Chegaaay
"OPOSTOS ESTÁ OFICIALMENTE
NA PART 2"
Vcs não tem noção da quantidade de vezes que eu reescrevi esse capítulo, mas chega um momento que a perfeição não existe.
Resolvi postar pois eu tbm fico hiper ansiosa quando chega o fds e eu não postei nada.
As vezes brota a voz da Fernanda na minha cabeça:
"Tem um filme chamado 127h..."
Mas o lado bom da minha demora é que ontem eu estava que nem uma maluca criando o enredo da parte 2, dissolvendo os capítulos e fazendo uma historinha que combine com esse shippe que só existe na psicose.
By by aproveitem 🫡
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Narrador
Após a primeira maratona com a sua saída da casa, Fernanda assim que chegou no quarto do hotel pode finalmente retirar os chinelos e desfazer da maquiagem.
Tinha sido a forma mais bizarra do mundo como havia sido tratada pelos apresentadores, era óbvio que eles tinham uma preferencia, olhou para a sua figura que refletia no espelho.
Era uma loba, e não deixaria que nenhum sujeito lhe pisasse, por mais poderoso que fosse.
Não tinham o direito.
Teria duas horas para dormir, sua agenda pós reality estava lotada, para o seu azar o seu celular estava descarregado e sua família não tinha conseguido ir até o hotel, apenas sua equipe que cuidava das redes sociais estavam lá.
E ela se sentia uma paciente recém acordada de um coma, havia um turbilhão de edits para assistir, e ela pode finalmente ligar para sua mãe.
Chorou, como nunca antes.
Tinha aguentado firme até ali, mas não até ouvir a voz dela. Sua mãe tinha sido sucinta, como uma navalha, do mesmo modo que apoiava a filha também a criticara por ter se expressado várias vezes de forma errônea. Seu peito doeu, queria estar lá com eles, mas a agenda e os contratos prévios que tinha assinado a coibiram.
Seu filho já havia ido dormir e seria injusto acordar o garoto.
O sono não veio, mesmo após um banho morno e ela aproveitou o pouco que seu celular tinha carregado e pode finalmente dar uma olhada nas redes sociais, seu irmão tinha de alguma forma, talvez exaustiva, eliminado milhares de comentários ruins.
E ela sorriu com expectativa, por pouco talvez tivesse se tornado uma finalista.
Só podia dar seu apoio a Pitel, mesmo sabendo que encontraria a amiga em alguns dias.
A equipe que cuidara da sua maquiagem tinha sido ótimos, em esconder as olheiras e os lábios rubros pós choro.
Tinha que erguer sua cabeça, teria muita luta ainda pela frente.
Quando chegou no projac, quase duas horas depois de fazer um ensaio fotográfico, seguiu até uma mesa farta, onde estava sendo filmado para o programa Mais Você, e ela sabia, que Ana Maria não seria nem um pouco delicada.
Faria aquilo apenas por eles, seus filhos a aguardava e ela precisava reunir um trocado antes de voltar a sua vida real.
- o que você foi fazer lá? – Ana Maria perguntou e Fernanda que já estava saturada daquela brutalidade desnecessária.
A carioca respirou fundo e respondeu cruamente.
- eu fui buscar os meus objetivos.
- que objetivos?
- buscar um recomeço, um grande recomeço. Eu não estava mais feliz com o ciclo que eu estava vivendo me sentindo extremamente impotente e insuficiente, anulada por muitas questões. E eu precisava de um baque precisava de um impulso e eu acredito que o programa faria isso por mim. Eu não fui para o programa pra me reconhecer, eu fui para buscar, para realmente alcançar.
- alcançar os três milhões? Não é um dos grandes objetivos de todo mundo?
- mas era esse Ana, falhei mais uma vez. Era esse o objetivo era esse. Exatamente esse.
- quando você fala eu fui lá pra me conhecer, a gente não vai pro BBB pra se conhecer.
- mas eu não falei se conhecer, falei que fui pra buscar, pra me recomeçar. Não me conhecer, fui pra recomeçar a minha vida.
- você conhecia o programa?
