Estranha o suficiente

Por ElizaVieira2

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Plagio é CRIME !!! Sempre que lemos histórias românticas, quem narra são as santinhas, as nerds, as populares... Más

1. Estranha? Sim!
2. Oh, não...Festa !
4. Briga entre irmãos
5. Não será tão fácil.

3. Cadu e seus ataques

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Por ElizaVieira2

Kile narrando.

Acordei com a luz do sol, minha cabeça doía e a cada som parecia uma pancada na cabeça... Argh ressaca. Eu estava deitado na cama e Lua estava abraçada a mim, ela ainda dormia e parecia um anjo. Era bom te-la ali, ao meu lado, só não sei por que, talvez seja falta de uma namorada, ou carência.

Fechei meus olhos na tentativa de dormir, mas logo ouvi Lua bocejar, ela estava acordando. Ainda de olhos fechados ouvi passos e depois de longos minutos ouvi o chuveiro da suíte ligar.

Abri os olhos e a área do quarto estava vazia.

Espreguicei-me na cama e logo um barulho muito alto soou, acompanhado de gritos.

- Kile? Ah seu... - Cadu começou a gritar e logo veio pra cima de mim.

Ele começou a me socar um segundo depois.

O que? Por que?

- Para mano! - pedi, falhando.

- Eu não acredito que você...- ele continuava a me bater.

- Ai! - disse quando senti a pancada de sua mão em meu nariz.

Imediatamente senti o líquido escorrer, sangue.

- Para, Cadu! - pedi.

Ele não parecia interssado no que eu estava dizendo, pois preosseguiu.

- Carlos Eduardo! - ouvi um grito extremamente alto.

Era ela, minha salvação! Lua! Ela havia acabado de sair e vestia um shorts curto e da cor preta e uma blusa de um ombro branca e folgada.

- Será que da pra esperar eu pegar a pipoca?- ela disse.

Logo ela gargalhou.

Fiquei indginado. Mesmo isso produção? Eu aqui sangrando e ela a rir?

- Quanta graça, Dona Lua.- disse o Cadu.

Cadu pegou-a pelo pulso.

- Me solta! - pediu a menina.

Andei até ele depressa e a puxei. Coloquei Lua atrás de mim.

- Estas a se drogar?- ela falou.

- Lua! Para de graça.- falou Cadu vermelho devido aos nervos.

- Tu que pares de ser estúpido.- falou.

Lua sempre era bem humorada (sentiu a ironia?), ela era bastante fria mas acabava por ser cômico, as vezes falava bem despojado, mas quando o assunto era sério ela se transformava e principalmente quando estava com raiva, falava de um modo correto como se fosse autoridade. Eu gostava disso nela.

- Kile, mano, não acredito que fez isso.- Cadu disse.

- Fiz o que?- falei, totalmente confuso.

De repente Lua colocou o dedo dentro da boca em direção a garganta, como se forçasse o vômito, uma brincadeira feita por crianças.

- Eeww, que nojo, Cadu! - ela falou.

Só eu estou boiando ?

- Nojo? - ele repetiu confuso.

- Eu não acredito que você acha que eu e Kile ... - ela disse fazendo gestos com a mão, os quais ela apontava pra mim e pra ela, variavelmente.

Agora caiu a ficha.

- Não, Cadu! - falei.- Eu já entendi tudo. Eu e a Lua não... - falei.

- Você não fizeram Luazinhas e Kilezinhos? - ele disse.

Logo a Lua fez um barulho muito estranho e começou a rir de dar gargalhadas e lacrimejar.

- Luazinha e Kilezinhos? - ela repetiu rindo.

Cadu deu de ombros.

- Eu e Kile não tivemos relações! Eu sequer o beijei.- ela disse fazendo uma cara de nojo.

- Ei! Eu não beijo mal! - defendi-me.

Ela olhou pra mim com cara de tédio e arqueou uma sobrancelha como se dissesse: Cala boca, Kile!

Levantei as mãos, rendendo-me.

- Ufa, que bom! Que susto, cara! - Cadu disse aliviado.

- Tô sobrando aqui? - Lua perguntou.

Não falei nada e olhei Cadu.

- Kile, foi mal pelos socos.- falou.

- Mal não, né, péssimo! - Lua falou.- Você arrebentou a cara do moleque.- ela disse.

Passei a mão embaixo do nariz e vi o sangue.

- Eu te ajudo.- ela ofereceu.

Fiquei levemente assustado, pois vamos dizer que ... Lua não era solidária.

- Mas só por que você fez a burrada.- ela falou para Cadu apontando o dedo e dando ênfase no "você".

