El Sabor De Lá Venganza { Fre...

By leearmstrong3

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O que acontece quando a inocência encontra-se com a maldade? Becky era uma garota pura e completamente apaixo... More

1 - Capítulo
2 - Capítulo
3 - Capítulo
4 - Capítulo
5 - Capitulo
6 - Capitulo
7 - Capítulo
8 - Capítulo
9 - Capítulo
10 - Capítulo
11 - Capítulo
12 - Capítulo
13 - Capítulo
14 - Capítulo
15 - Capítulo
16 - Capítulo
17 - Capítulo
18 - Capítulo
19 - Capítulo
20 - Capítulo
21 - Capítulo
22 - Capítulo
23 - Capítulo
24 - Capítulo
25 - Capítulo
26 - Capítulo
27 - Capítulo
28 - Capítulo
29 - Capítulo
30 - Capítulo
31 - Capítulo
32 - Capítulo
33 - Capítulo
34 - Capítulo
35 - Capítulo
36 - Capítulo
37 - Capítulo
38 - Capítulo
39 - Capítulo
40 - Capítulo
41 - Capítulo
42 - Capítulo
Penúltimo Capítulo
Último Capítulo
Sinopse, Segunda Fase
Capítulo - 1
Capítulo - 2
Capítulo - 3
Capítulo - 4
Capítulo - 5
Capítulo - 6
Capítulo - 7
Capítulo - 8
Capítulo - 9
Capítulo - 10
Capítulo - 11
Capítulo - 12
Capítulo - 13
Capítulo - 14
Capítulo - 15
Capítulo - 16
Capítulo - 17
Capítulo - 18
Capítulo - 19
Capítulo - 20
Capítulo - 21
Capítulo - 22
Capítulo - 23
Capítulo - 24
Capítulo - 25
Capítulo - 26
Capítulo - 27
Capítulo - 28
Capítulo - 29
Capítulo - 30
Capítulo - 31
Capítulo - 32
Capítulo - 33
Capítulo - 34
Capítulo - 35
Capítulo - 36
Capítulo - 37
Capítulo - 38
Capítulo - 39
Capítulo - 40
Capítulo - 41
Capítulo - 42
Capítulo - 43
Capítulo - 44
Capítulo - 45
Capítulo - 46
Capítulo - 47
Capítulo - 48
Capítulo - 49
Capítulo - 50
Capítulo - 51
Aviso
Capítulo - 53
Capítulo - 54
Capítulo - 55
Capítulo - 56
Capítulo - 57
Capítulo - 58
Penúltimo Capítulo
Último Capítulo

Capítulo - 52

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By leearmstrong3


      Freen Narrando


Uma claridade insistente ultrapassa as minhas pálpebras pesadas. Sinto uma sensação horrível dentro de mim, como se o meu corpo estivesse triturado por dentro. Todo o meu abdômen juntamente com a minha cabeça dói. O meu corpo quer se movimentar, mas parece que o meu cérebro está lento demais para ordenar qualquer coisa.

Solto o ar pela boca e percebo o quanto ela está seca, juntamente com os meus lábios. Passo a língua pelo meu lábio inferior, mas apenas deixa uma gosma sobre ele, incapaz de umedecê-lo.

– Água... Água... – minha voz sai porosa, estranha até mesmo para os meus ouvidos.

Não demora mais que uns segundos para que algo úmido é colocado em meus lábios e percebo depois de um tempo que é um algodão embebecido de água, aparentemente, eu não poderia beber água diretamente. Não aplacou a minha sede, mas aliviou a sensação desconfortante dos meus lábios.

O meu corpo está trêmulo. Algo interno, como se todos os meus órgãos estivessem em frenesi. Aumentando mais o meu mal estar. Eu queria abrir os meus olhos, mas as minhas pálpebras estavam tão pesadas e meus globos oculares doloridos que movimentá-los parecia uma tortura.

Dor. Todo meu corpo, cada célula está envolvida por dor. Depois que compreendo a dor física, vem a dor emocional com chuvas de lembranças da noite anterior em que eu sair do hospital e fui até um bar. Drogas e álcool, como se não houvesse amanhã...