- sim...sim... eu vivo nesse planeta. – tentou controlar o riso. – eu conhecia o programa, conheço muito bem e sei o impacto que ele tem, mas ao pé da letra de assistir tudo, não... realmente não assistia tudo, até porque eu sou mãe, tenho dois filhos, quase nenhum apoio e não podia me dar ao luxo de pagar pra assistir vinte e quatro horas por dia. Eu acompanhava algumas coisas, entendia os enredos, mas não era tão assídua nas redes sociais não.
- mas você entende que a história do BBB ao longo dos anos, são pessoas numa casa, que tem que conviver por cem dias, e o melhor a conviver vence, e nisso tem que ter estratégias, tem que ser agradável, tem que ser amigas. Tem que ser uma série de adjetivos aí né, que você passou longe deles.
Fernanda tomou uma água para tentar segurar sua língua, a pesar de estar exausta ainda conseguiria se equilibrar naquela corda bamba.
- não... não passei longe não... então a gente não assistiu ao mesmo programa. Eu tive sim momentos muito bacanas, eu tive sim laços, eu fiz amizade sim, construí coisas que eu quero levar aqui pra fora. Por exemplo a minha amizade com a Pitel é uma das amizades mais verdadeiras que nasceu naquela casa. E ninguém vai tirar o mérito disso, a gente viveu junto e a gente construiu isso lá na casa. Teve muita verdade da minha parte.
Não quis colocar seu envolvimento naquela conversa, não queria usar isso para se blindar.
- mas é um grupo Fernanda... você não pode dizer só sobre uma pessoa. É uma comunidade que é o BBB. São as diferenças ali que
- sim, são doces, acidas, amargas, convivendo num dia-a-dia, com perspectivas diferentes.
Recebeu a mensagem no ponto que a entrevista havia acabado e só o que pode fazer foi aproveitar a refeição que estava ali diante de si, precisava estar forte, pois talvez sua próxima batalha fosse lidar com a enxurrada de hates que receberia logo em seguida.
Após fazer uma sessão de fotos para algumas revistas, ela retornou para o hotel, seu irmão já estava ali e ela o abraçou, com o máximo de força que conseguira.
- Oh Gabs... puta merda que saudade de você. – ele era o seu ponto de proteção.
- cara que loucura foi tudo isso. – ele coçou a cabeça a olhando.
- disse que tudo ia mudar... como a mamãe está?
- dividida... – ele fez uma careta e Fernanda respirou fundo.
- foi sobre mim e a Alane?
- não... foi sobre as merdas que você disse sobre neurodivergentes. – recuou um passo. – ela ficou extremamente constrangida e até deu uma entrevista no programa da globo.
- deus do céu... nem adianta eu justificar sei que fiz merda mesmo. – suspirou. – e o Daniel?
- pulou fora assim que você beijou a Alane. – ele sorriu passando os dedos pelo bigode. – eu não gostava dele mesmo. – deu de ombros. – mas ele ficou puto, me ligou falando um monte de merda, depois me bloqueou e sumiu.
- bom... menos um problema então. – riu.
- falei com a sua equipe... você vai ter hoje a tarde livre, alguma coisa sobre grava o seu reencontro com o Celo e a Laura.
- sim... só organizei minhas roupas e eu só estava doida pra sair daqui.
***
Fernanda estranhou o caminho que a van estava fazendo, conhecia seu bairro e aquele não era exatamente o destino até a casa dos seus pais.
- desculpa mana... eu não sei como te falar isso. – Gabriel abaixou a cabeça. – seu pai ficou puto, não pelas merdas que você falou, nem pela exposição na mídia...
Fernanda tentou absorver tudo o que ele havia dito, sabia que o seu retorno não seria cheio de glória, mas era certo que seus filhos não mereciam passar por uma repreensão daquela.
- foi por eu ter beijado a Alane?
- e ter transado com ela várias e varias vezes... isso gerou munição pra ele ficar berrando o quanto você era... – ele não conseguiu dizer as palavras e Fernanda entendia. – eu tive que deixar Celo numa bolha, ele não podia escutar as merdas que o seu pai dizia... então... se lembra daquela casa que você vivia dizendo que se conseguisse grana o suficiente compraria? Que iria montar ali uma casa terapêutica pro Celo? Porque ela tinha um jardim grande, e você queria que ele tivesse um quintal para brincar?
