Olá princesas, espero que gostem do capítulo.
Leiam com música se quiserem.
Boa leitura :)
No capítulo anterior:
Eu- tu não dás valor a nada, estás cada vez mais fria – a minha mão dirigiu-se até à maçaneta, mas antes que abrisse a porta a voz da Inês deteve-me e vi que se tinha levantado.
Inês- ai sim? E por que será? – perguntou fria e foi aí, quando ela me encarou, que vi os seus olhos verdes mais vermelhos do que o costume, ela tinha estado a chorar e aí o meu coração despedaçou-se por completo, eu não lhe devia ter dito aquilo – porque é que achas que eu fiquei assim tão fria Harry? – soltou um riso irónico – achas que a minha vida sempre foi um conto de fadas como a tua? Peço imenso desculpa se o irritei majestade, não foi essa a intenção.
Antes que pudesse dizer alguma coisa, ela pegou na mala e saiu disparada do quarto, passado alguns segundos ouvi a porta da entrada a bater.
O que é que eu fui fazer?!
7º Capítulo
P.O.V Inês
Como é que ele tem a lata de me dizer aquilo? Depois das coisas que ele já me fez!
Estou farta! Estou cansada de ter de viver na mesma casa que ele, de ter de olhar para a cara dele todos os dias... eu não mereço isto.
Xxx- Inês espera – gritou a voz que eu menos queria ouvir neste momento, rapidamente comecei a andar mais depressa – Inês! – agarrou-me no pulso.
Eu- deixa-me em paz, Harry – lágrimas já me escorriam pela cara – já chega, por favor.
Harry- desculpa, não era aquilo que eu queria dizer, a sério.
Eu- é esse o teu problema, tu não pensas antes de falar, nunca pensas e magoas os outros.
Harry- eu sei – baixou o olhar – mas tu estavas a irritar-me, eu só queria ajudar.
Eu- querias ajudar? Depois do que aconteceu, querias ajudar? – olhou-me nos olhos.
Harry- já percebi que, neste momento, tu odeias-me mas...
Eu- acredita, não é só neste momento – disse ao interrompê-lo, o que o fez revirar os olhos.
Harry- tudo bem tu odeias-me, mas mesmo assim eu só te quero ajudar, eu conheço-te, sei que não estás bem e odeio ver-te assim.
Só agora me apercebi o quanto próximos nós estávamos e que o Harry ainda me segurava no pulso. Porque é que estas coisas mexem comigo? Porque é que eu não consigo, simplesmente, mandá-lo embora e pedir-lhe que ele me deixe em paz, de vez?!
Eu- não sei se falar contigo é a melhor coisa a fazer – olhei-o nos olhos.
Harry- posso ter alguns defeitos mas até sou bom ouvinte – sorri – finalmente consigo arrancar-te um sorriso.
Eu- tudo bem, talvez não seja assim tão mau.
Caminhámos durante algum tempo e o Harry levou-me a um jardim, só lá estávamos nós e o jardim era bastante agradável. Talvez a companhia dele nem seja assim tão má, apesar de todas as discussões, o Harry é das pessoas que me conhece melhor e pode ser que me ajude a tomar uma decisão.
Harry- queres contar-me o que aconteceu? – disse quando nos sentámos frente a frente num banco.
Eu- hoje fui falar com a minha mãe.
Harry- eu sei, a minha mãe contou-me e já percebi que não correu muito bem.
Eu- ela explicou-me por que é que me abandonou.
Harry- e então? – uma lágrima escorreu-me pela cara e o Harry rapidamente se apressou a limpá-la – nada de lágrimas, eu odeio ver-te assim – sorriu, o que me deixou mais descansada.
Eu- ela engravidou de outro homem e por isso foi-se embora – abriu a boca de espanto.
Harry- ela abandonou-te só porque engravidou?
Eu- ela não gostava do meu pai, estava apaixonada pelo homem com quem o traiu e não queria ter de continuar a fingir que gostava do meu pai.
Harry- mas ela não tinha de te deixar por causa disso.
Eu- quando eu a confrontei com isso, ela inventou uma desculpa esfarrapada, disse-me que não conseguia encarar o meu pai e por isso abandonou-me e nunca mais quis saber de mim durante 18 anos, ela preferiu ficar com a nova família dela.
Harry- ela disse-te isso assim?
Eu- disse-me que estava muito arrependida e que se pudesse voltar atrás nunca o teria feito.
Harry- não lhe perguntaste porque é que só agora é que veio?
Eu- ela disse que sentiu a minha falta e agora que voltou quer aproveitar ao máximo.
Harry- ela vai cá ficar?
Eu- não.
Harry- então como é que quer aproveitar?
Eu- aí é que está o problema – baixei o olhar – ela quer que eu volte com ela para Portugal.
Harry- o quê? – disse atrapalhado.
Eu- ela pediu-me para voltar com ela porque queria conhecer-me melhor, pediu-me para pensar muito bem no que eu queria e dar-lhe uma resposta o mais rápido possível.
Harry- já sabes o que vais fazer?
Eu- ainda não, estou confusa, é muita informação para um dia só.
Harry- talvez devesses pensar bem nisso, muito bem mesmo.
Eu- o que farias no meu lugar? – olhei para aqueles olhos verdes que sempre me acalmaram.
Harry- sinceramente, talvez não aceitasse, ela abandonou-te por livre vontade, ninguém a obrigou a nada.
Eu- eu sei, mas no fundo é minha mãe – respirei fundo – e assim, finalmente, irias ver-te livre de mim – sorri e ele rapidamente se riu.
Harry- eu não me quero ver livre de ti – agarrou-me na mão – mesmo que não quisesse acho que iria sentir a tua falta, para além disso, acordar e não ter uma discussão contigo não iria ser a mesma coisa – rimo-nos – confesso que quando discutimos, apesar de me irritares, acho uma certa graça.
