ANGELIS
Talvez eu me arrependa mais tarde, mas agora nesse momento, não tem como resistir a esse ômega, eu estou há meses sem uma transa, estou há dias me segurando, isso é realmente uma tortura para um alfa. Deus. Eu preciso me aliviar.
Eu não achei que vindo para casa depois de saber que meu pai e meus primos estão chegando iria resultar a isso, está beijando o corpo de Pete agora, não era bem o lugar que eu imaginei estar, quando eu estava vindo para casa, eu deveria está pensando em como vou receber meus queridos primos nessa minha nova fase, não que eu me importe, mas, manteria minha cabeça longe desses pensamentos ridículos sobre o Pete.
Mas nada funcionou, meu autocontrole se foi quando se trata desse ômega, parece que me esqueço que sou um alfa racional, porra o que eu estou realmente fazendo? Não era para mim ceder tão fácil para esse pirralho.
Eu sou um alfa lúpus, um Angelis. Mas minha mente ficou em branco e esqueceu de todos os meus títulos quando o Pete veio se rastejando e implorando por um toque meu, foi a pior e a melhor imagem que eu tive, Deus. Se eu fosse pensar sobre, isso é vulgar e nojento. Mas se meu lado alfa...Jesus. Eu amei ver seu rosto com seus olhos brilhando, implorando por mim, eu odeio me sentir como um animal selvagem e possessivo, mas olhar para o Pete da forma que ele me olhou como se eu fosse a única coisa que importava em sua vida, fez meu lobo e minha mente ficar em branco, tudo que eu quis, era pegar esse garoto em meu colo, e dar tudo que ele estava pedindo.
E foi exatamente o que eu fiz. Suguei seus mamilos como se fosse meu doce preferido. E era. Naquele momento, sua pele era macia e me controlo para não afundar minhas mãos em sua pele pálida e deixar marcas, eu ainda tenho que ter o controle de ser gentil com seu corpo, ele ainda é inexperiente, ele é apenas um pirralho que estou ajudando.
Mas chupar e morder seu corpo fez minha barriga estremecer, o gosto doce em minha boca só me faz querer mais, provar mais, sua bunda empinada como uma puta barata em minha direção foi além de prazeroso, caralho, eu quero foder essa bunda, eu quero me enterrar dentro dele até ele fechar essa maldita boca e aprender a não me responder e ser irônico com suas palavras bestas, Deus. Eu estou ficando louco.
Arrasto minha língua dentro do seu buraco, ele geme manhoso, pedindo mais. Deus! Meu membro cresce entre minhas pernas pulsando, tão duro como uma rocha, porra, vai ser difícil me controlar para não enfiar meu pau dentro dele, a vontade de fazer isso está me deixando irritado, esse desejo insuportável de querer que ele seja meu, está me comendo por dentro, eu nunca admirei alfas que vê ômegas como algo que lhe pertence, a gente não deveria ter esse controle sobre alguém, ser dono de alguém não é algo certo. Todos deveriam viver suas próprias vidas e ter suas escolhas, claro que, existe limites para tudo. Mas agora estou começando a achar que estou me tornando um alfa pior que os outros, todos esses anos que lutei para ter controle sobre minhas emoções foram inúteis. Porque me sinto pior que o doente do irmão do Vitorrio. Meu objetivo era ajudar esse garoto, deixar ele ter suas próprias escolhas, mas agora estou aqui enfiando minha língua cada vez mais fundo dentro dele, apertando sua cintura, me segurando para não subir em cima dele e foder ele todo, por completo, como um animal. Merda!
E eu não consigo parar, não consigo me afastar, me sinto preso nesse seu cheiro e gosto maravilhoso, Pete empina mais sua bunda, pedindo por mais. Deus.
Me afasto e ele solta um som de protesto, olho para seu buraco vermelho e molhado, respiro fundo, meu peito sobe desce, e minha testa está suando, passo minha mão em meus cabelos e mordo a ponta dos meus lábios — Vamos com calma — falo com dificuldade, isso é difícil pra caralho e ser responsável, tenho que me lembrar que ele é virgem, e um garoto, e por Deus, eu só queria lhe ajudar, agora estou aqui quase lhe fodendo.