- você a alugou? – Fernanda o abraçou novamente e Gabriel gargalhou.
- não... – riu com careta que Fernanda fez. – você a comprou.
A van parou diante do portão.
- o que? Como?
- suas redes sociais... em um mês caiu dinheiro o suficiente para quitar todas as dividias, pagar a galera que trabalha pra você agora e eu guardei metade e a outra metade eu comprei a casa. Claro que ela ainda precisa de ajustes, mas eu não podia deixar você voltar para aquela casa, não com seu pai doido pra causar contigo. – Gabriel saiu do veículo a ajudando e juntos seguiram até o portão menor. – bem vinda ao seu novo lar.
Fernanda levou alguns segundos para entender o que tinha acontecido, no fim ela havia realizado parte do seu objetivo.
Era quase oito horas da noite, Celo estava na terapia ainda e ela sabia que precisaria pegar leve com o garoto, caminhou até onde era o quarto dele e tocou com carinho as roupas do seu menino, assim como os brinquedos.
A casa ainda estava bagunçada, não tinha um terço dos móveis necessários, mas isso ela conquistaria a partir dali.
Caminhou até o jardim que era a única coisa que via, a primeira coisa que lhe chamou a atenção era os pés de hibisco rosas, vermelhos e laranjas. Havia um espeço onde ela com certeza plantaria algumas hortaliças aromáticas.
Não demorou muito para Marcelo chegar da terapia, e Fernanda sabia que o garoto demonstrava seus sentimentos de uma forma diferente, ele não a abraçaria, nem pularia de felicidade, ou ficaria emocionado.
- oi filho. – sorriu para ele com carinho, enquanto controlava suas próprias emoções. – a mamãe está aqui.
- você saiu... – ele disse a olhando e só então Fernanda notou o quanto ele havia crescido, dona Dalva estava ali, olhando para filha e segurando a vontade de abraça-la também.
- você está grande... está tão lindo.
- se você está aqui é porque não ganhou... – ele disse Fernanda tocou as mãos deles com carinho e só então conseguiu puxá-lo para o seu colo.
Era o seu pequeno ali, mesmo que ele tivesse já quase o seu tamanho, era o seu filho e estava morrendo de saudade dele.
- a mamãe vai ganhar muita grana agora querido. – Fernanda tocou seu rosto com carinho lhe enchendo de beijos. – oi mãe... – olhou para a senhora que exibia um rosto pleno.
Sabia que cedo ou tarde Dona Dalva lhe acertaria, ela ouviria horas de sermão, mas por hora, deixaria a saudade falar mais alto e a abraçou com carinho.
- eu sei que você quer colo, quer aconchego... talvez o carinho que eu nunca lhe dei... – ela disse encarando a filha. – olhar você pela tela da tv me fez perceber o quanto também estou errada e tenho minha parcela de culpa, criei uma mulher forte, porém a criança ainda está muito fragilizada.
- desculpa mãe... eu falhei de novo.
- você não falhou Fernanda... você só é humana.
Fernanda tentou conter o soluço, o choro desesperado aos poucos foi se dissipando, não queria assustar Celo logo agora que havia voltado e ela estendeu o braço e pegou seu filho.
O abraço que cabia três gerações.
Marcelo ao poucos se rendera ao carinho da mãe e seus olhos brilharam, aos poucos as lágrimas caíram.
- Gabriel me contou que você está fazendo terapia num lugar novo.
- sim... eu gosto de lá. – ele sorriu. – os tios são legais.
- eu quero saber o nome de todos!
A equipe de Fernanda já havia agendado uma publi que faria no dia seguinte onde Marcelo estava fazendo sua terapia.
Seu próximo objetivo era pegar Laura de novo, já havia entrado em contato com o pai e ele estava em São Paulo e lhe traria ela no dia seguinte.