Mas, infelizmente, o amanhã parece que aconteceu. Solto um soluço alto e sofrido. O que estou fiz a mim mesma? Por que estou me destruindo dessa forma? Toda dor que sinto, toda a sensação ruim no meu âmago, estou tão destruída por dentro que a concepção de nunca mais fazer isso comigo mesma vinha em minha mente.

Será que fui atropelada depois que sair do bar? Bem. Eu cheguei a sair do bar?

Sinto a presença de alguém comigo, provavelmente a mesma pessoa que colocou o algodão me meus lábios. Meus sentidos vão se apurando e eu escuto um barulho chato que eu reconheço perfeitamente bem, desde o tempo em que era residente.

Barulho da máquina de hemodiálise.

O impacto da surpresa vem forte e atinge o meu estômago e faz com que eu golfe, quase me fazendo broncoaspirar, tento me erguer, porém, um par de mãos me impendem, e com cuidado, o leito da cama vai se erguendo até ficar meio inclinada na posição de Fowler, consigo tossir tudo que me incomoda e rapidamente sinto o alivio em meu peito, mas, em contrapartida o meu pescoço está incômodo, subo a minha mão até a lateral e sinto um catete nele.

– Oh, não mexa. – a voz me aconselhou carinhosamente. – A sua jugular foi o único lugar com um bom fluxo para o catete.

Quando essas palavras são ditas, parecendo tão insignificante, meu corpo acende e eu sinto cada cantinho que foi retalhado para o acesso do catete... Subclávias direita e esquerda. Femorais direta e esquerda.

– O que aconteceu? – minha voz novamente sai tão estranha, grossa, como se a minha garganta tivesse salobra.

– Você teve uma overdose de heroína... Misturada com o álcool foi uma bomba relógio para o seu organismo. Está sendo preciso algumas sessões de hemodiálise para que o seu sangue seja totalmente purificado, já que os seus rins foram afetados, mas não se preocupe, eles estão melhorando, gradativamente. É apenas um IRA.

"Apenas um IRA". Como se uma insuficiência renal aguda não fosse aterrorizante, principalmente com a probabilidade de se tornar crônica. Mas os meus pensamentos se fixam em coisas mais importantes, como...

Abro os meus olhos, e lá está ela... Olhando-me com um leve sorriso que não chegam aos seus olhos preocupados. Por ela. Foi por ela que quis desistir de tudo. Por ela que me droguei, e bebi como se não existisse amanhã, porque ela me pediu para que eu acabasse com a minha vida. Pela primeira vez depois de toda essa montanha de coisas ruins que nos envolvia, era a primeira vez que eu não me sentia feliz ou suspirando de amor ao vê-la.

Seu reflexo para mim apenas me transmitia tristeza e perda. A perda da esperança. A perda de uma oportunidade de viver um grande amor. Tudo que poderíamos viver, o nosso amor morreu juntamente com aquela Rebecca que pulou do penhasco.

O que temos não é amor... O amor não é um sentimento doentio. O amor não é um sentimento que machuca. O amor não é um sentimento que lhe faz querer se matar.

Isso definitivamente não é amor.

O sorriso de Rebecca foi morrendo quando percebeu o que estava explicito nos meus olhos. Ela tentou se aproximar, mas eu me esquivei numa clara demonstração que não a quero perto.

– Freen...

– Como está o Chris? – perguntei de repente, lembrando-me dele e ficando preocupada.

– Bem. – suspiramos. – Ele acordou uns dois dias, mas você estava desacordada. Ele teve um infarto do miocárdio, mas se recupera muito bem e pergunta o tempo todo por você. – sorrio suavemente ao saber disso, ele não me culpa, sinto uma lágrima solitária deslizar pelo meu rosto. Ela me olha com a expressão séria. – Não foi sua culpa, Freen... Eu... Eu sinto muito por tudo que eu disse, fui muito injusta, a Alison que estava envenenando o Chris.

– Fico muito feliz que ele esteja bem. – falo baixinho e com sinceridade.

– Você vai ficar bem também e...

