Um Capuccino (Reki × Langa |...

By FiDeRenga17

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❤️Sinopse💙: Langa Hasegawa, um escritor bem pouco conhecido de 20 anos que trabalha na biblioteca "Blossom"... More

Apresentação
💙Um💙
❤️Dois❤️
💙Três💙
💙Cinco💙
❤️Seis❤️
💙Sete💙
❤️Oito❤️
💙Nove💙
❤️Dez❤️
💙Onze💙•Último•
☕📚 Epílogo 📚☕
💢AVISO💢

❤️Quatro❤️

150 12 39
By FiDeRenga17

Reki Pov

Estou na frente do prédio do Langa esperando ele descer. Em questão de segundos, vejo ele se aproximando com dificuldade, acho estranho mas não deve ser nada, Langa chega e abre a porta do carro.

-E aí, mano? Beleza? -Pergunto o olhando.

-Tudo sim. -Ele se senta fazendo uma careta como se tivesse com dor.

-Você está com dor? Bateu em algum lugar?

-Pode se dizer que sim... Foi ontem no trabalho, doeu na hora mas ficou ruim mesmo hoje. -Fecha porta e eu começo a dirigir.

-Porque não cancelou se estava com dor? Eu teria entendido.

Ele deu um sorrisinho de canto e olhou nos meus olhos.

-Eu te chamei depois de já ter sido batido... Ou melhor, me machucado. -Se corrigiu, espero que esteja tudo bem. - Eu já estava com dor, então eu sabia das consequências, fica tranquilo, eu quero estar aqui.

-Ah, por isso a cara de choro... -Sussurro para mim mas noto que ele ouve.

-Não exatamente... Mas por aí. -Ele sussurra para si mas eu o escuto.

-Ei, posso te perguntar uma coisa?

Ele suspira, me parece com medo da pergunta.

-Está bem.

-Por que trabalha em uma biblioteca?

Ele sorri como se eu tivesse feito a melhor pergunta do universo.

-Ah, você sabe... Os livros, eu amo sentir o papel na minha mão, ler o universo que eles têm a me oferecer, sem contar que eu sou escritor então é bem legal.

Eu arregalo meus olhos surpreso, não fazia ideia que ele escrevia, na verdade, o conheço só a algumas horas, não tem como conhecer tanto alguém em tão pouco tempo.

-Você escreve? Sobre o que? -Pergunto curioso.

-Escrevo sim, não tenho sucesso nas vendas, é muito difícil, mas normalmente quem lê gosta. Estou escrevendo um livro de romance entre dois skatistas canadenses, já que eu entendo mais do Canadá do que do Japão.

-Sério? Que incrível! Depois me passa o nome que eu compro, e como assim você entende mais do Canadá?

-O nome de um que eu já escrevi é "Na Corrida", tem a ver com... - Sua voz parecia tão alegre e do nada o tom alegre na sua voz some.- Ah esquece, você não perguntou isso. E sobre o Canadá, eu sou canadense, me mudei pro Japão tem uns três ou é quatro anos, foi quando meu pai morreu, minha mãe era japonesa aí viemos para cá. -Noto pelo retrovisor que ele está encostado no banco olhando o lado de fora pela janela.

-Primeiro, sinto muito pelo seu pai, segundo, pode me falar sobre seu livro, sua animação estava muito linda.

Alguém cala a minha boca? Ele deve estar me achando um maluco!! Ou não, o vi sorrir pelo retrovisor.

-Te conto melhor quando chegarmos lá.

Em uns dois minutos chegamos no "Sorriso do Açai", pego a mão dele, o puxando para o lugar de pegar o açaí.

-Como você gosta do seu? -Pergunto o olhando, parecia estar com muita dor.

-Você vai ver. -Ele sorri e tenta pegar um dos copos de açaí da prateleira, parece que a dor nas costas não o deixa levantar tanto o braço, mesmo ele sendo um pouco mais alto que eu, o Langa não consegue pegar, já eu consigo e o entrego.

-Toma. Se precisar de ajuda, fala. -Sorrio para ele.

-Pode deixar. -Ele afirma tentando sorrir, o que houve naquele trabalho dele? Ontem de manhã ele estava bem, deve ser coisa da minha cabeça, afinal, ele bateu em alguma coisa no emprego.

Pego o meu copo e começo a colocar as coisas, açaí, creme de ninho e morango, observo o do bibliotecário bonitinho, açaí, creme de ninho, marshmallow, gotas de chocolate, nutella e morangos... Ele gosta de doce pelo visto, deixo escapar um sorriso.

-Deixa que eu pago. -Eu falo.

