Opostos

Unicornio_Dark

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Alguns físicos, filósofos e músicos dizem que os opostos se atraem, mas a verdade é que eles se repelem. Ala... Еще

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Unicornio_Dark

Chegaaay

Minha explicação sobre a demora é que eu andei pensando, e pra não cometer o mesmo erro de Confidencial que ficou longo, assim vou esperar uns dias se passarem pra absorver os enredos da casa.

Alguém citou num dos comentários sobre quarto secreto, da pra fazer sim com a Fernanda, mas se rolar o enredo no oficial.

Leiam com moderação, capítulo quente.

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Narrador

Quarta-feira mal havia começado e a casa já estava num embate sobre o raio-x, o tempo tinha sido reduzido, mas quem estava indo, não parecia ter senso do comum, e tanto Alane quanto Beatriz acabaram demorando um pouco mais do que o necessário.

Yasmin que era a última, acabou não fazendo seu vídeo, o que resultou em punição.

- pronto... era só isso que eu queria. – a loira disse.

Ela estava zangada, porém, não conseguia expressar de forma rude seu descontentamento, e claro que Alane e Beatriz acabaram percebendo que isso recairia sobre elas também, já que a produção havia exposto a quantidade de estalecadas que todos levaram.

- cara... eu entendo que você e Fernanda tem um lance, e que por isso as fizeram perder um pouco a linha. – a modelo tentou se explicar. – mas se coloque no meu lugar, eu não tomo estalecada de propósito, mas se uma das três que estão lá na frente de todo mundo, tomar mais uma estalecada, eu, vou colocar a casa no tá com nada.

Seguiu andando furiosa e Isabelle apenas lançou um olhar triste para a sua amiga de confinamento a loira tinha razão, e não adiantava debater.

- aqui... uma água pra você se acalmar. – Isabelle ofereceu e Yasmin segurou sua mão.

- desculpa carinho, mas agora nesse momento, eu quero um café forte e um pão cheio de nutella. – disse e Cunhã riu a levando até a cozinha.

Todos estavam lá sentados na mesa da xepa, parecia um grupo gigantesco.

Nem mesmo Cunhã conseguira prever o que aconteceria a seguir, Alane tinha levado mais estalecada por possivelmente ter saído do banho e não ter colocado o microfone, o que fez com que todos gargalhassem alto.

O que irritou completamente Alane.

Fernanda fechou um olhou, pois já conhecia o jeito estourado da morena e sorriu de canto ao ver o biquíni que ela usava, extremamente cavado e expunha o seu físico bonito, pouco se importava com a discussão entre elas, só conseguira focar naquelas pernas grandes e torneadas, estava sedenta para sentar nelas.

A discussão tomou uma proporção ainda maior quando Wanessa tomou as dores expondo o quão estava odiando Davi e o seu jeito de gritar e cantar o dia inteiro.

(que deus me perdoe, mas se eu tivesse que ficar presa numa casa com Davi e Beatriz, eu ia de Theo Becker rapidinho)

Isabella só teve tempo de tirar Yasmin daquele momento para que a loira não se queimasse, diferente de Fernanda que achava graça da discussão, pois Alane havia conseguido o que queria, manipular para que outros tomassem suas dores e ela saísse impune.

- você é uma manipuladora safada. – Fernanda disse ao ficar alguns centímetros dela.

- pisciana... claro que sou. – deu uma piscadinha.

Após os ânimos se resfriarem, a produção chamou a todos até a área externa, onde a marca de shampoo havia feito uma atividade para eles.

Fernanda achou o máximo, finalmente poderia ter os cuidados nos cabelos que tanto desejava.

Após escolher o tratamento que queria, estava se sentindo realizada, seus cabelos estavam incrivelmente lisos e ela se sentiu linda, como não se sentia em muito tempo.

- você está linda... – Alane murmurou ao vê-la.

- nossa, um elogio vindo de quem não queria nunca mais falar comigo, o que é isso?

- retiro o que disse, você está horrorosa.

Fernanda sorriu de canto, estava longe disso.

- se a gente tivesse em dois mil e quatorze você ganharia o big brother rapidinho. – Pitel disse ao ver a amiga. – infelizmente você veio atrasada, numa geração de mimizentos e chatos, geração Z que se incomoda com as verdades.