A noite, após tomar um longo banho e poder vestir roupas confortáveis e pedir a pizza favorita de Marcelo e Gabriel, só o que lhe restou foi assistir sua amiga, que estava no paredão, as vezes olhava suas redes sociais e tomou um susto ao ver que tinha ganhado centenas de milhares de seguidores.
Fernanda ainda tinha uma agenda cheia, havia muitas fotos para fazer, alguns programas para ir e um possível contrato a ser assinado.
- como assim querem que eu vire atriz? – perguntou confusa a sua assistente.
- você caiu na boca do povo, a vilã mais carismática que existe... te querem numa novela e a globo não vai deixar de lucrar com isso.
- porra... quanto de dinheiro isso significa?
- temos dois contratos, ambos de cinquenta mil... seu irmão está avaliando a lista de patrocinadores.
- puta merda... isso é de verdade então...
- super de verdade! – ela riu. – mas é possível que Pitel saia hoje a noite.
- sim, já deixei um quarto na minha casa pra ela, Pitel vai vir morar comigo pelo tempo que ela precisar!
- e quanto a Alane?
- o que tem a Alane?
- você e ela, ainda tem volta?
- iih garota, não é porque você é minha assistente que você tem que saber de tudo, e além do mais ela ainda está lá no big brother, eu não sabia que nosso envolvimento era tão odiado. – suspirou.
- mas a galera do twitter e tiktok adora vocês duas! Tem um monte de fanfic's com vocês duas.
- eu vi! Tem fanfic Pitanda! Surreal... Alane vai ficar puta ao descobrir que me shippam com a Pitel. – riu.
- mas o publico do insta ainda não engoliu vocês duas... – fez uma careta. – mas as velhas do sofá odeiam tudo... então não vai demorar muito pra elas mudarem o foco do hate.
- menina! Fiquei sabendo que acham que a Giovanna pezinho é uma mulher trans. – tentou prender o riso. – puta merda... que esse povo tem na cabeça?
- acho que alguma velha leu alguma parte de fanfic g!p, e deu ruim pra coitada.
- fanfic g!p? que porra é essa?!
- é história em que uma personagem tem um pênis, mesmo com características femininas.
- que papo torto do caralho... – Fernanda tentou ignorar aquele assunto, a ultima coisa que queria era que alguém escutasse aquela conversa e ela passasse a ser rotulada como preconceituosa.
Após cumprir a agenda de fotos, participações em programas e ter ficado horas no transito. Fernanda tinha um último compromisso para fazer naquela tarde.
Deixou o figurino justo e decotado de lado, e optara por um conjunto mais confortável, passara o perfume que amava e prendeu os cabelos.
Laura chegaria no hotel onde estava em minutos, mas sua ansiedade lhe acertara.
Tinha medo, morria de medo da reação da sua filha.
"Ela é muito... ela é tipo a Alane, ela é muito brifada, é uma criança que fala muito"
Fernanda simplesmente se surpreendera, sua filha estava no hall de entrada do hotel e a carioca correra ao encontro da menina, ignorando completamente a existência do seu ex marido e agarrou a menina a enchendo de beijos, Laura soltou um gritinho enquanto aproveitava o carinho.
Sua vontade era de retornar para casa naquele momento e juntar a sua duplinha novamente.
- linda da mãe! – disse e Laura sorriu sapeca.
- mamãe... eu tava morrendo de saudade de você.
- sua filha está entregue... – ele disse a encarando.
- que bom né... e agora ela é todinha minha.
- vai voltar como era antes? Eu buscando ela de quinze em quinze dias?
- sim, mas se quiser pode diminuir... Gabriel me contou que vocês dois ficaram mais apegados nesses dois meses que fiquei longe. E seria injusto cortar a sua presença da vida dela assim.
- ok... a gente se vê então...
Laura se despediu do pai e logo em seguida correu para o colo da mãe.
- você quer lanchar comigo? O restaurante do hotel tem um pão de queijo delicioso e depois a gente vai dar um mergulho na piscina. – Fernanda disse enquanto seguia com a menina para dentro do hotel.
- mamãe, mas eu não trouxe o meu biquini! – ela fez um biquinha e Fernanda sorriu parando de andar.
