El Sabor De Lá Venganza { Fre...

Bởi leearmstrong3

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O que acontece quando a inocência encontra-se com a maldade? Becky era uma garota pura e completamente apaixo... Xem Thêm

1 - Capítulo
2 - Capítulo
3 - Capítulo
4 - Capítulo
5 - Capitulo
6 - Capitulo
7 - Capítulo
8 - Capítulo
9 - Capítulo
10 - Capítulo
11 - Capítulo
12 - Capítulo
13 - Capítulo
14 - Capítulo
15 - Capítulo
16 - Capítulo
17 - Capítulo
18 - Capítulo
20 - Capítulo
21 - Capítulo
22 - Capítulo
23 - Capítulo
24 - Capítulo
25 - Capítulo
26 - Capítulo
27 - Capítulo
28 - Capítulo
29 - Capítulo
30 - Capítulo
31 - Capítulo
32 - Capítulo
33 - Capítulo
34 - Capítulo
35 - Capítulo
36 - Capítulo
37 - Capítulo
38 - Capítulo
39 - Capítulo
40 - Capítulo
41 - Capítulo
42 - Capítulo
Penúltimo Capítulo
Último Capítulo
Sinopse, Segunda Fase
Capítulo - 1
Capítulo - 2
Capítulo - 3
Capítulo - 4
Capítulo - 5
Capítulo - 6
Capítulo - 7
Capítulo - 8
Capítulo - 9
Capítulo - 10
Capítulo - 11
Capítulo - 12
Capítulo - 13
Capítulo - 14
Capítulo - 15
Capítulo - 16
Capítulo - 17
Capítulo - 18
Capítulo - 19
Capítulo - 20
Capítulo - 21
Capítulo - 22
Capítulo - 23
Capítulo - 24
Capítulo - 25
Capítulo - 26
Capítulo - 27
Capítulo - 28
Capítulo - 29
Capítulo - 30
Capítulo - 31
Capítulo - 32
Capítulo - 33
Capítulo - 34
Capítulo - 35
Capítulo - 36
Capítulo - 37
Capítulo - 38
Capítulo - 39
Capítulo - 40
Capítulo - 41
Capítulo - 42
Capítulo - 43
Capítulo - 44
Capítulo - 45
Capítulo - 46
Capítulo - 47
Capítulo - 48
Capítulo - 49
Capítulo - 50
Capítulo - 51
Capítulo - 52
Aviso
Capítulo - 53
Capítulo - 54
Capítulo - 55
Capítulo - 56
Capítulo - 57
Capítulo - 58
Penúltimo Capítulo
Último Capítulo

19 - Capítulo

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Bởi leearmstrong3


      Becky Armstrong


Não existe sensação melhor do que a plenitude de fazer bem á alguém.

O meu coração estava leve, como se tivesse um peso de algodão. Ao me lembrar dos olhos felizes da mulher que gentilmente me abraçou e expressou a sua gratidão foi impagável... Ela se apresentou como Nádia, apenas Nádia e não cansou de agradecer, o meu sorriso se manteve em todo momento, mesmo diante do ceticismo do gerente em saber que eu pagaria a dívida da senhora. Hoje em dia, a benevolência é algo tão raro que quando as pessoas se deparam com ela ficam estarrecidos.

Dona Nádia insistiu para que me pagasse o dinheiro de volta com promissórias. Mas, delicadamente neguei. O dinheiro não iria me fazer falta, e nem influenciar em meu futuro acadêmico. Foi um ato de coração sem nenhuma pretensão, sem esperar nada em volta, e seria inadmissível receber algo da senhora de olhos tão amáveis.

Conheço muito bem o desespero. Sei como é necessitar de algo e não pode ter. Claro que de maneiras diferentes, o caso de Dona Nádia era mais fácil de ser resolvido, que no caso com dinheiro... O meu... Só um milagre que o resolveria. A saúde de mamãe não poderia ser comprada com cédulas...

