Inferno Perfeito () LIVRO CO...

Von CamilaFerreira21

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Obra registrada na Biblioteca Nacional. Sinopse: Laura Ryder sempre sonhou em fazer história com uma grande... Mehr

Sinopse
Prólogo
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Dan Walker - Passado Confidencial
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Amor Confidêncial
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Von CamilaFerreira21

Laura

O motor do jipe ganha vida enquanto afivelo o meu cinto. Seguimos pelas ruas empoeiradas nesse ar morno do deserto da Somália em direção a Mogadíscio.

Enquanto o homem ao meu lado segura firme uma de suas mãos no volante, ele retira habilmente com a outra, o tecido escuro que cobre parcialmente o seu rosto, jogando-o casualmente no banco de trás. Sua face se revela totalmente e, por um momento, fico admirada com a sua aparência. De perfil, ele é um homem muito bonito. Seus cabelos castanhos curtos e expressão fechada, o faz parecer misterioso, instigante. Sua postura controlada me impressiona. Sem dúvida, este homem não aparenta uma pessoa que acabou de salvar uma mulher dentro de um carro em chamas prestes a morrer. Parece que nada o abala.

— Qual é o seu nome? — questiono, mas ele continua com o seu olhar fixo na estrada. Sua expressão séria não deixa nenhum resquício sobre o que ele está fazendo aqui. — Meu nome é Laura Ryder e eu realmente preciso de sua ajuda. Não tenho a quem recorrer estando presa neste país. Eu realmente agradeço por ter me tirado daquela perua ou eu teria morrido. — espero que ele diga alguma coisa, mas é como se eu não tivesse dito absolutamente nada.

Fico alguns segundos observando-o, mas decido continuar falando até que ele diga alguma coisa.

— Será que alguém me atingiu?

— Se tivessem atingido, você não estaria falando como se estivesse engolido um gravador com defeito. Aliás, você não estaria aqui. Eles não costumam errar a mira e geralmente atiram para matar.

— Mas eu ouvi barulhos de explosão e...

— Foram os pneus da perua que estavam velhos e gastos. Eles estouraram.

— Sim, mas parecia realmente que alguém tivesse atirado. Eu senti um tremor  enquanto eu dirigia e pode ser que...

— Fique calada. Não fale besteira. — ele me corta com uma voz áspera, fazendo com que eu me vire instintivamente para frente. O homem está claramente fazendo isso contra a sua vontade. Ter me salvado e trazido, parece deixá-lo contrariado de alguma forma.

Algumas horas se passam e o silêncio permaneceu durante todo o percurso. Finalmente saímos do meio do nada passamos por ruas marcadas pelo terror. O carro derrapa no cascalho e salta sobre pedras, com os eixos fazendo ruídos estridentes; passando pelas ruínas de casas que estão crivadas de balas. O sol brilha sobre os ossos ressecados de animais mortos espalhados no deserto. Mogadíscio é um dos lugares mais devastados pela guerra civil. Cada lugar que passamos, retrata marcas da destruição, morte e de uma guerra que dura mais de duas décadas.

Não fiz nenhum contato visual ao completo desconhecido e rezo silenciosamente para que ele não me deixe no meio deste caos. O carro aproxima-se de um porto e eu o reconheço imediatamente. Aqui seria o próximo lugar onde faria algumas reportagens com Christian. Porém, não tivemos tempo para fazer muitas coisas, no entanto. O farol de Mogadíscio  está em total ruína assim como em algumas fotos que havia visto pela internet. O jipe estaciona e eu não consigo entender o que ele faz aqui.

— Desça. - ele exige sem fazer contato visual.

— Você não pode me deixar aqui. — pela primeira vez, o homem rapidamente me encara nos olhos. Eu ainda estou com o lenço bem atado e não pretendo tirá-lo.

— Iremos trocar de carro, mas antes preciso pegar uma encomenda. - é a sua única resposta. Faço o que ele manda e desço do veículo ajeitando o tecido que cobre o meu rosto.

Ele caminha a passos largos e eu tento acompanhar, mas é quase impossível. O homem é alto e extremamente rápido. Ele nem se preocupa se eu realmente estou o seguindo.

