Lesath: Genes Lupus.

By EduardaVictoria9

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O mundo tinha sofridos grandes perdas, o que colocou em crise e tiveram que tomar medidas de controle, além d... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7.
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11

Capítulo 8

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By EduardaVictoria9

Gargalhei alto ao ver Aegon perder novamente, sendo tão ruim em jogar que era engraçado, afinal, ele mal sabia mexer nos controles básicos do objeto e mesmo que eu também não seja profissional nisso, ainda sim, estava em vantagem contra meu cunhado, que bufou ao quase jogar o console do videogame no chão da salas de jogos, esta sala que estava se tornando um refugio compartilhado tanto por mim quanto pelo outro ômega.

Uma semana se passou e foram dias ótimos e animados, já que ter uma companhia constante tornava tudo excelente e nossa rotina nos aproximou e nos tornou grandes amigos, porque me sentia muitíssimo bem em tê-lo ao meu lado e era tão natural a maneira como me senti a vontade perto dele que não o avistava como apenas um cunhado e sim como meu grande amigo, um dos únicos que já tive, na verdade.

Aemond passou a ficar mais tempo no trabalho e se tornou normal para mim vê-lo poucas vezes e isso deveria me deixar tranquilizado, só que não era isso que causava em mim e sim, um vazio.

— Senhores, vocês receberam um convite especial para um chá da tarde. — disse Amélia assim que adentrou o cômodo, ignorando completamente nossos modos inadequados e a bagunça da mesa a frente da televisão. — É da família do Sr. Marcus, mestre do nosso senhor, Aemond. 

Aegon pausou o jogo assim como eu o fiz e suspirei ao ter o papel em mãos, notando como era fútil manter essa coisa antiga de cartas, sendo que agora a internet era muito mais rápida, mas sabia que para os nobres não importava os meios, nem que tivessem que desmatar toda a natureza verdadeira do nosso mundo para ter seus gostos atendidos, tais como cartas. Céus, que situação desagradável e não queria ir, mesmo assim não era cortes ignorar um convite, principalmente vindo desta família tão importante e acho que Aemond gostaria que eu fosse, ainda que, não fosse o informar sobre, não agora ao menos.

Raramente o mandava algo por mensagens e ele também não tinha a tendência de ser conectado com as redes e a internet, em um modo geral, usando apenas para verificação de papelada e coisas em relação ao trabalho pelo pouco que pude perceber de seus modos.

— Vamos! Vou com você — Aegon exclamou animado, como se tivesse pensando em algo e isso era ruim, totalmente ruim, mas não poderia realmente recusar, não sem uma desculpa muito convincente. — Se arrume! 

— Não é uma boa ideia isso — murmurei suspirando, intercalando meu olhar entre uma Amélia indiferente e um Aegon animadíssimo e isso me fazia ter calafrios.

No fim, realmente me arrumei com uma roupa melhor do que estava vestindo, sem ser muito casual, nem formal demais para tal encontro da tarde. E assim, fomos até a propriedade que para minha surpresa também não era na cidade e que também não era muito longe da nossa. O percurso de carro foi animado e cheio de falatório, afinal, Aegon tinha muito o que dizer e eu o ouvia atentamente, tendo Amélia como nossa acompanhante nessa aventura descabida. 

Gostaria de estar em casa, ansiando por descobrir as nuances dos livros, enquanto apreciava os sentimentos que descobria, mesmo sendo meros descritos em folhas, ainda sim, nunca me senti tão feliz quanto estava nos últimos tempos, pois ter a liberdade de ler o que queria me fazia sentir livre, principalmente morando longe da cidade e das câmeras invasivas, do falatório exaustivo, da falsidade e da imagem cansativa que tínhamos que manter constantemente perante uma sociedade fútil.

Não sabia descrever o quão liberto me sentia estando casado há poucas semanas e nem sabia se deveria me sentir desta forma.

Era certo viver desta maneira quando fui criado para viver de outra maneira?

— Chegamos e puxa vida, que casa hein. Nada modestos — exclamou Aegon animado, parecendo uma criança que estava saindo pela primeira vez de casa.

Ri baixinho ao descer do carro e  vê-lo tão animado e fomos recebidos pela governanta da casa. Realmente a casa era imensa, tanto quanto a casa de Aemond.
Nos levaram para sala de estar e tinha uma mesa lá, as mulheres ômegas da família do chefe de Aemond nos aguardavam e isso era irritante e desconfortável, afinal, não me esqueci da maneira como fui tratado na primeira vez que nos vimos.

— Olá, ômegas. Fico feliz que tenham se juntado a nós nesta tarde adorável — Íris disse sorrindo e gesticulando para nos sentar e assim fizemos. — Presumo que se lembre de minha maravilhosa filha, Alice.

