El Sabor De Lá Venganza { Fre...

By leearmstrong3

63.8K 9.7K 3.5K

O que acontece quando a inocência encontra-se com a maldade? Becky era uma garota pura e completamente apaixo... More

1 - Capítulo
2 - Capítulo
3 - Capítulo
4 - Capítulo
5 - Capitulo
6 - Capitulo
7 - Capítulo
8 - Capítulo
9 - Capítulo
10 - Capítulo
11 - Capítulo
12 - Capítulo
13 - Capítulo
14 - Capítulo
15 - Capítulo
16 - Capítulo
17 - Capítulo
18 - Capítulo
19 - Capítulo
20 - Capítulo
21 - Capítulo
22 - Capítulo
23 - Capítulo
24 - Capítulo
25 - Capítulo
26 - Capítulo
27 - Capítulo
28 - Capítulo
29 - Capítulo
30 - Capítulo
31 - Capítulo
32 - Capítulo
33 - Capítulo
34 - Capítulo
35 - Capítulo
36 - Capítulo
37 - Capítulo
38 - Capítulo
39 - Capítulo
40 - Capítulo
41 - Capítulo
42 - Capítulo
Penúltimo Capítulo
Último Capítulo
Sinopse, Segunda Fase
Capítulo - 1
Capítulo - 2
Capítulo - 3
Capítulo - 4
Capítulo - 5
Capítulo - 6
Capítulo - 7
Capítulo - 8
Capítulo - 9
Capítulo - 10
Capítulo - 11
Capítulo - 12
Capítulo - 13
Capítulo - 14
Capítulo - 15
Capítulo - 17
Capítulo - 18
Capítulo - 19
Capítulo - 20
Capítulo - 21
Capítulo - 22
Capítulo - 23
Capítulo - 24
Capítulo - 25
Capítulo - 26
Capítulo - 27
Capítulo - 28
Capítulo - 29
Capítulo - 30
Capítulo - 31
Capítulo - 32
Capítulo - 33
Capítulo - 34
Capítulo - 35
Capítulo - 36
Capítulo - 37
Capítulo - 38
Capítulo - 39
Capítulo - 40
Capítulo - 41
Capítulo - 42
Capítulo - 43
Capítulo - 44
Capítulo - 45
Capítulo - 46
Capítulo - 47
Capítulo - 48
Capítulo - 49
Capítulo - 50
Capítulo - 51
Capítulo - 52
Aviso
Capítulo - 53
Capítulo - 54
Capítulo - 55
Capítulo - 56
Capítulo - 57
Capítulo - 58
Penúltimo Capítulo
Último Capítulo

Capítulo - 16

582 85 25
By leearmstrong3


     Autora Narrando


Serena gritava em plenos pulmões, batendo na porta sem sucesso. Estava descontrolada, e fazendo uma cena... Cena que não ficara despercebido por alguns vizinhos que passavam e ficavam chocados com o que via... Logo, a cena visualizou na internet quando uma vizinha adolescente filmara o momento em que as roupas e os pertences de Alison e Serena flutuavam pelo ar, e caiam na frente da casa, enquanto Serena implorava para adentrar na casa que antes fora sua...

Claro que nenhuma das duas sabiam que estavam expostas na internet, e que era maior motivo de chacota da sociedade americana. As pessoas já estavam rindo delas desde o incidente na Catedral, mas, serem expulsas de suas própria casa era uma enorme cereja no bolo...

Finalmente, o reinado de Alison Dilaurentis chegara ao fim... Ela só precisava ser avisada disto.

– Mamãe, pare! – Alison ordenou com um grito que aumentou a sua dor. Tinha percebido que algumas pessoas a encaravam e a julgavam com o olhar. Não podia ficar exposta dessa forma. Com o pingo de dignidade que ainda tinha, puxou o braço de sua mãe, a forçando a parar. – Chega! – disse firme.

