Opostos

By Unicornio_Dark

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Alguns físicos, filósofos e músicos dizem que os opostos se atraem, mas a verdade é que eles se repelem. Ala... More

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Confissões e Conflitos
Morde e Assopra
Entre o Fogo e o Ciúmes
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Destempero
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Cartas na Mesa
A Loba
O Jogo Continua
Recomeço
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Ceder
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Diaba
Jogo Perdido
A Ressaca
A Princesa e a Plebeia
Amor e Dúvidas
Despertando Sentimentos
Voraz
A Melhor Decisão
Eu Sobrevivo
Reencontro
Família Dias
Amor em Risco

Windsor

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By Unicornio_Dark

Chegaaaay

Desculpem a demora, eu só estava muito exausta, a autora aqui esta com +50 aulas atrasadas e só deus sabe como vou dar conta kkkk nunca pensei que um dia usaria a famosa desculpa da faculdade, mas é exatamente isso, eu atrasada e cansada.

Lembrando que a fanfic parou de seguir o andamento e sequencia do programa, agora só as vozes da minha cabeça que me dão a liberdade de escrever sobre o que eu acho pertinente e interessante pra fic.

Bora pra leitura

Já vou avisando que nem adianta colocar o colete.

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

Narrador


Havia se passado quatro dias após a saída de Alane, e apenas dois dias após a grande final.

Alane conseguia contar nos dedos a quantidade de horas que havia conseguido dormir depois da sua saída, em parte pela ansiedade causada pela combustão de emoções, uma parte grande também se dava pela agenda lotada, e uma pequena parcela e a saudade que lhe queimava no peito.

Ainda teve a missão de ser miss simpatia, tinha que fingir que estava tudo bem, que não se importava com o jeito exótico de Beatriz e das inúmeras entrevistas que deu sobre a continuação do seu "relacionamento" com Fernanda.

A verdade era simples, Fernanda não lhe mandara nenhuma mensagem, nem ligado, nem lhe marcado em algum vídeo das duas, mesmo que a hashtag Ferlane não saísse do twitter a três dias.

Nada, Fernanda parecia uma sombra, existia, mas não conseguia tocá-la.

Se sentia apática, quando finalmente percebeu que não podia mais se comportar como uma menina assustada pela derrota, ela ergueu-se, cancelou alguns eventos que faria no dia seguinte e após um longo banho morno, tomou o remédio que Beatriz lhe dera, nada como um tarja preta para lhe fazer realinhar o shakras.

Havia comprado passagens para sua cidade natal, precisava do colo da sua família e se deixar ficar longe da selva de pedra por alguns dias.

Antes de ir, Alane tinha um encontro.

O remédio a tinha feito dormir oito horas seguidas pela primeira vez em muitos dias, e ela se deixou demorar enquanto fazia uma maquiagem que lhe realçaria a juventude, o vestido sua equipe tinha conseguido, era de seda, preto, justo, não muito decotado porém, tinha a alça tão fina que poderia estourá-la se caso se sentasse errado.

Tinha um metro e setenta e cinco de altura, e não temeu enquanto escolhia o salto alto do patrocinador, olhou para o seu reflexo no espelho, estava exuberante, e sorriu enquanto erguia um pouco a bainha do vestido, o suficiente para ver que não estava usando nenhuma lingerie.

Se por acaso Fernanda não aparecesse, Alane não dormiria sozinha naquela noite.

Assim que chegou ao hall do hotel, pensou em esperar por ela, mas o nervosismo acabou falando mais alto e ela seguiu até a recepção e a recepcionista não demorou muito em reconhece-la.

- senhorita Alane... – ela digitou algumas coisas e logo lhe entregara a chave de acesso ao quarto. – ela já está lhe aguardando no quarto 229 no oitavo andar. Tenha uma boa estadia no Windsor.

Alane a olhou confusa por alguns segundos, mas sabia que Fernanda deveria ter planejado e executado aquilo, agora não tinha mais câmeras vinte e quatro horas marcando cada passo que davam, mas saber que ela estava ali, a poucos metros de si, lhe fizera gelar enquanto seguia em passos rápidos até o elevador.

Suas mãos tremiam enquanto ela passava a chave magnética e entrou no quarto, seu olhar seguiu pela baixa iluminação que deixava o quarto um pouco acolhedor. Fechou a porta atrás de si e deu um passo para frente.

- você está atrasada. – ouviu a voz de Fernanda.

