Querido desconhecido

By oivenus

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Anelise tem uma paixão platônica desde muito tempo por Theo e decide que irá conquista-lo. Passando o tempo m... More

Querido Desconhecido
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62

Capítulo 59

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By oivenus

No dia do baile, eu me olhava no espelho mais do que nos outros dias, encarando o meu reflexo arrumado. Eu trajava um vestido que tinha como um tom quase um lavanda bem clarinho, a saia era praticamente tule acompanhada da parte de cima pomposa e sem mangas, linhas de corset era desenhado na minha cintura, o vestido era longo para ir um pouco abaixo do tornozelo. A minha maquiagem estava equilibrada o suficiente, o preto esfumaçado próximo ao canto dos olhos só realçava ainda mais o meu olhar.

— Você tá parecendo uma princesa — Flora apareceu atrás de mim, minha prima vestia um vestido longo rodeado por brilhos e uma fenda. Era primeira vez que eu havia sair com o cabelo totalmente preso em um coque volumoso, apenas com a franja para frente.

— Obrigada, você que tá muito linda — sorri meio sem graça.

— Papai e mamãe já estão nos esperando — ela disse indo na frente, o que era um chamado para acompanhá-la.

Todos já estavam todos arrumados e ansiosos para o evento. Era algo muito importante para a elite de Monte Campo e ainda mais importante pela quantidade de gente que se encontrava por lá. O local literalmente esbanjava o mundo clássico; a grama verde, a entrada iluminada, a arquitetura invejável que custaria os rins cada peça que fizera aquele lugar. Era quase como um palácio, me recordava muito do filme Orgulho e Preconceito, a grande e prestigiada casa do senhor Darcy, em Pemberley.

— Nossa, nem parece real — sussurrei para Flora que sorriu muito encantada com o lugar.

Algumas pessoas chegavam junto conosco em carros de luxos, a maioria dos automóveis eram nas cores pretas. Haviam vestidos mais lindos do que outros, mulheres rodeadas de jóias que pareciam custar uma fortuna. Eu tinha certeza de que a maioria que estavam ali tinham ido apenas para se exibir e não para se importar com a causa.

Dentro do local a família Di Angelis já se encontrava bem formais, os homens trajavam smokings e as mulheres em vestidos elegantes. Amália estava muito bem arrumada, com os cabelos presos e o vestido brilhoso acompanhado de luvas um pouco extravagantes. No entanto, a minha atenção era voltada apenas para Apolo, a gravata borboleta e a peça de roupa preta torneando seus ombros largos, me fazia salivar. Ele estava lindo.

Seu belo par de olhos azuis encontraram os meus como ímãs, o olhar dele desceu devagar pelo o meu vestido, enquanto isso, o loiro não se moveu, parecendo um pouco estático e perplexo. Seu olhar se ergueu novamente para o meu rosto apenas para mostrar o brilho instigante que havia nele.

Deixei de encarar ele por muito tempo e segui meus tios para cumprimentar outras pessoas que aparentavam importantes. Meu olhar vagou por um momento pelo o resto do lugar, era exageradamente alto e continha lustres bem abrangentes.

Notei Flora tentar desviar timidamente o olhar de Lucca, que estava belíssimo também. As coisas entre eles pós beijo estavam estranhas, pareciam acuados, meio envergonhados, mantendo uma distância acessível entre eles.

— Não sei porque eles estão assim, era mais fácil eles só se comerem e deixarem as questões de lado. — Lavínia sussurrou próximo a mim, se referindo a minha prima e meu amigo.

— Sim, parece que o beijo foi tão bom que eles não tão sabendo lidar — sussurrei de volta.

— Bom, vamos dançar Camila? — a loira estendeu uma mão para a minha amiga ao lado que prontamente pegou a mão dela com um sorriso, seguindo caminho para o meio das pessoas.

— Anelise, como você tá bonita — a voz de Theo quase me fez revirar em ânsia.

— Obrigada. — respondi de maneira seca.

— Como você consegue falar com ela depois de tudo que fez? — Flora tinha um tom indignado na voz.

— Calma, eu apenas vim cumprimenta-lá. — sua voz soava inocente e despreocupada.

— Já fez o que tinha que fazer agora pode sumir da minha frente — eu sussurrei com um sorriso tentando disfarçar pela quantidade de pessoas que passavam por nós. Fiz alguns gestos com as mãos para ele simplesmente se afastar, porém, seus olhos verdes ainda estavam olhando para mim.