- você acha? Acha realmente? Se eu tivesse entrado no big brother dez anos atrás eu teria vinte e dois... Celo tava com um ano... – só então se lembrara de um fato importante na sua vida. – eu ia dizer que não deixaria meu filho, minha família por nenhuma carreira... mas foi justamente o que o pai dele fez, num dia ele acordou e foi embora. – riu sem humor. – e eu fiquei... talvez devesse ter ido primeiro, pro BBB de dois mil e quatorze, onde eu seria a morena gostosa, sem cérebro... eu não teria ganhado também amiga.

- porra... – Pitel a olhou chocada e logo em seguida a abraçou com carinho tocando seus cabelos.

- agora me deixe ser amarga. – olhou para Beatriz fazendo o Merchant da Pantene e riu. – se eu visse aquela criatura num comercial jamais compraria, agora se fosse você, com esses cachos... amiga. – Fernanda tocou sua face pois sabia que a amiga odiava que tocassem em seus cabelos. – acho que depois daqui, você poderia virar garota propaganda da Eudora... algo assim.

- sua namoradinha também tá linda.

- tá né? Nossa a Alane tá mais chapada... – suspirou ao ver o abdômen da bailarina. – uma coisa de louco, se ela me pega, meu deus... vou precisar de relaxante muscular.

- mas olha que safada!

- safada e linda... – moveu os cabelos de um lado para o outro.

Alane estava de boca aberta olhando para a carioca, não podia chegar perto dela, nem tocá-la, não era bem vinda, porém, queimou a desejando. Fernanda estava linda, de uma forma simples, seus belos estavam soltos e ela não estava com varias camadas de maquiagem na face, só conseguia pensar que ela era uma das criaturas mais lindas que já vira, já tocara e já tivera.

Fernanda estava lutando para manter o seu cabelo lindo daquela forma até a festa, queria estar perfeita no ao vivo. Para sua sorte o furacão Alane estava lhe evitando, porém sentia os olhares que ela lhe lançava.

No quarto do líder, Beatriz se arrumava para a sua festa do líder e Alane planejava um discurso, o que falaria para Fernanda. Queria expor seus sentimentos, falar o quão estava ruim a distancia e que se fosse possível ela cederia, pelo bem comum.

- amiga... as secadas que você dá nela... meu deus Fernanda nem precisa de secador. – Beatriz riu.

- é uma prova de fogo... ter que fingir que está tudo bem quando ela dita o meu humor e se ela está longe, é como se mil agulhas me perfurassem, e se ela está perto eu me sinto uma imbecil encurralada, pisando em ovos, com medo de dizer qualquer coisa.

- vocês duas tem um relacionamento complicado amiga...

- eu sei... – se arrependimento matasse. – mas ela é ela... e eu sou a idiota que aceita qualquer migalha de afeto.

A produção não demorara muito para chamar a todos até a sala, Beatriz parecia uma pipoca entusiasmada com a sua festa e não parecia guardar o sorriso enquanto conversava com Tadeu, o apresentador parabenizara Lucas e depois se voltou para Fernanda.

- parabéns por ter passado por mais um paredão. – ele disse.

- já sabendo que estarei nos próximos, pois sobrevivo da caridade de quem detesta... – nesse momento a câmera focou em Beatriz e depois em Alane, a morena encarava Fernanda.

- grande Cazuza!

Tadeu pontua mais algumas coisas e logo libera a festa de Beatriz, a vendedora estava hiper empolgada com a festa, com a representatividade e saiu correndo e gritando pelas barraquinhas montadas.

Alane finalmente se sentiu um pouco livre, não queria ceder ainda, não queria ir até Fernanda pois era sempre ela quem tomava iniciativa.

Quando passou por Fernanda e Pitel que estavam na mesa de bebidas acabou ouvindo que ela não pretendia ficar muito tempo na festa, apenas o suficiente para que Beatriz não causasse.

Viu quando Fernanda encheu seu copo de whisky e energético e foi se sentar em uma das cadeiras disponíveis, Pitel a encarou e depois migrou seu olhar para a carioca, sinalizando que iria se afastar.

Alane respirou fundo enquanto ia até ela, contrariando suas próprias decisões, parou ao lado de Fernanda se abaixando até que seus rostos ficassem próximos.

- a gente precisa conversar.

- tens certeza? Porque hoje eu não estou nos meus melhores dias, já vou logo avisando.