Dona Nádia até que tentou me persuadir para aceitar as promissórias. O que me levou a crer que realmente era uma mulher de bom coração, e a minha empatia transformou-se em um carinho imenso. Estranho, não é? Se afeiçoar a uma desconhecida dessa forma? Talvez, fossem os olhos amorosos ou o sorriso doce. Não deixo de crer que ela me lembra alguém... Enfim, como não aceitei as promissórias, ela fez questão que eu fosse jantar em sua casa em forma de agradecimento...

O que me deixou extremamente sem graça, mas diante do seu olhar, não pude dizer não... Então, ela me deu o seu endereço e disse que me esperava, até comentou que tinha uma filha de minha idade e que achava que nos daríamos bem. Apenas sorrir e despedi-me dela com a promessa de que nos veríamos mais tarde.

Minha tarde passou rapidamente. Estranhei o fato de Freen não ter aparecido. Provavelmente, só a veria amanhã, o que me deixou um pouco entristecida. A única parte "ruim" de estar apaixonada é que criamos uma certa dependência pela pessoa amada. O que me confortava era que a veria na manhã seguinte... O meu coração podia esperar mais um pouquinho...

Assim que cheguei em casa e vir que mamãe estava bem, contei á ela sobre o que fiz. A expressão de mamãe foi de surpresa para um sorriso de orgulho. Ela sabe que eu tenho a alma caridosa. Não é de hoje, e muito menos de ontem que sou assim.

- Oh minha filha... O seu coração é tão lindo e puro. O meu maior medo é que um dia alguém mal intencionado destruía o que você tem de tão belo. - mamãe suspirou, estávamos escolhendo a roupa que eu usaria. Ela declinou o convite de ir também, alegando que estava sonolenta e preferia o conforto de sua cama.

- Ninguém vai fazer isso, mamãe. - disse para confortá-la, peguei uma saia florida e virei-me para ela. - A nossa essência nunca poderá ser destruída, certo?

- Certo. A nossa essência sempre vai permanecer dentro de nós. Mas isso não significa que podemos mudar a forma que vermos a vida. Quando assoprei a velinha, pedi que a maldade nunca corrompa o teu coração. Ele é lindo demais para ser destruído. - mamãe segurou á minha mão e a beijou. - Prometa-me que nunca vai mudar, querida. Independentemente das ações das pessoas, prometa-me que nunca vai encher esse coração de ódio...

- Prometo. - respondi sem pensar duas vezes.

Mamãe ficou extremamente aliviada.

- Apreciei muito o seu ato, mas cuidado para não tirar dinheiro de mais e ficar sem nada, hum? - pediu. - Ainda tem a universidade para se inscrever.

- Está tudo sobre controle, mamãe. O dinheiro que tirei não vai influenciar em nada. E a causa foi muito justa. - disse, e ela concordou com a cabeça.

E seguimos com a escolha da roupa... Fiquei com a saia florida que puxava em tons amarelos e vermelhos, uma blusinha branca, por cima um cardigan também branco e sapatilhas vermelhas. Deixei os meus cabelos soltos, como o tinha lavado anteriormente, estava muito liso e a presilha não queria segurá-lo.

- Odeio ficar com os meus cabelos soltos. - reclamei á mamãe.

- Está lindo, minha filha. - disse ela, passava a mão em minha franja. - Só precisamos arrumar essa franja um pouquinho, e gloss.

Não gosto muito de maquiagem porque não sei me maquiar. Mamãe tentou me ensinar várias vezes, mas nunca aprendi. Minha mão sempre treme, e erro. A única coisa que sei passar é o gloss de morango. Pacientemente, mamãe cortou e ajeitou a minha franja.

Estava pronta.

Depois das recomendações de mamãe. Fui até o endereço. Como era um pouco distante da minha casa, tive que ir de ônibus. Depois de meia-hora, estava saltando na parada em um bairro amigável com várias casas estilo vitorianas. Todas do mesmo tamanho, apenas algumas que tinham garagens agregadas.