- ah! Mas você sabe que eu sou a super mãe! E sei que você é um peixinho que adora água. Então eu comprei um maio pra você, cor de rosa! Não é o meu presente de aniversário, só uma lembrancinha. A mamãe ainda vai comprar o seu presente.
- não tem problema mamãe... o tio Gabriel me enviou o presente.
- que presente?
- uma casa de bonecas! Ele disse que comprou duas... uma pra casa do papai e uma pra casa da mamãe... ai o Celo ficou com ciúmes e o tio comprou um tablet pra ele.
- ah por isso que o seu quarto estava cheio de caixas...
Fernanda enviou uma mensagem para seu irmão e assistente, explicando que não queria ser interrompida naquela tarde, estava com sua filha e não faria nenhum trabalho mais até que matasse a saudade da pequena.
Mais tarde, depois de fazer alguns vídeos para o seu storys, Fernanda voltou para Niterói, agora com a sua filha do lado, um semblante cansado e um sorriso gigantesco no rosto.
Naquela mesma noite, quando seus filhos já estavam dormindo ela assistiu a saída da sua amiga, e acabou indo dormir tarde enquanto assistia Pitel ir para o podcast e riu quando o relacionamento dela com Giovanna foi exposto e sua amiga tentara se esquivar das perguntas, principalmente quando o alvo virou seu amigo Lucas e o fato do mesmo agora estar solteiro.
Fernanda tentou não rir quando ela fora entrevistada por Ed, e fazia caras e bocas para a apresentadora.
- essa querida é terrível... deve ser confortável pra ela odiar todo mundo... tomara que seja seu ultimo ano como apresentadora. Cuzona.
- ah... antes de você ir dormir saiba que tem agenda pra amanhã, você e Pitel vão pra um podcast da globo.
- por mim eu esperaria ela no Windsor... mas não quero passar mais uma noite longe dos meus filhos.
Gabriel estava dormindo na sua sala, e ela dividia um quarto com Laura, havia deixado um livre para Pitel, e ainda tinha que organizar muita coisa, mas aquilo só o tempo poderia lhe ajudar.
Seus filhos iriam ficar com sua mãe no dia seguinte e a van da emissora já estava lhe esperando, para sua sorte, Gabriel tinha pegado férias do seu cargo como bombeiro e pode lhe seguir durante a sabatina de trabalhos.
- talvez eu vire influencer também. – ele disse sorrindo.
- sim, você é muito bonito, ainda é bombeiro tem toda uma pinta de galã. Quanto você precisa para investir?
- nada... recebi umas propostas de alguns fotógrafos para tirar umas fotos.
- acho que pela primeira vez em muito tempo, a sorte está olhando para nós agora.
Fernanda não teve tempo para morrer de saudade da amiga, já que ficara longe dela por apenas três dias, talvez menos, e agora ela estava ali a sua frente.
- minha nossa senhora das big shoes! Tu tá muito gata! – Fernanda disse enquanto abraçava a amiga carinhosamente. – sentiu minha falta?
- eu morri de saudades!
- morreu nada, tu tava com o Rodriguinho!
- ai o velho, tá mais gordinho o coitado.
- uma loucura né amiga?
- minha família toda tá torcendo pro Davi acredita? – Pitel gargalhou. – meu namorado tá meio encucado... mas vamos ver as cenas dos próximos capítulos.
- tu vai esperar a Giovanna?
- eu não... – se benzeu. – quando ela sair vai ver que eu não sou o que ela pensa que eu sou... eu não valho a pena.
- mas é claro que vale! – Fernanda arregalou os olhos. – você é linda, inteligente... só tem um namorado também.
- pois é... mas a pezinho tá num patamar muito acima amiga... melhor não. E tu e a Alane?
- a gente não tem volta não Pitel... acho que os namoros que começa no BBB fica no BBB.
- Sarah e Juliette estão casadas e tem uma renca de filhos... – disse como exemplo e Fernanda revirou os olhos.
- mas não vale... até porque as duas só ficaram de novo depois que tudo terminou, ela estavam com carreiras distintas... a Sarah estava em outro país até.