Eu- ai achas graça? – fingi-me chateada – eu não acho graça nenhuma quando invades o meu quarto para discutires comigo, sem bateres à porta.
Harry- confessa, é isso que anima o teu dia.
Eu- é que nem penses, tu só me irritas.
Harry- duvido, tu adoras-me – mostrou as suas covinhas ao sorrir.
Eu- vai sonhando – empurrei-o – não me vou esquecer que sentirias a minha falta.
Harry- tudo bem – levantou-se e estendeu-me a mão – o que achas de um gelado?
Eu- só se for de...
Harry- caramelo e baunilha... Eu sei – sorri e dei-lhe a mão.
Eu- adoro ver esse sorriso outra vez.
(...)
O resto da tarde foi bastante animada, o Harry e eu estivemos sempre a rir e por muito estranho que possa parecer divertir-me mesmo muito e não discutimos. O Harry, num momento, pode ser a pessoa que mais me deixa de rastos mas, no momento a seguir, é a pessoa que mais me apoia e está lá para mim sempre que preciso de algum apoio e é por isso que, apesar de tudo, eu gosto tanto dele e se decidir aceitar o convite da minha mãe, vai ser muito difícil para mim deixá-lo. Não sei se serei capaz, provavelmente não.
Depois do gelado, de algumas fãs interromperem o nosso passeio, o Harry convidou-me para jantar e agora já estávamos a voltar para casa, ainda de mãos dadas, tal como estivemos durante o passeio.
Eu- obrigado – disse antes de entrarmos em casa.
Harry- eu não quero que me agradeças, só espero ter conseguido ajudar.
Eu- conseguiste distrair-me, o que já me ajudou imenso.
Harry- afinal não sou assim tão má companhia.
Eu- não fiques tão convencido.
Harry- tu é que admitiste, disseste que consegui distrair-te, é porque sou boa companhia.
Eu- não és mau de todo – riu-se.
Harry- já é um bom começo.
Eu- um bom começo para quê?
Harry- para sermos amigos – aproximou-se de mim, ainda com a sua mão na minha.
Eu- acho que já comprovámos várias vezes que não conseguimos ser amigos.
Harry- talvez não, mas é isso que dá a graça ou não?
Eu- talvez – aproximei-me – talvez não consigamos ser apenas amigos, também somos irmãos – sussurrei.
Harry- isso é apenas um pormenor – sussurrou de volta e quebrou todo o espaço que havia entre nós.
Começou por ser um beijo bastante calmo, mas à medida que o tempo passava o beijo começou a ser selvagem e cheio de desejo. Os meus braços rodearam rapidamente o seu pescoço e as suas mãos foram de encontro à minha cintura descendo algumas vezes para o meu rabo, o que me deixava ainda com mais vontade de o beijar. A verdade é que, desta vez, nenhum de nós tinha uma desculpa para este beijo, estamos ambos sóbrios e estamos a fazê-lo simplesmente porque queremos, o que me deixa ainda mais assustada para quando o beijo acabar. À medida que ficámos sem ar começámos a afastar os nossos lábios mas acho que nenhum de nós tinha coragem de enfrentar o outro, pois estávamos ambos de olhos fechados e apenas colámos as nossas testas.
Harry- acho que nenhum de nós tem desculpa, desta vez – quebrou o silêncio ao sussurrar os meus pensamentos, ficando ainda de olhos fechados e fazendo com que os meus se abrissem por saber que assim não o iria enfrentar.
Eu- ambos sabemos aquilo que fizemos, desta vez – abriu os olhos de repente, o que fez com que nos encarássemos finalmente e os nossos lábios apenas se roçavam.
Íamos beijar-nos novamente, quando a porta da frente se abre e rapidamente nos afastámos.
Anne- finalmente meninos, estávamos muito preocupados, por favor Inês fala com o teu pai, ele está muito nervoso.
Olhei uma última vez para o Harry e entrei dentro de casa vendo o meu pai na sala a andar de um lado para o outro, quando me viu veio abraçar-me.
Meu pai- estava tão preocupado Inês, estás bem? – o Harry e a Anne entraram na sala.
Eu- está tudo bem pai, eu só preciso de falar contigo.
Anne- eu e o Harry vamos lá para dentro.
Eu- não Anne, podem ficar, este assunto também vos diz respeito – sentámo-nos os quatro no sofá e eu apenas torcia as mãos com o nervosismo.
Meu pai- o que é que se passa Inês? – perguntou ansioso.
Eu- pai, hoje, quando fui falar com a mãe, ela disse-me que me queria conhecer melhor e que queria passar mais tempo comigo, mas não aqui – respirei fundo – ela convidou-me para ir com ela para Portugal, durante algumas semanas.
Meu pai- e tu aceitaste? – pegou-me na mão – Ouve filha, eu só quero o teu bem, seja qual for a tua decisão eu fico feliz se tu estiveres feliz, por isso, pensa bem.
Eu- eu já decidi, pai.
Meu pai/Harry- já?
Eu- sim – respirei fundo – ouçam, eu tenho tudo aqui, tenho os meus amigos, o meu trabalho e tenho-vos a vocês, a minha família, mas eu também gostava de conhecer a minha mãe.
Meu pai- isso quer dizer que...
Harry- que decidiste ir? – perguntou nervoso.
Olá olá meus amores, bom ano novo!!! Espero que tenham um ano cheio de coisas boas.
Gostaram do capítulo? Será que a Inês decidiu ficar? Será que aquele beijo teve algum significado?
Leiam o próximo capítulo...
Comentem e votem se gostaram.
Love you all <3
Catarinaa :)