- desculpa... – buscou com o olhar de onde a voz vinha e seguiu até ela, Fernanda estava sentada numa poltrona enquanto segurava uma taça de vinho.

Finalmente os olhares se encontraram, após tanto tempo longe uma da outra.

- senta. – apontou para a cama e Alane apenas obedeceu. - você está com fome?

- não... sede um pouco. – gaguejou e Fernanda seguiu até o bar, pegou uma taça e serviu o vinho tinto que estava tomando a ela.

- você teve tempo para assistir alguma coisa?

- não... – respondeu sinceramente enquanto bebericava o vinho doce. – assisti apenas alguns vídeos, e a minha agenda está cheia.

- quarto lugar... – Fernanda sorriu a olhando. – parabéns.

- não muito, tem dois dias que não durmo. Meus pés estão me matando. – gemeu e Fernanda a olhou por alguns segundos enquanto ia até ela, se abaixou a sua frente retirando os saltos.

Suas mãos também tremiam, ela estava igualmente nervosa, se não pior que Alane.

Se sentia como uma predadora prestes a toma a sua presa.

- eu sinceramente não achei que você ia vir. – Fernanda murmurou tocando a panturrilha fazendo uma massagem devagar e Alane segurou o gemido por ter aquelas mãos que tanto amava a tocando novamente.

- a gente tem coisas para resolver, e se eu não viesse não teria um dia de paz. Então eu te pergunto Fernanda. – Alane tocou o ombro da morena a puxando para si até que seus rostos estivessem próximos. – o que você quer de mim?

- eu quero você bonequinha. – Fernanda murmurou a aproximando seu rosto do dela sentindo o hálito quente, elas gostavam daquilo, de brincar durante antes do beijo, do roçar e do flerte.

There's no escape, I can't wait
I need a hit, baby, give me it
You're dangerous, now I'm lovin'it

Alane não suportou mais esperar um segundo que fosse e suas mãos seguiram devagar pelo pescoço de Fernanda, e seus dedos tocaram o pescoço com suavidade a medida que a beijava, estava queimando por ela e tocando com carinho e beijando, a principio o beijo era de pura saudade, mas aos poucos foi ficando mais lento e as línguas brincavam enquanto a morena arranhava seu pescoço.

A sanidade aos poucos evaporava e Fernanda estava morrendo de desejo por ela, e se controlava ao máximo para aproveitar aquela caricia lenta que também fazia seu corpo esquentar como um vulcão.

Alane não estava diferente, e aos poucos passou a arrastar seus lábios pela face da morena, deixou uma mordidinha em seu queixo e Fernanda sorriu a olhando, seus olhos crepitavam desejo e o inferno se fazia em suas dobras.

- eu preciso... – implorou e Alane rapidamente entendeu e suas mãos envolveram o vestido vermelho buscando o zíper na lateral, Fernanda estava prestes a se livrar da peça quando Alane a parou.

- deixa que eu tiro, quero memorizar cada segundo de você. – disse deixando um beijo no ombro e Fernanda relaxou.

Não havia câmeras para temer e Alane sorriu deliciada ao ver a curva das costas de Fernanda, tudo nela era lindo e ela tocou a pele com cuidado enquanto removia o vestido e segurou um gemido ao ver que ela usava uma fio dental tão minúscula e seus olhos seguiram para o seios, agora livres e tentou controlar a impulso de os beijar.

- você é linda Nanda... – voltou a beijá-la enquanto tocava a cintura e fazia um carinho circular.

Fernanda a olhou por alguns instantes, em nenhum relacionamento seu fora tão bem quista, e o fato dela a desejar tanto fez com que a carioca deixasse seus receios de lado, pelo menos naquele momento.

Ela queria tudo de Alane, queria seu beijo, seu toque e adorou quando ela passou a pontinha do nariz pelo seu pescoço e logo em seguida lambeu sua pele. Alane a puxou para seu colo, erguendo a barra do seu vestido e a sentando entre suas coxas a abraçou ao mesmo tempo em que entrelaçava suas mãos.

- olha pra mim bonequinha. – Fernanda disse rouca a olhando enquanto erguia o vestido de Alane a livra da única barreira que as impedia de se tocar e soltou uma sequencia de palavrões ao perceber que ela estava nua, sem nenhuma lingerie. – você já veio com más intenções.

- achei que más intenções era o que nos aproximava. – riu a olhando e Fernanda não possuía vontade alguma de parar de olhar para os seios mais lindos que já vira.

