Now Or Never - Camren

By cameelajaureg4y

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Michelle Morgado teve uma noite totalmente apagada de suas memórias. Conforme tenta deixar para trás as lembr... More

Capítulo 1 - Weird Night
Capítulo 2 - Party
Capítulo 3 - Inspirations
Capítulo 4 - Moving On
Capítulo 5 - Date Night
Capítulo 6 - Ghosted
Capítulo 7 - Karla
Capítulo 8 - Dinner
Capítulo 9 - Girlfriend
Capítulo 10 - Birthday Party
Capítulo 11 - Blond Hair
Capítulo 12 - Mistrust
Capítulo 13 - Answers
Capítulo 14 - Parachutes
Capítulo 15 - Threat
Capítulo 16 - Broken
Capítulo 17 - Lost
Capítulo 18 - Kidnapper
Capítulo 19 - Flashbacks
Capítulo 20 - Trapped
Capítulo 21 - Visitor
Capítulo 22 - Handcuffs
Capítulo 23 - Revelations
Capítulo 24 - Lifesaver
Capítulo 25 - Explanations
Capítulo 26 - Flashbacks II
Capítulo 27 - I Hate You
Capítulo 29 - Survivor
Capítulo 30 - Afraid
Capítulo 31 - Deal
Capítulo 32 - To Begin Again
Capítulo 33 - The Winner

Capítulo 28 - On Fire

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By cameelajaureg4y

Vocês comentaram bastante e aqui estou eu, para encerrar 2023 com chave de ouro.

Feliz Natal, desejo tudo de bom a cada um de vocês 🥰

Boa leitura 💕

💎

Michelle Morgado's pov

Ao despertar na manhã seguinte, minha mente sonolenta dividia-se entre alguns pensamentos. A cama macia do hotel me fazia não querer dormir em nenhum outro lugar. Os lençóis cheiravam a rosas, graças a Camila, que não estava mais deitada ali. Camila... a terceira coisa da qual me dei conta foi a pior de todas: eu havia transado com Camila na noite anterior.

Abri os olhos devagar, apenas o bastante para localizá-la, sentada à mesa mais próxima dali, com um alicate nas mãos. Ao observar mais atentamente, notei que Camila tentava consertar o fecho do colar que eu havia arrebentado, ao arrancá-lo do meu pescoço. O colar que por pouco não havia voado pela janela, e que agora eu sabia ser o último presente de seus pais mortos, que ela entregara a mim para que eu me sentisse menos sozinha.

Depois de saber a verdade, prometi a mim mesma que pensaria duas vezes antes de ingerir álcool. Na última vez que o fiz, terminei a noite chorando nos braços de uma assassina. Por outro lado, havia estado sóbria na noite anterior, e ainda assim feito coisas das quais me arrependia. Talvez não tão sóbria, quando inebriada pelos encantos de Camila Cabello.

Ao terminar o que fazia, Camila voltou a colocar o colar no próprio pescoço, e eu estremeci quando seus olhos caíram sobre mim. Ela sorriu. Provavelmente, devido à minha fraqueza há algumas horas, pensava que tudo estava bem. Mas não era verdade.

- Bom dia, minha linda. Dormiu bem? Eu pedi café da manhã, mas não quis acordá-la, você estava dormindo tão tranquila... - Havia um tom açucarado em sua fala, algo que me irritava, pois uma parte minha ainda se derretia totalmente.

Senti vontade de protestar, dizer que eu não era "sua"  e nem nunca seria, mas me detive, pensando em evitar outro conflito desnecessário.

Me sentei na cama tentando, inutilmente, ajeitar meus cabelos bagunçados com as mãos. Os mesmos cabelos que suas mãos firmes puxavam horas antes. Como poderia ter me deixado levar tão facilmente?

- Não estou com fome. - Foi só o que eu disse.

Pareceu ser a escolha errada de palavras. Camila veio até mim, e se sentou na ponta da cama, com um semblante preocupado.

- O que houve? Está se sentindo mal? - Ela tentou tocar meu rosto, como se checasse minha temperatura, mas eu a detive.