– Não. Ela não pode nos expulsar dessa forma da nossa casa... Da minha casa, em que passei anos a aperfeiçoando, tornando-a perfeita e bem quista por toda sociedade. – Serena soluçou, porém, os seus olhos arregalaram quando mais um item seu foi jogada da janela. – Meu echarpe! – gritou e correu para pegá-lo, evitando que caísse em uma poça. – Vocês sabiam que esse echarpe é uma relíquia? – Serena gritou, surtada. – Paguei quase três milhões de dólares! Foi da Princesa Diana, seus monstros! – anunciou, olhando pra janela que as coisas eram arremessadas. – Vocês estão todos demitidos! – escutaram risadas dos empregados. – Insolentes!

As risadas não eram apenas dos empregados, mas de quem também assistiam, deliciados pela caída de ambas. Elas se sentiam as rainhas da sociedade, agora não pareciam mais que farrapos. Parece que o jogo tinha virado, não é mesmo? Alison fuzilou com o olhar cada pessoa que ria. Gravou o rosto de cada um em sua mente. Quando estivesse novamente no poder, iria destruí-los para eles saberem que não se mexe com a Alison.

– Eles não se importam, mamãe. – Alison avisou, cansada. Alcançou a sua carteira que felizmente também foi jogada ao relento. Sentia muita pena de ver as suas roupas de grife, jogadas, dessa forma. Mas não iria fazer nenhum show. Não iria alimentar o desejo sádico de cada um que estava ali, muito menos da Rebecca. – Vamos embora. Preciso ir ao hospital... – a sua bochecha ainda sangrava, mas a sua única preocupação era os pontos... Serena de início, relutou um pouco para ir embora, não queria deixar as suas coisas ao relento. E se alguém pegasse? Ali, diante dos seus olhos, estava uma pequena fortuna de roupas e sapatos. Não poderia deixar para trás. Estava sem nenhum dinheiro, não podia ficar também sem ter o que usar! – Pelo amor de Deus, mamãe. Pare de agir como se tivéssemos embaixo de uma ponte. Estou com os meus cartões de crédito, e meu cartão de débito. Podemos comprar tudo novo e ainda por cima, melhor.

Serena respirou aliviada... Um alívio antecipado e que nunca deveria existir, dando-se conta a realidade de ambas. Elas saíram da propriedade de queixo erguido, sem se importar com quem estava olhando... Apesar de ser bastante humilhante. Tiveram que pegar um táxi, já que não podiam e não tinham a chave de nenhum carro que estava estacionado na mansão.

O ódio crescia no peito de ambas. Elas queriam a cabeça de Rebecca em cima de uma bandeja de bronze, de terceira categoria, assim como a Rebecca era... Aquela bandida achava que poderia ficar com tudo? Estava muito enganada! Alison usaria todo o dinheiro que tinha para anular o maldito testamento. Era uma audácia muito grande a Rebecca chegar do nada e lhe roubar tudo, ainda por cima, empurra-lhe um irmão negro! Jamais aceitaria aquele bastardo, também iria contestar na justiça a paternidade daquele garoto. O Klaus jamais poderia ser o pai daquele menino, e não importava que fosse por meio de adoção ou não. O fato de um negro usar o sobrenome "Dilaurentis" já era humilhante demais.

– O que vamos fazer? – Serena perguntou para a filha, baixinho demais. Segurava o seu echarpe, e também a revista que foi jogada. O vexame do velório estava estampado na capa e isso fazia o seu intestino estremecer.

