Pedra Negra

Da JssicaCampos549

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No decorrer da história do mundo presenciamos objetos fazerem parte de nossas vidas, damos significados à ele... Altro

Capítulo 1 - Passado
Capítulo 2 - Na Gaveta
Capítulo 3 - Diferença
Capítulo 4 - Feliz Natal
Capítulo 5 - Prisma
Capítulo 6 - Desobediência Sutil
Capítulo 7 - Guerra Fria
Capítulo 8 - Era Rosa
Capítulo 9 - Nocturne
Capítulo 10 - Simples
Capítulo 11 - É Bom Evitar
Capítulo 13 - Não Há Música
Capítulo 14 - Rolando Pela Escada
Capítulo 15 - Não Enlouqueça
Capítulo 16 - Aventuras
Capítulo 17 - Aqui
Capítulo 18 - Feliz Ano Novo
Capítulo 19 - Bêbados
Capítulo 20 - Cuide Dela
Capítulo 21 - Caim e Abel
Capítulo 22 - Lápide
Capítulo 23 - Com Carinho
Capítulo 24 - Bônus Sihu
Capítulo 25 - Sem Mirtilos
Capítulo 26 - Gorjeta
Capítulo 27 - Sim ou Não
Capítulo 28 - Fui Eu
Capítulo 29 - Está Muito Claro
Capítulo 30 - Que Assim Seja
Capítulo 31 - Bônus Lonan
Capítulo 32 - Ratazana Indolente
Capítulo 33 - Sorte
Capítulo 34 - Mão Na Massa
Capítulo 35 - Três Dias
Capítulo 36 - Animal Raivoso
Capítulo 37 - Senhora Vanklein
Capítulo 38 - Não Serve
Capítulo 39 - Por Isso
Capítulo 40 - À Disposição
Capítulo 41 - Bônus Luke
Capítulo 42 - Bônus Luke II
Capítulo 43 - Quase Um Favor
Capítulo 44 - O Corvo
Capítulo 45 - Nos Seus Próprios Laços
Capítulo 46 - Noites Sem Estrelas
Capítulo 47 - Um Homem
Capítulo 48 - Eu Te Sigo!
Capítulo 49 - Rojões
Capítulo 50 - Bônus Charlie
Capítulo 51 - O Mágico?
Capítulo 52 - O Dever Me Chama
Capítulo 53 - Me Lembrarei Disso
Capítulo 54 - Chave
Capítulo 55 - Contente-se Com o Gin
Capítulo 56 - Bônus Annalize
Capítulo 57 - Esperança
Capítulo 58 - Um Scotch e Um Garçom Falastrão
Capítulo 59 - Meu Sonho é Você
Capítulo 60 - Revolucionário
Capítulo 61 - Amor do Lado de Dentro
Capítulo 62 - De Qualquer Forma
Capítulo 63 - Todas As Horas
Capítulo 64 - Enquanto Pode
Capítulo 65 - Serão Belas Histórias
Capítulo 66 - Fugitivo
Capítulo 67 - Ervas Daninhas
Capítulo 68 - Pontos Continuativos
Capítulo 69 - Noivos
Capítulo 70 - Eu Te Amo
Capítulo 71 - Destemida e Tenaz
Capítulo 72 - Boa Feira
Capítulo 73 - Fome
Capítulo 74 - Doce
Capítulo 75 - Melhor
Capítulo 76 - Apoio
Capítulo 77 - Lembrança
Capítulo 78 - Surpresa
Capítulo 79 - Teto de Vidro
Capítulo 80 - Moinho
Capítulo 81 - Valeu a Pena?
Capítulo 82 - Flor
Capítulo 83 - Justiça Inflexível

Capítulo 12 - Deve Ser Terrível

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Da JssicaCampos549

Annalize e Luke chegaram à varanda.

- Que bom que chegaram – disse Antonia – Beth e Charlie vieram fazer uma visita.

Beth olhava Luke de cima a baixo, o analisando de maneira discreta.

- Olá Beth, Charlie, como estão? – disse Annalize educada – esse é meu primo Luke.

- Prazer em conhecê-lo - disse Charlie amigavelmente, lhe dando um aperto de mão.

- Muito prazer – respondeu Luke com um sorriso sincero.