- Estou bem, não precisa de tudo isso.

A morena assentiu e voltou a se afastar, como se entendesse o recado. Caminhou até a mesa novamente, e pegou entre os dedos uma foto que eu ainda era incapaz de compreender. Uma criança, dois idosos, uma casa ao longe, o gramado verde e os riscos grosseiros em caneta vermelha: 72h. A mesma que ela segurava contra o peito, no momento em que eu a impedi de tirar a própria vida.

- Precisamos sair daqui amanhã de manhã bem cedo. - Arregalei os olhos ao ouvir aquilo.

- Allyson sabe que estamos aqui?

- Se não sabe, descobrirá logo. - Mais uma vez, ela encarou a foto em suas mãos.  - Tem sido difícil manter contato com Normani, não temos tempo a perder.

- Para onde vamos agora?

- Londres. Te consigo um passaporte falso, você vem comigo até que estejamos seguras, e depois decide onde deseja recomeçar sua vida. Terá meu total apoio, inclusive financeiro.

- Por que Londres? - Franzi o cenho, e Camila desviou os olhos dos meus.

- Tenho assuntos importantes a resolver lá. Mas não se preocupe, é apenas temporário. Logo estará livre para viver onde preferir.

Ela se virou de costas para ajeitar alguns pertences, e eu estiquei o braço para alcançar um dos pãezinhos da bandeja de café da manhã, e enfiá-lo na boca antes que seus olhos castanhos estivessem sobre mim novamente. Pois eu estava sim, com muita fome.

- Eu não quero ir a Londres e nem nenhum outro lugar, quero estar aqui, com minha família e meus amigos. - Protestei, após terminar de mastigar. Apesar de toda a péssima situação que nos envolvia, a comida do hotel era divina.

- O que eu sinto por você te coloca em perigo no momento, mantém um alvo em suas costas. Não deixe que seu amor por eles tenha o mesmo efeito.

Abaixei a cabeça em silêncio. Eu não queria colocá-los em risco, mas não queria ter que deixá-los, sem que sequer soubessem o motivo, sem direito a despedidas. Eu deveria ter visitado minha família com mais frequência. Deveria ter dito à minha mãe que eu a amo também.

- E se Allyson os machucar? Como forma de me atingir?

- Ela não vai fazer isso, a menos que tenha motivos para tal. O problema dela é comigo. De qualquer forma, tenho colegas por perto, farei com que garantam que tudo fique bem, nem que seja por algum dinheiro. Posteriormente, podemos pensar em tirá-los daqui, levá-los a um lugar seguro, mas no momento a prioridade é você.

- Ainda não faz sentido para mim. Que o simples fato de eu estar viva, a enfureça tanto. - Passei a andar através do quarto, traçando caminhos imaginários entre os móveis, sem poder conter minha ansiedade.

- Isso não é sobre você. É sobre mim, a recusa em obedecer uma ordem, a audácia em agir pelas costas dela, pela primeira vez em anos. Allyson pode ser gentil quando quer, mas ela também sabe ser cruel, eu sei bem disso. Não é o tipo de coisa que ela costuma deixar barato. Se fosse outro em meu lugar, poderia nem estar mais vivo.

Engoli em seco ao ouvir aquilo. Allyson seria capaz de algo do tipo, depois de acolher Camila desde pequena, e contar com sua lealdade durante tantos anos? Era difícil dizer. Eu não sabia sequer do que Camila era capaz, àquela altura.

No decorrer daquele dia, eu apenas observava conforme Camila ia de um lado ao outro, fazia ligações e planejava seus próximos passos, sem nunca tirar os olhos de mim. Como se um simples desvio de sua atenção pudesse me fazer sumir diante de seus olhos. Nossas refeições foram pedidas no quarto, e, embora tentasse, por saber que precisaria de energia, ela quase não comia. Eu a ouvia balbuciar algo sobre os documentos falsos que tentava me arranjar, passagens de avião e a urgência de seus prazos, e ainda me sentia atordoada com planos tão radicais. Porém, não tinha como contestar o que poderia ser minha única chance de sair viva daquila situação. Camila parecia saber o que estava fazendo. Eu torcia, com todas as forças, para que ela soubesse.