- Ok, obrigada! Vou lá embaixo arrumar aquela bagunça.- falou Cadu.

- Senta.- falou Lua apontando pra cama.

Sentei-me na beirada.

Lua andou até seu guarda roupa e ficou nas pontas dos pés para pegar uma caixa de medicamentos, me dando uma visão privilegiada de sua barriga.

- Ta olhando o que?- perguntou ela com a caixa nas mãos.

Dei de ombros. Prefiro ficar quieto.

Ela revirou os olhos.

Lua andou até mim e agachou perto da cama, ficando no mesmo nível que eu. Ela colocou um lenço úmido em meu nariz e posicionou minha cabeça para trás na tentativa de fazer o sangue cessar. Depois de alguns minutos voltou a minha cabeça na posição natural e retirou o lenço. Lua pegou uma gase e passou um líquido, limpando o meu nariz levemente. Parei e a olhei, ela estava concentrada e seus olhos negros brilhavam. Percebi que seus cabelos estavam olhados, algumas gotas ainda escorriam pelos fios escuros chegando até as pontas azuladas.

- Está olhando de novo.- falou ela.

- Não posso?

Ela deu de ombros.

- Pronto. - ela disse.

- Obrigado, Lua.

Ela deu de ombros.

- Agora vaza do meu quarto! - falou.

Eu ri.

- Ok! - disse e saí do seu quarto.

Antes de descer as escadas e Lua fechar a porta, ela me chamou.

- Tava fazendo o que no meu quarto e por que acordei com você aqui ?

- Acho que quando vim te ver ontem, vi você dormir, acabei por me deitar ao seu lado.

Ela fechou um pouco os olhos, procurando por brincadeiras ou algo do tipo.

- Dessa vez passa, mas se eu acordar e te ver do meu lado de novo, você vai pro hospital.- ela disse.

Arregalei os olhos vendo que ela não parecia brincar. Ela fechou a porta na minha cara e eu desci.

Cadu estava jogado no sofá e mexia no celular.

Pulei em cima dele.

- Fala, mané! - falei.

- Foi mal pelo rosto.

- De boa. - falei.

- Festão ontem!- ele disse.

- Não lembro nem da metade.

- Puts , nem eu.

Rimos.

- Vai à escola amanhã?- perguntei.

Hoje havíamos faltado pelo horário que a festa terminou.

- Vou sim. Cara eu tenho que limpar isso aqui.- ele falou.

- Beleza. Precisa de ajuda?

- Não, valeu.

- Ok! Vou indo, se não minha mãe me mata.

- De boa. - falou.

- Falou mano! - disse já saindo.

Demos um soquinho e eu saí.

Assim que saí da casa de Cadu eu voltei pra minha casa.

- Oi, mãe! - gritei assim que cheguei.

- Oi querido, veio tarde, está tudo bem? - minha mãe estava na cozinha, mas logo veio me abraçar.

- Tá tudo bem sim.

- Eca, filho!

- O que foi?

- Você está cheirando a bebida.

- Desculpa, eu bebi um pouco, mas não fiquei bêbado mãe.

- Filho, você tem 17 anos, não tem liberdade o suficiente pra beber, e eu já disse que não gosto.- minha mãe veio com seus sermões.

- Ah mãe, todo mundo bebe.

- Você não é todo mundo. E a irmã do Cadu não bebe.

- A irmã do Cadu ... Blá bla blá. Sabe que odeio quando me compara. E a senhora não vê a irmã do Cadu faz tempo, nem sabe como ela está.

- Aposto que continua uma graça.

- Ah, continua sim ! Um doce.

- Então.

- Eu estava sendo irônico, mãe.

- Argh, vocês jovens e essas maneiras de falar.

- Mãe, todos usam tom irônico, até os mais velhos.

- Tá, tá, tá. Sobe e toma banho. E quanto a esse negócio de beber , manera! Se não te deixo de castigo, já pensou? Um marmanjo desse de castigo.

- Ok , dona Lúcia.

Ela beijou minha testa e me deu um tapinha na bunda.

- Mãe!

- Toma jeito.

- Tá.

Subi para o meu quarto e tomei um banho. Assim que saí, enrolei uma toalha na cintura e fui me trocar. Meus cabelos eram loiros escuros, meus olhos eram verdes claro, meu corpo era "definido". Eu me sentia bem, eu estava bem.

- Querido, está com fome? - minha mãe gritou.

- Não, vou dormir um pouco, ok ?

- Tá bom! Não acorde tarde.

- Tudo bem.

Me deitei na minha cama e liguei o som do meu celular.

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