-De forma alguma! Eu pago, eu que te chamei. Sem contar que o meu vai sair caro e não quero atrapalhar.

-Relaxa, canadense. Eu até daria a ideia de cada um pagar o seu, mas quero ser cavalheiro, sabe o motivo? -Ele fez que não com a cabeça.- Também não faço ideia, mas eu quero, trabalho para ter dinheiro, me deixe gasta-lo.

-Mas...-Boto um dedo nos seus lábios impedindo que falasse.

-Não, eu pago, não aceito que você pague, entendeu? Me dá isso aqui. -Pego o açaí dele e coloco na balança... Dezesseis reais, achei um pouco caro mas já vi pessoas gastarem quase quarenta reais, o meu deu quatorze, pago eles e vamos em direção a uma mesa para dois. -Pronto, viu só? Tranquilo.

-Não precisava. Mas obrigado, você é legal... -Teve de novo dificuldade para se sentar, sua cara parecia que queria chorar.

-Você também! E não se esquece de falar do seu livro, viu? - O lembro.

-Ah sim! -Fala e logo em seguida come um pouco do açaí. - É um romance entre dois caras, eles se conhecem no hospital e depois um deles melhora e começa a andar de skate para se distrair, se reencontram depois de anos e aí o romance começa, se eu falar mais é spoiler.

-Que incrível! Onde que vende? -Pergunto.

-Me dá 29,50R$ amanhã ou quando der, ai eu te entrego em mãos e autografado, se você quiser.

-Vou querer autografado sim.

Ele sorri mas ainda parece que está com muita dor.

-Certo, leva o dinheiro amanhã para o seu trabalho que eu levo o livro.

-Combinado!

Rimos e conversamos enquanto comíamos o açaí e nos conhecíamos melhor, na hora de sair não pude deixar de perguntar.

-Langa, você parece estar com muita dor, tem certeza que está bem? Estou ficando preocupado.-Eu o fito.

-Estou bem sim... Obrigado... -Ele responde e eu arqueio uma sobrancelha para ele. - Na verdade... Está insuportável a dor.

-A que nível está doendo?

-Está doendo para respirar, andar, e meu ombro está doendo demais também.

- Onde raios você se bateu, menino?

-Ah... -Parece estar com medo de falar.- Meio que uma estante caiu nas minhas costas e... E foi só isso mesmo. -Não sei dizer se era verdade ou mentira.

-Langa, quer que eu te leve no médico? Você pode ter deslocado um osso, ou até estar com um problema maior.

Ele arregala os olhos assustados.

-N.. não! Não! De jeito nenhum! Não precisa, só vou te incomodar, você deve ter coisas importantes para fazer... -Disse cabisbaixo.

-Tenho mesmo, e essa coisa importante é te levar para casa bem, a questão é que você não está bem, então não posso te levar para casa, vamos ao médico, é bem rapidinho, só para ver se você está bem mesmo. -Me levanto e puxo minha cadeira para o seu lado e coloco meu braço ao seu redor, um pouco abaixo do ombro.

Ele sorri envergonhado... Tão lindinho.

-Tem certeza de que não é incômodo? Te conheci ontem e sinto que já te atrapalhei tanto.

-Tenho certeza, vamos, não esqueça que eu estou fazendo isso por pura e espontânea vontade.

O ajudo a se levantar, colocamos os copos vazios de açaí no lixo e vamos para o carro, em direção ao hospital público, chegamos e nos sentamos na recepção esperando sermos atendidos.

-Reki, você acha que vai demorar? -Ele pergunta.

-Talvez um pouco, quer que eu pegue uma água, meu bem? -Falo sem pensar, merda, merda, merda. -Quero dizer, Langa, Langa. Desculpa, é que eu falo assim quando estou preocupado com alguém.

Honestamente, não sei se eu estava me ajudando ou piorando minha bela situação.

-De boa, e se não for incômodo, quero sim.

Meus Deuses! Quando esse garoto vai entender que ele não é um incômodo e que eu estou fazendo por querer!?

-Ótimo, vou lá.

Caminho até o bebedouro e encho um copo descartável com água, me viro para ir até o menino de cabelos azuis, quando vejo um casal de idosos gritando com ele, e ele apavorado com os olhos marejados. Corro até eles.

-Ei! Parem agora! Ouviram!? -Falo para o casal de velhinhos.

-Você é como esse jovem nojento!? Se não, saía da frente, temos umas boas surras para dar nele e terminar o que fizemos na biblioteca ontem.

Ah não. Foram esses malucos que deixaram ele assim? É por causa deles que o Langa estava chorando? E por isso que ele está com dificuldade até para se sentar!? Sinto meu rosto esquentar de raiva, meus punhos se fecharem... Dou um soco um cada idoso.

