O Rico E A Plebeia

By princesadaslinhas

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(História escrita em 2015, pausada para reformulação EM BREVE) Uma garota simples, repleta de sonhos. Tem um... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 7 ( Lego House - Ed sheeran)
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11.
Capítulo 13
Capítulo 14.

Capítulo 12

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By princesadaslinhas

A viagem toda estive chorando.
Não cochilei por nenhum segundo, só fiquei pensando como eu fui idiota.
Nunca mais iria ver ele, nem o número dele tenho. Ele foi ridículo por não se importa por eu estar indo embora, ele foi frio, calculista, egoísta.
Tudo que eu quero agora é desabar debaixo do chuveiro, deixar ele lavar minha dor.

~ meia hora depois ~

Finalmente cheguei, vejo meus pais lá embaixo pelo vidro, sai em disparada e abracei eles e segurei o choro.

- Mamãe, papai. Eu estava morrendo de saudade. - comecei a chorar, não era so pela alegria em telos perto de mim, mais pela ferida exposta no meu coração.

- O meu amor. O que aconteceu com você? - minha mãe beijou minha testa preocupada com os hematomas no meu rosto.

- É uma longa história, te conto em casa. - falei tentando acalmar ela.

- vamos filha?- meu pai pegou minha mala e fomos pro carro.

Meu quarto, sempre arrumadinho e cheio de livros.
Aquela era minha vida.
Aqui é o meu lugar, onde posso comer com colher, posso usar vestido com tênis e não vou ser julgada por isso.
Aqui eu sou livre.

- Filha, comida está pronta amor. - minha mãe gritou.

Pulei da cama e senti o cheiro do rango, que saudade da comida da minha mãe.

Estávamos todos sentados na mesa e comemos a vontade. Contei toda história pra minha mãe, ela ficou assustada, me deu uma longa bronca, mas entendeu a minha dor.

Terminamos de comer e tirei os pratos.

- Vai descansar amor, eu e seu pai cuidamos daqui. - minha mãe falou olhando pra mim.

- Obrigada mãe. - dei um beijo nela e no meu pai.
Corri e me deitei na cama exausta.
Nem precisa ser vidente pra saber em quem eu estava pensado.

- Filha, acorda. - minha mãe me sacudiu.

- O que aconteceu? - acordei atordoada, mais me acalmei quando vi seu sorriso.

- O cursinho me ligou. - Meu coração bateu forte. Foi tão difícil fazer a prova, dei o melhor de mim, não posso acreditar que..

- Você passou amor, as aulas vão começar semana que vêm. - ela me abraçou.

Sim, eu chorei muito de felicidade.
Eu ia voltar pra lá e iria realizar meu sonho.
Sem nada pra me pertubar, sem Janaína nem Guilherme.
Nova vida. Nova Anna.

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Quatro meses se passaram.
Quem diria que passaria tão rápido...
Eu passei no cursinho, e estou muito feliz, foi difícil deixar minha casa, meus pais, mais estou fazendo isso por eles.

Aqui está sendo muito legal, estou dividindo quarto com Taíla, Amanda e uma menina chamada Cristiane.
Já nos tornamos grandes parceiras e amigas, estive em depressão no primeiro mês, justo no mês do meu aniversário. Chorava por tudo e foram elas que me ajudaram a me reerguer.
Elas são perfeitamente companheiras e não nos desgrudamos mais pra nada.

Aqui no cursinho, a única coisa desagradável são as pessoas exibidas (todo mundo praticamente), que tem se esnobado demais por terem dinheiro para pagar o curso e nós termos que mendigar bolsa.

No terceiro dia de aula foi o pior de todos.

Estava eu com meu grupinho andando pelos corredores, "babando" com o capricho e a beleza do lugar.

- Meninas, isso tá parecendo aqueles colégios de filmes. - Amanda disse encantada.

- Tomara que tenha aqueles Boys maravilhosos que participam de um time de futebol. - Taíla disse cutucando Cristiane.

- Falando em boys magia... - Cristiane falou olhando pra uns meninos que passavam por nós.

- Gente isso aqui é tão perfeito. - falei orgulhosa.

Continuamos andando e falando sobre as pessoas chatas da escola até que alguém segurou a alça da minha mochila.

- Olha quem está aqui - eu gelei na hora que olhei para aquele rosto com quilos de pó e um batom vermeho. Era Janaína, com a roupa daquele jeito vulgar de sempre. As amigas dela me olhavam da cabeça aos pés com cara de nojo.

As meninas me olharam sem entender.

- Essa que é a prima do Guilherme. - surrurei pra elas.

- Prima não cadela, N-a-m-o-r-a-d-a. - ela fez questão de dizer bem devagar. Então ele me trocou tão rápido assim?

- Olha como você fala com minha amiga sua palhaça. - Taila disse brava e continuou. - filhote de patati patata.

Amanda me puxou e fomos andando. Eu estava em choque, com medo, tudo voltou a minha mente e uma lágrima brotou.

- Esse ano promete, heim Anninha?! - Janaína disse rindo com suas amigas.

- Vai passar mais Maizena na cara e nos deixa em paz. - Cristiane falou com ódio.

Saímos andando pelos corredores, e entramos na biblioteca.

- Amiga, fica calma. - Amanda disse me sentando.

- Porque tem que ser assim? tinha tudo pra ser perfeito. - comecei a chorar.

- Cris, vou buscar água pra ela. - Amanda disse se retirando.