– Primeiro, cuidaremos do meu rosto. Faço questão que o melhor cirurgião o olhe, e o ponteei. Não quero ficar com nenhuma cicatriz. – Alison anunciou, ignorando o latejar constante de sua bochecha. – Em seguida, procuraremos o melhor hotel para nos hospedar. Preciso de um banho de espuma e uma massagem, urgentemente. Depois iremos contactar o melhor advogado do universo e entraremos com o pedido de anulação de testamento. E por fim, quando o meu rosto estiver desinchado e que a maquiagem esconda os pontos, iremos a um cassino, aquele... Fantasy, que é bastante procurado e conceituado. Vamos vestidas com as melhores roupas de grife, e esbaldaremos dinheiro, para mostrar a essa povinho que mesmo sendo expulsas de nossa casa, ainda estamos no auge e com dinheiro. Quero que todos vejam que é questão de tempo para estarmos no topo novamente.

Serena sorriu levemente, o otimismo de sua filha lhe contagiando. Talvez, as coisas não estivessem tão ruins assim. Acendeu a esperança de que iria rever a sua querida e amada casa, e também a sua posição social. Porém, o otimismo se apagara quando desceram do taxi e foram barradas na entrada do hospital... Não tiveram nem a oportunidade de colocar os pés dentro da recepção e sentir o vento frio do ar-condicionado... Hoje, especialmente, era um dos tempos quentes de Seattle que fazia todo o corpo suar e ficar pegajoso.

– Você está louco? – Alison tentou esbravejar, mas sentiu a dor aumentar em seu rosto, estava com uma toalha de mão pressionada contra a bochecha. Encarou com desprezo os dois seguranças que a impendiam de entrar no hospital. – Vocês sabem com que estão falando, seus porcos? Eu sou Alison Dilaurentis! A dona do hospital que ironicamente também carrega o meu sobrenome, deixe-me passar agora ou vocês estarão no olho da rua em um estralar de dedos. – estralou os dedos para enfatizar.

Os dois seguranças se entre-olharam e deram de ombros, sem se importar com a ameaça, deixando as duas ultrajadas.

– Como ousa nos impedir de entrar? – Serena perguntou aborrecida. – Eu quero falar com o Richard, agora! – ordenou.

– O Sr. Morales não está disponível para vocês. – o segurança informou, apontando para a rua. – Por tanto, peço que desobstruam a entrada do hospital e evitem futuros constrangimento.

Os queixos de Alison e Serena quase caíram.

– O quê? Como ele não está disponível para mim? Como ele pode? Ele é subordinado á mim! – Serena argumentou irritada. – Se ele tem esse emprego é porque o meu marido que lhe deu a oportunidade anos atrás. Diga a ele que se não me atender em cinco segundos, está demitido!

Serena estava chocada! Achou que o Richard Morales era o seu amigo, por Deus, tinha amizade com a esposa dele de longos anos. Embora que, depois que pedira para o Richard vetar a entrada de Nina Armstrong do hospital sob ameaças, a amizade ficara um pouco abalada. Mas isso já fazia anos... Mas, pelo jeito o mesmo guardara rancor.

– Senhoras, estamos autorizados a usarmos força bruta. Não importam se o sobrenome de vocês são o mesmo do hospital, ou que são amigas do Sr. Morales, iremos enxotá-las de todo jeito. – o outro segurança disse, dando um passo á frente. – Sairão por bem ou por mal? O que será? – perguntou com uma carranca.

Automaticamente, Serena e Alison foram para trás, amedrontadas. Se aquele homem encostasse a mão nelas, seria um ato hediondo. Novamente, algumas pessoas pararam pra olhar a situação. O que estava acontecendo com todo mundo que fazia questão de assisti-las?

Sem opções, Alison suspirou:

– Tudo bem. Iremos embora, mas... – apontou o dedo a riste. – Isso não ficará assim. Guardei bem a fisionomia de vocês, estarão no olho da rua quando tudo isso for resolvido.

O que receberam foram risadas dos seguranças. Arrasadas, saíram da entrada do hospital, perdidas. O que fariam? Infelizmente, os hospitais que tinham em Seattle, quase todos eram da família, e se foram barradas em um, provavelmente seriam barrados nos outros. Tinha um ou dois particulares que não eram da família Dilaurentis, porém, eram exclusivos para quem tinha plano de saúde, e infelizmente, elas nunca cogitaram a hipótese de fazer um, aliás, eram donas de hospitais! Bem, eram...