São graciosas e simples. Sinto até o cheiro de hospitalidade. Confirmei o endereço e encontrei a casa, era um pouco distante das outras e tinha uma espécie de ferro-velho que depois de uns segundos vim perceber que se tratava de uma oficina. Subi as escadas, e bati na porta de madeira gasta.

Escutei algumas vozes, então, á porta se abriu...

- Olá. - disse timidamente para um senhor com aparência cansada, seu rosto estava muito avermelhado como se tivesse passado um bom tempo no sol.

- Oi mocinha. Você deve ser a nossa convidada de honra, sim? - ele perguntou com um sorriso singelo.

Balancei a cabeça em positivo.

- Acho que sim...

- Entre. Estávamos esperando por você. - ele se afastou e abriu a porta. - A propósito, o meu nome é Anthony. 

- O meu é Rebecca. - disse com um sorriso suave, por dentro, lembrava muito a minha casa. Rapidamente me sentir á vontade e aconchegada.

- Anthony, meu amor, onde você colocou o... -  dona Nádia vinha enxugando as mãos no pano de prato, assim que me viu, abriu um sorriso. - Você chegou! Por um momento, receei que não viesse. - cumprimentou-me com um abraço apertado e um beijo na testa.

- Desculpe-me se me atrasei, é que tive que esperar o ônibus, e ele demorou um pouco. - contei um pouco envergonhada.

- Não precisa se desculpar minha linda. O importante é que está aqui... E veja Anthony, como é uma linda garota! - dona Nádia apertou as minhas bochechas, e eu rir, mas não deixei de ficar vermelha.

- Parece com isso, querida, vai assustar a menina. - Anthony pediu me lançando um sorriso cumplice e Dona Nádia me soltou.

- Sente-se, meu bem. - dona Nádia apontou para o sofá, e eu me sentei. - Aceita um refresco? Uns salgados? - ofereceu ansiosa. - São de queijo, e estão deliciosos. Acabei de tirá-los do forno.

Queria dizer que o meu apetite era de passarinho. Se eu comer algo antes da refeição, não me alimento mais. Porém, não quis fazer desfeita e muito menos magoar os olhos amorosos.

- Eu vou adorar... - respondi, e percebi como Dona Nádia se sentiu alegre.

- Vou buscá-lo. - prontificou-se e se retirou.

Ficou apenas eu, e Sr. Anthony na sala.

- Nádia me contou o que fez por ela... Por nós. Quero dizer que não tenho palavras para agradecê-la, Rebecca. Se não fosse por você, estaríamos destinado á viver na rua. Isso iria destruir a minha família. - ele disse com sinceridade.

- Que isso, Sr. Anthony. Eu fiz de coração. - reforcei. - Fico muito feliz por ter ajudá-los.

- Só me preocupa o fato de não querer receber nenhuma promissória. Não quero ser intrometido, mas talvez, tenha retirado esse dinheiro da poupança. Sem querer ofender, mas não aparenta ser classe alta. - comentou com sinceridade. - E pode me chamar de Anthony.

- Tudo bem, então... Anthony. É meio estranho chamar as pessoas mais velhas pelo primeiro nome, mas vou tentar. - falei com um meio sorriso. - Bem, não aparento ser classe alta porque não sou, e o senhor.. - rir pela cara dele. - Ok. Você está certo, meio que foi da minha poupança, mas não se preocupe, Eu não preciso de volta. 

- Tem certeza? Por que podemos fazer promissórias que dê para pagar, e você não ficar no prejuízo. Não podemos pagar muito por mês, mas ao poucos, podemos quitar. - Sr. Anthony insistiu preocupado.

- Vou ficar muito ofendida se continuar insistindo para pagar... O meu pagamento maior é ver a felicidade refletida nos olhos de Dona Nádia. E dou-me por satisfeita em apreciar a companhia de vocês, isso é o meu melhor pagamento. - contei com sinceridade.

Ele se emocionou com as minhas palavras.

- Você é uma menina de ouro, Rebecca. Que benção deve ser tê-la como filha, os seus pais devem ter muito orgulho de você. 