A ômega em questão parece me encarar com um olhar de ódio e superioridade, como pensei que faria.

— Oh, acho que sim. — falei sorrindo, notando como isso irritou a garota e Aegon pareceu conter uma risada disfarçada com uma tosse. — Este é meu cunhado, Aegon.

— Já o conhecemos de nome. És tão belo quanto Aemond, ômega — disse Íris sorrindo radiante, parecendo ter algo em mente. — Meu filho ainda não tem um contrato definido, se estiver interessado...

Desviei minha atenção para Aegon que estava ao meu lado, notando como ele estava sentado adequadamente, além de sorrindo, por mais falso que seja. Era nítido o quão irritado ele ficava com tais assuntos, principalmente quando era sobre ele e seu futuro iminente.

— Meu marido está responsável pelo contrato — interrompi a conversa, sorrindo fraco ao ter os olhares frios e irritados das mulheres. — Devem conhecer Aemond melhor do que eu, meu marido não é do tipo que faz as coisas sem pensar nos pós e contras.

— Sebastian é um grande homem, também do exército — refutou Íris irritada, como se tivesse que ter a última palavra. Me mantive calado e ela sorriu, vitoriosa. — Bem, vamos mudar de assunto. Como vai a vida de casados?

— Já está grávido? — Alice perguntou num tom debochado e isso me fez suspirar e ficar em silêncio, desconfortável.

— Estou louco para ter sobrinhos, mais não acho que este seja um assunto da conta de vocês — Aegon disse sorrindo, se servindo de chá e prontamente fazendo o mesmo para mim, que o agradeci baixinho.

Tanto Íris quanto Alice ficaram irritadas com a intromissão de Aegon, afinal, este estava quieto até então, apenas analisando o comportamento das ômegas.

— Estamos aproveitando bastante — decidi falar por fim, sorrindo. Isso pareceu enfurecer ainda mais Alice.

— Aemond sempre foi um homem honrado e incrível. Não há muito o que falar sobre seus atos na cama e na sua capacidade, então espero que você esteja o satisfazendo. — Alice falou falsamente, como se estivesse preocupada comigo, mas seu olhar deixava nítido seu veneno. — Ele é do tipo que sabe fazer e espera que façam corretamente. Espero que meu caro amigo esteja indo bem, seria uma pena ter seu marido buscando prazeres em outras camas.

— Bem, aí a pessoa seria uma sem vergonha e vagabunda — Aegon disse rindo, parecendo descontraído, mas estava obviamente sendo debochado.

— Está correto — Íris concordou a contragosto, parecendo ter uma má indigestão do chá.

Nem preciso dizer que a tarde foi repleta de conversas sem sentido, além de indiretas e deboche para cima e para baixo. E sinceramente, queria ter saído após uns dez minutos estando na mesma presença do que daquelas mulheres sem noção, porém tive que permanecer e ser educado, como me ensinaram a ser, mesmo tendo que engolir suspiros.

As conversas eram sobre Marcus e Aemond sendo tão pai e filho que era uma relação incrível. Alice falando sobre Aemond, como se já o tivesse tido em em sua cama e isso me deixava totalmente desconfortável.

Apenas notei que estava tarde quando avistei que o sol já estava se indo, dando início a noite e essa era a nossa oportunidade de ir embora.

— Precisamos ir embora — falei encarando as ômegas com educação, mesmo cansado demais para ser sociável. — Já está tarde e Aemond deve estar chegando.

— Ah, não se preocupe. Avisei Marcus para trazer Aemond para cá — Íris disse feliz, me fazendo quase bufar com suas palavras.

Sinceramente, que pesadelo.

A minha ficha só caiu quando Aemond realmente chegou com  o dono da casa e após os cumprimentos iniciais, mesmo sentindo o olhar de Aemond em minha direção, me senti incapaz de levantar o olhar para ele e o encarar devidamente, envergonhado demais e também um pouco de receio. Não sabia se deveria ter saído de casa, principalmente por não ter o avisado antecipadamente e sabia que alfas não gostavam de não ter o controle absoluto de tudo.

— Ficarão para janta, certo? —  Íris parecia animada demais com a chegada dos alfas, assim como a filha dela que, por Deus, parecia um animal no cio. —  Por favor, querido. Fique aqui, você é da família.

—  Isso, fique Aemond —  Alice disse e o tom dela me fez revirar os olhos, mesmo que fosse um ato inadequado. Aegon me cutucou de lado, chamando minha atenção e ele parecia divertido com algo.

—  ''Fique Aemond'' —  repetiu Aegon num tom provocativo, chamando a atenção de todos e isso me fez quase rir, porém consegui fingir uma tosse seca no lugar e me senti corar quando meu olhar esbarrou no de Aemond, que parecia indiferente como sempre, menos seus olhos intensos. 

