Now Or Never - Camren

Per cameelajaureg4y

160K 14.5K 7.2K

Michelle Morgado teve uma noite totalmente apagada de suas memórias. Conforme tenta deixar para trás as lembr... Més

Capítulo 1 - Weird Night
Capítulo 2 - Party
Capítulo 3 - Inspirations
Capítulo 4 - Moving On
Capítulo 5 - Date Night
Capítulo 6 - Ghosted
Capítulo 7 - Karla
Capítulo 8 - Dinner
Capítulo 9 - Girlfriend
Capítulo 10 - Birthday Party
Capítulo 11 - Blond Hair
Capítulo 12 - Mistrust
Capítulo 13 - Answers
Capítulo 14 - Parachutes
Capítulo 15 - Threat
Capítulo 16 - Broken
Capítulo 17 - Lost
Capítulo 18 - Kidnapper
Capítulo 19 - Flashbacks
Capítulo 20 - Trapped
Capítulo 21 - Visitor
Capítulo 22 - Handcuffs
Capítulo 23 - Revelations
Capítulo 24 - Lifesaver
Capítulo 25 - Explanations
Capítulo 26 - Flashbacks II
Capítulo 28 - On Fire
Capítulo 29 - Survivor
Capítulo 30 - Afraid
Capítulo 31 - Deal
Capítulo 32 - To Begin Again
Capítulo 33 - The Winner

Capítulo 27 - I Hate You

4K 387 137
Per cameelajaureg4y

A noite estava fria, o vento atravessava meu corpo e me sufocava aos poucos, diante do olhar julgador de Michelle. Era como se um abismo se abrisse em meu peito sempre que mais uma fração da verdade se revelava, mesmo sabendo que ela merecia saber. Os fatos se colocavam entre nós duas, e a levavam para longe de mim.

- Você simplesmente me deixou lá, e foi embora? - Foi a primeira pergunta que ela fez.

Com calma, eu concordei, sentindo a incerteza daquela noite voltar. O aperto no coração, o medo das consequências, a revolta por não ser capaz de agir com imparcialidade, como havia sido treinada para fazer.

- Eu não fui capaz de fazer o que devia, mesmo com tantas oportunidades, mesmo sabendo dos problemas que isso me traria.

- Não fale como se fosse uma heroína por me tirar de um problema que você mesma criou.

Abaixei a cabeça, mesmo sabendo que ela tinha razão, doía ouvi-la falar daquela maneira. Michelle jamais me olharia com o mesmo carinho, com o brilho que havia em seus olhos antes de ela saber a verdade, a pessoa terrível que eu realmente era. 

- Não foi minha intenção. - Falei, baixo.

- As aparições no parque, o encontro inesperado naquela festa, eu fui mesmo muito ingênua em acreditar que eram apenas coincidências.

- Eu segui você, me aproximei aos poucos, precisava ter certeza de que realmente não se lembrava de nada. Não pretendia intervir na festa, mas quando vi Lucy incomodando você, com o meu colar nas mãos, eu simplesmente não resisti.

- Ela era uma idiota, mas ao menos nunca escondeu isso de mim.

Ouvir aquilo foi como levar um soco no estômago após comprar uma briga. Machuca, mas você aguenta calada, pois sabe que é merecido. Doía, porque era verdade.

- Não era para as coisas serem assim. Eu nunca deveria tê-la beijado, ou saído com você, mas pensei ser questão de tempo até que estivesse morta. Pensei que nada disso importaria depois, que eu poderia ser um pouco egoísta e curtir o tempo ao seu lado como alguém normal, ao menos uma vez. 

Encarei os prédios ao longe, concentrando minha atenção no som dos dedos de Michelle tamborilando sobre o braço da poltrona, conforme ela processava as informações que recebera. O silêncio era quase absoluto, nós provavelmente estávamos seguras. Eu sinceramente esperava que sim. A arma mais próxima estava entre minhas roupas no armário, eu seria capaz de chegar até ela antes de alguém que entrasse pela porta? 

- Por que você sumiu depois do nosso primeiro encontro? - O questionamento me trouxe de volta à realidade.

- Foi quando eu percebi que estava mentindo para mim mesma. Que não mataria você, nem naquela noite, nem nunca. Mais do que isso, eu não estava disposta a deixá-la morrer.

- Eu passei dias e semanas pensando no que havia feito de errado, achando que o problema era comigo.

