P.O.V Noah
Claro. Muito claro.
Pisco algumas vezes, antes de abrir os olhos de uma vez.
– Noah? Que bom que acordou.
– Oi, Freya. – Como de costume, levo uma mão até minha barriga e me assusto ao não sentir nada. – Freya...
– Calma. Está tudo bem. Tenho que te contar uma coisa.
– O quê? – Me desespero, já pensando que era uma notícia ruim.
– Você entrou em trabalho de parto e, por sorte, eu já tinha separado tudo. Se acontecesse algo, estaríamos prontos... e aconteceu. Agora temos uma questão.
– Freya, você está me deixando nervoso.
– Bom, você me disse que, se fosse uma menininha, queria que ela se chamasse Sophie. Agora precisamos pensar em um outro nome.
– É um menino? – Pergunto e abro um sorriso.
– Não... são duas meninas, Noah – ela conta sorrindo.
– Duas... meninas? – Me sento com um pouco de dificuldade e ela se aproxima.
– Devagar... – me sento e Freya se senta ao meu lado. – Elas terão que ficar aqui mais um mês.
– O quê? Por quê?
– Bebês prematuros precisam de observação. Muitos ficam até três meses de observação. Elas estão bem. Estão sendo muito bem cuidadas e meu pai está garantindo que elas vão ficar bem.
Sorrio e me empolgo ao perceber que ela disse que eu tenho duas filhas.
– Eu quero vê-las. Posso?
– Vou perguntar as enfermeiras – ela diz.
– Cadê o Mikael, o Stiles e o Pierre?
– Foram atrás do... seu pai – ela responde.
Tremi um pouco e ela percebeu.
– Tá tudo bem. Já volto – Freya se levanta e vai até a porta.
Rebekah e Marcel entram no quarto também.
– Oi, Noah. Ficamos preocupados – Bekah diz e se aproxima. – Na hora que o Pierre me ligou, pedindo para trazer as suas coisas e dos bebês, nossa... eu quase surtei.
Sorrio e ela se senta.
– Com licença – uma enfermeira entra com duas incubadoras e eu sinto vontade de chorar em ver aqueles dois seres tão pequenos e perfeitos.
– Meu Deus! – Me sento com as duas pernas para fora da cama e estico as mãos para frente. – Eu... eu posso pegá-las no colo?
– Claro, mas... por pouco tempo. Elas podem pegar alguma bactéria se ficarem expostas por muito tempo.
– Não vai demorar. Eu só quero pegá-las um pouco – digo.
A enfermeira pegou uma delas e a colocou em meu colo com todo cuidado do mundo.
– Oi, minha princesinha! – Sorrio e seguro sua mãozinha.
A minha pequena resmunga um pouco e aperta meu dedo.
Fiquei bem pouco tempo com ela, até que a enfermeira a pegou novamente.
Pego minha outra filha e sorrio novamente.
– Você e sua irmã são tão lindas, princesinha – sinto meu rosto se molhando com lágrimas e a entrego para a enfermeira de volta. – Cuida delas, por favor.
– Sim, majestade. Vou fazer isso – ela garante com um sorriso no rosto.
Ela sai do quarto e eu me deito novamente.
Freya me ajuda e fica ao meu lado.
– Podem ligar para o Mikael? Quero falar com ele um pouco – peço.
– Claro. Já volto – Rebekah diz e pega seu celular.
P.O.V Mikael
Fiquei sentado ali enquanto via Pierre descendo a porrada no verme que machucou meu Ômega.
– Acha que isso me incomoda? Eu disse para aquele merda o que eu ia fazer com ele. A sorte dele foi que eu não consegui matar o primeiro que tava dentro dele, mas acredite. Eu me livro dessa vez – quando ele disse isso, puxei minha arma, mas antes que eu fizesse alguma coisa, ele recebeu um tiro na perna.
– Acha que vai encostar nas minhas irmãs? Acha que eu vou deixar você fazer isso? – Stiles se irrita e aponta a arma para esse nojento mais uma vez.
– Eu não acho, seu verme. Eu vou matar aquelas duas. E vou mostrar para aquele merda, que você chama de pai, quem manda em Ômega – Stiles deu um tiro em seu braço e mais cinco por seu corpo, mas não o mata.
– Calma, pequeno – Klaus vai até ele e o abraça.
– Ninguém vai tocar nelas – sorrio com a frase e vejo os olhos dele brilhando roxo.
– A gente não vai deixar que isso aconteça. – Digo.
Ouço meu celular tocando e me afasto ao ler o nome de Rebekah.
– Oi, loirinha.
– Oi, pai. O Noah acordou e quer falar com você.
– Tudo bem, meu anjo. Estou indo.
Desligo e guardo meu celular.