Quando já era noite, eu estava aconchegada entre os lençóis após um longo banho, assistindo Camila finalizar o dela. Sua crueldade era tamanha a ponto de praticamente desfilar de toalha através do quarto, e quase deixá-la cair sem querer algumas vezes. Já eu, estava orgulhosa de meu próprio autocontrole, embora não pudesse dizer o mesmo sobre a noite anterior. Tentava não olhá-la, e concentrava a atenção no livro em minhas mãos, que eu havia encontrado sobre a mesa de centro. Era difícil fingir estar tão interessada quando tudo o que eu via eram mulheres vestidas de maneira luxuosa, e Camila fazia com que parecessem nada.

Meu celular fazia falta em momentos como aquele.

Me perdi em pensamentos e, quando me dei conta, Camila estava ao meu lado, olhando por cima do meu ombro, com uma expressão pensativa e as mãos na cintura.

- Que susto! - Exclamei. - O que foi?

- Eu queria saber o que você estava vendo de tão interessante, para não ter me olhado uma única vez. - Ergui as sobrancelhas para sua audácia, conforme ela se sentava na cama ao meu lado, cruzando uma perna por cima da outra.

- São todas mulheres muito elegantes. - Tentei me justificar, vendo-a disfarçar uma risada.

- Não são mais gostosas que eu.

Não foi uma pergunta, ela simplesmente afirmou. E não estava errada.

- Bem, eu aposto que nenhuma delas é uma assassina.

Silêncio, e um arrependimento que não me pertencia. Havia falado sem pensar, mas não era uma mentira. Ao contrário do que eu esperava, um sorriso triste surgiu no rosto de Camila. Sua boca sorria, mas seus olhos não.

- Uau, ok... eu poderia dormir sem essa. - Disse, em tom de brincadeira, forçando uma risada.

- Pare, apenas pare com isso. - Pedi, fechando o livro e apoiando-o sobre minhas pernas.

- Parar com o que?

- De agir como se tudo estivesse bem. Não está, e esse não deveria ser um motivo para rir.

Camila entrelaçou os dedos sobre o colo, e tomou uma longa respiração antes de voltar a me olhar. Ela já não sorria mais, seus lábios eram uma linha reta, e seus olhos me diziam que as brincadeiras haviam chegado ao fim.

- Como mais você espera que eu sobreviva sem enlouquecer, Michelle? - A pergunta veio ríspida, e eu não respondi de imediato. - Estou ciente dos horrores que já cometi, não preciso ser lembrada disso a todo momento. Sinto-me culpada o bastante sozinha.

- Acontece que é a minha vida que está em risco, enquanto você fica rindo por aí. - Argumentei.

- A minha nunca deixou de estar, desde quando eu era apenas uma criança. Se eu não rir agora, posso nunca mais ser capaz de fazê-lo. - O peso daquelas palavras me fez abaixar a cabeça em silêncio. - Eu tenho tentado ser compreensiva, juro que sim, mas você não facilita as coisas. Suas palavras me ferem, seu desprezo é uma tortura. Sou assassina, egoísta, cruel, e todas as coisas que você disse, mas também sou humana. Eu sinto, assim como você.

Ela encerrou a frase com uma das mãos sobre o peito, e eu engoli o nó que se formou em minha garganta, incapaz de dizer qualquer coisa, ou de sequer olhá-la nos olhos. Eu estava triste e irritada, pelas mentiras, por todas as coisas e pessoas que precisaria deixar para trás, mas sabia que Camila não era a única culpada. Eu gostaria de poder culpá-la por tudo, seria mais fácil e menos doloroso. Repetia a todo momento quem ela era, o que havia feito, quase que tentando lembrar a mim mesma do motivo para manter distância. A cada dia, era mais difícil.

- Eu realmente pensei que com o tempo você entenderia, que as coisas poderiam melhorar depois de tudo, depois de ontem... - Sua voz falhou, e neguei com a cabeça.