- Eu tentei me afastar, para não ferir você. Fui atrás do motivo de a quererem morta, e descobri que Allyson não estava aberta a negociações. Que a única forma de manter você segura, era tê-la por perto. Eu sabia que me odiaria quando soubesse a verdade, se um dia você soubesse, mas se sentisse ódio então estaria viva, e isso seria o bastante para mim.

Seria impossível se esquecer do tom de Allyson ao me dizer que nada poderia ser feito, que nem todo o meu dinheiro pagaria pela vida de Michelle. Ela poderia abrir mão daquela ordem, e eu sabia bem, mas se recusava a fazê-lo.

Michelle moveu a cabeça negativamente, como se negasse os próprios pensamentos, recusando-se a acreditar no que ouvia, na verdadeira natureza de minhas intenções.

- Você me sequestrou. - Murmurou, incrédula

- Eu não sabia mais o que fazer. Estava improvisando, nada disso estava nos meus planos. Me apaixonar por você nunca esteve nos meus planos.

Uma careta surgiu em seu rosto delicado, como acontecia sempre que meus sentimentos por ela eram ditos em voz alta. Era incômodo, indesejável. Fazia seus olhos fugirem dos meus. Mas era a verdade.

- Pare de dizer isso, ninguém se apaixona em uma noite. Em tão poucas horas.

- Tem razão. Na verdade, eu tenho como hobby arriscar minha vida por mulheres extremamente atraentes de tempos em tempos. - Sorri de lado, sem poder me conter.

- Não foi engraçado. - Mas eu podia ouvi-la disfarçar o riso.

- Você está rindo. Está sim, olhe para mim. - Tentei segurá-la pelos ombros, trazer seus olhos de volta, mas não funcionou.

- Me solte, não quero olhar para você.

- Tem medo que eu veja seus olhos, e descubra que também está apaixonada por mim?

- Por Deus, não estou apaixonada por você. - Disse, emburrada, desvencilhando-se de meus toques. - Você arruinou a minha vida.

Voltei a me ajeitar na poltrona. Havia me esquecido por um instante, de quem eu era, e de onde estava.

- Você provavelmente tem razão. - Falei.

- Eu sei que tenho. Por culpa sua eu perdi minha cliente e minha sanidade, não sei quando poderei ver minha família ou minha melhor amiga outra vez. - Ela voltou a me olhar, transbordava ira, revolta, mas permaneci firme. - Por culpa sua eu estou aqui agora. Eu perdi tudo o que tinha. Tudo isso, tudo é culpa sua.

- Eu realmente sinto muito. - Era só o que me restava dizer.

Michelle aproximou-se, apoiada sobre os próprios joelhos, como se quisesse ter certeza de que eu a ouviria bem. Meu olhar vacilou até seus lábios rosados, o bom senso me fez voltar a olhá-la nos olhos. Ali estava, um verdadeiro desafio para meu autocontrole.

- Não parece que sente. - Disse, agarrando os cabelos da minha nuca sem pedir permissão, fazendo-me exasperar em surpresa. - Você não dá a mínima, não é?

Precisei de um instante para me recompor. Não pensava racionalmente. Precisava pensar racionalmente.

- Isso... não é verdade. - Quatro palavras, um enorme esforço em fazê-las sair.

Michelle estava perto demais.

- Mentirosa. - Proferiu, entre dentes. - Você é egoísta, cruel, insensív... - A urgência em calar aquelas palavras me fez avançar sobre seus lábios. Macios, quentes, como eu me lembrava, como eram em meus sonhos.

O arrependimento me atingiu como um baque, foi quase imediato, fez com que eu tentasse me afastar, mas ela não permitiu. Moveu a boca sobre a minha, aprofundando aquele beijo, prendendo-me em seus encantos. Michelle era aquilo, minha ruína e minha perdição, para a qual eu me entregaria de bom grado, sem relutar.

A fúria transbordava de seus lábios, deslizava sobre nossas línguas, envolvia nossos corpos e fazia com que queimassem juntos. Suas mãos descontavam em meus cabelos, puxando-os, apertando os fios entre os dedos, sentindo minhas mãos percorrerem seu corpo sem contenções. Dos ombros aos seios delicados contra os quais minhas palmas se fecharam, um suspiro quente contra minha boca, unhas firmes marcando minha nuca.