— Não mereço uma dança? — ele esticou a mão e eu sorri de lado, debochando.

— Uma dança? Mas que imbecil! — Flora parecia se conter em sua voz ríspida.

— Eu com certeza vou pedir uma reza bem braba pra tirar esse espirito obsessor de cima de mim — falei baixo diretamente para Flora que esmagou um sorriso.

— Anelise! — a voz de Matteo nos tirou a nossa atenção — Que bom ver você, que tal dançarmos um pouco?

— Ah, claro.

Peguei em sua mão e acompanhei o irmão mais velho passando entre as pessoas. Matteo deslizou uma das suas mãos pela minha cintura e a outra entrelaçou os dedos nos meus. A música que soava pelo grande salão era lenta e suave. Algumas pessoas tinham olhos em nós enquanto começávamos a dançar, em especial o de Apolo, que parecia mais sério do que nunca.

— O Roccato tava sendo bem impertinente com você, não é? — Matteo questionou.

— Sim, obrigada por isso — sorri sem mostrar os dentes.

— De nada — ele sorriu de volta — Meu irmão estava muito incomodado com ele tão perto, então achei que deveria tomar as rédeas disso.

Depois de dançar com o Matteo, as danças no entanto, não acabaram, tive que ir com Lucca, depois com meu tio e até Flora me chamou para dança lenta. Eu tentei não prestar atenção quando Amália puxou Apolo para dançar com ela, era notório a satisfação em seu rosto. Meus pés estavam me mantando e tudo que eu queria era me acabar naqueles lanches saborosos que se encontravam no bufe.

— Você parece meio solitária aqui — Theo apareceu ao meu lado.

— Estou ótima, Theo. Era justamente o que eu queria.

Quebrando toda a conversa desagradável, uma mão segurou meu pulso, me assustando por um momento. Eu virei para ver Apolo me encarando com uma carranca. Eu arqueei uma das sobrancelhas, confusa.

— Será que eu tenho um espaço na agenda pra dançar com a minha namorada? — Apolo falou próximo ao meu ouvido quase me fazendo engasgar com o doce na boca.

— Você sempre tem que chegar assim? — limpei o canto dos meus lábios e me virei para o olhar de frente — Mas respondendo sua pergunta, sim, você tem um espaço na minha agenda.

— Acho que para um namorado você não tá fazendo o trabalho direito deixando ela sozinha, Apolo — Theo provocou.

— Ela não reclamou quando estávamos na minha mansão juntos — o loiro disse com um tom autoritário e provocativo, desfazendo o sorriso do rosto Theo.

Arqueei as sobrancelhas ainda perplexa com que Apolo havia dito e antes que eu pudesse protestar eu estava sendo puxada para o meio do salão.

— Olha só quem está aqui — Amália se pôs na nossa frente, nos limitando de passar — Não imaginei que você iria vir.

— Oi para você também Amália — meus lábios se esticaram em um sorriso falso e eu agarrei a mão de Apolo firmemente.

— Amália, é melhor não começar com seus surtos e ofensas por aqui — Apolo disse de modo sério.

— O que? Mas eu não estou dizendo nada demais. Apenas estou impressionada como pessoas como a Anelise se encontram em lugares como este. — ela continuou, como se aquilo fosse me ofender.

— Quem — foi o que saiu da minha boca.

— Quem o que? — ela indagou.

— Te perguntou — devolvi rapidamente a fazendo franzir o cenho e abrir os lábios sem saber o que responder. Uma pequena risada saiu de Apolo que logo me puxou desviando caminho dela para seguirmos com a dança.

O loiro se apressou para colar nossos corpos enquanto deslizava suas duas mãos na minha cintura e eu entrelacei meus dedos na sua nuca. Nos encarávamos quase sem piscar. Nós valsamos pelo pequeno espaço que nos restava.

— Tinha mesmo que ter falado aquilo? — perguntei.

— Tinha que colocá-lo em seu devido lugar, você é a minha namorada e ele, é só mais um babaca. — sua voz soava ríspida e o aperto na minha cintura aumentou.

— Devia colocar Amália em seu devido lugar também.

Ele sorriu.

— É o que mais tenho tentado.

Eu suspirei, irritada com toda essa história.

Apolo se inclinou para mais perto, se aproximando da minha orelha enquanto dançávamos, e logo senti seus lábios vagando pela linha da minha mandíbula; era um contato íntimo que fazia meu estômago revirar. Senti a maciez dos seus lábios se arrastarem pela minha pele de maneira torturante, sendo calmo e paciente indo até a minha orelha. Era quente, úmido, excitante.