Sorrir, lembrando-me da época que papai estava vivo... Ele e mamãe sempre faziam questão de dizer que eu era a luz da vida deles. Mesmo com a sua partida, mamãe continua exaltando como me ama e como sou especial.

Dona Nádia voltou com uma bandeja com refresco e os salgadinhos que estavam cheirosos. Na realidade, a casa está com um cheiro delicioso. Experimento um salgado, e suspiro.

- Simplesmente delicioso. - elogio com sinceridade.

- Que bom que gostou! - dona Nádia disse com orgulho. - É uma especialidade da família... Falando nisso, onde está a nossa filha? - perguntou ao marido.

- Deve estar no quarto, como sempre. - Sr. Anthony responde como se isso fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Essa menina, só um momento, Rebecca... - dona Nádia foi até o início do corredor e gritou. - Filha, venha para a sala, a nossa visita chegou! - um minuto de silêncio. - Filha venha logo!

Escutei uma resposta abafada. Estou curiosa para conhecer a filha deles. Não parece ser muito amistosa. Enquanto, a esperamos, Dona Nádia e Sr. Anthony me faz comer mais do salgadinho que derretem em minha boca. Bebo um pouco de refresco, quando...

- Olha ela aí... Rebecca, essa é a minha filha Freen... Freen, essa é a Rebecca, a mocinha que me ajudou no banco. - dona Nádia apresentou com um sorriso de orelha a orelha.

Levanto-me com o impacto do susto, sinto o meu sangue esfriar em minhas veias, assim como os meus olhos se arregalam e minha boca se abre em surpresa... Uma surpresa muito desagradável. Á minha frente, estava a Freen, tão desconfortável quanto eu, mais pálida ainda. O tempo para, como se os ponteiros do relógio nunca tivesse se movimentado. Dona Nádia e Sr. Anthony esperava, na expectativa. Se eles são os pais de Freen, então, significa que... Ela mentiu para o colégio todo. O meu coração se acelera ao constatar de que não sei quem a Freen é...

- Freen? - questionei com o cenho franzido, em choque.

- Rebecca... - responde com a voz quase sumida. - Eu...

- Vocês se conhecem? - dona Nádia pergunta, interrompendo a Freen, olhando de mim para a filha.

- Sim. Estudamos no mesmo colégio. - respondo com a voz um pouco alta, com um nó se formando em minha cabeça. Uma sensação de engano me acometendo.

- Que surpresa! -  Sr. Anthony disse com um sorriso.

- Já que se conhecem... Deixaremos que conversem. - dona Nádia sorriu, e tocou no braço do marido. - Venha, meu velho... Ajude-me na cozinha. Tenho certeza que elas preferem ter um papo de garotas ao invés de papo de velhos. 

- Com licença. - Sr. Anthony pediu, e se retirou com a esposa.

Eles sumiram pelo corredor, restando apenas um silêncio quase mortal. Volto á olhar para a Freen com um semblante sério... Ela estava perdida em pensamentos até que desperta e me encara... Os seus olhos estavam nebulosos, um misto de descrença e irritação. Então, como se não fosse nada, ela pisca e tudo se some, restando apenas o vazio. Ela sorrir para mim, e eu sinto algo em minha espinha que me incomoda. É o medo. Se ela mentiu sobre as suas origens, seria capaz de mentir sobre os sentimentos?

- Meu amor... Você não imagina a surpresa que é tê-la em minha casa. - elcontinua a sorrir, e se aproxima de mim, mas para quando eu sinalizo para não se aproximar. Franze o cenho. - O que foi?

- Como assim o que foi? - pergunto surpresa e com o tom baixo. - Eu a encontro aqui... Nessa casa, e com os pais totalmente contrários do que prega no colégio. Numa situação diferenciada que expõe e você ainda me pergunta o que foi? - gesticulo, e antes que ela me responda, continuo: - Quero salientar que não me importo nem um pouco com a sua condição financeira. Você ser rica ou pobre, branca ou negra, evangélica ou católica não influencia nem um pouco os meus sentimentos por você. A questão aqui é o seu caráter... Quem é você Freen? - pergunto a olhando fixamente.

