Gustavo NARRANDO
Esfreguei o rosto novamente e olhei pro quadro ao meu lado, era uma foto minha abraçado com a Naflavia e com os meninos do lado.
Eu sentia uma saudade absurda dela, das dancinhas doidas, das caretas, o sorriso de felicidade quando tirava uma foto massa, até de acordar e ver sua cara toda babada eu sentia falta.
Suspirei, levantei da cama e sai do quarto caminhando até a sala decidido a terminar tudo com a Juliana.
- Maju
- Oi - me olhou
- Preciso conversar com você
- Pode falar - cocei a nuca
- A sós
- Ah - levantou - Licença - sorriu pra minha mãe que concordou com a cabeça
Deixei ela passar na frente e entramos no meu quarto, encostei a porta, suspirei e olhei a mulher em minha frente.
- Pode falar - murmurou
- Eu nem sei como eu vou te dizer isso
- Você não quer voltar comigo - deu um sorriso sarcástico e franzi a testa
- Como você...
- Desde que você voltou você anda estranho e depois que o Luan falou que tem alguém apaixonada por você, você ficou pior. Eu não te julgo, eu te magoei muito e nem sei como você conseguiu se reaproximar de mim
- Você é uma pessoa boa pô e tu sabe que eu não guardo mágoa de ninguém
- Sei - sorriu - É ela né?
- O que?
- A Ana Flávia, Gustavo - riu - Era dela que o Luan estava falando? - suspirei
- Era - umideci os lábios - Nos envolvemos mais do que deveríamos e pra completar eu fui um babaca com ela
- O que você fez?
- Nem vale a pena falar
- Foi muito grave?
- Médio - ela riu
- Você gosta dela?
- Não sei - me sentei na cama
- Como assim não sabe?
- Eu te amei por muito tempo tá ligada? E eu meio que precisava de você, mas agora eu to confuso - suspirei
- O que você sente quando tá perto dela? - se sentou no chão ao meu lado e olhou meu rosto
- Ah cara - sorri lembrando das gargalhadas da Ana Flávia que por mais feias que fossem me deixavam feliz
- Você gosta dela
- Mas eu nem falei nada
- Você abriu um sorriso bobo e seus olhos brilharam assim como você fazia comigo
- Você é muito observadora né?
- Um pouco - riu - Tá esperando o que pra ir pedir desculpas?
- Ela não vai me ouvir, pelo menos não agora - olhei seu rosto - Tá chateada comigo?
- Não - umideceu os lábios - Sendo bem sincera eu acho que isso não daria certo
- É
- Amigos? - sorriu
- Com certeza - beijei sua testa