OLHOS VIOLETAS| A marca da Ma...

Autorstwa Sabrina_Stargazer

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Uma Maldição de Família. Uma garota azarada. Um mundo alternativo. Um romance de época. Os olhos violetas. Ac... Więcej

Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
capítulo 5
Capítulo 6
capítulo 7
capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
capítulo 12
capitulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21

Capítulo 1

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Autorstwa Sabrina_Stargazer


“A leitura é, provavelmente, uma outra maneira de estar em um lugar”

José Saramago













































Para todos que procuram um livro para fugir da realidade.

































Capítulo 1

Havia um espelho na minha frente... Mas quando fui tocar o meu reflexo, minha mão atravessou para o outro lado e logo meu corpo todo também, então cai num buraco, um buraco infinito... E de repente tudo começou a escurecer ao meu redor e eu continuava caindo e caindo, eu nunca chegava no chão...  Eu ouvia uma voz distante chamando meu nome.
– Emily? – a voz ecoava por todos os lados, mas eu só caía – Emily?
Acordei gritando e suando frio... Foi um pesadelo.
– Emily, você tá bem?
Eu nem conseguia falar.
– Eu tava…
– Você dormiu na aula de novo, o sinal tocou já tem 3 minutos.
Essa é minha melhor amiga, Mayara.
– Eu sonhei...
– Com o quê?
– O mesmo pesadelo de sempre.
– Ah, aquele do espelho?
– É – suspirei – Não aguento mais.
– A gente tem que descer pra comer, tô morrendo de fome.
– Já tô indo, só vou pegar minha lentes... – Falei enquanto procurava a caixinha de lentes de contato na minha 𝘕𝘦𝘤𝘦𝘴𝘴𝘢𝘪𝘳𝘦 – não acredito, eu perdi as lentes!
– Tem certeza que não estão aí?
– Sim eu tenho, Ai que droga Maya... E agora?!
Devem estar se perguntando "por que você usa lentes de contato?" não que seja uma coisa lá muito diferente, mas é que meus olhos são cor de Violeta, isso porque eu sou uma "Montfort", e todos os Montforts são amaldiçoados, e pelo que eu sei uma bruxa lançou essa maldição na minha família há muito tempo atrás, e desde então algum espírito do azar e da desgraça acompanha os Montforts, essa é a maldição, e a marca da maldição são olhos violetas que todos os Montforts possuem, e eu nunca entendi direito o contexto da história, foi só isso que me contaram, e que seu nome era Rose... Rose Miller, cara como eu odeio essa mulher.
– Deixa eu te ajudar.
Ela começou a revirar minha mochila, o que foi um completo fracasso já que não havia nem um sinal das minhas lentes por ali.
– O jeito é descer assim mesmo...
– tá maluca? Não posso descer assim.
– Mas não podemos ficar aqui uma hora alguém vai aparecer e... – Maya é interrompida pelos sons de saltos altos.
– O que as duas mocinhas estão fazendo aqui, em vez de estarem no pátio?
Senti meu corpo estremecer.
– S-senhora Andrade...
De TODOS OS FUNCIONÁRIOS daquela MALDITA ESCOLA logo a DIRETORA FOI APARECER? Caramba Rose eu realmente te odeio.
– Para o pátio, as duas agora! – ela fuzilava nós duas com o olhar - o que é essa cor bizarra nos seus olhos senhorita Montfort?
– É que eu...
– Bom, não me interessa saber das suas lentes de contato novas, apenas desçam.
– Mas não são len…
Ela me interrompe.
– Desçam imediatamente!
– Sim senhora, já vamos – Maya me puxa para fora da sala.
Eu me servia na cantina da escola enquanto reclamava.
– Aquela velha, ela acha mesmo que estou usando lentes de contato? Quem ela pensa que é? E ainda por cima me interrompendo daquele jeito.
– O real problema não é esse Mily, suas lentes desapareceram, tenho quase certeza de que alguém as pegou enquanto você dormia...
Eu olho para ela e no mesmo instante falamos juntas:
– CYNTHIA!!
Cynthia e suas amigas aparecem logo em seguida com um sorriso de canto.
– Alguém me chamou?
Me sento mas por dentro queria correr pra bem longe dali
– Falando no diabo...
Ela me olha com um deboche extremamente irritante e diz:
– O que quer comigo sua estranha?
– escuta aqui sua ladra de quinta, se foi você que pegou as minhas lentes é melhor você devolver agora!
– Ou então o quê? Vai chorar pra sua mamãe pobre que roubaram suas lentes? Coitada.
– posso até ser pobre, mas pra chegar num nível de furtar eu não chego nem que me paguem, e você dobre sua língua pra falar da minha mãe sua…
Ela me interrompe batendo na mesa.
– Sua o quê? eu não tenho culpa de você ser estranha e azarada.
Elas saem rindo me deixando mais furiosa, bato o punho punho na mesa e me levanto.
– Emily!
Eu ignoro Maya e continuo indo atrás de Cynthia, ah eu ia puxar aquele cabelo lambido e fazer a cara dela cheia de reboco de pano de chão. Estava a apenas alguns passos para alcançá-la quando o inevitável aconteceu.
– escuta aqui… Aaaaah! – eu já estava caída no chão quando Cynthia se aproxima de mim me olha de cima e começa a rir como todos da escola, queria me levantar mas minhas costas estavam doidas, ela joga suco de laranja no meu cabelo, isso só aumenta a risada do povo que já estavam olhando toda aquela cena ridícula, então me levanto rapidamente com dor e corro para o banheiro.
– Emily! – escuto Maya gritando e vindo atrás de mim.
Eu falava irritada enquanto lavava meu cabelo na pia.
– Eu odeio ela, odeio odeio odeio!
– eu compro novas lentes para você depois da escola.
– não precisa Maya, é sério.
– não precisa se preocupar, é pra isso que servem os amigos.
– que frase clichê é essa? – Nós rimos – mas valeu Maya...