Depois da pergunta lançada, sinto muito medo da resposta. Antes de ouvi-la, os meus sentimentos se afloram, e os meus olhos lacrimejam. Ela se aproxima de mim, e dessa vez, não a interrompo. Segura o meu rosto e me encara, os seus olhos encaramelados estavam amorosos. Faz um carinho lento em meu rosto que me desmonta um pouco, e quando percebo, estou ofegante.

- Sou a sua Freen... A garota que lhe atropelou e se apaixonou completamente por ti. - respondeu baixinho, lançando um frio de satisfação ao meu corpo. - Eu sei que deve está com um pensamento errado de mim. Estou ciente também que menti, mas não fiz por mal... Fiz para sobreviver ao colégio. - suas mãos deslizam para os meus ombros. - Não tinha nenhuma pretensão de me passar por rica, à ideia foi de Rubi. Ela sabia que eu seria massacrada no Constatine. Você mais do que ninguém sabe que lá as pessoas vivem de aparência... Eu não queria, sabe? Mentir, renegar as minhas origens, mas tive que fazer. Não sou tão forte como você que suporta o bullying e ainda mantém um belo sorriso no rosto. - suspirou alto. - Lembra-se da nossa conversa de hoje cedo?

- Sim... - murmurei, sentindo a minha garganta seca. Olhar os olhos de Freen me causavam muitas coisas, e todas boas.

- Então. Eu iria contar sobre a minha verdadeira realidade só que não deu tempo... Eu iria ao seu encontro depois que largasse, mas a minha mãe exigiu que eu viesse para casa porque iriamos receber uma convidada especial. Não sabia que era você. Em parte, sinto-me aliviada por não ter mais esse segredo guardado, em outra parte, sinto-me entristecida porque não queria que fosse dessa forma. Sei que causou um imenso choque em você.

- Eu... Eu... - pigarrei alto. - Não esperava por isso. Os meus pensamentos estão como um redemoinho. Foi um choque sim, ainda é.

- O fato de eu não ter dinheiro muda o que sente por mim? - perguntou e o seu semblante ficou tenso. Retirou as mãos dos meus ombros e se retraiu.

- Não, meu amor. Claro que não! Por que eu me importaria? - perguntei quase em desespero com medo de que minha reação gerasse um mau entendimento nela. - Eu sou a última pessoa do mundo a se importar com bens materiais, dinheiro... Para mim não tem significância.

- Por que isso você deu o seu dinheiro para a minha mãe. - o tom de voz de Freen soou meio aborrecido. Olho-a com estranheza, e ela sorrir. - O que eu achei um ato belíssimo, abelhinha. Eu e meus pais estaremos para sempre gratos por sua generosidade... Mas, você tirou apenas os vinte mil ou mais?

- Isso tem importância, Freen? - pergunto com uma careta.

- Óbvio que não. Mas me lembro que o dinheiro é para o seu futuro acadêmico. Será muito triste que interrompa o seu sonho porque retirou dinheiro demais... - explicou.

- Não se preocupe. - tranquilizei-a, sem segurar o sorriso por perceber que ela continua a mesma pessoa e quer cuidar de mim. - Só retirei o que dei para a sua mãe. Enfim, voltando ao assunto... É um pouco difícil para a minha compreensão a sua omissão do que és. Acho que a coisa mais importante que carregamos são as nossas origens, elas fazem parte de nós. É o que somos. Mas, entendo o método usado para sobreviver ao Constatine. Não vou julgá-la por isso, Freen... Mas só quero pedir uma coisa...

- O que meu amor? - perguntou baixinho.

- Sem mais mentiras, tudo bem? Sei também que não tivemos tempo para conversarmos sobre nós em si, mas, por favor, só a sinceridade daqui por diante, seria possível? - pedi a olhando.