– Você tem que pontear o rosto, não pode ficar com esse corte aberto. – Serena disse preocupada, o rosto franzido, mas logo se lembrou de que isso traria rugas, então, desfez a expressão. – Só no resta o hospital do governo...

Tanto ela, como a Alison estremeceram. Alison tentou pensar, porém, a verdade estava explicita em seu rosto: Tinha que usar o hospital do governo, mais uma humilhação para a lista. Não duvidava nada que esse bloqueio de sua entrada nos hospitais Dilaurentis tinha dedo de Rebecca. Aquela pes*te estava fazendo de tudo para lhe destruir!

– Que opção que eu tenho? – Alison perguntou chateada.

Elas não sabiam onde era o hospital do governo. Entraram no táxi e pediram para que eles a deixassem lá. A toalhinha já estava suja de sangue. Assim que chegaram, ficaram chocadas em saber que tinham que esperar. Alison tentara usar o seu status de socialite, mas não tivera nenhuma resposta convincente. Teriam que esperar como qualquer outra pessoa... E esperaram, ao lado de pessoas simples que elas faziam questão de torcer o nariz e de olhar de cima. Deviam ter alugado um jatinho e ido até Nova York, lá tinha inúmeras variedades de hospitais que não carregavam o sobrenome da família.

Mas, não! Estava presa nesse maldito hospital, respirando os gemes e pegando doenças ao lado do povo pobre que poderia até transmitir a pes*te negra.

– Alison Dilaurentis Benson. – uma voz a chamou.

– Finalmente! – se levantou, sendo seguida por sua mãe.

Assim que entraram no consultório, limparam as cadeiras de plástico com guardanapos. Não queria de nenhuma forma ter que sentar naquela cadeira imunda. Mas, era impossível não fazê-lo. O médico assistia tudo com o cenho franzido, aquelas dondocas estavam no lugar errado.

– Então, Srta. Dilaurentis? – O médico a chamou, olhando o sobrenome tão conhecido no mundo da medicina. – O que a traz aqui? No hospital público? – perguntou com curiosidade, pelo o que sabia, ela tinha inúmeros hospitais de primeiro mundo da família que podia muito bem ser atendida.

– Isso aqui. – respondeu com mau humor, mostrando o corte e desistindo de sentar na cadeira. – Como pode ver, sofri um corte em meu rosto. Quero que me encaminhe para um cirurgião plástico. E o mais rápido o possível, já esperei tempo demais nessa espelunca ao lado dessas pessoas infames.

O médico olhou seriamente para a Alison. Apesar de ser um hospital público, as pessoas que frequentavam eram dignas e trabalhadoras. Rapidamente, teve um julgamento sobre Alison... Mimada, sem um pingo de humanismo e com um rei na barriga. O seu olhar foi dela para a mãe que ainda tentava limpar a cadeira para se sentar.

– Então? – Alison o questionou. – Quando fará isso? Não tenho o tempo do mundo!

– Claro. – o médico se levantou. – Venham comigo, por favor.

Elas seguiram o médico até a sala de sutura. Relutante, Alison sentou-se na maca com o papel descartável, mas antes, verificou que o papel era novo. Serena ficou ao seu lado, mas preocupada em olhar em volta do que com a própria filha.

– Enfermeira Soares! – o médico chamou a enfermeira que passava. Passou o prontuário para a mesma. – Por favor, suture a bochecha da senhorita e depois a libere.

– Claro, doutor. –  disse a enfermeira.

– O quê? – Alison gritou. – Não! Uma enfermeira não vai tocar em meu rosto! Eu quero um cirurgião plástico!