- hoje você disse uma coisa que eu acho que você se sobrepôs sobre tudo.

- foi quando eu disse que você está apaixonada por mim?

- é... quero que você saiba que estou longe de estar apaixonada por você.

- bom... é uma pena, pois eu com certeza estou muito apaixonada por você. – Fernanda disse tomando um gole da sua bebida.

- sério? Tipo mesmo? – Alane a olhou chocada abrindo e fechando a boca várias vezes, mas logo parou ao ver o sorriso no rosto de Fernanda.

- claro que não. – riu. – você é sem educação, implicante, infantil, você é abusada, acha mesmo que eu vou ter sentimentos por você? Garota se enxerga, é só sexo. Apenas isso, nada mais que isso.

Levantou-se seguindo para longe e deixando uma Alane aturdida.

Fernanda assim que se viu longe de Alane o suficiente para ela não perceber a sua mentira deixou seu sorriso de lado.

- não amiga, não vou deixar o baixo astral te dominar de novo! – Pitel disse segurando suas mãos e a puxando para o seu abraço. – vamos dançar, vem!

- eu acabei com a garota e o olhar que ela me lançou, acabou comigo. – disse contra o ouvido da amiga e Pitel se afastou a olhando.

- o que você realmente quer da Alane?

- quero que ela me pegue, de jeito, quero que ela me faça gritar... fora isso, não quero nada.

- então amiga, só que eu vejo muita coisa, e vejo que você sempre fica bolada quando a Alane beija outra pessoa.

- não é porque eu tenho um brinquedo que eu quero emprestar para outras pessoas. – sorriu com a língua entre os dentes.

- é amiga... tu é foda, complicada pra caralho. Só posso te puxar pra dançar comigo. Apenas isso.

A festa seguiu, entre as loucuras delirantes de Beatriz que parecia querer aproveitar cada milésimo de segundo assim como cada centímetro da festa.

Cunhã olhava pra a situação em que Beatriz se encontrava, e pensava que tinha sido uma péssima ideia ter desistido do líder por aquilo.

Fernanda estava muito melhor distante da bagunça, e observava Beatriz simular um rapa enquanto bebia mais uma dose de whisky.

- se eu fosse você aconselharia Alane a ficar longe da Isa... – Yasmin comentou assim que se aproximou de Fernanda e a jogadora a olhou de cima a baixo.

- que?

- ela está marcando a Isa... não sai de perto dela um segundo se quer.

- deve ser porque elas são aliadas e você é do puxadinho. – Fernanda a olhou de cima a baixo. – mais fácil você falar pra Isa ficar longe da personagem global, do que eu ir falar com ela.

- como assim?

- da Alane eu só quero distancia. Não estou suportando nem ouvir o nome dela.

Resolveu dar aquela festa por encerrada, não estava no clima e queria dormir cedo pois no dia seguinte seria prova do líder e queria descansar.

Alguns metros dali, Leidy olhava para Alane achava tudo ainda muito confuso.

- cara... como que ela começou a ficar com você sendo que ela tem um namorado? – perguntou chocada e Alane que estava um pouco aérea por causa da bebida a olhou confusa.

- namorado? A Fernanda? Ela não tem namorado...

- tem sim, foi uma das primeiras coisas que ela disse quando entramos na casa e conversamos, ela disse que tinha alguém do lado de fora que esperava por ela.

- deve ser o Celo, o filho.

- não, namorado. – bateu na mesma tecla e Alane a olhou por alguns segundos. – ela falou sim que tinha dois filhos também, o menino e a menina. E que também tinha alguém.

- isso eu não sabia. – suspirou chocada. – preciso tirar essa história a limpo, odeio fazer o papel da outra, não suportaria.

Alane procurou Fernanda pela festa, mas não a encontrou e acabou deduzindo que ela já teria entrada e logo seguiu atrás dela, queria deixar a raiva um pouco de lado para não cometer os mesmos erros.

A encontrou no quarto gnomo retirando suas roupas e Pitel assim que a viu entrando.

- eita... já to saindo, já to saindo. – pegou suas roupas e seguiu para fora.

- olha pra mim. – Alane tocou os ombros de Fernanda a forçando olhá-la. – você tem um namorado? Lá do lado de fora te esperando?

- quem foi que... – Fernanda fechou os olhos com força. – acho que na altura desse campeonato... ele já deve estar junto com o pai de Celo na puta que pariu.