— Vou discutir isso com meu esposo primeiro. —  disse Aemond em um tom indiferente, como se tivesse acabado de falar uma coisa normal e isso chamou a atenção para mim também, que fiquei em silêncio.  

— Ele quer ficar, é claro. Se não, ele pode ir na frente —  Alice disse sorrindo, se intrometendo como se fosse parente, por Lesath, que guria irritante.

—  Guria, não te mete. Você por acaso se chama Lucerys? — rebateu Aegon bufando, perdendo a pouca paciência que ele tanto se conteve para preservar nessas horas estando na presença das ômegas.

— Como ousa.... — Alice parecia pronta para avançar em Aegon, mas Aemond interrompeu a situação extremamente vergonhosa e exaustiva. 

—  Melhor irmos embora. Sabe, estou cansado e meu esposo precisa terminar seus afazeres também. Nunca o deixaria ir sozinho para casa. —  esclareceu Aemond num tom educado, sorrindo para as mulheres. —  Obrigado pelo convite.

—  Já vai? Trouxe whisy —  Marcus apareceu no cômodo com dois copos da bebida, parecendo confuso em ver a tensão do local. —  Aconteceu alguma coisa?

—  Ah, não. —  respondeu Aemond se virando para o senhor de idade, sorrindo verdadeiramente. Ele realmente considerava muito o homem, se importava com ele. — Obrigado mesmo pelo convite e desculpa rejeitar a bebida. Quero ir descansar em minha casa e...

—  Tudo bem, sei como é recém-casados —  interrompeu o homem grisalho rindo, parecendo incapaz de ficar mal humorado diante o meu marido e isso era uma situação incrível, já que eles deveriam se dar muito bem. —  Voltem outro dia a noite para jantar conosco. São bem-vindos os três.

—  Obrigado e desculpa qualquer incomodo. Vamos indo — Aemond se despediu sorrindo e sendo cortes com as damas, mesmo depois daquela situação tensa e Aegon sequer dirigiu um olhar para as mulheres, porém me despedi mesmo com os olhares ofensivos, por educação.

Não demorou muito para Aegon começar a reclamar sobre absolutamente tudo quando adentramos o carro espaçoso e foi engraçado, já que Aegon realmente não parecia ter ou nem tentar conter as palavras feias e nem as reclamações fúteis do dia-a-dia ao lado daquelas mulheres. Nem preciso dizer que meu querido cunhado falou inúmeras coisas sobre aquela garota e meu marido apenas escutou tudo, sem se intrometer e nem reclamar dos modos do ômega e preferi permanecer em silêncio, não sabendo se deveria interferir ou deixar Aegon dizer até pelos cotovelos.

Estava de certa forma cansado do dia e das conversas enfadonhas. Por sorte, o caminho não era tão longo e quando chegamos pude ir até a biblioteca, que se tornou meu refúgio e só assim o peso daquele dia se foi, como se finalmente estivesse livre para respirar. 

Não sei quanto tempo fiquei lá, lendo e imerso ao mundo real, só sei que me assustei quando notei que Aemond adentrou o cômodo em silêncio. Esperava uma briga ou até mesmo uma ofensa por ter sido tão descuidado e sair sem avisa-lo ou qualquer que fosse a situação, porém me surpreendi em vê-lo pegar um livro em silêncio e vir sentar perto de mim, como se fosse a coisa mais normal.

—  Estou te atrapalhando? —  perguntou Aemond após algum tempo em silêncio, com o livro aberto nas mãos e sentado próximo a mim, me fazendo corar e desviar o olhar insistente sobre meu marido, que obviamente sentiu o olhar nele. Que vergonha. —  Posso sair, se preferir...

—  Não! Fique, por favor —  falei envergonhado por notar como fui rápido em negar sua saída, como se estivesse desesperado. Que vergonha. Confesso que era estranho tê-lo ali, mas algo dentro de mim queria que ele ficasse, que ele apenas ficasse.  — Gosto de sua presença.

Não sei o que era aquilo que estava acontecendo com meu corpo, mas meus batimentos pareciam estar fora do comum e minhas mãos estavam suando, deixando a leitura um pouco desconcertante. Meu estomago parecia estar revirando e até mesmo minha respiração parecia alta demais e fora do comum e esperava que Aemond não percebesse o quão estranho estava ao tê-lo ali, afinal, não era um sentimento ruim e sua presença era confortável, assim como seu silêncio.

E Aemond começou a frequentar a biblioteca comigo, todos os dias, mesmo que fosse apenas poucas horas.

E meu coração nunca mais bateu normal.


********

OPA

Ai minha gente, ultimamente to só a desgraça hein.

Bloqueio criativo e afins, sabem como é né.

Espero que estejam gostando!!

Até logo!


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