– Pare. – imploro com a voz cortada, não consigo movimentar muito o pescoço pelo meu catete está conectado aos fios de hemodiálise. Olho rapidamente para a máquina, vendo o meu sangue indo e voltando nas linhas, depois fixo os meus olhos em Rebecca. – Eu não aguento mais, Rebecca. Você não tem o direito de ficar aí parada agindo como se nada tivesse acontecido, como se a nossa vida não estivesse sendo uma droga! Como se você não me odiasse, como se eu não tivesse tido uma overdose!

A surpresa e também tristeza atinge o rosto de Rebecca, ela tenta se aproximar novamente, mas eu impeço.

– Freen...

Ela tenta novamente, mas eu a corto.

– Eu não aguento mais. – repito com a voz agoniada. – Não aguento mais viver dessa forma. Olhe pra mim, Rebecca! – bato em meu peito aos soluços. – Eu estou um caco! Você queria me destruir com a sua vingança, sinta-se realizada, porque eu me sinto em pedaços. Eu não suporto mais.

– Freen, eu não queria que você... Oh, eu não queria. –  chorou, os seus olhos estavam profundos com olheiras, seu aspecto estava horrível.

– Você queria, Rebecca. Desde o primeiro momento que colocou os pés novamente em Seattle, você queria! – o meu rosto franze um pouco com a careta do choro. – E você conseguiu. Olhe pra mim e perceba que você conseguiu.

– Eu não me sinto feliz com isso, Freen... – sussurra, sua voz afogando em suas próprias lágrimas. – Não existe nenhuma satisfação pessoal em vê-la nesse leito de cama. Você tem que acreditar em mim.

Sorrio tristemente, sentindo as lágrimas deslizarem em meu rosto. Eu acreditava, os seus olhos mostravam o seu arrependimento. Mas tudo iria além do acreditar, tinha outro fator que pesava entre nós.

– Você me perdoou, Rebecca?

Ela hesita para responder, e desvia o olhar dos meus, dando-me a resposta.

– Você tem que me deixar em paz, Rebecca. – falo coerente e percebo-a ficar pálida. – Somos tóxicas, uma para a outra. Estamos nos matando aos poucos, vamos nos destruir. Mais ainda. Eu não aguento mais viver desse modo, eu te amo com todas as minhas forças, mas nesse exato momento eu só a quero longe de mim. Não posso permitir que você me dilacere mais. Chegamos a um ponto que não temos mais volta, não posso insistir nisso, não mais.

– Você quer que eu a deixe? –  perguntou com o rosto contorcido em dor.

– Deixe-me em paz, Rebecca. Deixe-me seguir com a minha vida e siga com a sua. Por favor, deixe-me viver, não roube mais isso de mim. – soluço. – Só me deixe...

Viro o meu rosto para o lado, evitando olhá-la, porque nesse momento, o meu coração está tão esmagado que se eu a olhasse por muito tempo, poderia titubear. Percebo que ela foi embora quando não sinto mais o cheiro do seu perfume.

O choro preso em minha garganta vem com mais pressão e eu solto um grito de dor emocional. Sentindo a minha verdadeira perda.

Alguns amores nunca serão nossos...

A exaustão me faz dormir. Acordo com o apito da máquina de hemodiálise, e uma técnica de enfermagem sorrir gentilmente informando que a minha sessão tinha acabado. Ela fechou o catete, e eu fui mergulhada novamente no mundo do sono. Tão cansada...

Acordo novamente com um barulho da mesa móvel se arrastando e também talheres. Resmungo baixinho, os hospitais deveriam serem lugares para descansarmos, mas sempre éramos acordados por algum funcionário.

– Vamos acordar, bela adormecida que está na hora de encher esse estômago de comida. Até porque não é só de cachaça que o homem sobrevive, no caso, mulher. – a voz sarcástica me chama atenção.

Abro os meus olhos com espanto e me sento no leito com pressa. Péssima idéia, o meu corpo fraco ainda não aceita nenhum movimento brusco, o que me deixa um pouco tonta. Esfrego os meus olhos e os arregalo para ter certeza de que realmente estava a vendo na minha frente.