- porque... porque não me disse?

- o que foi? Está chocada?

- você é uma idiota...

- e você está completamente... absurdamente... – aproximou mais dela até que sua boca estivesse próxima da dela. – com ciúmes de mim, e está morrendo de medo.

- você não sabe de nada.

- eu sei... porque eu sinto também.

- você bebeu? – Alane aproximou seu rosto do dela tentando sentir seu hálito.

- claro... não dá pra aguentar a voz da sua amiguinha estando sóbria. – tocou o queixo dela e olhou para seus olhos desejando que ela lhe pegasse com força.

- não... não... eu vim aqui puta da vida por você não ter me contado que era comprometida, você mentiu pra mim e não vai me manipular!

- manipular o que? Ou você quer ou não quer, ou está zangada comigo por eu ter mentido, ou vai me beijar do jeito que gosto. São escolhas! – Fernanda sorriu tentando tocá-la novamente e Alane se esquivou do contato.

- eu espero que a galera de casa veja a cobra sórdida e manipuladora que você é, traidora e uma grande cuzona desgraçada, eu, agora sou quem nunca mais vai olhar pra você!

E do mesmo jeito turbulento que entrou na casa, ela saiu, levando consigo o brilho de Fernanda.

A carioca dormiu muito mal, não conseguia descansar de forma alguma, sua vontade era de ir até Alane e manda-la a merda, mas não podia, tinha que seguir com o seu jogo, sua sorte era que possuía a ancora ao seu lado, Pitel era a única pessoa ali que conseguia lhe dar um suporte.

No dia seguinte, após o almoço as duas estavam deitadas na cama conversando sobre como seria suas vidas depois do programa.

- vamos alugar uma casa, ou apartamento aqui no Rio, você vai ter milhares de propagandas pra fazer. – Fernanda disse. – vai morar eu tu, meus filhos, nossas plantas e talvez um gato.

- credo amiga, eu não curto muito criança não... barulhenta, chorona, to fora.

- eles já são grande amiga. – Fernanda riu. – Celo fica quase o dia todo fora, ele vai pra escola, depois vai pras terapias dele.

A conversa seguiu até começarem a ouvir risadas do lado de fora e Fernanda só conseguiu focar na voz de Alane, rindo alto.

- você e ela em amiga...

- ela veio conversar comigo ontem a noite porque descobriu que eu tenho alguém do lado de fora.

- e você tem?

- tinha... o ego dele uma hora dessa já deve estar no subsolo. – riu. – mas não era namoro firmado sabe, era só uma troca... – suspirou.

- puta merda... – Pitel cobriu a boca com a mão. – e agora você e ela?

- Alane tá puta, quer ver satanás e não quer me ver. Acho melhor assim né, ai consigo focar no jogo.

- até o priquito pegar fogo e só a bombeira Alane pra apagar. Ai você vai ir correndo com o rabo entre as pernas atrás dela.

Fernanda apenas riu, pois era pura verdade, já estava tempo demais sem sexo e só queria ela de novo.

Os ânimos na casa ainda estavam um pouco exaustados, mesmo depois da festa, Wanessa articulava votar em Davi novamente, Yasmin estava puta demais com Alane e não queria desperdiçar voto nele, e sim nela.

A produção pediu para que eles colocassem as roupas que seria usada na prova, era um macacão preto.

Como sempre, Fernanda colocou sua meia da sorte e a produção rapidamente barrou, insistindo que eles deveriam usar as roupas pretas oferecidas.

- amiga... onde você vai enfiar essa meia? – Pitel perguntou.

- por dentro uai... vou ter uma meia a mais no meu pé.

A prova era simples, eles teriam que subir o escorregador gigante e lançar o objeto dentro do pote de margarina gigante, bom. Parecia fácil, porém eles tinham uma parte da fantasia que ficava no peito e incomodava.

Para a sorte talvez de Fernanda, ela tinha pego o número quinze, assim seria a ultima a jogar lhe possibilitando analisar e como jogar. Era a primeira vez em muito tempo que ela se deixava se divertir de verdade e mesmo errando a jogada, ela gargalhava em plena alegria.

Só que ainda assim não adiantou muita coisa, pois quem acabou vencendo a prova tinha sido o Buda.