Aquilo só me fazia querer mais.

Ele parou próximo a minha boca, mas sempre a evitando.

— Por que anda agindo tão estranho nos últimos dias? — questionei baixo, olhando em seus olhos.

— Por que anda sorrindo para Theo? — ele devolveu.

— Eu devia fazer a mesma pergunta com relação a Lavínia — retruquei e entramos em silêncio mútuo enquanto trocávamos olhares.

Era notório que nenhum queria ceder no assunto, alguma coisa estávamos incomodando qualquer tipo de comunicação entre nós e eu não queria adiar por mais tempo. Peguei em sua mão nos guiando para fora, decidida até a conversa.

— Por que está agindo dessa forma? Estávamos tão bem e agora se comporta de maneira fria — minha voz saiu um pouco falha.

A lua estava cheia aquele dia, a luz dela iluminava toda extensão do jardim e o som da música no lado de fora era abafado. Apolo, entretanto, se encontrava em silêncio, as mãos no bolso da calça e me encarando quase sem piscar.

— Se é por causa de Theo, eu-

— É por causa dele sim. Eu vi como você estava com ele no trabalho da escola — confessou parecendo ter estado entalado — Você estava sorrindo pra ele.

Eu sorri, revirando os olhos.

— Não acredito que está com ciúmes — falei zombando, tirando um gostinho de satisfação por alguns segundos.

— Sim, eu estou — afirmou com firmeza — Estou morrendo de ciúmes por ele olhar pra você, conversar com você, chegar perto de você ou tocar em você.

Apolo deu passos à frente e eu me encontrava imóvel, minha boca se abriu em surpresa.

— Por que?

Uma pequena risada escapou dos lábios dele.

— É sério? — ele continuava a encurtar a distância entre nós.

Minha respiração se prendeu e eu podia sentir as batidas do meu coração aumentarem.

— É isso que me deixa mais irritado, por mais gestos que eu faça você não percebe. Não foi o suficiente desenhar você? Comprar todos os livros que você gosta? Entrar em uma briga por você? — Quando menos percebi ele já estava tão perto que nossas respirações entravam em harmonia — O que mais eu tenho que fazer pra você entender o quanto eu estou apaixonado por você, Anelise?

Era possível perceber as pupilas dele se dilatarem, havia um vislumbre de brilho em seus olhos, uma intensidade em suas orbes azuis que tirava o fôlego de qualquer um. Acho que jamais um garoto havia me olhado da forma como ele me olhava.

Ele se inclinou mais uma vez em direção ao meu rosto, parecendo ofegante, trêmulo e inquieto. E quando achei que seus lábios iriam esmagar os meus, Apolo apenas encostou sua testa na minha fechando os olhos com força e agarrando minha mão.

— Você não sabe quantas vezes eu quis ser Theo — ele continuava a dizer de olhos fechados segurando a minha mão com força — Sabe porquê? Porque eu desejava que você me olhasse da mesma forma que olhava pra ele, que você quisesse minha companhia assim como queria a dele, que você quisesse que eu te tocasse assim como ele queria que ele te tocasse.

Sua respiração estava pesada e eu não conseguia dizer nada, entrando em estado de choque com as palavras.

— O que mais tenho que fazer pra te convencer disso ou pra te conquistar por completo? Diga. — ele afastou nossas testas para me olhar nos olhos — Diga e eu faço.

Minha respiração começou a ficar desregulada, minhas bochechas a essa altura estavam vermelhas enquanto todas essas palavras se repetiam inacreditavelmente em minha cabeça, extasiada e mergulhada nisso, sentindo o meu corpo todo com uma necessidade de ceder à ele.

— Eu sei que agora no fundo você sente alguma faísca por mim, não pode negar depois das coisas que passamos juntos — suas mãos se pôs na minha cintura e seu rosto dava volta pelos os meus lábios — Quando você tremeu na minha boca ou quando andamos de bicicleta juntos — sua voz me provocava, eu me sentia sem rumo.

— Sim...— eu sussurrei de volta fechando os olhos com força — Sim, sim, sim.

Com urgência, agarrei seu rosto com as duas mãos e o puxei chocando nossos lábios. Minhas mãos arranharam sua nuca arrastando próximo aos seus cabelos loiros ao mesmo tempo que suas mãos me seguravam firme contra seu corpo, que logo vagou pelas minhas costas sobre o tecido do vestido. O beijo parecia tão urgente que deixamos escapar suspiros sedentos e quase incontrastáveis.