Queria ser possessiva e implorar para que ela nunca os modificasse, mas por hora se deixaria ser a pessoa mais sortuda do mundo.

Seus lábios salivavam pelo contato e quando ele veio, Fernanda ficou dividida entre tocar um chupar, queria os dois, queria tudo, ao mesmo tempo que Alane tocava sua cintura até o bumbum e lhe deixava chupões por todo o pescoço.

O tempo era relativo, e elas também, Alane a deitou na cama se deixando ficar por cima, suas mãos ainda unidas foram até suas dobras, as duas se tocavam em busca do atrito delirante, movendo-se numa combustão inebriante. Fernanda aumentou as estocadas, se deliciando com os gemidos que a bailarina dava.

- Fernanda... – Alane gemeu, o orgasmo lhe fazendo ter um pequeno delírio.

- não para... não seja egoísta bonequinha – pediu. – me faça gozar também.

Alane sorriu, debilmente pelas sensações que a envolviam, e manteve o rítmo dos seus dedos dentro dela até sentir Fernanda gemer sôfrega e ela se derreteu por completo, suas respirações sôfregas o suor já se fazia presente.

- fazer isso com você é bom demais... – Fernanda segurou a face de Alane com as mãos e lhe deum longo selinho.

Elas passariam horas se conhecendo, suprimindo toda a falta que sentiam uma da outra e da curiosidade de explorar seus corpos.

Fernanda não sabia dizer em qual momento tinha se virado na cama e agora estava por cima de Alane, num delicioso meia nove, sua boca buscava e saboreava enquanto sua língua serpenteava pelas dobras molhadas ao mesmo tempo em que se sentia a beira do próprio prazer com a forma possessiva que ela apertava sua carne enquanto chupava seu clitóris.

Seu maior arrependimento fora não ter escolhido um quarto com espelho no teto, simplesmente amaria se ver sendo comida daquela forma, suas agora apertavam as coxas, arranhava a pele morna com devoção.

Não sabia quanto tempo estavam naquele frenesi e param um pouco depois, apernas para tomarem um banho, Alane não tinha lhe dado um segundo de paz, nem mesmo quando estavam na ducha, ela parecia concentrada em chupar seus peitos enquanto a penetrava devagar com dois dedos.

Fernanda estava sendo duplamente torturada, quanto pela boca macia que chupava os seus mamilos, quanto pelos dedos que iam fundo dentro de si não lhe fazendo gemer rouca e languida para ela, tinha perdido a conta de quantas vezes já tinha gozado e a ela finalmente lhe deu um tempo de descanso, tempo apenas para que enchesse a mão de sabonete liquido e o espalhou por todo o seu corpo.

- acho que minhas pernas logo vão falhar. – Fernanda fez um biquinho enquanto sentia as mãos dela tocarem sua panturrilha.

- hmmm... então depois de dar gostoso pra mim você vai precisar de uma cadeira de rodas? – riu ao ver as bochechas dela ficarem rubras.

- talvez... mas acho que por hora você pode me fazer uma massagem.

Alane sorriu de lado se erguendo, talvez as duas não precisassem de toalha e logo estavam rolando pela cama de novo, Fernanda gemia a medida que ela abria suas pernas com as mãos e lhe de um longo beijo antes de seguir até suas dobras.

- filha da... – revirou os olhos quando sentiu a respiração dela contra seu nervo sensível, suas mãos indo institivamente até os cabelos castanhos longos e os segurando enquanto sentia a língua arrastar pelo clitóris até a entrada da vagina.

Seu pescoço pendia para trás e Fernanda apertava o próprio seio enquanto era devorada por Alane, aquele mar de sensações eram delicioso e ela abriu as pernas para que ela tivesse total acesso a sua vulva e até mesmo ousou em rebolar contra a boca deliciosa que lhe sugada e penetrava.

Tinha deixado uma sequencia de arranhões nos ombros de Alane quando chegou mais uma vez ao ápice, e contorcendo de prazer e soltando alguns palavrões em outra língua.

- você... precisa... – respirou com dificuldade. – pedir o nosso jantar.

- oh querida o meu jantar é você. – Alane ergueu uma sobrancelha deixando alguns beijos na pele sensível entre as coxas da carioca. – e a sobremesa também.

Depois que Fernanda xingou até a sua segunda geração, Alane se rendeu a ameaça e rapidamente enviou uma mensagem ao comando de pedidos do hotel.

