a caixinha e vejo as diversas fotos que temos juntos, lembranças maravilhosas que nunca esquecerei, mais vou dar um fim nessa caixa, por esse motivo coloco ela junto das minhas coisas na caixa.
Abro outra caixa de papelão, colocando meus perfumes, maquiagens enrolados no jornal. Tudo o que vejo que é meu vou jogando dentro da caixa, até perceber o quanto tinha mais coisas minhas do que do próprio dono do apartamento. Levo as caixas para a sala e vejo que já olhei em tudo e não tem mais nada meu. Peço a ajuda do porteiro para me ajudar a levar as caixas para a portaria, e ele junto de Rick vão levando as coisas. Sento-me na mesa de jantar que tem na sala, abrindo um caderno de anotações de Marco e escrevendo uma mensagem para ele:
"Marco,
Você deve estar vendo que seu apartamento está faltando algo, pois saiba que passei aqui e peguei tudo o que é meu, depois pode conferir, tudo o que é seu está no mesmo lugar. Desde já quero que saiba que não quero nenhum tipo de contato com você, portanto não somos mais namorados e sua amante veio me dar a grande noticia que será papai, e espero do fundo do meu coração que essa criança que está vindo ao mundo te faça um homem melhor, não pior.
Mesmo você tendo me traído, me enganado e iludido durante 7 anos de relacionamento que foi uma ilusão do inicio ao fim, espero que você seja feliz Marco, espero que as coisas deem certo na sua vida, só te peço que não me procure mais, que me deixe viver a minha vida.
Duda".