Quando seus lábios se afastaram dos seus, havia uma pequena marca do meu batom neles.

— Vem — ele pegou em minha mão, puxando-me na direção dos carros.

— O que? Pra onde? — perguntei.

— Apenas vamos sair daqui — ele continuava me puxando, no entanto eu temia pelo os meus tios.

Só deu tempo para enviar mensagens para eles dizendo que estava acompanhada de Apolo. Eu provavelmente levaria uma bronca mais tarde por sair de um evento assim, mas não estava me importando no momento. Quando me vi, já estava no carro dele, dando atenções para os parques silenciosos, vagando por pontes bem feitas enquanto aproveitávamos um delicioso sorvete. Apolo também fez questão de me apresentar um pequeno lugar que se encontrava no mesmo terreno da mansão Di Angelis, no entanto, mais afastado, era um local com arquitetura grega, feito de colunas enormes.

Era belo e aconchegante. Um espaço que a mãe dele adorava vir quando queria fugir dos outros.

Logo subimos para o seu quarto, onde lá Apolo me revelou a varanda enorme que tinha, o que proporcionava uma visão perfeita de toda a extensão verde do terreno. Estávamos tão altos, que a lua parecia mais próxima, tão grande e redonda, e o vento frio começava a se manifestar.

— Nossa, que vista maravilhosa — eu disse encantada, encarando com profundidade — Como eu não tinha me dado conta dessa parte do seu quarto?

— Acho que você estava ocupada demais concentrada em outra coisa — A voz de Apolo sussurrando próximo ao meu ouvido mostrava que ele estava atrás de mim. Ele colou minhas costas em seu peito e suas mãos agarraram minha cintura, passeando pela minha barriga, abarraçando.

Eu o escutei o inspirar profundamente e intensificar o aperto.

— Apolo..

— Shhh.. — ele murmurou em meu ouvido. Isso me fez estremecer.

Com um movimento eu senti ele colocar parte do meu cabelo em um ombro só e depositar um beijo no outro. Eu não consegui me mover, apenas suspirei com o toque, sentindo a maciez dos seus lábios em contato com a minha pele nua. Apolo então deu outro beijo um pouco mais acima. E então, outro. E outro. E outro. Chegando próximo da minha orelha.

Uma coragem me tomou por um instante e virei meu corpo para encarar seus olhos. Ele se aproximou ainda mais, até que nossos lábios estivessem roçando um no outro.

— Apolo, — eu o chamei mais uma vez — eu sinto muito por ter sido tão orgulhosa com você.

Um sorriso sacana escapou de seus lábios.

— Ah, você vai sentir muito hoje — o tom malicioso que ele usou me fez estremecer.

Apolo envolveu minha boca na sua de maneira repentina e eu dei a liberdade para o loiro explorar. Suas mãos ansiosamente passearam pelo o meu vestido e caminhamos para dentro do seu quarto novamente, ainda mantendo nossos lábios presos. Minhas costas logo foram de encontro a uma parede, me deixando encurralada, presa entre dele.

A ponta da sua língua tocou a minha tão bem que eu arranhei as unhas em sua nuca. Avancei minhas mãos em seu paletó preto o deslizando para trás e Apolo inclinou seus braços ajudando a retirar. A língua dele circulou novamente em minha boca tirando um gemido baixo dos meus lábios. Eu sentia o peso do seu corpo quando ele pressionava sua pélvis na minha, mesmo com o volume do vestido, era possível sentir.

Dando-me a oportunidade de recuperar fôlego, o loiro desceu os beijos úmidos pela minha mandíbula e pescoço, intercalando com leves mordidas e lambidas a minha pele exposta para si.

— Você parece sedento — eu disse, ofegante.

— Eu sempre estou sedento por você — ele murmurou contra a minha pele, sentindo o ar quente saindo da sua boca.

Suspiros saíram da minha boca quando ele sugou o ponto de pulsação em meu pescoço, chupando e umedecendo o lugar, deslizando sua língua macia.

— Você ficou tão linda nesse vestido — ele continuava a falar baixo — mas minha vontade é de tirá-lo agora.

— Então tire — eu murmurei de volta, colocando as mãos em seu cabelo.