– Olhe bem onde está, Sra. Dilaurentis. Acha mesmo que vai ter um cirurgião plástico a aguardando? Pessoas com casos mais sérios não tem a oportunidade de ter um plástico, imagina a senhorita. – o médico disse duro. – Se quiser, a nossa opção é a enfermeira Soares que tem as mãos de fada! Se não quiser, pode ir embora para um dos hospitais Dilaurentis, onde pode ter tudo que anseia e deseja.

Alison engoliu a seco. A sua garganta querendo se fechar com a vontade de choro que lhe vinha. Ficaria com o rosto deformado, teria uma cicatriz em seu rosto que sempre a faria lembrar do mise*rável dia em que tudo fora perdido.

– Mas vai ficar cicatriz, não? – Serena perguntou preocupada. Tocou o rosto da filha. – Olhe essa obra de arte, não pode ter nenhuma imperfeição e o corte é enorme.

– Não se pode ter tudo na vida, não é? – o médico caçoou. – Com licença.

Serena levou a mão na boca com os olhos arregalados. Sempre criou a Alison com perfeição... Agora, ela teria uma marca no rosto? Era horrível até de se pensar.

– Então, o que vai ser? – a enfermeira perguntou com os braços cruzados.

Alison baixou o olhar, em consentimento, algumas lágrimas escorrem dos seus olhos. Não era de tristeza, mas de revolta, de fúria. Á cada ponto em que a enfermeira fazia em sua bochecha, mais ódio sentia de Rebecca Armstrong... Aquela desgra/çada tinha que voltar para o mundo dos mortos. Começou a tremer, se Klaus que tentou apunhalar ela e a sua mãe pelas costas, morreu, imagina a Rebecca? Tinha que colocar a Rebecca debaixo de sete palmos e se certificar de que Rebecca não surgisse novamente.

Depois que saíram do hospital, as duas estavam exauridas. Queriam apenas uma cama confortável e dormir, esquecer um pouco do dia terrível que tiveram. Foram até o Downtown Seattle, um dos melhores hotéis. Pediram a suíte presidencial. Como forma de pagamento, a Alison entregou um dos cartões de crédito que recheava a sua carteira. Esperava a chave do quarto, enquanto, a sua mão ia insistentemente até o curativo grosseiro em sua bochecha.

– Perdoe-me, cartão recusado. – a recepcionista informou com a voz ponderada.

– Desculpe-me? – Alison questionou, confusa.

– Impossível. O cartão dela é ilimitado! – Serena se manifestou. – Passe novamente.

A recepcionista a olharam, complacente, e realizou o procedimento, a resposta foi a mesma:

– Recusado. Se tiver outro cartão ou outra forma de pagamento...

– Claro que eu tenho. – Serena respondeu com soberba. Tirou todos os seus cartões de crédito e jogou em cima da recepcionista. – Será o suficiente para você? – perguntou irritada. Provavelmente, era erro de sistema ou o sinal da maquineta que estava fraco. Impossível seu cartão ser recusado.

Passando-lhes um olhar chateado, a recepcionista cumpriu o seu papel. Mas, à medida em que passava os cartões e a sequência de recusados iam aumentando, o seu peito fora ficando lavado, enquanto, Serena e Alison estavam mais pálidas que a morte. Alguns clientes de alto poder aquisitivo que estavam sendo atendidos ao lado com outros recepcionistas, a olhavam de maneira recriminadora.

– Todos recusados. – a recepcionista avisou sem esconder a sua satisfação. – Caso não tenha mais nenhuma forma de pagamento...

– Não termine essa maldita frase. – Alison avisou com a voz partida. Tirou o seu cartão de débito e ofereceu para a recepcionista. – O sistema desse hotel é uma droga, os meus cartões nunca foram recusados em toda a minha vida. Eu deveria processá-los por esse constrangimento que me fez passar! – resmungou.

– Claro, senhorita... – a recepcionista retrucou com deboche.

– Bonequinha, controle a sua língua. – Serena revirou os olhos. – Não somos do mesmo nível que você, não nos tenham como tal. Nos respeitem e faça o seu serviço. Logo!