Entramos nas ruínas do farol e eu me deparo com uma escada em espiral que está em estado de colapso. O porto Italiano foi  abandonado há cerca de 20 anos quando começou a pirataria e guerras. Ele se transformou em alojamentos de pescadores sem teto e de viciados em "Khat" — um tipo de folha que eles mascam como chicletes e que contém estimulantes. Eu estudei sobre tudo antes de vir para Somalia. Me preparei profundamente para as matérias que faria, e agora apenas os meus olhos serão capazes de captar tudo o que vejo por aqui. Tudo que queria eternizar em uma série de reportagens. Tudo que que estou passando hoje, muitas vezes, passou pelo meu imaginável. Sou uma repórter de guerra; de conflitos e esse seria o meu primeiro trabalho em viagem para uma grande emissora.

O cheiro forte de urina é quase insuportável aqui dentro, mas eu tento me controlar, já que passei dias em que estive em lugares ruins e tão fétidos quanto este. O lugar se transformou em um lembrete da destruição e do abandono.

O imponente oceano Índico nos cerca, deixando a paisagem com uma aparência melancólica e abandonada.

— Fique aqui. — seus braços me impedem de continuar e eu, obedientemente, permaneço onde estou. Aproximo-me da grande entrada e observo-o aproximar-se de um homem que também veste um lenço na cabeça com óculos escuros. Ele entrega um papel ao meu companheiro desconhecido que por sua vez, o entrega um envelope. Eles se cumprimentam e se afastam.

O homem mau humorado retorna e passa por mim como se eu não estivesse aqui. Mesmo que ele não diga nada, eu decido segui-lo. Ele se aproxima novamente do jipe e retira uma pasta relativamente grande do banco de trás. Observo-o calada até ele vir até mim.

— O outro veículo está bem ali. — ele informa e rapidamente se afasta. Tivemos que andar alguns minutos até encontrar uma caminhonete velha estacionada. Ela está parada no meio do nada e eu me pergunto como ela veio parar aqui. Talvez tenha algo relacionado com o homem que o encontrou. Minhas sobrancelhas se unem e eu não consigo entender o que de fato está acontecendo. Assim que entro, sou surpreendida por um barulho ensurdecedor de explosão. Instintivamente me abaixo e cubro meus ouvidos com as mãos. Viro meu pescoço para olhar o lugar onde estávamos e me deparo com o jipe completamente destruído. A fumaça preta sobe rapidamente, tomando espaço no céu.

— Deus. Havia uma dinamite potente naquele jipe e eu estive lá? — minha pergunta soa mais como uma afirmação para o homem que nem se abalou um segundo sequer com o que acaba de acontecer.

— Eu a explodi. - vejo um pequeno aparelho que não havia percebido em sua mão. Abro parcialmente minha boca mesmo que ele não possa vê-la através do fino tecido que cobre meu rosto. Meu corpo treme exatamente como o carro onde estou tremeu por alguns segundos devido a explosão.

— Essa caminhonete não tem explosivos, tem? - estou trêmula enquanto pergunto.

— Não. — ele afirma e, rapidamente, acelera pelas ruas empoeiradas de Mogadíscio.

— Onde estamos indo? — arrisco a pergunta observando o homem sério e extremamente atento com as mãos segurando firmemente o volante. No entanto, ele não parece estar apenas atento à estrada. Este homem parece estar atento a tudo. Ele quase não pisca e seus olhos sempre varrem tudo ao nosso redor.

— Vou deixá-la em algum hotel e de lá, você pode ligar para alguém. — sua resposta é evasiva, mas eu não me contenho e preciso que ele, ao menos, me ajude a sair do país.

— Eu não tenho mais meus documentos ou dinheiro. Não tenho nada. Sou uma indigente neste país. Apenas preciso que me auxilie.

— Você está viva. — sua resposta é áspera novamente e eu estreito meu olhar.

— Não entendi. — ele sopra o ar pesadamente.

— Era para você estar carbonizada naquela perua e esquecida a essa altura. Já a ajudei o suficiente. — noto a sua impaciência pelo tom de sua voz mas estou longe de me calar.

— Antes de vir parar aqui, eu estudei muito sobre os perigos dessa região.

— Você sobreviverá.

— Eles devem estar me procurando. Sou algum tipo de mercadoria para eles. Você sabe que estamos no inferno. — Tento convencê-lo, mas sinto que cada palavra que digo é ainda mais inútil.

— Você também é americano? - na verdade isso não foi bem uma pergunta e seus olhos nem piscam enquanto dirige. Ele não se dá ao trabalho de me responder, então eu continuo o meu monólogo.

— Não faço a mínima ideia do que você está fazendo aqui e nem quero saber, mas eu sou uma jornalista e somos compatriotas. Talvez você pense que estou aqui para atrapalhar seja lá o que for, mas não é a minha intensão, no entanto. Quero apenas voltar para o meu país de origem. Preciso ver o meu pai, preciso sair daqui, eu preciso me livrar desse...