-Fiquem longe dele! Me ouviram agora!? Ele não é um saco de pancadas para dois velhos que acham que entendem de alguma coisa! -Falo alto suficiente para os seguranças ouvirem e prestarem atenção na gente.

Eu estava do lado do Langa que estava sentado, eu em pé, percebo que o senhor de idade ia acertar a bengala no rosto do menino bonitinho, me coloco em sua frente, a bengala acerta minhas costas e meu Deus! Que senhorzinho forte!

Os seguranças chegam perto e agarram o velhinho, o colocam na cadeira e a velhinha também, enquanto dois ficam ali para impedir de que saíssem, um vem nos interrogar.

-Olá jovens, sou o oficial Oka, poderiam me explicar o que houve por aqui? Por que aquele casal de velhinhos estavam tentando machucar vocês?

-Eram preconceituosos, ontem no meu trabalho... Eles... Eles acertaram aquela bengala na minha barriga que está doendo ainda, bateram em mim com aquela bolsa e depois... Empurraram uma estante cheia de livros em cima de mim, eu estou com muita dor, tipo, muita mesmo, aí o... -Olha para mim.

-Namorado dele. -Minto, o Langa não falou com o que eles eram preconceituosos, eu tinha que fazer o segurança entender, sem contar que... Acho que isso ia dar mais credibilidade na história, mas no momento, só sei que o Langa parece meio assustado. - Não é, meu bem? -Olho para ele tentando fazer que ele entenda, pelo seu olhar, acho que entendeu.

-Isso, o meu... namorado percebeu que eu estava com muita dor e me trouxe aqui. -Ele está tão coradinho, queria poder tirar uma foto.

-Trouxe só agora? -Oka pergunta.

-Não tinha visto ele o dia todo, porém íamos sair para tomar um açaí, e até tomamos mas ele estava muito mal mesmo e decidi trazer ele.

-Certo, obrigado pela ajuda, tentarei falar na recepção para atenderem vocês logos.

-Obrigado, moço. -O garoto azul responde, eu me sento ao seu lado e ele deitou a cabeça no meu ombro.

-Por nada! Aproveitem e não deixem ninguém tratar vocês assim, beleza? Vou indo. -Ele sai e passa as informações para os outros seguranças.

-Por que disse que éramos namorados, Reki!? -Ele diz, ainda deitado no meu ombro, tenho certeza que todos os pelinhos do meu braço arrepiaram.

-Para ele perceber de qual preconceito você tava falando, e também para dar mais credibilidade na sua história, meu bem. -Digo o final brincando.

-Certo... Ei, pode me fazer um favor? -Sinto seus olhos sobre minhas mãos.

-Pode falar.

-Esquece o que ouviu, não precisa se preocupar, vai acabar te trazendo problemas, você até foi acertado por uma bengala... A culpa foi minha, desculpa.

-Não posso fazer isso, já ouvi, estou preocupado, os problemas sempre vão existir, eu me coloquei na frente da bengala, você não tem culpa de nada, Langa.

-Então por quê que eu me sinto culpado?

-Porque uma coisa não tem nada a ver com a outra, você não fez nada de errado, você simplesmente está vivendo sua vida sem fazer mal a ninguém, enquanto aquele casal... Vão morrer tendo machucado um escritor, bibliotecário, fã de capuccino de chocolate que é muito lindo. Não liga para eles, certo? Mas se fizer você se sentir melhor, eu te desculpo, mas te desculpo por se culpar.

-Você... Você me acha lindo?

Aquilo me tira uma risada, ele ouviu alguma coisa do que eu disse? Sinceramente, acho que entrou em um ouvido e saiu pelo outro.

-O resto que eu disse não importa, Languinha? --Brinco.

-Claro que sim, é só que... Era a única coisa que eu não imaginava que você fosse dizer. Não que o que você tenha dito tenha sido previsível, mas... Eu sabia que você ia falar algo sobre eu não ter culpa... Na verdade, eu estava torcendo para isso, estava com medo de você falar que não ia me perdoar, não sei o motivo de eu me importar, te conheci ontem.

-Eu nunca diria isso, sabe, Langa... -Um médico aparece e nos interrompe.

-Olá, sou o médico Adam, qual de vocês é o Langa? -Ele tem um sorriso pervertido e encara o meu acompanhante.

-É... eu. -Diz o fã de capuccino, com os olhos assustados e o resto do corpo paralisado.

Não fui com a cara daquele médico, não vou sair desse hospital sem o Langa.

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