Não era a Camila doce ali, a que ela havia conhecido no parque, que cheirava a flores, e a levava para jantar. Aquela era a verdadeira eu, a pessoa que eu tentava ocultar, que se escondia nas sombras e escorria entre meus dedos. A Camila que morreria e mataria por ela, sem pensar. Que seria incapaz de ser gentil naquele momento.

Contornando sua cintura, tomando sua bunda com as mãos, eu a pressionava contra mim com toda a urgência que nos envolvia, como se nossas vidas dependessem daquilo. A dela, de fato, dependia de mim e mais ninguém. Uma mordida firme em meu lábio inferior, e a dor deliciosa que me fez contrair o corpo todo. Totalmente sem fôlego, inverti as posições, tendo-a abaixo de mim, mordendo sobre a pele de seu pescoço, sentindo-a ofegar próxima a meu ouvido.

- O que mais eu sou, Michelle? - Minha voz firme a fez derreter sobre meus toques. Um único movimento delicado, e a alça da fina camisola corria em seu braço.

- Egocêntrica, irritante, insuportável... - Ela resfolegou quando minha língua quente tocou um de seus seios.  - Filha da puta...

- Tudo isso, é? - A provocação veio cínica, eu traçava caminhos delirantes com a língua em sua pele, percorria uma de suas coxas com as unhas, sentindo-a contrair-se a cada instante. Um simples toque sobre sua calcinha, e o gemido rouco me incendiou por inteiro.

- Eu odeio... odeio você, odeio muito você. - Ela tentava dizer, mas falhava, rendia-se aos gemidos sôfregos que deixavam seus lábios.

- Oh, eu sei que sim... - Driblei o fino tecido para tocá-la, os olhos verdes flamejantes nos meus, sentindo meus dedos se encharcarem, e o corpo de Michelle se contorcer abaixo do meu.

Era fascinante, sexy e inexplicável, tê-la entregue a mim daquela maneira, estar hipnotizada pelas nuances de seu corpo, a rouquidão de sua voz, o calor da respiração vacilante entre os gemidos. Eu beijava sua pele com devoção, mordia, apertava-a contra mim, movendo os dedos em círculos, mais rápido e então devagar, buscando enlouquecê-la, levá-la à beira daquelas sensações, e então tê-la de volta ali. 

Michelle gemia baixo, xingava até não ter mais forças, enfiava as unhas na pele das minhas costas, arranhando de cima a baixo, fazendo-me arder e queimar em desejo por ela. Eu a ouvia ordenar que eu não parasse, com a ousadia que era apenas dela, como se eu sequer fosse capaz de fazê-lo, até que ela praticamente desfalecesse em meus braços em um orgasmo avassalador.

Me esforcei em sustentá-la junto a mim, segurando-a pela cintura com um dos braços, sentindo seu corpo fraquejar, buscando o ar que ainda faltava. Minhas costas ardiam, e eu sentia meu outro braço doer, ainda ferido pelo tiro que havia levado tentando protegê-la. Levaria mais dez, se isso a mantivesse segura.

- Pois eu, acho você maravilhosa. - Citei baixinho, beijando sobre o topo de sua cabeça, acariciando os cabelos macios e notando alguns fios colados à testa pelo suor. - Especialmente quando é assim, apenas minha.

- Apenas... cale a boca. - A ouvi dizer, em um sussurro, tentando desvencilhar-se de meus toques. Não permiti. A firmeza com que segurei sua cintura contra mim a fez sentir arrepios, e um sorriso surgiu no canto de meus lábios. 

Insistia em ser teimosa, tentar resistir a mim, mesmo depois de tudo, mesmo sem forças para fazê-lo. Até quando?

- Mas eu ainda tenho tanto a dizer... - Proferi baixo, ao pé de seu ouvido. - Você é linda, Michelle. Cada centímetro seu, cada detalhe, até mesmo a raiva em seus olhos me fascina.

Quando ela tentou, pela segunda vez, afastar minhas mãos de si, eu não a impedi. Observei conforme a mulher se levantava e caminhava, a passos lentos, de volta para o interior do quarto. Um pé depois do outro, uma quantidade de tempo maior do que deveria, como se estivesse incerta, ou secretamente desejasse que eu a seguisse.

- Você me faz querer estar viva. Me faz querer sentir seu beijo, só mais uma vez. - Voltei a falar, conforme me punha de pé, observando-a caminhar sem olhar para trás. - Você me faz querer ser boa, mas também me faz querer ser cruel. Ferir qualquer um que ouse tocá-la, ou sequer pensar nisso.