A recepcionista evitou bufar. Passou o cartão de débito, mas a sua expressão debochada surgiu com a resposta do banco:

– Recusado. – a recepcionista disse com altivez, levantou-se com enorme satisfação. – Se não tiver nenhuma outra forma de pagamento, peço-lhe que se retire do hotel. Os clientes, de verdade , com dinheiro e cartões ilimitados que podem pagar querem ser atendidos.

O choque atingiu a Alison e Serena com a precisão de um furacão. Alison tombou para trás, juntamente com a Serena, elas ignoraram os olhares das pessoas. Impossível! Trêmula, retirou o seu celular e ligou para o banco onde foi informado que a sua conta foi limpa em um pagamento de débito para o Cassino Fantasy. Milhões de dólares. Milhões! Todo o seu dinheiro de sua conta pessoal foi perdido em jogos...

Freen!

Filha de uma pu/ta, desgra/çada! Como Freen pode fazer isso com ela? Como pode ter sido tão egoísta e inconsequente á ponto de gastar todo o dinheiro que tinha em conta? O único dinheiro que podia as garantir!

– Alison, o que se passa? – Serena perguntou com um fio de voz.

Quase á ponto de desmaiar, Alison ligou para as operadoras de seus cartões... E tivera a notícia de que eles foram bloqueados por Rebecca. Um por um. Bloqueados. Inacessíveis. Deixou o seu celular cair no chão, sentindo-se fraca. A verdade caindo no seu colo como uma bomba. Estava sem nada, absolutamente nada, mais pobre do que aquelas pessoas que encarou com tanto desprezo no hospital público. Olhou para a recepcionista, e pela primeira vez na vida, sentiu-se pequena.

– Alison? – Serena chamou, tinha apanhado o celular da filha. – O que foi?

– Vamos embora, mamãe. – respondeu fraca.

Serena ficou mais pálida ao constatar a verdade. Sentiu uma imensa vontade de chorar, de se desesperar. O que iria ser feito? Para onde iriam? Para debaixo da ponte? Saíram do hotel sentindo-se um lixo. Sentaram-se no banco, no meio da rua. Já era noite. E se antes fazia muito calor, agora, fazia muito frio. Os ossos de ambas parecia que iria congelar.

– Para onde vamos, filha? – Serena perguntou com a voz derrotada.

Alison abriu a sua carteira, só tinha cinquenta dólares. A mãe estava sem a carteira, sem dinheiro, sem nada. O cinquenta daria para um motel de beira de esquina, sem nenhuma segurança. Não podia passar a noite debaixo da ponte, era inadmissível. Também, não iria se rastejar para Rebecca. Teve uma leve retrospectiva de sua vida imaculada e repleta de glamour, as pessoas que a veneravam...

– Isso! – Alison deu um pulo, chamando a atenção da mãe. – Lola! Ela pode nos ajudar. Ela jamais negaria um teto para mim. Ela é a nossa salvação, mamãe. – disse com felicidade. – Vamos até a casa dela.

Serena abriu um sorriso, feliz. Vendo a luz no fim do túnel. Ansiosas, chamaram um táxi até a mansão de Lola. A única cédula na carteira foi usado para pagar a corrida. Chegaram a mansão quase soltando gritos de animação. Foram recebidas pela a empregada que antes se mostrara tão simpática com a Alison, agora mantinha a carranca.

– Quero falar com a Lola. – Alison passou pelo hall sem ser convidada e sentou-se no sofá. – Diga a ela que estou aqui, rapidinho...

– E traga uma taça de champanhe e uns biscoitinhos amanteigados, da Suíça, de preferência. Eu sei que os pais de Lola sempre tem eles de reserva. – Serena pediu ao se sentar.

A empregada torceu o nariz.

– Eu acho que...

– O que faz aqui, Alison? – Lola perguntou ao descer as escadas, interrompendo a empregada.