- satisfeita madame? Nosso jantar será entregue em trinta minutos. – sorriu a olhando.

- ótimo... você tem trinta minutos pra me fazer gozar de novo.

O ar condicionado estava no dezesseis e elas estavam em brasa, talvez fosse pela ousadia de Alane em leva-la até a poltrona onde garantiu que Fernanda rebolasse em seus dedos enquanto a boca dela chupava seus seios.

Fernanda pulsava, queria mais, queria tudo, queria garantir que ela seria única e o sexo era delirante.

Alane teve que ir pegar o jantar das duas já que Fernanda se recusava a vestir o roupão e ela levou até a pequena cozinha do quarto, onde puderam saborear o cupim assado com arroz a grega e um molho apimentado que Fernanda adorou, as duas achavam que aquele pequeno lugar na suíte era o único reservado, mas após taça de vinho Fernanda estava quente novamente.

E a mesa de jantar não foi poupada, o álcool a deixara excitada novamente e ela seguiu até Alane, beijando seu pescoço com carinho e a virou, abruptamente a sentando em cima da mesa, abrindo suas pernas sem nenhuma resistência pois a bailarina estava tão necessitada quanto ela, Fernanda abriu o roupão tendo acesso novamente aos seios e os chupara devagar, primeiro o esquerdo e depois o direito e quando a ouviu soltar alguns gemidos, Fernanda dedilhou lentamente suas dobras em busca da lubrificação e espelhou o liquido pelo nervo túmido, o acariciando lentamente e fazendo um caminho até a entrada, seus olhos se encontraram e Fernanda a encarou por alguns segundos, simplesmente amando a face enrubescida e lhe de um beijo apaixonado a medida que a penetrava.

Diferente de antes, agora ela estava sendo carinhosa, beijava o pescoço com devoção ao mesmo tempo em que seus dois dedos entrava e saia, rápido e firme a ponto de Alane gemer e arfar contra ela. Era bom demais e ela não conseguia parar, não de tocá-la e Alane se deixou demorar, não queria ser uma precoce, mas era simplesmente impossível de não gozar quando a tinha ali, tão deliciosa a tocando, lambendo e chupando.

Após Alane gozar sentada em cima da mesa, Fernanda praticamente a levou em seus braços até a cama.

- vai com calma loba... eu sou super sensível. – Alane disse ao perceber as intenções dela.

- oh você não me deu um segundo de descanso quando me comeu três vezes seguidas... – se afastou um pouco a olhando.

- mas eu sei o que estou fazendo. – murmurou.

- o que? É isso mesmo que eu ouvi?

- sim, você é novata nesse assunto. – disse e Fernanda a olhou chocada.

- está dizendo que eu não te fiz gozar?

- não... você me faz gozar, só não quero que fique dolorida.

- você me acha fraca bonequinha? – Fernanda a olhou zangada.

- não... você está entendendo tudo errado.

- idiota... – Fernanda se sentou em sua coxa, erguendo um pouco o quadril e seguindo até o ponto pulsante de Alane e a morena arregalou os olhos ao sentir as dobras da menor contra as suas. – sua sorte é que eu amo o seu corpo.

Alane tocou sua cintura a segurando contra suas dobras aumentando a fricção por alguns instantes e mordeu o lábio inferior se entregando as sensações deliciosas, Fernanda enfiara seu rosto contra o pescoço de Alane e a medida que sentia os prazeres percorrer seu baixo ventre ela deixava uma sequencia de chupões por toda a pele macia. Aquele momento era único, a primeira vez que estavam fazendo sem pressa, apenas duas amantes sentindo seus corpos e se deixando levar pelo carinho, toque, olhares, o encaixe dos dois corpos era perfeito, viciante e seguia uma dança que só elas sabiam.

Fernanda nunca se sentiu tão viva enquanto erguia a cabeça para trás e deixava o orgasmo arrebatador a fazendo flutuar e quando voltou a si após alguns segundos percebeu que Alane estava igualmente a ela, seus olhos se encontraram por alguns segundos e aquele contato tinha sido mais intimo do que qualquer carícia que haviam compartilhado.

Praticamente desmoronou nos braços de Alane, completamente exausta e a bailarina apenas puxou a coberta sobre as duas antes de se entregarem ao sono.

***

Fernanda acordara com um sorriso gigantesco no rosto, se sentia completa e estava tão satisfeita que não se importou em ter seu braço esmagado por Alane e usou sua mão livre para fazer um carinho leve pelos cabelos lindos e cheirosos.