- e tu tá achando que Ferlane é Sariette? Querida vocês são um fiapo esfarrapado perto daquelas duas... trate de esperar por Alane, a menina ficou toda quebrada quando você saiu.
- sério? Minha agenda aqui fora foi tão apertada que eu não tive tempo para nada nem pra assistir... só assistia algumas coisas rápidas e só.
- pois é... ela teve uma crise de choro quando tu saiu, só melhorou depois que a gente levou ela pro confessionário, doparam ela e Alane só foi acordar a tarde de Segunda! Pálida toda ruim a bichinha.
- acho que é melhor deixar assim... sem pensar muito.
Momentos mais tarde, as duas brilharam juntas quando deram a entrevista no Mesacast. As duas, ainda juntas cumpriram uma série de programações naquele mesmo dia.
E quando Pitel já estava exausta quando retornara para o Hotel, diferente de Fernanda ela não tinha uma empresa cuidado das suas redes sociais e ela mesma tinha que lidar com tudo, desde agendar, responder e preencher os formulários.
- vão descontar do meu saldo a estadia aqui no hotel a partir de amanhã. – Pitel fez uma careta enquanto olhava para a tela do seu celular.
- não vão descontar nada, faz o checkut e vamos para minha casa! – Fernanda disse.
- sim, mas semana que vem quando acabar a minha agenda no Rio eu vou voltar pra minha terrinha.
- então, ainda vou ter uma semana da sua presença comigo.
- e eu não acredito que vou conhecer as tuas crias!
- dona Laura já te chama de Tia, Marcelo que é caladão na dele... mas é possível que ele te de algum presentinho. Eu sei que você não é muito chegada em criança, então eu vou pedir pra eles não te incomodarem.
A rotina dos próximos dias foram seguindo, onde Fernanda ia ela levava Pitel e seu irmão, e as vezes até dizia que ela agora era sua marida. Era assim mesmo que se sentia.
Seus filhos gostavam dela, Laura tinha amado conhecer ela, Marcelo só gostava da companhia de Pitel quando a morena o seguia até o jardim e o ajudara a arrumar algumas plantas.
Fernanda não sabia ainda o que lhe esperava o futuro, tinha conseguido um contrato com a rede globo, talvez pudesse investir numa carreira agora e finalmente tudo ficaria estável.
Um a um ela assistiu a saída dos seus aliados, depois de Pitel, foi a vez de Giovanna sair, Fernanda até tentara fazer a ponte para que Pitel e Giovanna descem certo, mas a morena evitava a nutricionista a todo custo.
Agora os gnomos tinha um grupo no whatssap, e ela finalmente teve a sensação de que tudo estava se encaixado, da forma como era pra ser.
Então porque ainda se sentia como se ainda lhe faltasse algo?
Só ficava confortável quando assistia edits dos seus momentos com Alane, as vezes ria das caras e bocas que fazia, e pensava como seria se nunca tivesse ficado presa com ela na dispensa, se não tivesse aceitado o flerte.
Talvez ela não tivesse ficado tão leve, nem frouxa, ficar com Alane a tinha desarmado completamente e a bomba relógio que só tinha explodido uma vez, ainda ardia por conta dos estilhaços.
Não podia negar, estava morrendo de saudades dela, a verdade era que estava definhando e não podia demonstrar nem por um segundo o quão triste estava, pois tinha agora um personagem próprio, que desbancava qualquer um que tentava destruí-la.
Assistiu quando Beatriz, a sua maior rival no jogo sair, com mais votos que ela e talvez até mesmo cancelada por conta da sua chatice infantil, o tempo a tinha lhe inocentado e ela gargalhava junto a Pitel, aquela noite tinha sido a mais engraçada de todas. Tinha finalmente sentido o gostinho da vitória lhe atingir.
- acho que ele fez de propósito. – Pitel comentou e Fernanda a olhou confusa.
- Davi?
- é... ele não é burro, sabia que Beatriz era uma forte concorrente ao premio, e nada melhor do que retirar o segundo lugar.
- como assim?
- ele é um bom jogador amiga, admita... – Pitel riu. – ele usou o próprio problema de Beatriz contra ela mesma, deixou que a vendedora do Brás se enforcasse.