E o capoeirista como bom puxador de saco de artista, convidou Wanessa, Bin, Yasmin e Leidy para o seu vip.

A primeira vez desde que entrara na casa que não apensava apenas em jogo, e isso fez com que seu subconsciente de alguma forma a arrumasse um jeito de sabotá-la.

Alane ficara pensativa, pois claramente era um dos alvos de Buda, assim como Davi e Isabelle.

A enxurrada de informações pegara Fernanda desprevenida, Pitel parecia uma mistura de Eminem e Tupac lhe dando as informações.

- então Alane é um alvo de Buda? – Fernanda olhou para a amiga e não sabia se essa informação lhe deixava feliz ou triste.

- bom... a personagem de malhação parece que quer arrumar treta com a casa inteira ao invés de apenas cuidar do próprio rabo, só posso sentar e assistir. Eu mesma vou votar nela só pela encheção de saco.

- tu, votar nela? Tu tá maluca? E se ela for pro paredão e sair?

- ai é uma escolha do publico né... posso fazer nada quanto a isso.

- nada? E como você ficaria se ela saísse?

- eu ficaria na xepa ainda né amiga... porque ela tá quase colocando a casa no tá com nada.

- você também, á culpa é de vocês duas burlando as regras toda hora pra dar uma.

Fernanda a olhou erguendo uma sobrancelha, mas logo sorriu de lado. Em parte estava mesmo com saudade da morena, do jeito dela, do cheiro, do gosto, da forma como ela lhe tocava e dos beijos.

Principalmente dos beijos, pois tinha começado por eles, num fim de tarde antes de festa, as duas trancadas no mesmo quarto. Sorriu com expectativa. Queria voltar naquela semana, quando elas ainda estava num ponto entre o certo e o errado e apenas se entregaram.

Dormira chorando e acordara exausta, sua cabeça doía, seu corpo fervia e ela só desejava que aquele transtorno acabasse logo.

- amiga o que você tem? Eu vou ir chamar Alane se você não se acalmar. – Pitel entregou um copo de água a ela.

- nem ouse chamar aquela cara de mosquito pra cá. – disse fungando.

Era dez horas em ponto quando o big fone tocou, alto, pegando a todos. Menos Davi que acordara cedo e fazia plantão ao lado do aparelho.

Isso só aumentou ainda mais a raiva exagerada de Fernanda, a carioca não estava tendo um bom dia e após sair do seu QG e descobrir que ele tinha atendido, voltara furiosa.

A dinâmica daquela manhã era da compra do poder coringa, Pitel tinha dado todas as suas estalecas em troca do poder e conseguira arrecadar no leilão.

- porra... três mil e quinhentas estalecas, se loco, espero que não seja um poder merda. Nem político tá pagando tudo isso por voto. – ela disse.

Enquanto isso no quarto fadas, os participantes estavam se maquiando como se fossem coringas, e Alane estava entendiada, como raramente acontecia, mesmo brincando com seus colegas eles iam até os quartos e assustavam quem estava dormindo.

Davi tinha ido até a cama de Wanessa e a cantora ao vê-lo acabou soltando milhares de palavrões ao se acordada daquela forma.

Fernanda tinha até se animado um pouco principalmente por conseguir rir da maquiagem ruim que Alane havia feito, a bailarina estava lhe evitando e isso ficava mais evidente a medida que o dia passava.

Alane evitar estar em qualquer ambiente que Fernanda estava, e mesmo resistindo por um tempo, a carioca acabou desistindo de tentar ter uma conversa com Alane.

O que lhe deixara ainda mais emotiva e Fernanda após organizar as compras da semana, foi para o quarto, não demorou muito para seus pensamentos lhe bombardearem e ela começar a chorar, copiosamente.

- não adianta. Porra... não adianta a gente fazer mais nada, só entregar logo o premio pra esse menino e pronto. – disse magoada.

- calma amiga... mesmo que as pessoas de fora tenham engolido a história dele e passarem a mão na cabeça todas as vezes que ele fizer merda, não vai adiantar nada a gente desistir.

- ele fica que nem um abutre em cima do big fone, não deixa ninguém, ficar lá. Porra!

Pitel apenas suspirou a abraçando com carinho.

- tomara que ele vá pra casa do caralho. – fungou.

- algo me diz que esse teu desespero não é só por causa do Davi estar atrapalhando a frente do big fone. – ela disse olhando para o rosto rubro de Fernanda. - tu assim é por causa de mulher.