- Amiga, para, quem disse que aquele filhote de pirua vai estragar seu ano? levanta essa cabeça, e segue. A gente ta aqui. - Taila disse me abraçando.

- Se ela cruzar seu caminho eu juro que amasso aquela cara rebocada. - Cristiane disse e eu comecei a rir.

- So vocês para me deixar melhor. - disse limpando o resto das lágrimas.

- Toma sua aguinha Lice e vamos, o sinal ja bateu. - Disse Amanda com um sorriso que trasmitia "fica bem por favor".

Fomos andando e entramos na nossa sala.
As aulas passaram rápido, ja estamos na última.
Prestei atenção em todas, estava morta de cansaço.
Um bilhete pousou em minha mesa, era Amanda.

------
MIGA, AMANHÃ A NOITE VAI TER UMA FESTA DE CONFRATERNIZAÇÃO AQUI DO CURSO, VÃO ALUGAR UMA BOATE. TOPA IR? JA FALEI COM AS MENINAS, TODAS TOPARAM.
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Já havia me esquecido dessa festa.

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NÃO SEI MANDA, NÃO GOSTO DE FESTAS.
NEM ROUPA PRA ISSO TENHO.
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joguei pra ela.
Não demorou muito e outro papel bateu em minha perna.

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AMIGA, VAMOS CURTIR, A TARDE VAMOS NO SHOPPING E COMPRAMOS.
DIZ QUE SIM AMIGAAAA. PFPF
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Quer saber?! Ela tem razão.

------
TÁ, EU VOU.
------

Mandei o bilhete torcendo pra ela não responder, o professor já estava observando disfarçadamente.
Mais ela respondeu, e o bilhete caiu bem longe da minha mesa.

Olhei pro professor, que ja estava indo em direção ao papel.

Droga!

- Alunos, temos certas moças aqui que estão tendo um papo muito interessante, acredito que seja sobre o assunto que estamos tratando. - ele disse ironicamente, abrindo o bilhete. - Acho que as senhoritas não é importariam se a classe participasse da conversa. - Olhei assutada para Amanda que já estava verde com uma cara de preocupada.

Olhei pro professor pedindo piedade.
Ele sorriu ironicamente.
E jogou o bilhete na minha mesa.
"Graças a Deus".

- Da próxima vez, não terei dó. - ele sussurou e continuou dando a aula.
Ele me odeia, só pode.

Li o bilhete
------
AMIGA, VC VAI SAIR DA SECA. AMANHÃ PROMETE. KK AGORA VAMOS PRESTAR ATENÇÃO NA AULA.
-----

Olhei brava pra Amanda, que estava Vermelha de vergonha.

*****Guilherme Narrando******

Trabalho, trabalho e mais trabalho.
Ninguém merece.
Essa foi minha fuga para esquecer as perdas que tive nessas últimos meses.

Flashback on

Estou correndo pelo corredor.
Não, não pode ser assim, não dessa forma.

Vejo um tumulto na sala do CTI e me ponho a chorar.

- Estamos fazendo o possível. - Um medico neurologista, amigo do meu pai, me avisa. - Mas dessa vez, não sei se ele vai conseguir. Sinto muito.

- Desligue! - Choro angustiado. - Desligue a máquina!

Um dos enfermeiros me olha e sussurra pro médico responsável.

- Senhor Guilherme, tem que assinar alguns papéis para...

- Dane-se os papéis! Eu que mando aqui!. Vá! Acabe com o sofrimento do meu pai.

Todos os profissionais escutaram a conversa e se afastaram da cama, onde meu pai tremia.

- Sinto muito... - O médico diz.

- Todos sentem. - Murmuro friamente.

E de repente a cena se tornou lenta, as mãos do médico foram para um botão vermelho, abriu a caixinha que o protegia e apertou.
Meu mundo girou, olhei para o rosto falecido do meu pai e pelas suas expressões me lembrei dos velhos tempos. Do meu pai alegre, me dando conselhos sobre o amor, sobre a profissão, sobre como ser um homem honesto como ele foi. Me lembro da minha infância, eu criança correndo pelo jardim de casa, eu simplesmente me lembro de tudo e agora eu terei Guardado na minha memória o seu último suspiro.

Flashback off

Tudo mudou. Eu mudei.
Perdi pessoas que amava, fiz elas sofrerem por puro egoísmo.

Agora sou um homem mais importante para sociedade do que ja era. O Império do meu pai está em minhas mãos e isso não me deixou nem um pouco feliz. Do que adianta ter tudo e ao mesmo tempo não ter nada?

Estou dirigindo sem destino.
Preciso esfriar a cabeça.
Disco o número do meu amigo e ex colega de faculdade.

- Rafael?

- Iae pegador, beleza?

- Estou bem, tá afim de sair agora?

- Ja viu uma pessoa como EU negar uma festa?

- Assim que eu gosto, te pego no seu AP daqui meia hora.

- Velho, tu vai pra festa do cursinho Universitário amanhã?

- Claro Mano, já viu uma pessoa como eu negar uma festa?- falei o imitando.

- Aprende rápido heim ,Mano?!

- Vou desligar professor da conquista, pedágio a vista.

- Cuidado com a polícia, ladrão de coração.

- Vai pra merda Rafael. - disse rindo

Desliguei e continuei meu tráfego.
Festa do CUP, não queria ir, mas vou contra minha vontade. Preciso descarregar esse peso que está no meu coração.



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