Eu o empurrei levemente para trás e virei de costas para ele, onde o loiro encontrou o zíper que prendia o vestido à mim. A medida em que o zíper ia se movendo para baixo, o tecido se afrouxava do meu corpo. Todo o meu cabelo rapidamente foi jogado para a frente e o frio que passou pelas minhas costas foi logo coberto pela boca do Apolo, que de modo calmo trilhava beijo por ali.

Eu estava inclinada de costas para Apolo, apoiando uma das mãos na parede e segurando apenas uma parte da frente do meu vestido, ao mesmo tempo que o peso do seu corpo pressionava o meu.

Era inegável que eu o queria naquele momento, eu precisava disso e idolatrava seus toques por dentro. Dessa vez eu não poderia recuar nem mesmo se eu quisesse, eu estava embargada no desejo.

Apolo me virou com agilidade, obrigando a ficar de frente para ele. Seus olhos azuis frios e distantes se apagaram naquele momento, eles estavam queimando, haviam fogos neles, um brilho de desejo e agonia que jamais eu poderia explicar. Eu retirei a mão da única peça que cobria meus seios e deixei o vestido cair para baixo. Tudo o que me cobria naquele instante era apenas uma calcinha branca rendada.

O loiro desceu o olhar pelo o meu corpo e seu peito arfou com a visão que eu lhe proporcionava. A sua respiração combinava perfeitamente com a minha.

— Me ajuda? — perguntei em um tom inocente enquanto apontava para os meus saltos envolvidos por pequenas borboletas.

Ele lambeu os lábios e desceu seu corpo lentamente mantendo um contato visual comigo, ajoelhando-se para desabotoar os meus saltos. Meu corpo se arrepiou quando seus dedos tocarem suave a minha perna, rodeando o meu tornozelo. A visão que eu tinha dele ajoelhado diante de mim era maravilhosa, tirando os saltos de maneira sensual enquanto fazia questão em manter o contato visual.

Ele se encontrou paralisado por alguns segundos, parecendo hipnotizado e para suprir minhas expectativas, ele me agarrou novamente, erguendo meu corpo sobre o seu fazendo minhas pernas automaticamente envolverem seus quadris.

Com um único movimento dele, fui carregada até a cama e guiada para me posicionar meu corpo em seu colo à medida em que ele se sentava sobre a cama. As minhas pernas de cada lado dava ainda mais abertura para sentir uma ereção se formando sob sua calça, eu quase gemi com o contato.

Sim.

Céus, eu precisava muito ser fodida.

De maneira rápida ele retirou a sua gravata borboleta e meus dedos se moveram para desabotoar sua camisa branca, deslizei ansiosamente o tecido para trás, revelando seus músculos esculpidos por deuses. Eu salivei arrastando as mãos pelo os seus braços fortes e ombros, apertando forte. Nossos lábios logo se cruzaram de novo e eu tomei a liberdade para passear minha língua em seu boca, movendo ela com agilidade e necessidade.

As duas mãos de Apolo que se encontravam soltas se ocuparam de tocar as minhas coxas, acariciando enquanto eu me aproveitava de seus lábios, puxando meu corpo ainda mais para se posicionar bem em cima.

— Para quem não sabia beijar, você aprendeu bem rápido — ele ofegou entre o beijo.

— Eu tive um ótimo professor — retruquei com um sorriso sem muita paciência e envolvendo sua boca de novo.

Meu centro estava começando a pulsar, era latejante, sentindo as minhas paredes começarem a ficar mais úmidas e uma necessidade de acabar com um pouco da tortura me veio em mente, quando me dei conta, já estava roçando sem vergonha alguma contra a ereção de Apolo. Um som profundo que ele fez no fundo da garganta enrolou o meu estômago. A pequena calcinha que me cobria deixava o atrito ainda menor, encorajando os meus sentidos a continuar o movimento de vai e vem. Apolo passou a parte de trás das suas mãos sobre a minha bunda e fez questão de apertar forte, incentivando a continuar a friccionar sobre ele.

Como eu senti falta disso.

Rebolei em movimento circular em seu colo, lentamente, fazendo questão de aumentar a sensibilidade acumulada. Ele estava tão duro, seu membro parecia desesperado para saltar para fora daqueles tecidos, a boca dele estava aberta de desejo e seu cenho se franzia aos poucos.

Eu sabia que ele estava se controlando.

— Porra — ele disse contra meus lábios. Senti uma das suas mãos macias tomar um dos meus seios, massageando com leveza e logo torcer o bico enrijecido com o polegar. Eu murmurei com a sensação, inspirando de prazer.