- Claro que sim. Sem nenhuma mentira, apenas sinceridade. - ela concordou de pronto, e eu sorrir feliz. - Só quero esclarecer uma coisa: Eu não tenho vergonho das minhas raízes. Amo os meus pais e eles são tudo para mim... Não vejo a hora de concluir os estudos para deixar o Constatine e suas mentiras para trás. - ela se aproximou, e os nossos rostos ficaram bem próximos. - O que me importa é que você sabe a verdade...

A sinceridade de Freen me faz sorrir abertamente...

- Só tenho uma dúvida... Aliás, duas. Você é bolsista e burlou o sistema? E ah... Vai continuar sendo a minha namorada? - pergunto e me sinto meio boba pela última pergunta.

- Não. Recebi a herança da minha tia. Paguei o Constatine com esse dinheiro. E sobre ser a sua namorada... É claro que sim! Por que eu não seria? Estou completamente apaixonada por ti. Você acha que eu vou viver mais um segundo longe de você? - perguntou e olhou os meus lábios intensamente, entreabri-os. -;Só não a beijo agora porque os meus pais estão no recinto. Mas, faço questão de levá-la para casa e beijá-la muito, Srta. Armstrong.

E aqui está novamente a palavra: Apaixonada. A sensação de felicidade extrema me vem, e sinto-me muito bem por ter esclarecido esse pequeno equívoco. Sinto-me muito aliviada por saber que apesar de sua mentira, o seu caráter continua intacto. Ela foi e é verdadeira para comigo do início ao fim. Preocupa-se comigo, e me trata muito bem... Uma pessoa assim, não mentira sobre os seus sentimentos. Sinto á verdade aflorada em cada de suas palavras.

Céus! Eu a amo tanto. Olho de sua boca para os seus olhos que parecem mais escuros. O clima de romance se estabeleceu entre nós, e o nosso pensamento era apenas um: Se beijar. Meus pelos ansiavam e se arrepiavam de antecipação. Mas antes que pudéssemos fazer qualquer coisa, Dona Nádia e Sr. Anthony voltam.

Afastamo-nos.

- Meninas. O que acham de jantarmos agora? - dona Nádia pergunta sorrindo.

Olhando dela para a Freen... As duas são idênticas. Como eu não pude reconhecer e assimilar os traços que eu tanto amo?

- Está cedo ainda. - Freenrespondeu seca. - Se você quiser pode jantar com o papai. Eu vou levar a Rebecca para conhecer o meu quarto. 

Engulo a seco e abaixo a cabeça para que não percebam a minha vermelhidão. Não sei se os meus sogros sabem que Freen é lésbica... Realmente, eu tenho que conversar sobre a vida de minha namorada. É essencial nos conhecemos. Os sentimentos são maravilhosos, mas precisamos mais do que isso para que um relacionamento dê certo.

- Esperamos. - dona Nádia disse em tom suave. - A janta é para Rebecca, seria estranho jantar sem ela. - Sr. Anthony já estava sentado no sofá e com a televisão ligada. - Vou assistir televisão com o teu pai, quando vocês quiserem jantar, é só avisar que eu esquento tudinho e comemos juntos.

- Tanto faz. Só não incomoda a gente, e nem fica chamando. - Freen pediu.

Ergui a cabeça. É impressão minha ou existe uma hostilidade na voz de minha namorada? Olho para minha sogra e ela está com o semblante sereno, sem se abalar. Talvez, seja apenas impressão mesmo.

Freen me puxou pelo corredor, segurando pela a minha mão. O que me deixou mais avermelhada ainda. A vergonha e o pudor me envolveram, e eu ainda olhei para trás para saber se os meus sogros estavam percebendo isto, mas o que vi foi Dona Nádia sentando-se ao lado do Sr. Anthony, e ele a abraçando pelo ombro, alheio á nós.

Fui empurrada para dentro de um quarto, e escuto um baque atrás de mim. E a porta se fechando, antes mesmo de observar o quarto, meu corpo é lançado contra a porta e Freen pressiona seu corpo contra o meu... 




/////////////////


Capítulo surpresa 🧡☺

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