- Ontem foi um erro, uma fraqueza. - Fiz questão de dizer. - Estou abalada e confusa, nós duas estamos trancadas aqui... não significou nada.

Camila encarou as próprias mãos sobre o colo, e foi a vez dela perder as palavras. Após alguns instantes, ela assentiu e se levantou dali.

- Certo, eu entendi. - Disse, carregando um dos travesseiros na direção do sofá no outro lado do local.

- Você ainda pode dormir aqui. - Tentei dizer, e Camila riu sem humor, continuando o que fazia.

- Eu não quero dormir aí, Michelle. Estou cansada de tudo isso. - Ela largou o travesseiro e foi em direção a uma de suas malas, como se buscasse algo. - Amanhã mesmo damos o fora daqui, e quando for seguro, você não precisará ver meu rosto nunca mais.

Observei calada conforme ela tirava de seus pertences um frasco e derrubava um pequeno comprimido branco na palma de uma das mãos. Após alguns segundos de análise, outro comprimido se juntou a ele, e o frasco voltou a ser guardado entre suas roupas. Camila buscou com os olhos uma garrafa de água, e me alarmei imediatamente.

- O que é isso? O que vai fazer?

Seu histórico simplesmente não me permitia estar tranquila.

- São para me fazer dormir, preciso estar descansada e alerta amanhã. - Ela engoliu os dois em um único gole de água, e voltou a ajeitar o travesseiro sobre o sofá. - Se você ouvir algo, ou qualquer coisa acontecer, me acorde na hora, entendeu? Na mesma hora. Há uma faca comigo e uma arma em minha mala, eu posso deixar uma com você, ao alcance de suas mãos, caso...

- Não vou dormir com uma arma debaixo do travesseiro. - Sentenciei o óbvio, sentindo arrepios apenas em considerar aquilo. 

- Nem mesmo a faca? Uma pequena? - Neguei imediatamente, e Camila suspirou. - Certo, tudo bem. Apenas me acorde, se qualquer coisa acontecer.

Concordei com a cabeça e coloquei o livro de lado, tentando me aconchegar na cama branca, que parecia grande e vazia demais para mim. A cortina que separava os dois ambientes foi fechada por ela, e foi a última vez que eu vi seu rosto antes de ser tomada pelo sono.

💎

Enterrei o rosto entre os travesseiros, evitando a luz que perturbava meu descanso. Não era dia ainda, o despertador teria me avisado, era cedo demais para estar sendo incomodada. Tentei mudar de posição na cama, notando que estava quente, quente demais. O frescor do ar-condicionado já não embalava meu sono, e um odor estranho me fez franzir o nariz.

Ao abrir os olhos, tudo aconteceu rápido demais. Em um segundo o desespero me fez estar sentada na cama, precisei piscar algumas vezes até ter certeza de que não era um sonho, e eu realmente estava cercada por chamas. O fogo destruía os móveis, cortinas, e já começava a queimar a ponta dos lençóis sobre os quais eu dormia. Uma tosse seca arranhou minha garganta, e fui cuidadosa ao buscar meus sapatos, pisar no chão e me levantar dali, em desespero.

- Camila! - Gritei, para o nada. Sem resposta.

Meu impulso foi buscá-la com o olhar, sem sucesso. Uma cortina em chamas a separava de mim. Caminhando entre destroços, consegui chegar ao banheiro, e encharcar uma das toalhas que encontrei para carregá-la comigo, sobre meu rosto, e evitar inalar aquela fumaça. A destruição era lenta e silenciosa, o fogo crepitava e, estranhamente, nem um único alarme de incêndio soava, embora o hotel contasse com inúmeros deles.

- Fogo, socorro! - Exclamei, a plenos pulmões.