Depois da escola fomos numa loja de óculos e lentes de contato, eu tinha uma prescrição de um oftalmologista para poder comprar lentes então não foi muito difícil, logo em seguida nos despedimos com um abraço e segui para minha casa.
Assim que chego em casa sinto o cheiro de almoço que minha mãe estava preparando, eu amava quando ela cozinhava assim, era muito raro, ela vive trabalhando para nos manter já que é mãe solo desde quando eu tinha 2 anos de idade.
– Oi mãe, cheguei.
– Como foi na escola? – ela me perguntou enquanto secava as mãos no seu avental.
Penso no que tinha acontecido mas espanto os pensamentos.
– Ah, foi normal... Tô indo pro quarto agora.
– tá bom, já já te chamo pra comer.
Subo as escadas para o meu quarto e quando vou tirar a mochila, a alça rasga.
– Mas que droga viu.
Deixo a mochila na cama e vou tomar um banho quente, pelo menos era o que eu esperava, mas aquele chuveiro resolveu que eu tomaria um belo banho gelado.
– Que ótimo hein, maravilha! Obrigado Rose Miller.
Volto para o meu quarto com a toalha na cabeça envolta dos meus cabelos procurando algo para me vestir enquanto estou de toalha, quando meu celular começa a tocar Spiderman de Ramones, eu deslizo o dedo arrastando o ícone de bolinha branca com um mini telefone verde pro lado direto.
– Oi Mily, vai ver o pôr do sol no lago hoje?
Esse é o Daniel... Meu amigo, claro que tenho um crush nele, mas acho melhor considerá-lo apenas como amigo.
Muito empolgada eu concordo com a cabeça (como se ele tivesse vendo).
– Claro.
– Te encontro lá então.
– Ok – desligo e dou pulinhos de alegria, sério que tipo de mágica ele fez pra mexer tanto assim comigo desde o fundamental?
Ouço minha mãe gritar da cozinha:
– Emily, o almoço está pronto!
– já vou!
Visto a primeira roupa que vejo pela frente que seria uma calça jeans simples e uma regata, dou uma penteada no cabelo, nada muito diferente e desço para a cozinha.

Minha mãe começa dizendo enquanto se servia colocando arroz em seu prato:
– Eu estava pensando na gente... Sei lá assistir um filme hoje a noite.
Eu sorri em concordância.
– Claro, boa ideia.
Se tem uma pessoa que eu amo muito nessa vida é minha mãe, e por ela eu daria a minha vida.
– ah que bom, eu tava vendo alguns filmes... – daí ela começa a falar sem parar, parece que ela está muito empolgada, eu sei, pois não é todo dia que passamos muito tempo juntas assim, ela só quer aproveitar isso, sinceramente achei fofo.
Depois de almoçar vou lavar a louça enquanto minha mãe vai limpar a mesa e fazemos isso conversando e rindo sobre coisas aleatórias. Ao entardecer vou ao lago, como sempre faço todas as tardes, mas dessa vez eu esperava ver Daniel, só coloco uma blusa de moletom roxo... Eu não estava indo num encontro nem nada do tipo pra colocar aquele vestidinho branco que parecia me chamar por telepatia, disse para minha mãe que estaria em casa antes das 18hrs como de costume e sai pela porta (pela janela que não foi né, pelo amor de Deus).                        