Michelle atravessou a porta e adentrou o cômodo, seguida por mim. Toquei seus ombros por trás com a ponta dos dedos, terminando de deslizar as alças da camisola, até que o tecido fosse parar no chão. Aproximei meus lábios de seu ouvido, conforme ela permanecia imóvel.

- E quando você respira fundo assim, por Deus... - Mordi o lábio inferior, escolhendo as palavras cuidadosamente. - Me faz querer...

Duas mãos firmes em minha cintura, e fui incapaz de concluir minha frase, exasperando ao sentir minhas costas colidirem contra a parede fria. O verde penetrante de seus olhos perfurou os meus, e o ar sumiu dos meus pulmões.

- Eu disse pra calar a boca. - Um beijo ardente me impediu de contestá-la, sentindo meus pulsos serem segurados com firmeza.

Michelle deslizava a língua sobre a minha com fervor, a pressa em livrar-se de minha camisola fez com que o tecido se rasgasse em suas mãos, como se não fosse nada. Meu corpo era apertado contra o dela, contra a parede fria, nossas peles quentes se tocando. Um gemido escapou de meus lábios ao sentir seu joelho entre minhas pernas, provocação desleal, cruel demais para que eu pudesse resistir.

Em um rompante de sanidade, com as mãos sobre seus ombros, eu avancei um passo, dois, três, fazendo-a caminhar para trás até que seu corpo colidisse contra a cama. Segurei sua cintura com firmeza e a virei de costas para mim, os seios apertados contra o colchão, e os pés tocando o chão frio.

- Pare de ser tão teimosa... - Meus dedos acariciaram seus cabelos de maneira suave, até se enrolarem aos fios e puxá-los para mim com firmeza, aproximando minha boca da pele de seus ombros, distribuindo beijos molhados até o pescoço. - Eu tentei ser gentil com você.

- Camila... - Meu nome sumiu de seus lábios ao som do tapa estalado deixado em sua bunda. Olhá-la daquela maneira me enlouquecia, cada nuance de seu corpo, a forma como reagia a meus toques, minha, e apenas minha.

Outro tapa, e pude vê-la agarrar os lençóis. Minha mão livre afastou o tecido de sua calcinha, tocando suavemente, de cima a baixo, invadindo-a com dois dedos sem aviso, firme e vagaroso. Os gemidos de Michelle já não podiam ser compreendidos, incendiavam aquele quarto junto aos meus, sentindo o volume de sua bunda contra mim em um atrito delicioso. 

Meus dedos se apertavam entre os cabelos negros, seu quadril era empurrado para trás, levando-me à loucura, penetrando-a com mais rapidez, ouvindo-a, baixinho, pedir por mais. Nossos corpos moviam-se juntos, quentes, suados, insaciáveis. O orgasmo veio forte e intenso, fez meu corpo se contrair junto ao dela, perdidas no prazer imensurável, ofegando juntas, entorpecidas.

Sem forças para nos mantermos de pé, nossos corpos descansaram colados, enlaçados sobre a cama, pois se encaixavam perfeitamente um ao outro. O ar fresco preenchia meus pulmões, e o perfume de sua pele macia me inebriava. Como ela: doce, intenso, marcante e inesquecível.

💎

Próximo capítulo tá pronto. Será que eu posto esse ano ainda?? Votem e comentem!

Até mais 💕

me sigam no twitter: @cameelajaureg4y

Continua llegint

You'll Also Like

45.8K 4.7K 22
Com a iminente destruição de Krypton, seu planeta natal, Jor-El e sua mulher procuram preservar a raça enviando a filha recém-nascida para a Terra. A...
1M 53.4K 53
Giulie Cameron e uma jovem mulher cheia de traumas. Ela sempre lidou com seus problemas sozinha,sem a ajuda de ninguém. Até que um dia ela não aguent...
100K 7.3K 24
Camila Cabello, 18 Anos Mora Em Miame, Seus Pais Sinu Cabello E Alejandro Cabello, Resolveram Lhe Presentear Com Uma Audiçao Para O The X Factor. Lau...
11.9K 1.1K 11
De volta a sua terra natal Lauren Jauregui não só tem que enfrentar uma sede de sangue, mas como terá que enfrentar a mágoa de seu irmão mais novo. A...