– Aí está você! – Alison sorriu. – Estava me perguntando aonde estava, enquanto, a sua empregada está querendo mostrar as unhas. – olhou para empregada. – Querida, providencie tudo que a minha mãe pediu e depois prepare dois quartos e duas banheiras com bastante espuma e pétalas de rosas para nós. Tivemos um dia mise/rável e queremos descansar.

A empregada não se moveu.

– E quem disse que você ficará aqui? – Lola perguntou ao parar de frente para a Alison, com os braços cruzados.

O sorriso de Alison morreu:

– Eu? Você?

– Você não é bem vinda a minha casa, Alison. Nem você e muito menos, a sua mãe. – Lola disse com agastamento. – Por favor, se retire.

– Não! – Alison gritou e se levantou. – Esse é o terceiro lugar que estou preste a ser expulsa. E eu não serei! Você é a minha amiga, não pode fazer isso comigo.

– Amiga? – Lola riu. – Eu nunca fui a sua amiga, ao menos, você nunca me considerou uma. Sempre achou que eu era um brinquedinho teu, uma empregada que fazia tudo que queria. Sem nenhuma consideração, nem apreço. Durante todos esses anos, estive ao seu lado em todos os momentos: Desde o colegial até o dado momento. Você alguma vez se importou comigo ou meu bem estar? Não! Sempre era você, apenas você. E eu fazia tudo, porque queria a sua aprovação e consideração, algo que nunca tive... Por tanto, sim, eu posso fazer isso com você.

– Você não pode me dá as costas, Lola. – Alison disse quase em desespero. – Eu... Eu não tenho absolutamente nada. Estou sem dinheiro, sem lugar para ficar. Por favor, deixe-me ficar aqui. – pediu resignada.

– Não. Já disse que não! Depois de tanto receber um "não" de sua parte. Agora é a minha vez: Não! – Lola disse friamente. – Você só se lembrou de mim, porque está na mer/da, se tivesse no topo, se lembraria? Não! Iria continuar me tratando como uma cachorra, um lixo. Não sou mais obrigada a aturar qualquer coisa vindo de ti. Você não está mais no auge, não tem mais poder e estar ao lado de uma fracassada não me convém, sem cortar que seria suicídio social, não é amiga ? Então, xô! – balançou a mão, descartando tanto a Alison como a Serena.

– Lola... – Alison tentou, mas foi cortada.

– Eu disse xô! Você e sua mãe! Sumam da minha frente. Logo! – Lola gritou com o peito estufado.

As lágrimas escorreram do rosto de Alison, ela não podia mais conter. Serena se levantou, e pela primeira vez, agiu com coerência ao retirar a filha daquela casa. Mas se sentia tão arrasada quanto Alison. Estavam perdidas... Saíram para a noite fria mais uma vez.

– Estamos perdidas! – Alison chorou. – Não temos onde ficar, não temos dinheiro. Meu Deus. O fundo do poço é onde estamos, eu, você, Freen... – buscou o  ar e olhou interrogativa para mãe. – Freen?

– O que tem? – Serena perguntou amuada.– Ah, aquela infeliz! – Alison esbravejou. – Vamos até ela!Se passará tantos anos, sustentando a Freen, estava na hora de sua noiva retribuir o favor...



////////////


Ai, deu até peninha da Alison Hehehe Só que não 😁

Continue Reading

You'll Also Like

3M 264K 169
Somos aliança, céu e fé.
1.2M 108K 88
Os irmãos Lambertt estão a procura de uma mulher que possa suprir o fetiche em comum entre eles. Anna esta no lugar errado na hora errada, e assim qu...
48.6K 3.8K 33
Essa história é completamente ficcional e original. Beck e Freen, se conheceram ainda na infância, pois suas mães estudaram juntas e se tornaram amig...
3.8K 165 5
FREEN E BECKY é uma história de duas amigas de trabalho que os sentimentos vão além de uma amizade