Beth lhe estendeu a mão para que ele a beijasse em cumprimento, Annalize revirou os olhos disfarçadamente.

- Prazer em conhecê-la Elizabeth – disse depois de beijar sua mão.

- Pode me chamar de Beth – disse com um sorrisinho.

- Vamos entrando? – disse Antonia e todos assentiram e entraram. Antonia pediu licença e se retirou da sala.

Annalize, cansada, sentou pesadamente no sofá jogando a cabeça para trás, mas antes de colocar os pés para cima lembrou-se das formalidades por causa das visitas e se ajeitou no sofá, sentando-se como uma verdadeira dama. Luke segurou um riso por perceber isso. Os outros também se sentaram.

- Então Annalize, onde estavam? – disse Beth sentada ao seu lado.

"Que fofoqueira... Ou curiosa como eu?" pensou Annalize.

- Luke estava conhecendo um pouco da cidade. - saiu de seus pensamentos rapidamente.

- Ah é mesmo?! – disse Beth com um sorriso virando-se para Luke sentado a sua frente com Charlie – Onde foram? Tem ótimos lugares aqui, posso dar umas dicas na próxima.

- Fomos ao clube, suas dicas serão bem vindas, ainda há muito pra se conhecer – disse Luke retribuindo o sorriso.

"Quanta gentileza..." pensou Annalize levantando uma sobrancelha.

Ela muda o assunto antes que se enrolem com a mentira.

- E você Charlie, como está? – pergunta ela

- Ahn? Bem, tudo bem – diz ele um pouco distraído.

Annalize reparou que ele estava diferente desde que chegou. Charlie é uma figura que preenche os espaços, sempre inflando seu ego, com muitos sorrisos e falante, quase sempre falando de si mesmo e suas conquistas. Mas agora parecia um pouco abatido, o olhar cansado, nem jogou nenhum tipo de charme para Annalize. O que costuma fazer sempre que a vê e ela nem liga, já era algo natural, quase um hábito entre os dois. Aliás, é um hábito com qualquer garota que ele conhece, Annalize pensava que esse era o jeito dele, talvez para se destacar sempre ao lado da irmã e não significava nada. Não significava mesmo.

Como era de se esperar ela ficou extremamente curiosa com aquilo. Charlie perguntou algumas coisas a Luke sobre a Suíça e suas viagens e os dois conversavam.

- Com licença – disse Annalize se levantando – vou pedir algo para beberem.

Os rapazes assentiram.

- Vou com você – disse Beth a seguindo.

No caminho até a cozinha Beth sussurra:

- Então, Luke parece ser um ótimo rapaz.

- Sim, ele é ótimo – disse Annalize olhando para os lados – mas por que está sussurrando?

Beth revira os olhos e dá um sorriso.

- Você é uma sortuda por poder ver uma bela paisagem todos os dias. Ele é lindo de mais! Teve a quem puxar...

Annalize a encara refletindo sobre aquelas palavras. "Ela acha Daguerre lindo?" pensou, sentindo um leve enjoo no estômago.

- Quando forem conhecer mais da cidade me chamem, conheço lugares muito mais divertidos do que a senhora Joana – disse Beth com ênfase no senhora, em tom de brincadeira.

Annalize a repreendeu com o olhar e ela riu.

Entrando na cozinha Beth pediu chá a Nina que começou a fazer prontamente.

- Seu pai melhorou um pouco menina! – disse Margot entrando – ele desceu até aqui e comeu minha torta, minha torta especial – disse ela, feliz – estava até um pouco mais corado.

Os olhos de Annalize brilharam e ela deu um grande sorriso.

- Ah Margot! Não sabe como é bom ouvir isso – disse ela, ansiosa para ver o pai.

- Eu imagino menina. E você Srta. Beth, aceita um pedaço de torta?

Beth mordeu os lábios, pensativa.

- Não Margot, obrigada, você é uma fábrica de tentações, não quero engordar – disse ela resoluta, apertando a cintura. Margot riu balançando a cabeça.

- Estaremos esperando o chá na sala Nina – disse Annalize.

- Já já estará pronto Srta. – disse ela.

- Obrigada.