- você sabe que se continuar assim eu vou pegar você de novo. – Alane disse ainda com os olhos fechados.

- achei que estivesse dormindo...

- estou me deixando aproveitar um pouco de você. – deixou um beijo no ombro da morena. – faz tempo que não ficamos assim.

- sim, mas daqui a pouco vão trazer nosso dejejum e eu quero estar livre de fluídos.

Assim que as duas se levantaram Fernanda arregalou os olhos ao ver o lençol que estava com uma mancha ensopada.

- puta merda... – olhou chocada.

- a culpa é sua que me acordou de madrugada como se a gente nunca tivesse transado antes. – Alane disse fazendo um biquinho.

- me lembre de na próxima forrar uma toalha. – sorriu enquanto segurava a mão de Alane a levou para o banheiro.

Era quase onze horas quando Fernanda buscou o café da manhã das duas, sua sorte era que já havia planejado isso e pedira para que entregassem tarde.

Dentro do BBB a alimentação delas eram restritas e Fernanda não tinha muita noção do que Alane gostava de comer, então pedira um pouco de tudo, ali na mesa tinha uma salada de frutas, pão, frios, café e achocolatado.

Mas algo lhe dizia que ela mesma era a sua refeição favorita, principalmente quando sentiu a bailarina lhe devorando com os olhos enquanto comia alguns morangos.

- você pensa em tudo não é? – Alane sorriu a olhando.

- eu apenas sabia que você estava exausta o suficiente para não acordar cedo.

- como está sendo para você agora? – Alane perguntou enquanto cortava um pão de queijo ao meio e servia de uma caneca com café.

- razoável, algumas coisas melhoraram. – sorriu ao lembrar-se da casa que seu irmão tinha comprado. – eu matei as saudades dos meus filhos, Celo está na terapia.

- que lindo, eu assisti o vídeo de vocês dois na semana da conscientização... eu queria muito estar lá. – suspirou baixinho. – e a Laura?

- a dona Laura cresceu e muito, rever eles foi como se algo dentro de mim crescesse ainda mais, meu amor por eles triplicou.

- e quando eu vou conhecer a duplinha? – perguntou e Fernanda a olhou por alguns instantes.

- eu e Pitel fechamos um contrato com a globo... – sorriu. – e mais alguns com publicidade. E você já tem alguma noção de como vai ser o futuro?

- ontem eu assinei um contrato com uma empresa grande, para que eu tenha assessoria e bons trabalhos.

- Vogue né?

- sim... – suspirou pesadamente.

- seus pais como estão?

- minha mãe está no meu apartamento em São Paulo, o resto da minha família ficou no Pará.

- e o que sua mãe disse sobre nós? Sobre sua estadia no BBB? – perguntou a olhando.

- que a única besteira que eu fiz foi ter apoiado a Beatriz... – sorriu. – ela sabe que eu sou bissexual... – deu de ombros. – e os nossos momentos ela não fez questão alguma de assistir. Ela não é uma fã assídua nossa, só é minha mãe.

- nossa... realmente me surpreendeu agora. – Fernanda se serviu do café a olhando.

- e os seus pais? Como sua família ficou?

- minha filha adora você, Celo não tem muita noção... ele só ficou chateado por eu ter saído cedo. Minha mãe tá na mesma, meu pai também.

- bom... e quando você vai vir morar comigo? – Alane perguntou indo direto ao ponto e Fernanda se engasgou.

- o que?

- morar... eu e você, dois filhos e um cachorro que vamos adotar depois, talvez umas plantas.

- Alane querida... eu moro no Rio... e você em São Paulo.

- não tem problema...

- tem... – fechou os olhos com força, estava adiando aquela conversa, pois queria aproveitar aquelas horas ao lado dela. – comprei uma casa aqui em Niteroi... meus filhos já estão adaptados, minha vida é toda aqui.

- ok Loba... eu me mudo então. – revirou os olhos. – mais fácil né, eu sou sozinha.

- não... porque sua vida é toda em São Paulo. – a olhou nos olhos e Alane aos poucos desmanchou o sorriso. – você tem que voar agora Alane, e eu não vou ser a ancora que vai te prender.

- Fernanda...