Meu dedo trilhou caminho para seu abdômen chegando próximo ao cós da calça, provocando a bendita entrada com curvas e com início das veias pulsantes, marcada sob a pele.

Eu não fazia idéia de como aquela noite terminaria e nem como ficaríamos depois disso, só ansiava pelo o momento, pelo o agora, pelo seus toques e carícias. A sua declaração havia me feito ter certeza de que eu devia deixar as inseguranças de lado e colocar meus instintos em prática, me banhar nisso, mergulhar de cabeça.

Ele enroscou um punhado do meu cabelo em sua mão e puxou minha cabeça para trás, exibindo meu pescoço para ele e chupando novamente, deixando o local mais úmido e marcado. Minha boca se abriu apenas para sair suspiros desesperados, revelando ainda mais a minha urgência.

— Tantas coisas que eu quero fazer com você — ele sussurrou contra a minha pele como se eu fosse uma presa, me deixando ainda mais extasiada sem saber o que falar — Mas por enquanto vamos bem devagar.

Não.

Eu aumentei a velocidade e pressionei ainda mais sobre seu membro rígido tirando um som rouco dele. Eu sorri maliciosamente com o efeito que causei nele. Não demorou nada para que as minhas costas se chocassem contra cama, Apolo estava com seu corpo em cima do meu após tirar seus sapatos e meias. Ele voltou a lamber meu pescoço descendo até a clavícula, trilhando caminho até chegar em um dos meus seios, a sua língua rodeou o meu mamilo, provocando, fazendo-me gemer.

Eu precisava demais. Muito mais.

O outro seio ele decidiu cobri-lo com a sua mão, massageando, envolvendo, apertando, brincando com o bico entre os dedos. Ao mesmo tempo que sugava e chupava aquele que estava em sua boca com necessidade, parecendo insaciável. Minhas mãos caminharam por suas costas e não me contive em cravas minhas unhas por sua pele, descontando um pouco do prazer que ele estava me dando.

E então ele desceu caminho pelos os músculos da minha barriga, me fazendo contrair com cada toque de seus lábios. O loiro beijou próximo a minha calcinha, rodeando o meu centro, provocando e instigando ainda mais a minha pulsação, deixando-me ainda mais úmida. Ele fazia sem pressa nenhuma. Enquanto eu, queria que ele arrancasse aquele pedaço de pano e enfiasse aquela linda boca.

Ele ergueu um pouco a minha coxa, lambendo aquela área com maestria, circulando a língua bem próximo e depois fez com a outra, me torturando, tirando sons da minha boca que era incontroláveis.

— Vai logo com isso — a minha voz tentava ser autoritária, mas estava vacilando a cada beijo que ele depositava na minha pele.

— Não seja tão apressada — ele sussurrou contra a minha pele, sorrindo maliciosamente e eu odiei por um segundo. Seus dedos se colocaram por cima da minha calcinha, movendo-se vagamente do clítoris até a minha entrada, me fazendo suspirar desesperadamente.

Eu estava tão molhada que eu podia sentir a umidade se espalhando cada vez mais com seus movimentos. Ele pressionou o polegar sobre o tecido fazendo movimento circulares em minhas dobras, tirando um gemido baixo dos meus lábios e me fazendo agarrar os lençóis da sua cama. Vendo meu desespero estampado no rosto, a sua mão enrolou minha calcinha e deslizou para baixo, deixando-me completamente nua.

Ele arrastou os dedos por toda a minha extensão sentindo a umidade e encostou os seus lábios ao redor. Eu mordi o lábio tentando segurar os sons de prazer que saia, era mais difícil do que pensava para controlar, a boca dele era macia demais. Apolo posicionou um dos seus dedos próximo a minha entrada, ameaçando, brincando com a minha sanidade sem pudor algum enquanto me encarava e antes que eu fosse protestar, ele introduziu um dedo arrancando mais um som da minha boca. Ele arrastou a língua pelas minhas dobras enquanto movia o dedo para frente e para trás.

Quase revirei os olhos com a sensação.

O loiro estava fazendo uma combinação perfeita, me chupando lentamente e penetrando em pontos certeiros. A imagem dele fazendo isso era tão erótica, seu rosto entre as minhas pernas era motivo suficiente para eu chegar ao meu limite antes mesmo dele enterrar seu membro em mim.