Senti meu braço arder ao tentar atravessar a cortina em chamas, mas não recuei. O incêndio parecia ainda pior naquela parte do quarto, Camila estava desacordada sobre o sofá. O fogo consumia quase tudo ao seu redor, mas ela nem se movia. Sem nem pensar, eu corri até ela e segurei seu corpo nos braços, caminhando com certa dificuldade, em meio à fumaça preta. Pedaços do papel de parede descascado despencavam no meu caminho, e era difícil encontrar um trajeto livre para fora dali.

- Socorro! Fog... - Tentei gritar, novamente, mas uma tosse dolorosa rasgou minha garganta.

Ao avistar a porta do quarto, eu praticamente me joguei para fora dali, sentindo minhas pernas fraquejarem até que eu caísse sentada sobre o chão do corredor, com Camila em meus braços, as costas na parede dura. Aquela parte do hotel parecia em melhor estado, como se as chamas estivessem começando a tomá-la, e tudo tivesse se iniciado ali, dentro do nosso quarto. Parecia loucura pensar algo do tipo.

- Camila... Vamos, acorde... - Pedi, quase em uma súplica, revezando a toalha molhada entre nós duas para que não inalássemos aquela fumaça, sem forças para me levantar dali.

Ela permanecia desacordada, e eu não sabia se por causa do incêndio, ou dos remédios que havia tomado antes de dormir. Eu deveria tê-la impedido, aquela claramente não era uma boa ideia. Deveria ter insistido para que dormisse comigo, ou nunca ter brigado com ela, e dado razões para que se irritasse. Horas antes, meus motivos pareciam válidos, mas ali, vendo-a deitada sobre mim, sem reação alguma, nada mais me importava.

Camila parecia ter algumas queimaduras pelo corpo, as cinzas já começavam a se acumular sobre os fios castanhos de seus cabelos. Estava quente, cada vez mais quente. Lágrimas tomaram meus olhos, e meu único conforto era ver seu peito subir e descer, conforme ela ainda respirava. Com a força que me restava, firmei as pernas no chão, tentando caminhar para longe dali.

- Camz... - Murmurei, em um fio de voz. 

Mal pude respirar ao ver seus olhos se abrirem. Ela tossiu uma, duas, três vezes. E então sorriu.

- Elle... - Sua voz saiu falha, quase sumia entre os gritos afobados das pessoas que eu já podia ouvir ao longe.

- Camz, graças a Deus... - Proferi, me atrapalhando entre os degraus da escada. O fogo já tomava o corredor, as pessoas corriam, alertavam umas às outras e balbuciavam coisas sobre chamar os bombeiros, mas nem um único alarme soava. - Vai ficar tudo bem, eu vou nos tirar daqui.

Um passo adiante, e uma rachadura se formou no pilar de sustentação. Um dos quadros da parede caiu no chão à nossa frente, espalhando o fogo adiante. Olhei em volta em desespero, pensando para onde ir, sentindo meu corpo fraquejar.

- Sabe... eu sempre me perguntei como eu iria morrer. - A voz de Camila surgiu novamente, atraindo minha atenção. - Estou feliz que tenha sido nos seus braços.

- Calada, não diga besteiras, você não vai morrer. - Protestei, voltando a subir os degraus e levando-a comigo, buscando uma rota alternativa que não estivesse tomada por chamas. Meu sangue gelou ao som de janelas estourando.

- Michelle...

- Você vai ficar bem, eu estou dizendo, vamos sair daqui, vamos fugir juntas, se lembra? - Eu falava sem parar, na falha intenção de acalmá-la, quando era incapaz de conter o pânico que crescia em mim. 

- Michelle, por favor, me escute. - Sua voz falhou, e ela conseguiu minha atenção, como se usasse a pouca energia que lhe restava para dizer aquilo. - Eu preciso que vá para Londres. Encontre Catherine, diga que eu a amo, que não me esqueci dela. Por favor, você precisa fazer isso.

- O que? Do que está falando? Quem é Catherine? - Questionei, confusa com tudo aquilo.

Camila tossiu algumas vezes, e tentou focar os olhos nos meus antes de responder.

- Minha filha.

💎

Depois dessa, eu vou me retirar em silêncio...

Tentarei não demorar a voltar, prometo!

Até mais 💕

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