– Cuidem dos ferimentos dele. Ainda não acabei com esse verme. Vamos?
– Aconteceu alguma coisa? – Stiles larga a arma no chão e se aproxima de mim.
– Seu pai acordou, pequeno príncipe – ele abre um sorriso largo e a gente vai para os carros.
Dirigi o mais rápido que esse carro consegue ir e parei de qualquer jeito quando chegamos.
Vi Stiles entrar correndo assim que Klaus parou.
Segui e o encontrei parado na porta do quarto em que Noah estava.
– O que foi, pequeno? – Pergunto e ele suspira.
– Não sei. Ainda sinto medo – ele responde.
– Vou estar com você – levo a mão até a maçaneta e abro a porta.
Stiles exita em andar e eu o abraço.
Assim que Noah nos viu, ele abriu um sorriso.
– Ele está bem – Stiles faz que sim várias vezes e vai até a cama.
– Oi, meu amor – Noah lhe cumprimenta e lhe dá alguns beijos no rosto.
– Fiquei com tanto medo de te perder – escutei Stiles falando.
Fui até a cama e dei um beijo nos cabelos de Noah.
– Oi, meu amor. Como esta se sentindo? – Pergunto.
– Cansado e com um pouco de dor.
– Anjinho, se afasta um pouco – peço e Stiles solta Noah.
Fiz um pequeno corte em meu braço e aproximei de Noah.
– O que está fazendo? – Ele afasta a cabeça e me encara.
– Vai te ajudar a melhorar mais rápido. Bebe – peço.
Ele se aproxima lentamente e leva meu pulso até seus lábios. Não demorou dez segundos para ele segurar meu pulso e apertar um pouco. Ele bebeu a quantidade que quis de sangue e não quis soltar.
– Meu bem, pede para o Kol procurar duas bolsas de sangue, por favor – peço.
Stiles sai rapidamente do quarto e eu tiro os cabelos do rosto de Noah, os colocando para trás.
P.O.V Stiles
Meu pai agora é um Vampiro?
Cheguei no corredor e fui até Kol.
– Oi, príncipe?
– O Mikael pediu para você pegar duas bolsas de sangue.
– Bolsas de sangue? Para quem? – Bekah pergunta.
– Para o meu pai. Ele está bebendo o sangue do Mikael – respondo.
– Okay. Vem comigo – Kol me chama.
A gente vai até uma sala e Kol tranca a porta.
– Kol, por que meu pai gostou de tomar sangue?
– Isso é normal. Achei que ele ia começar a tomar quando meu pai marcou ele.
– Meu pai é um Vampiro agora? – Pergunto e ele ri.
– Não, anjinho. Ele só vai tomar sangue, mas não se transformou. – Ele explica. – Segura – Kol me entrega as duas bolsas de sangue e eu as seguro com cuidado.
– Esse treco é meio nojento. – Comento.
– Eu sei. Fica atrás de mim sempre, okay?
– Okay – concordo.
Saímos da sala e eu permaneço sempre atras dele.
Para a nossa sorte, não apareceu nenhum médico ou enfermeiro. A gente chegou no quarto em que meu pai estava e Mikael estica uma mão.
Entrego uma das bolsas e ele tira o braço da boca do meu pai.
– Amor, abre a boca – ele pede.
Meu pai faz e Mikael coloca aquela bolsa entre seus lábios. Ele aceita rapidamente e toma as duas bolsas em questão de poucos minutos.
– Melhor? – Mikael pergunta e limpa o queixo do meu pai.
– Sim!
Me sentei ao lado do meu pai e ele abriu um sorriso.
– Eu quero ver as meninas de novo – meu pai pede. – Amor, você não escolheu um nome.
– A gente pode escolher junto depois, grudinho – Mikael diz.
– Não. Você tem que escolher. Eu já escolhi o nome da Sophie – meu pai diz e cruza os braços.
– Por que ele está falando assim?
– Ainda está sob o efeito do remédio. Não está muito são ainda – Mikael responde.
– Entendi – respondo.
– Vou deixar vocês sozinhos – dou um último abraço em meu pai.
Senti ele mexendo em meus cabelos e me afastei um pouco. Ele segurou e enrolou as mechas em seu dedo.
– Eu vou pedir para alguém trazer alguma coisa para você comer – informo e meu pai faz que sim com a cabeça.
Me levanto da cama e saio do quarto.
P.O.V Mikael
Noah segura minha mão e se deita.
– Amor, posso ver as meninas de novo?
– Calro, raposinha. – Aperto o botão ao lado de sua cama e não demora para um enfermeiro aparecer. – Traga minhas filhas. Queremos vê-las.
– Claro. Eu só preciso saber os nomes.
– Sophie e... – paro e penso em um nome. – Belle. Sophie e Belle Mikaelson.