Um outro dedo estava se introduzindo, dessa vez, senti um pequeno desconforto das minhas paredes se esticando. O que durou pouco, já que eu estava tão excitada e molhada com a língua de Apolo trabalhando tão bem, que eu senti uma súbita necessidade de que fosse mais fundo. Meu peito subiu e minha cabeça se chocou para trás quando ele sugou ainda mais para si bem em cima do meu clítoris.

— Mais, por favor — implorei colocando as mãos sobre sua cabeça, o empurrando ainda mais em atrito.

Ele aumentou a velocidade dos seus dedos em um vai e vem eufórico e delicioso ao mesmo tempo que sua boca chupava e circulava, mantendo uma pressão de tirar o meu fôlego. Minhas costas arquearam e meus quadris se inclinavam ainda mais para seus lábios, tentando manter o ritmo e o atrito explosivo e sensível que ele me proporcionava. Eu estava tão perto.

— Você gosta assim? — questionou ele com o olhar mais cretino na minha direção. Seus lábios estavam inchados.

— Sim, sim. — eu respondi imediatamente, com meu corpo todo desesperado.

No entanto, o maldito diminuiu a velocidade e retirou os dedos. O sentimento de frustração logo tomou conta e eu o vi subir em direção ao meu rosto. Meus lábios estavam abertos, mostrando minha respiração irregular e antes que eu pudesse protestar, ele agarrou meus lábios entre os seus com urgência, me fazendo sentir meu próprio gosto.

Maldito.

Não hesitei em ser rápido e em tirar rapidamente suas calças, revelando uma cueca boxer preta e uma enorme protuberância por baixo delas, parecia que ia saltar para a fora a qualquer momento. Ele gemeu quando resolvi pressionar seu membro através do tecido fino, massageando, pulsando, sentindo sua rigidez e necessidade ali instaladas. Um som um pouco mais alto e mais longo ecoou contra o nosso beijo. E foi dessa vez que virei seu corpo, empurrando-o para que se deitasse embaixo de mim.

Chupei seu pescoço e arrastei minha língua por toda a extensão, percorrendo seu abdômen e sugando sua pele para mim, enquanto o via me observando com malícia e luxúria, com os lábios abertos e as bochechas coradas.

Vaguei minha mão pelo o cós da cueca movendo mais para baixo, salivando de desejo à medida em aquilo me revelava. Desci o meu corpo para baixo e levei minha mão por dentro da cueca agarrando seu membro rígido, sentindo a textura da sua pele e começando os movimentos excitantes, enquanto fazia questão de encara-lo, o fazendo arfar e seu cenho se franzir. Era a expressão que eu mais ansiava para ver em seu rosto angelical.

Ele estava tão rígido, as suas veias pareciam que iam saltar para fora. Minha mão se pôs sobre sua glande, deixando-o ainda mais sensível.

— Chega! — ele disse engasgando — Suba, agora. — seus olhos tinham um vislumbre de excitante.

— O que? — eu perguntei, inocentemente.

Então o vi se esticar para abrir a gaveta da mesinha que havia ao lado e de lá retirar uma camisinha. Eu o observei mordendo o lábio inferior, à medida em que ele colocava em si, envolvendo seu membro por completo.

— Quero que monte em mim — pelo tom desesperador da sua voz não parecia um pedido  delicado.

Eu arqueei a sobrancelha, encarando o tamanho do seu membro e engolindo seco questionando internamente se cabia em mim.

— Eu vou te ajudar — ele disse, bombeando a si mesmo.

Posicionei minha perna uma de cada lado do seu corpo, sentindo o pequeno contato sobre sua rigidez. Apolo me puxou para um beijo lento inclinando meu tronco mais pra cima e com a outra mão, guiava seu membro sobre as minhas dobras, roçando contra a minha sensibilidade, esfregando com calma, tirando um gemido alto da minha boca, me fazendo estremecer. Eu podia ouvir seus gemidos baixos e roucos enquanto fazia isso, enquanto me preparava.

A glande parou em minha entrada me fazendo arfar, era o suficiente para meu corpo entrar em colapso e em seguida, sentir o seu cumprimento se empurrar devagar para dentro causando um incômodo um pouco maior. Eu gemi com aquilo e Apolo suspirou pesadamente com a sensação de estar dentro, ele logo capturou meus lábios, vagando as mãos pelas minhas costas.

— Mais um pouco, amor — ele sussurrou, parecendo perdido.

E eu desci um pouco mais, sentindo seu membro duro preencher ainda mais o espaço, tocando cada vez mais fundo, fazendo nossos corpos e os sons de nossas bocas entrarem em combustão. E pareciam que não acabava nunca, com as mãos de Apolo em meus quadris me guiando eu deslizava ainda mais para baixo, me fazendo engasgar.