- eu não... eu não sei mais o que fazer. – soluçou o choro vindo ainda mais forte.

- ah eu sabia...

Fernanda estava inconsolável, e por mais que Pitel tentasse acalmar ela era impossível e isso estava lhe deixando agoniada, principalmente por saber que era um choro dolorido, um choro de alma, o choro de alguém que guardava suas lágrimas.

Saiu do quarto a deixando com Michel e seguiu até a cozinha atrás de um copo de água e Alane a olhou suspirando.

- é a Fernanda que está chorando? – perguntou baixinho.

- é...

- posso fazer alguma coisa?

- você vai dar três milhões de reais pra ela? – Pitel perguntou e Alane arregalou os olhos, por alguns segundos achou que o choro era culpa sua.

- não...

- então não dá pra resolver.

Alane apenas afirmou com cabeça, sabia que o melhor a fazer era ficar distante até que Fernanda se sentisse bem novamente. Para só então as duas conversarem.

Fernanda só se animara a tarde, quando fora realmente obrigada pelo roteiro do programa a ir até a dispensa escolher o seu figurino para a festa daquela noite. Alane estava lá e a bailarina não conseguiu esconder o sorriso assim que a viu, era como se uma parte sua se iluminasse por completo, até deixara as roupas que escolhera de lado indo até Fernanda e suas mãos tremiam ao tocá-la.

- como você está? – perguntou.

- bem... na medida do possível. – estava se sentindo uma menina, seu coração batia com força quase lhe tirando o oxigênio e ela sentiu o perfume de Alane e aceitou o seu abraço.

- a gente pode deixar de lado as nossas desavenças... e apenas aproveitar o que acha?

- ok... desde que você use essa roupa, vai ficar linda com a renda vermelha.

- admita que você adora o meu abdômen. – segurou a mão de Fernanda levando até a sua pele e a morena arranhou com carinho.

A festa seria comandada por Wesley Safadão, o grupo parecia dividido entre atacar os aperitivos ou aguardar pela chegada do cantor.

Fernanda preferiu se abster de ficar no palco, pois sabia que Beatriz logo surgiria para tirar a visão de todo mundo, mas para a sua sorte, assim que o cantor surgiu cantando um de seus hits, ele se direcionou a pista de dança acenando com a cabeça para Fernanda.

Alane olhou para os dois e fez uma careta, soltando um palavrão mental, estava com ciúmes, queimando de ciúmes pelo simples de todos os cantores que iam cantar ali ficam de olho nela. Não fazia sentido ficar com ciúmes de alguém que não lhe pertencia, por isso resolvera fazer o que sabia de melhor.

Dançar, pouco se importou em estar sozinha, só queria rebolar e as vezes jogava sua raba para cima seguindo o ritmo da música, aos poucos relaxando e se deixando levar pelo agito do momento, ela se entregara sem pudor.

Fernanda não conseguiu tirar os seus olhos do corpo dela, que esbaldava sensualidade.

- me beija por favor. – Fernanda exigiu a puxando para si e Alane não demorou muito em acatar o seu desejo.

Os Brothers ao redor festejaram o beijo da duas com assobios e palmas.

Alane estava com saudades dela, tanta que era possível apenas ignorar a festa e seguir para dentro da casa com ela em seus braços, mas por hora se contentaria com lábios macios e doces que tanto adorava.

A festa seguia a todo vapor, Alane estava dividida entre beijar Fernanda, dançar e beber.

- você está linda... linda pra caralho. – a morena disse contra o ouvido da mais alta deixando um beijo em seu pescoço.

Fernanda não sabia dizer em que ponto da festa havia deixado que Alane a guiasse para dentro da casa, entre beijos e carinhos elas seguiram até o corredor que ficava os quartos, e antes de escolher, Alane sorriu ao ver o batom da morena completamente borrado.

- qual quarto?

- o fadas está lotado. – Alane gemeu.

- o gnomo não... acho que eles vão virar na festa. – disse sorrindo, estava sedenta e prestes a tirar as roupas da maior ali mesmo no corredor. – vamos...

- espera... esqueci de uma coisa. – disse abrindo a porta do quarto. – vai lá pra cama e espera.