- me deixe falar bonequinha. – deixou seu café na mesa e a encarou. – você vai aceitar tudo, vai fazer todos os trabalhos, vai ralar, aproveita essa energia que você tem e essa sustentação, não se prenda a mim e nem a ninguém! Vai fechar contratos, vai desfilar, tirar fotos, fazer campanhas e novelas. O mundo agora é todo seu!

Alane a olhou por alguns instantes e queria dizer que ela também era o seu mundo, a maior parte dele agora. Só que não adiantaria, conhecia Fernanda o suficiente para saber que ela tinha controle de tudo e não adiantaria nada do que falasse.

Fernanda já tinha tomado sua decisão.

- não me olhe assim por favor... – pediu baixinho controlando as lágrimas. - Você me entende Alane... eu amo você, não tenho dúvidas disso, eu estou completamente apaixonada por você, mas não quero ser um peso pra você nesse momento, você está no seu auge. Vai brilhar garota.

Alane apenas afirmou com a cabeça, não conseguia olhá-la nos olhos, talvez se fizesse isso Fernanda perceberia o quão errônea estava, que não suportaria viver tudo aquilo se quando voltasse para o seu apartamento ele estaria vazio.

- então quando sairmos desse quarto eu não vou ter nem a sua amizade? – perguntou num fio de voz.

- bonequinha... a ultima coisa que você quer é ser minha amiga. – seus olhos seguiram até ela, onde havia uma trilha de chupões pelo seu busto.

Não estava em seus planos ficar sozinha, e a encarou dessa vez deixando a frustração de lado.

- isso é um término então? – mordeu o lábio inferior tentando controlar sua língua de dizer algumas coisas que sentia, talvez não valesse a pena.

- sim. – Fernanda respondeu como se fosse algo óbvio.

- você sabe que eu vou tentar superar você não é? – disse e Fernanda a olhou arqueando as sobrancelhas. – Que vou ficar com todo mundo, vou dar pra meio mundo e me afundar em alguns relacionamentos rasos. – disse baixinho, sua única intenção era arrancar algum sentimento de Fernanda, queria que ela voltasse atrás em suas palavras.

- bom... só não engravide, não faça essa besteira consigo mesma.

Alane a olhou chocada, mas não podia fazer nada então voltou a sua atenção para o pão de queijo. Fernanda já tinha pré definido aquilo e que não adiantaria nenhuma palavra sua que a impediria de ir embora.

E imediatamente algo se acendeu no seu semblante, pois era certo que Fernanda pudesse ter voltado com o seu namorado.

- você voltou com ele? – perguntou chocada.

- com ele quem?

- com o seu namorado aquele que você vivia falando que tinha no começo, mas esqueceu dele completamente depois que passou a flertar comigo.

- o que... não... – fez uma careta. – meu irmão disse que ele sumiu depois que eu passei a ficar com você e eu não tive contato algum com ele.

- bom... agora você está livre e recaídas existem. – deu de ombros.

- por favor Alane... não torne isso mais doloroso. Não sabe a porra do esforço que eu estou fazendo para te deixar livre de mim. – seus olhos brilharam pelas lágrimas iminentes.

- seu esforço deu certo então.

Alane ainda permaneceu com ela no quarto, nenhum beijo foi dado após a conversa, apenas não tinham coragem de sair dali e só quando Fernanda pegara o seu celular para conferir se o seu filho tinha ido para a escola, foi que percebera que ele estava travado por conta das milhares de notificações e Alane não estava muito diferente, desde que entrara no quarto do hotel tinha deixado seu celular desligado.

Fernanda resolvera pedir um carro particular, tinha algumas coisas para resolver a alguns bairros dali e nenhuma das duas estava pronta para a despedida, não havia lágrimas e Fernanda a abraçara com carinho fazendo um carinho em seus cabelos a olhando.

- você é linda querida... eu amo você. – disse a poucos instantes de entrar no veículo.

- eu também amo você. – lhe deu um ultimo beijo, repleto de vontade e a saudade que permaneceria no seu peito por tempo indeterminado.

E às quinze horas e vinte e três minutos da manhã daquele dia dezenove de Abril, Alane assistiu Fernanda entrar no taxi e seguir para longe. E às quinze horas e vinte e quatro daquele mesmo dia, a versão atriz de Alane tomou sua personalidade para que ninguém enxergasse o quão cinza estava.

.
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.
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🐺🪷

Spoiler do próximo cap

"Num cantinho rabiscado no verso...
Ela disse meu amor eu confesso
Estou casando, mas o grande amor é você" 

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