Caralho.

— Meu Deus — foi ele quem disse dessa vez, fechando os olhos com uma carranca em sua testa.

Quando chegou ao fim, dei uma pequena pausa tentando me acostumar com o tamanho, sentindo meus olhos lacrimejarem de uma certa forma. Apolo acariciou o meu rosto abrindo seus olhos azuis para me encarar. Posicionei minhas mãos em seu peito e com lentidão comecei a subir aos poucos. Os movimentos eram simples, subindo e descendo, mas que pareciam um pouco mais difíceis do que o esperado.

Eu continuei a insistir, ainda anestesiada e depois de um pequeno tempo, comecei a me mover um pouco mais rápido, sentindo uma excitação e sensibilidade se formar como antes. A visão de Apolo em baixo de mim era calorosa, viva e instigante. Era erótica demais. Ele apertava forte minha bunda, apalpando minha carne com urgência.

E eu só conseguia aumentar ainda mais a velocidade. Apolo ofegava, seu peito subindo e descendo de acordo com os meus comandos e as minhas fricções. Aquelas minhas investidas só foram um convite para Apolo se estimular em mim, esticando para trás e para frente, acertando o fundo lentamente e induzindo meu corpo a implorar por mais.

Automaticamente a minha cabeça se inclinou para trás, os cachos chicotearam as minhas costas enquanto eu cavalgava em meu próprio prazer.

O senti estimular meu clítoris com um dos dedos, fazendo minha barriga se contrair e abrindo meus lábios em um O quase perfeito, sentindo ainda mais a necessidade de acelerar as estocadas. Me assustei quando ouvi um estalo alto e a ardência no lado direito da minha bunda penetrar a minha pele, Apolo havia me dado um tapa tão forte que provavelmente iria ficar a marca da sua mão depois. Eu grunhi com a dor.

— Você é minha, Anelise. — afirmou possessivamente.

— Sim, eu sou sua — eu disse sem pensar.

As mãos de Apolo passearam pelas minhas costas de novo e seus braços envolveram meu corpo em um abraço, esmagando meus seios sobre seu peitoral macio. Foi a posição perfeita para Apolo assumir o controle, estocando e tocando sua glande lentamente até o fundo, arrastando minhas paredes.

Os sons da minha boca estavam mais altos do que eu poderia controlar, próximo ao ouvido.

— Você tá com dó? — perguntei provocativa, me arrependendo no milésimo segundo em que seu pênis se pôs para fora e entrou com tudo acertando meu ponto de prazer. Eu abri a boca em surpresa, franzino o cenho.

Ele continuava a provocar, indo devagar de propósito e mesmo que eu tentasse desvencilhar do seu aperto para assumir o controle, o loiro ia lá e se afundava em mim de maneira certeira, me fazendo estremecer.

— Vamos, implore para mais — ele provocou, tentando arrebentar o lado mais fraco da corda. Deslizando quase todo seu membro para fora, estimulando a minha entrada e depois o colocando todo sem pudor algum.

— Por favor, Apolo! — minha voz revelava o sentimento de desespero, implorando para ele ir mais rápido.

— Por favor, o quê? — ele insistiu.

— Por favor me faça gozar.

E então eu senti o início das suas investidas acelerar, acertando tão cruelmente o meu ponto todas as vezes que eu o ouvi gemer alto de modo rouco quando ia cada vez mais fundo. Nossos corpos se chocavam enquanto mergulhávamos no prazer. Eu apenas enterrei meu rosto em seu pescoço sentindo seus braços me agarrem mais forte contra ele.

— Apolo... — Seu nome saiu como um ofego, incentivando ainda mais suas investidas. Ele deu mais um tapa estalado no outro lado da minha bunda e com mais uma estocada certeira, foi suficiente para que eu explodisse. Toda a sensibilidade irradiou pelas minhas pernas que tremeram por completo, a minha barriga se contraiu e minhas paredes automaticamente apertaram seu membro, o prendendo para mim. Era como se orgasmo me engolisse como fogo.

————————

Vai ter mais! Desculpe pelos erros ortográficos e pela demora. Foi difícil escrever os capítulos porque estou muito doente. Agradeço demais a todos que estão acompanhando essa história e todas as mensagens no insta, no TikTok e aqui no wattpad de muito carinho e elogios. Vocês são incríveis.

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