Fernanda a olhou confusa porém seguiu até o quarto, retirando o figurino emprestado pela produção e ficando apenas de lingerie, se sentou na cama esperando pela mais nova.

Não demorou muito para Alane surgir, com um sorriso travesso no rosto e um olhar brilhante, Fernanda tinha que admitir, mesmo que internamente que adorava ela, o jeito espontâneo e a energia.

- não achei que você fosse vir. – sorriu.

- no dia da confusão com a Yasmin sobre o confessionário. – começou chamando sua atenção. – eu demorei porque estava pedindo uma coisa...

- que coisa?

- você vai descobrir... – se sentou na cama de frente para ela.

Fernanda não demorou muito em passar as mãos pelos cabelos compridos da morena e segurando seu rosto a beijando.

- eu queria um brinquedinho que ficasse em mim e em você ao mesmo tempo. – disse e Fernanda arregalou os olhos.

- porém, a gente brigou... brigou, e eu não achei que iria usar ele com você.

- Alane... – Fernanda gemeu.

- eu peguei lubrificante da caixinha também, porque achei ele um pouco grande. – colocou o objeto de prazer em suas mãos e Fernanda arregalou os olhos, pelo escuro do quarto não conseguia enxergar a cor, porém sentiu que além de ondulado era longo, bastante longo.

- você pediu um brinquedinho?

- uhum... querida dar uma variada.

- porque não me disse?

- porque você estava me odiando...

- você já usou ele?

- não... não tive coragem de usar sozinha. – suspirou a olhando.

Fernanda voltou a beijá-la, era a única forma de refrear o seu desejo quase que insano que lhe consumia. O desejo acumulado lhe dando o combustível necessário para se entregar a ela.

Aos poucos elas perdiam o pudor que ainda existia por conta das câmeras, Alane retirou suas roupas, ficando apenas de sutiã e puxando dois edredons para se cobrir.

POV Alane

- você não tem noção do quanto eu quero você. – ouvi Fernanda dizer baixinho e eu já sentia meu nervo pulsar dolorosamente, só tive tempo de retirar a calcinha para sentir o calor de sua coxa entre suas dobras.

Fernanda disse alguma coisa que eu não entendi muito bem, porém eu sabia que ela estava tão ferrada quanto eu, meu primeiro instinto foi de também retirar sua calcinha, logo em seguida toquei suas dobras quentes adorando a textura molhada.

Não lhe dei tempo, pois eu estava faminta e a queria mais do que o oxigênio que se acumulava nos meus pulmões, sua boca veio até a minha num beijo quente, sensual e muito molhado, a língua dela brincava com a minha.

A gente mal havia começado e eu já estava tão entregue.

Nossas bocas ainda estavam unidas quando eu rasguei o saquinho do lubrificante, enchendo minha mão e passando pelo brinquedo, o tinha considerado um pouco grosso, se comparado aos meus dedos e não sabia muito bem como seria.

Fernanda parou de me beijar ao perceber a minha intenção e acariciou meu rosto como se aguardasse, me movi por cima das sua cintura a fazendo abrir as pernas a puxando mais para mim e passei a ponta do brinquedo pelo seu clitóris.

- Alane... deus... – gemeu sôfrega, rebolando contra mim e eu a beijei enquanto a penetrava com o brinquedo, pouco a pouco a fazendo me arranhar. – querida...

- eu sei... eu já vou. – digo, ela queria que eu me mexesse, era isso o que sua cintura exigia enquanto continuava a rebolar, segurei sua mão até a outra ponta do brinquedo e a fiz guia para dentro de mim.

Fechei os olhos sentindo o brinquedo entrar lentamente, me preenchendo por completa e assim que senti minha pele tocar a pele de Fernanda gemi, a morena não parava de rebolar e o movimento tocava um ponto dentro de mim me fazendo gemer descaradamente.

- amor. – pedi tentando segurar a sua cintura e só assim pra ela parar.

- é tão bom... – disse e eu ri.

- sim, mas eu preciso... – consegui me mover para frente e para trás revirando os olhos, já estava no meu limite com tão pouco.

Fernanda tentou gemer, mas algo parecia preso em sua garganta e eu continuei me movendo, hora rebolava contra sua pelve sentindo o brinquedo cada vez mais dentro de mim, e seguia também para frente e para trás aumentando o ritmo das estocadas.