– O que foi? Estou feia? Por que você está me olhando como se uma terceira cabeça tivesse se formado no meu ombro e isso é muito estranho. – Rubi comenta com uma careta e se aproxima com um sorriso.

– Rubi! – grito quase em desespero alegre, a puxando para um abraço sufocante. – É você! Ah meu Deus!

Rubi solta uma gargalhada e retribui o meu abraço.

– Se eu soubesse que seria recebida assim, teria voltado muito antes. É bom essa recepção toda fofa, sabe? Principalmente vindo de você. – Rubi debocha, mas se afasta e beija a minha testa. – Muito bom ver você minha amiga, e ainda por cima, viva!

Rubi estava um pouco diferente, sua expressão estava mais zen, mas ainda mantinha aquele quê de malicia em seus olhos. Acho que isso nenhum retiro do mundo iria mudar nela. O meu sorriso é tão feliz! Mas junto com a felicidade, vinha umas lágrimas intrusas.

– Senti tantas saudades! Você não tem noção do quanto, e ah, por favor, não me abandone nunca mais, me senti muito órfã sem minha melhor amiga.

Rubi faz uma caretinha fingindo nojo, mas eu vejo os seus olhos emocionados.

– Por que vocês não me disseram que a minha amiga malvada foi abduzida e transformada nesse poço de melaço? – ela perguntou se virando para trás.

Estico um pouco meu pescoço para saber com quem ela estava falando, mas o meu coração erra a batida ao ver que são os meus pais! Papai adentra ao quarto empurrando a cadeira de rodas de mamãe. Bastou os nossos olhares se cruzarem para que o choro se tornasse compulsivo para os três.

– Oh Freen, minha filha. Você quase nos matou do coração! – mamãe diz aos prantos. – Nunca mais faça isso conosco. Eu não posso perdê-la, não novamente. – implora.

Com ajuda da Rubi, desço do leito e me agacho para abraçar a minha mãe que mesmo com sua limitação me aperta da maneira que pode. Beijo todo o seu rosto molhado de lágrimas, sentindo uma felicidade descomunal, meu peito se aquece em estar nos braços da minha mãe. O abraço sendo valorizado depois de tantos anos.

– Eu te amo, mamãe. – murmuro, cheirando os seus cabelos. – E prometo que nunca mais farei nada para que possa lhe magoar, absolutamente nada.

– Ah, minha pequena. Eu te amo desde o dia que você nasceu, e sempre vou amar, o sentimento nada mudou. – mamãe confirma com o seu olhar meigo.

Mais lágrimas e risos. Estávamos abobalhadas. Quantos anos de minha vida eu perdi ignorando um sentimento tão puro e universal como este. Ainda bem que a vida sempre nos dá chance para nos redimir.

Ergo de mamãe e olho para papai que apesar de estar se segurando, o seu rosto estava banhado de lágrimas. Sinto medo, talvez, ele estivesse aqui por conta da mamãe e não por mim... Talvez, ele não tivesse me perdoado.

– Papai, eu...

Não tenho tempo de terminar de falar porque ele me puxa para os seus braços e me abraça firmemente, como se eu fosse uma criança arteira que a qualquer momento fosse fugir. Choramos um no braço do outro, um choro de felicidade. Eles tinham me perdoado! E eu me sentia em êxtase!

– Eu te amo, Freen. Nunca deixei de amar. Você é a minha princesa, uma parte de mim. O passado não importa mais, apenas o presente... E o meu presente é ter a minha filha ao lado! – Papai diz emocionado.

– Oh, papai! Eu amo demais você... – murmuro com a voz embargada.

Eu não poderia estar mais feliz...



////////////////


Esse afastamento delas é necessário amores, tem muitas questões que precisam ser resolvidas, principalmente na nossa Bebec. É o que dizer desse momento lindo entre Freen é seus pais, finalmente eles a perdoaram. É a volta da Rubi, sei que muitos vão gostar rs. 

Vcs me pediram 4 capítulos é eu vós atendi. Espero que gostem 😉🙂

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