Ele freia o carro bruscamente, brecando-o logo em seguida. Se eu não estivesse presa ao cinto, meu corpo, certamente, seria projetado para fora. Os nós dos seus dedos estão ainda mais visíveis enquanto apertam com força o volante, mas sua aparência ainda é muito controlada.

— Gostaria que você ficasse muda, até chegarmos ao hotel se não for pedir muito. — engulo em seco e mesmo que ele não tenha alterado sua voz, senti um tom de ameaça nela. Ele é intimidador. Sua expressão fria me deixa amedrontada.

— Tudo bem! — ele gira a chave dando vida novamente ao motor da velha camionete e acelera pelas ruas empoeiradas.

Por mais que eu esteja aliviada por não estar mais nas mãos de seqüestradores rebeldes, não posso negar que o fato de estar sozinha com ele me traz um certo medo também. Ele é completamente estranho.

Meu monólogo interior me distraiu de tal forma que eu não havia percebido que o carro estava parando.

— Você pode descer. Eu iria te deixar no "Jazzeera hotel" que é o meu hotel preferido por sinal, mas ele foi bombardeado. Esse hotel não é tão ruim. — ele informa sério como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. Ao invés de me ajudar, ele me assusta ainda mais. O homem não faz contato visual em momento algum. — olho ao meu redor e percebo que deveria seguir o conselho de Jamal e ir a uma mesquita.

— Eu não tenho nada. Me leve ao menos  para uma mesquita. Não posso simplesmente ser abandonada aqui. — ele exala um suspiro profundo. Apenas os meus olhos estão de fora da abaya, mas ele não me olha.

— Desça. — encaro-o procurando um resquício de sentimento neste homem por abandonar uma mulher em um lugar totalmente desconhecido, mas eu não encontro. Vejo apenas frieza estampando seu rosto. Porém, sinto as lágrimas rolarem livremente dos meus olhos ao perceber que daqui por diante estarei jogada a sorte. Engulo em seco e tento reunir o resto da minha dignidade.

— Você deveria ter me deixado morrer. — afirmo com veemência, tentando reprimir as lágrimas e desço do carro sem dizer mais nada. Ele mal espera eu fechar a porta e acelera em disparada deixando uma imensa nuvem de poeira para trás.

— Estou ferrada. — sussurro, enquanto observo-o desaparecer no horizonte.

Devastada por ter sido abandonada pela única pessoa que poderia me ajudar, caminho até a recepção do simples hotel e tento explicar em inglês a minha situação. Os recepcionistas falaram com um inglês carregado, mas eu me senti agradecida por isso. Eles me explicaram que houve um bombardeio próximo daqui e que não há telefones na região funcionando no momento. A forma que ele diz, me dá a sensação que ele está me contando sobre um acidente de carro idiota e não de pessoas sendo mortas por milícias. Eles são gentis e entenderam a minha situação. Porém, pediram para que eu esperasse um superior para arrumar algum lugar para que eu, ao menos, passe essa noite.

Sento-me em uma poltrona e tento não deixar que o pânico tome conta de mim. Gostaria de esfregar o meu rosto com as mãos, mas eu não quero ser identificada enquanto estiver neste país.

— Preciso de um quarto. — a voz familiar de um homem ecoa pela recepção onde estou e eu ergo a minha cabeça encontrando um homem alinhado de terno. Engulo em seco ao imaginar que o homem bem diante de mim agora com trajes de um homem nascido em qualquer país ocidental, pode ser o mesmo que estava no meu último dia dando ordens àqueles homens. Pela sua voz, tenho quase 100% de certeza de que ele é o mesmo homem que havia ordenado que eu ficasse no quarto; naquele quarto assombroso. A sua voz é marcante e muito intimidadora para que eu esqueça.

Paro de respirar por alguns segundos e, lentamente, me levanto para escapar sem ser vista. Ele provavelmente pode estar atrás de mim. Mesmo que não seja ele, não quero arriscar. Ele não me viu, mas se for mesmo o homem, provavelmente esta me procurando.

Caminho a passos largos e ele ainda está de costas para mim. Prendo a respiração e não volto a minha cabeça para encará-lo.