Cheguei me sentando ao lado dele naquela ponte de frente para o lago, era uma vista linda…
– Oi…
– Achei que não viria mais – ele sorri, droga aquele sorriso me desestabilizava muito, sério.
– é lindo não é? – olho para o horizonte além daquela floresta.
– é sim...
– você acredita no que dizem sobre... – indico meu olhar inclinando a cabeça para direção da floresta
– a floresta mal assombrada?
– sim...
– ah, eu prefiro não acreditar, acho que não passa de boato, claro que eu posso estar errado mas sei lá, esse povo é meio doido das ideias né – ele solta uma risada.
– eu acredito... – confessei.
– é sério?
– olha só pra ela toda assustadora, Deus me livre – me arrepio e Daniel ri.
– acha mesmo que almas vivem ali?
Olho pra ele com indiferença.
– acho sim, algum problema?
– temos aqui uma cagona.
– eu não sou cagona, só acho estranho.
– tudo bem ter medo Emily, eu tô aqui para te proteger – ele me olha, ah aqueles olhos azuis cor de piscina... Meu Deus.
Então falei rindo:
– você não consegue nem se proteger sozinho seu idiota –
Nós caímos na risada e continuamos observando aquele lindo pôr do sol.           

Voltei pra casa antes das 18hrs como havia dito pra minha mãe, bom na verdade cheguei faltando apenas 2 minutos para as 18hrs mas ainda tava valendo.
– mãe?
– Tô no banho!
– ok vou arrumar o sofá pra gente!
– Tá bom, já tô saindo aqui!
– sem pressa!
Coloco as almofadas juntas, pego uma coberta grande o suficiente para nós duas e ligo a TV, depois deixo meu celular no modo “não perturbe”, não queria que nada atrapalhasse nossa noite.
– já escolheu o filme? - minha mãe aparece de roupão de cetim rosa com um coque, mas algumas mechas de cabelo castanho caiam pelo seu rosto... Meus queridos leitores, que mulher linda.
– ainda não, achei que você quisesse escolher.
– Então vamos escolher juntas, vou me trocar e já volto – ela vai pro quarto e mais ou menos 5 minutinhos depois ela volta com seu pijama de gatinho e sua pantufa… De gatinho também.
– mãe fala sério – dei uma risada sincera.
Ela vai pra cozinha dizendo:
– vai vestir o seu também.
– Tá bom – voltei alguns minutos depois do banho tomado com meu pijama de unicórnio, meu Deus aquilo era muito brega.
– a pipoca está no fogo – ela senta no sofá – que tal... Titanic?
– mãe já vi esse filme mais de mil vezes... Sério mesmo?
– o que sugere então, senhorita.
– Algum filme de terror? – ela me encara – por favor… – implorei juntando as duas mãos fazendo beicinho.
– ok, mas só hoje heim.
– 𝘺𝘦𝘴! – começo a fungar pelo nariz tentando identificar melhor aquele cheiro que parecia de algo queimando – que cheiro é esse?
– Ai MEU DEUS A PIPOCA! – ela se levanta quase caindo e vai pra cozinha desligar o fogo tentando salvar a pipoca... Tentativa fracassada, ou quase.
Ela aparece segurando a panela com ajuda de panos de prato.
– queimou muito?
Eu abano a fumaça com a mão tentando ver.
– não sei, será que dá pra comer ainda?
– se tirar as queimadas acho que sim – nós rimos e sentamos no sofá, assim que pego no controle para colocar o filme... A LUZ APAGA, TUDO SE APAGA...
– ah não, queda de energia logo agora – minha mãe se levanta pra pegar a lanterna.
Justo no dia que minha mãe e eu decidimos passar um tempo juntas isso acontece... Se eu tivesse um desejo, desejaria estapear a cara de Rose Miller por essa maldição ridícula.
– e agora? – perguntei enquanto minha mãe voltava com a lanterna ligada.
– ah... Eu não sei.
– Odeio Rose Miller com todas minhas forças, eu juro.
– Ah filha... Foi por acaso.
– a senhora me desculpe mas eu não acredito, primeiro a pipoca e agora isso, é culpa dela mãe! Sem contar que a minha alça da mochila rasgou hoje, ela tá novinha! E a água do chuveiro que esfriou?
– Emily... Nem tudo é por causa da maldição.
– então qual a explicação pra isso? Acasos não existem mãe, isso só acontece por causa dessa maldição ridícula, se fossemos normais nada disso estaria acontecendo agora, tenho certeza!
– Emily, isso não é verdade.
– É verdade sim! E minha vida não seria uma droga naquela maldita escola eu tenho certeza, a Cynthia só me provoca por causa disso.
– Cynthia? – minha mãe não sabia sobre Cynthia, nem sobre nada – quem é Cynthia?
Me levantei me arrependendo de ter falado sem pensar.
– ninguém importante.
– Emily, você sempre me diz que está tudo bem na escola quando eu pergunto... Você mentiu pra mim esse tempo todo?

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