Enquanto voltava para a sala uma curiosidade passou pela mente de Annalize. Ela conhecia Beth desde o início da adolescência. Beth sempre contava para ela sobre seus flertes e pretendentes e não desistia de convidá-la para seus eventos como as outras meninas. Era um bocado metida e por vezes chata, mas parecia confiar em Annalize para conversar. Talvez achasse que ela não contaria a ninguém por ser discreta e ter poucos amigos, ou quisesse se gabar sobre ela. O fato é que ela estava sozinha. Annalize parou no caminho e resolveu investir em sua curiosidade.

- Beth?

- sim?

- Por que ainda está solteira?

- O que? – disse Beth surpresa, sentiu-se atingida por um raio.

- Sim, por que ainda está solteira; você é bonita, conhece tantas pessoas, teve tantos pretendentes, já me contou tantas coisas... O que acontece?

Beth não estava acostumada com aquilo. A rotina era ela tagarelar e Annalize ouvir com poucas interrupções.

- E... Eu... Acho que não conheci a pessoa certa... Sabe. Eu sei que o amor não é tudo. E como sei. Mas não tê-lo nem um pouco, deve ser terrível.

Annalize assentiu, não esperava aquela resposta, esperava algo como "não encontrei alguém rico o suficiente..." observou pela primeira vez uma expressão diferente em Beth, mas que passou rápido. Seu sorriso alegre e um pouco irritante voltou.

- Mas e você? Posso fazer a mesma pergunta Srta. Vanklein.

- E eu posso dar a mesma resposta – diz Annalize sorrindo e voltando a andar.

Chegaram à sala e Annalize pôde ouvir o final de uma fala de Charlie.

- Pois é, as pessoas sempre esperam algo de você. Coisas que nem elas mesmas conseguem. É muito mais fácil apontar para o outro... – dizia ele.

"Que conversa profunda é essa?" pensou Annalize, guardando na memória para se lembrar de perguntar a Luke depois.

Luke assentia e pararam de falar quando elas se sentaram. Um pouco depois Nina chegou com o chá. Beth falou mais algumas amenidades e depois que todos terminaram o chá se despediram.

- Até algum dia para conhecer mais a cidade Luke – disse Beth.

- Até Elizabeth, quer dizer, Beth. – beijou sua mão - Charlie, nos vemos na fábrica semana que vem?

- Sim, claro. – cumprimentaram-se.

Charlie beijou a mão de Annalize educadamente.

- Até mais Annalize, desejo melhoras ao seu pai.

- Até Charlie, obrigada.

Beth deu um abraço rápido em Annalize e também desejou melhoras a George. Então partiram.

Luke voltou-se para Annalize.

- É... Eles não são tão ruins, só chegaram na hora errada.

Ela deu de ombros. Luke bocejou e passou a mão nos cabelos os bagunçando, num gesto preguiçoso. Annalize reparou nesse movimento e teve que concordar com Beth, ele era realmente lindo. "Quantas namoradas ele deve ter tido na Suíça?" Annalize desviou esses pensamentos, tinham coisas muito mais importantes acontecendo do que a beleza e vida amorosa do primo.

- Vou verificar se Daguerre está em casa – disse ele.

Annalize percebeu que Luke não chama mais Daguerre de pai e sentiu a dor um pouco adormecida pela presença de Charlie e principalmente de Beth, voltar com tudo. Beth era metida e irritante, mas sabia distrair como ninguém.

- Tudo bem, eu vou até meu pai.

[...]

Luke entrou no quarto de Daguerre depois de verificar que este não estava em casa. Observou o espaço ao redor e passou a mão levemente sobre o piano. Abriu todas as gavetas e as revirou, viu um envelope embaixo de um livro, mas estava vazio. Olhou embaixo da cama. Nada. Suspirou.

Abriu a porta de um pequeno armário e ao apalpar as roupas dobradas, sentiu algo pontudo. Puxou aquilo,descobrindo que era um porta retrato. Luke estremeceu ao ver a foto nele. Não havia dúvidas, eram os olhos dele nos olhos de sua mãe. Mariana, com um sorriso largo e uma mão no chapéu. Lágrimas quiseram cair, mas Luke as reprimiu com força. Colocou o porta retrato no lugar e vasculhou mais um pouco, até ser interrompido por três batidas fortes na porta que ele deixou aberta.

Continua...



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