— Senhora? Não vai esperar? — o rapaz que trabalha na recepção do hotel me chama e eu congelo no mesmo instante.  Me viro, lentamente, para encará-lo. Porém, o homem está com seus olhos direcionados a mim. Dessa vez, ele está sem tecido algum fechando a sua face. E mesmo que eu não tenha visto, sei que é ele pela simples maneira que ele me olha. Seus cabelos são negros assim como seus olhos e sua pela é morena mas sua expressão é séria. Sem o lenço, ele aparenta mais ou menos quarenta anos. Achava que fosse mais velho, mas não. Ele é jovem.

— Ai está você! — ele diz, me dando a certeza de que eu estava certa o tempo todo. Engulo em seco e amplio os olhos ao ouvir novamente essa voz grave que eu reconheceria em qualquer lugar. Ele se vira para o gerente e sorri.

— Quarto para dois. — ele diz casualmente, com seus inglês carregado e o homem parece confuso depois de tudo que havia dito sobre ter sido sequestrada. — Ela toma medicamentos controlados e acredita ter sido sequestrada. Não se preocupem, ela é a minha mulher que fugiu do aeroporto depois de uma crise. - ele exala um suspiro profundo como se estivesse se sentindo frustrado.

— Vamos para Londres procurar outro especialista. Ela não pode mais viajar assim.  — ele convence o homem que sorri atrás do balcão. Conto de um até três e no dois eu já estou correndo feito uma louca pelas ruas de Mogadíscio.

As pessoas que me veem correr, instintivamente correm, mas para longe de mim, já que aqui na Somália não se pode correr ou eles pensarão que está fugindo de algo extremamente perigoso e logo fugirão de você. Inesperadamente, sinto mãos me segurando e me lançando de encontro ao chão. Em seguida percebo um homem desconhecido sobre mim segurando meus braços em cima da cabeça. O homem está coberto e eu não posso identificá-lo.

— Segure-a com firmeza. — a voz grave e assombrosa do homem está aqui. Eu deveria imaginar que ele estava muito calmo quando me viu. Ele estava acompanhado por homens armados. Eu deveria saber que seria impossível fugir dele. Abruptamente, o homem me vira de costas e esmaga o meu rosto de lado contra o chão, me fazendo sentir minúsculas pedras prensarem minha face coberta pelo tecido. Em poucos segundos sinto alguém se aproximando do meu ouvido. O hálito quente do homem me dá calafrios.

— Eu vou te matar, mas antes disso, vou foder você no quarto daquele hotel. — ele se ergue ficando completamente de pé.
— Eu vou na frente. Podem usá-la antes de me entregarem, viva. — suas palavras são frias e fazem o meu corpo tremer no mesmo instante.

—Não, por favor! — grito, mas sou completamente ignorada. As lágrimas estão descendo involuntárias enquanto um dos homens me arrasta em direção a um furgão que está parado no pequeno estacionamento do hotel. Me debato, mas é inútil já que o homem é um armário.

— Não tente gritar ou eu vou te matar aqui mesmo. — O bile sobe em minha garganta enquanto sou praticamente jogada de forma violenta na parte de trás do veículo. O homem começa a subir a minha longa saia escura e o pânico está cada vez mais crescente e eu sinto que vou desmaiar.

— NÃO — engasgo com as lágrimas e meu peito treme fazendo o meu corpo se agitar de nervoso. Ele monta seu enorme e fétido corpo em cima de mim e eu berro descontrolada. Sua mão fecha a minha boca e, de repente, ele cai, sobre mim. Paro de respirar e fecho os olhos imaginando o que ele fará em seguida, mas seu corpo está imóvel e eu não entendo o que aconteceu. A única coisa que sinto é o seu peso que parece ter uma tonelada. Empurro-o com muita dificuldade e assim que jogo seu corpo pesado para o lado, vejo sangue escorrer de sua nuca. Ele está morto.

Engulo em seco quando a imagem da última pessoa que imaginava ver se revela bem diante dos meus olhos.

— Venha. — O desconhecido americano ordena e eu, imediatamente, ergo o meu corpo encarando-o com total perplexidade

— Você? - ele apenas estende sua mão e me ajuda a sair.

— Não temos tempo para conversas. Vamos para o meu carro. — ele me puxa pelo cotovelo e caminhamos apressadamente passando pelo corpo sem vida de um outro homem até o outro lado do estacionamento onde sua caminhonete está estrategicamente parada.

Entramos rapidamente para o interior e eu mal fecho a porta quando o carro acelera pelas ruas em direção ao desconhecido...

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Eu não aguentei e já postei o primeiro capitulo bem antes da data combinada... Comentem, por favor. Se gostarem, posso tentar apressar os outros capítulos. ❤️


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