O enfermeiro sai e eu percebo o olhar de Noah em mim.
– O que foi, grudinho?
– Belle. Por que escolheu esse nome?
– A Bela e a Fera. Esse é o filme que a Maelle e a Ayla mais gostam de assistir. O nome original dela é esse. Belle.
– Belle – ele repete vagamente. – Gostei.
– Que bom, raposinha.
– Com licença – o enfermeiro volta com as duas incubadoras.
Noah se senta com minha ajuda e solta minha mão.
– E-eu posso pegar elas?
– Sinto muito. Aqui é o lugar mais seguro para elas – ele diz e Noah faz que sim com a cabeça, mas eu vi seu semblante triste.
– Podemos ficar sozinhos com elas?
– Claro – ele sai e fecha a porta.
Noah estica as mãos e toca as incubadoras.
– Oi, minhas princesinhas – ele as cumprimenta.
Peguei aquela porra que estavam usando para dar a comida adequada para elas e furei.
– Amor, o que está fazendo?
– Ajudando. Estou misturando meu sangue com isso aqui para elas tomarem e receberem alta de forma rápida.
Noah olhou para mim e eu vi seus olhos se arregalarem.
– O que houve? – Ele aponta para as duas e eu olho. Elas abriram os olhos pela primeira vez.
Noah e eu nos aproximamos.
Noah começa a falar com elas e as duas seguem sua voz.
– Estão reconhecendo a voz do papai, lindinhas? – Sorrio e Noah brinca com elas.
Ele começa a chorar e seca o rosto.
– Quanto tempo elas têm que ficar aqui?
– Até atingirem o peso ideal – respondo e o abraço de lado.
– E isso vai demorar?
– Não, meu amor. Elas vão sair daqui antes mesmo da nossa viagem – garanto.
– Promete? – Ele se vira para mim.
– Prometo, raposinha. – Dou um beijo em seus cabelos e ele segura minha mão.
Nem que eu tenha que tirá-las daqui às escondidas e contratar enfermeiras novas para cuidar delas em nossa casa.
Enquanto isso
P.O.V Stiles
Estava no banheiro lavando o rosto. Comecei a sentir um calor repentino e não passava por nada.
Não sei o que está acontecendo, mas está começando a me assustar. Nunca senti tanto calor assim.
Saio do banheiro e me deparo com um Alfa. Os olhos dele pararam em mim de um jeito assustador.
– Olá, Ômega – me viro para entrar no banheiro novamente, mas ele me segura antes e me joga contra uma parede.
Ele me segurou e começou a passar as mãos em meu corpo.
– Me larga, seu nojento. Sai – Grito e começo a bater nele.
– Cala a boca – ele manda e me segura pelo queixo com força.
– Levanta o joelho com toda a sua força e corre assim que ele cair. – Ouço uma voz em minha cabeça e engulo em seco.
Faço o que a voz me mandou e o homem se curvou todo pra frente.
– Filho da puta!
O empurro no chão e saio dali correndo.
Encontro Klaus conversando com Finn, Marcel e Elijah e o abraço.
– Oi, meu anjo – ele me abraça de volta.
– Stiles, você está bem? – Finn pergunta e eu nego com a cabeça.
– O que houve, meu bem?
– Aquele homem. Ele... ele tentou...
– Que homem? – Marcel pergunta.
Aponto na direção do banheiro e Nick começa a andar comigo até lá.
– Espera... Klaus, tira o Stiles daqui – Elijah manda.
– Por quê?
– Sente o cheiro dele, idiota.
Nick leva o rosto até meu pescoço e me cheira.
– Merda – ele me pega nos braços e começa a andar rápido.
Quando chegamos no estacionamento, Nick me colocou no chão e olhou para mim.
– O que está sentindo?
– Calor. Muito calor. Não quer parar por nada – respondo.
– Vai parar. E eu vou te ajudar com isso – ele diz e eu faço que sim com a cabeça.
– Mas... o que é isso?
– Não sabe? – Nego com a cabeça, enquanto entro no carro.
– Você está entrando no cio, meu bem. Seu pai nunca te falou os sintomas?
– O Peter nunca deixou. – Nick respira fundo e se abaixa à minha frente.
– Eu vou te ajudar com isso. Quer minha ajuda?
– Uhum – respondo.
– Então vamos. Vou te levar para um lugar.
Klaus começa a dirigir rapidamente.
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FICHA DOS BEBÊS
Nome: Belle Stilinski Mikaelson
Data de nascimento: 07/01/2024
Tamanho do bebê: 39,8 cm
Peso do bebê: 2,1 kg
Nome: Sophie Stilinski Mikaelson
Data de nascimento: 07/01/2024
Tamanho do bebê: 39,4 cm
Peso do bebê: 2,1 kg