- puta merda...
- ele fez a mesma coisa com você... olhou o jogo, viu quem era o mais forte e manipulou, fim de história. – Pitel desligou a tv e seguiu com Fernanda para a cama.
- bom... ele vai ganhar é inegável.
- sim e acho que tua namoradinha vai ser a próxima a sair. – disse.
- será? Eu acho que está entre ela e Isabelle... mas não me surpreenderia se ela saísse, ela vivia pra passar pano pra Beatriz e as infantilidades dela. – deu de ombros. – as pessoas se cansam.
A semana seguinte passou rápida, Fernanda ainda cumpria uma agenda nos programas da emissora, mas conseguira tirar um tempo para seguir Pitel até o aeroporto, sua amiga estava morrendo de saudade da sua família, mas era certo que retornasse ainda naquele final de semana.
Fernanda tinha conseguido encontrar uma arquiteta que daria um up na sua nova residência e ela mesma ficou imersa entre levar seu filho para as terapias e estar presente para Laurinha.
Ela até achou que os convites aos poucos seriam reduzidos, mas diferente do que pensava, só aumentou, e ela acabou sendo convidada para o SPFW, era literalmente uma semana de sabatina assistindo a desfiles de marcas de renome, com trajes que ela jamais ousaria em comprar.
Sua sorte era que tinha a companhia da melhor amiga, Pitel após seguir para Alagoas, acabou tendo que retornar e ela se hospedara com Fernanda num hotel em São Paulo, ficaria até que os desfiles terminassem e ela poderia voltar para o Rio com a amiga.
Também tinha sua pinta de galã, se não estivesse tão exausta talvez explorações sua sexualidade naquele evento lotado de mulheres lindas.
Horas mais tarde o grupo gnomo resolvera seguir para um restaurante de renome, era a primeira vez que o grupo se reunia para um jantar, estavam todos animados, inclusive Yasmin, Fernanda aproveitou quando a modelo fora até o banheiro e a seguiu, precisava conversar sobre um assunto que só ela entenderia.
- como você consegue suportar a saudade? – perguntou baixinho enquanto retocava o batom e a loira suspirou a olhando.
- assistindo... a vendo, só assim.
- o que pretende fazer quando ela sair?
- vou esperar o tempo até ela cumprir a agenda pós BBB e então eu vou dar um jeito de ir até ela e vamos sentar e conversar.
- não sei se tenho essa maturidade toda... vou infernizar a vida da Alane pós reality e deixar ela descobrir o que eu quero. – sorriu maldosa e Yasmin a encarou por alguns instantes.
- eu já estou pensando na possibilidade de ter que aguentar o Davi enquanto namoro com ela... e você vai ter a Beatriz de encosto.
- mas é nunca! – Fernanda riu. – duvido muito que a Alane vá querer ter uma amizade com ela desquerida aqui fora, duvido muito.
- será?
- se tiver, eu faço questão de nem olhar na cara mais.
A verdade era que estava desesperada, seu corpo se incendiava por ela e qualquer memória do fogo que compartilhavam juntas lhe deixava desidratada.
O grupo resolvera ficar no restaurante e acompanhar o último paredão, tanto Fernanda quando Yasmin olhavam para a tela com expectativa.
Só uma das duas poderia matar a saudade mais cedo e Fernanda suspirou enquanto erguia a taça de vinho, havia vencido aquele duelo, mesmo sem ter apostado.
- olha pelo lado bom amiga... – Pitel lhe entregou um prato de sobremesa com pudim. – ao menos não vai ter que esperar até o dia dezoito pra colar um velcro.
Alane tinha sido a Eliminada daquela noite de domingo e Fernanda tentava criar um roteiro mental sobre o que faria a seguir.
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🐺🪷
Próximo capítulo a Loba vai chorar e não vai ser pelos olhos.
Vou manter a Yas com a Isa (spoiler) msm achando que a Isa com o Matteus está sendo extremamente fofo, mas fanfic de heteros aqui tá lotado!
Eu gosto é da representatividade.
Fuui