Minhas mãos seguiram até os seios dela, durinhos e toquei o contorno enquanto metia mais rápido. O cheiro de nossos sexos já exalava pelo quarto e eu só queria ter o privilégio de conseguir ver o seu corpo me recebendo daquela foram. Suas pernas estavam circulando a minha cintura e nossas pelves se esbarravam também, num atrito sincronizado.

- eu vou... oh deus... – Fernanda começou a gemer e meu olhar seguiu até ela.

- vem pra mim... querida... eu estou quase lá também. – digo me deitando sobre ela enquanto estocava, Fernanda cravou as unhas nos meus cabelos me beijando enquanto gozava contra mim.

Fernanda era uma mulher madura, tudo o que ela fazia expunha o quão boa era, naquele momento em específico Alane tocava o ponto que as unia, talvez eu tenha perdido alguns minutos a olhando, mas a forma como ela gozava e se contorcia abaixo de mim.

Talvez eu devesse ter começado aquela transa com cuidado, com beijos pelo seus seios, pelo estomago lindo que ela tinha, até eu me perder entre a sua vulva, mas eu parecia uma idiota em querer usar o brinquedinho novo.

A senti relaxar abaixo de mim, e sorri quando uma ideia me surgiu, sem querer tirar o brinquedo de dentro dela, apenas me mantive firme, estocando ainda mais duro, e fazendo uma sequencia de movimentos não demorei muito para gozar também.

Fernanda sorria enquanto tocava meus seios.

Sabia que ela estava sensível, por isso retirei o brinquedo e ela gemeu me olhando.

- se você descer e me chupar... eu juro que me caso contigo. – Fernanda disse tocando meus cabelos, eu ainda estava controlando meu folego e a diaba queria mais.

- posso olhar pra você um pouco? – digo me impulsionando para frente e meu rosto parou de frente ao dela.

- o quarto está escuro...

- eu sei, mas consigo te imaginar perfeitamente. – sorri lhe dando um selinho.

Fernanda gemeu contra minha boca e eu voltei meus dedos para as suas dobras tocando o clitóris devagar.

- Alane...

Escuto sua voz, mas não podia voltar, estava morrendo de fome dela, foram dias demais sem sentir seu cheiro, seu toque, suas dobras, o seu sabor. Distribui beijos ao redor do seu clitóris.

- me chupa. – pediu e eu sorri deixando um beijo na sua entrada toquei o clitóris com a ponta da minha língua, demorei mais uns segundos sentindo e explorando o quanto amava estar ali com ela.

Seus gemidos me deixavam em êxtase, eu tinha acabado de perder um pouco da noção de que estava num reality show com câmeras seguindo cada movimento que eu fazia e minhas mão livre seguiu até os lábios da morena e ela deixou uma mordidinha nos meus dedos.

Não sei explicar o que estava acontecendo com nossos corpos, mas eu me sentia mais energética em faze-la gozar mais uma vez, Fernanda não pareceu se contentar com aquele orgasmo.

De algum jeito ela tinha me forçado a virar na cama eu me deitei ao seu lado ela logo se virou se sentando em meu rosto, sua pelve estava conectada a minha boca e eu moveu-se para frente e para trás enquanto suas coxas apertavam a latera da minha face.

Revirei os olhos, gemendo gostoso. Minha língua ia fundo dentro dela e eu ousei em tocar suas nádegas, eu não precisava respirar, eu precisava comer ela todinha, devorar as suas dobras enquanto a morena sentava na minha língua e ditava os movimentos rebolando contra meu rosto.

Fernanda gozou novamente, percebi ao sentir seu nervo pulsar contra mim, gemeu alto se jogando para frente.

Narrador On.

A exaustão tinha chegado para as duas mulheres, nem as roupas conseguiram vestir antes de se entregarem ao sono, fazia tempo em que elas não conseguiam descansar daquela forma tão sublime.

Sábado chegou e com ele a responsabilidade de que elas ainda tinham que ir ao confessionário e ficou para Pitel acordar as duas.

- menina... que pepino roxo é esse que a produção colocou no cardápio da xepa que eu nem vi. – ela gargalhou ao ver o objeto e fez uma careta.

- o que... – Alane arregalou os olhos lembrando do brinquedinho. – é a Jodie... nossa amiguinha.

- misericórdia! Todo babado... 
.
.
.
.

🐺🪷

Alane tomando lapada da casa essa noite.

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