— Bible...— sua voz saiu rouca — O que foi? — ele pergunta e em seguida ele afasta seu traseiro molhado e vira-se ficando em minha frente, ele me olha com seus olhos brilhando cheio de luxúria e desejo, puta que pariu. Esse garoto faz algo revirar dentro de mim, queria que fosse algo como nojo, mas não é, e nunca será.
Sua boca está vermelha de tanta mordida que ele deu para segurar seus gritos de prazer, essa visão é tão suja e tão boa ao mesmo tempo. Seu gosto de cacau ainda está em minha língua, mordo meus lábios, será que estou entrando em meu cio antes do tempo.
— Você está tomado pela luxúria do seu cio, não quero fazer nada que você se arrependa amanhã quando acordar, mesmo que agora eu também queira isso, mesmo sendo errado, você sabe, mas ainda me resta consciência, eu não quero te machucar, ou fazer algo que você vai ser arrepender mais tarde, então vamos com calma — falo de uma vez, talvez sua mente não esteja raciocinando agora, mas porra, passei anos sendo treinado, anos controlando a porra do meu controle, não posso ferrar com tudo agora por conta de um desejo idiota, eu ainda sou o responsável por tudo isso.
— Eu quero você Bible, eu sei que não estou pensando bem, mas eu tenho certeza que meu lobo e eu deseja você, apenas você, por favor não pare agora...— ele murmura com suas pálpebras um pouco caídas, suas bochechas coradas, Deus. Seu rosto tão ingênuo, suas palavras foram sinceras, consigo sentir seus feromônios e estão tranquilos e seu coração está no ritmo certo, ele não está mentindo.
Puxo o ar e solto, eu já transei com vários ômegas, mas tenho que confessar, a maneira que o Pete faz meu corpo reagir a cada palavra sua, a maneira que me sinto pronto para tornar esse garoto meu é inexplicável, eu nunca me senti assim antes, mas ainda tem algo no fundo da minha mente que fica me dizendo que essa ideia de passar dos limites e ainda vai me foder muito, ao mesmo tempo que parece a coisa mais certa a se fazer, me parece muito errada ao mesmo tempo.
Droga!
Eu nunca me senti dessa forma, vulnerável. Isso é uma coisa nova para mim, ter o controle das minhas ações já é uma personalidade minha e nunca foi um problema, mas agora olhando para a forma que estou e como estou me sentindo, começo a perguntar quando foi que me deixei a chegar nesse nível, percebo que eu ainda preciso melhorar, preciso ter mais controle, por que não gosto do jeito que estou me sentindo.
— Você não me ama, não acha que é melhor ter sua primeira vez com um alfa que te ame, e que você ama? — deixo meus pensamentos fodidos de lado, obrigo minha mente voltar a pensar com racionalidade, transar com o Pete dessa forma, vai ser errado, vai ser loucura, ele não me ama, ele me odeia. Ele sempre deixou claro isso, e também eu me esforcei muito para ele não ter apego em mim, e por Deus, eu estou apenas lhe ajudando. Se eu transar com ele agora minhas palavras não vai servir de nada, eu não posso deixar meus desejos passar por cima do meu auto controle.
— Eu...— sua boca abre e fecha buscando alguma resposta, eu sei que ele entende o que eu quero dizer, vamos Pete, pare com isso.
— Eu já sei sua resposta pirralho — levo minha mão para suas bochechas acariciando — Confie em mim, será melhor assim, eu posso ajudar você, mas não vou passar dos limites, tudo bem? — seu rosto se esfrega na minha mão, ele me olha com seus olhos quase saltando, abaixo meu olhar, seu pau está duro e molhado ainda, eu vou ajudá-lo a se aliviar, não será difícil isso, aliviar ele com minhas mãos me parece mais correto, pelo menos depois não vou precisar olhar para o seu rosto de decepção ou nojo— Vem cá. — ele se arrasta ficando em minha frente, sinto sua respiração junto com a minha — Abra suas pernas e deite — ordeno, tiro minha mão do seu rosto, ele assente e deita e abre suas pernas como eu havia pedido, solto meus feromônios, ele se contorce na cama agarrando o lençol com suas mãos, em seguida, agarro seu pau em minha mão apertando, ele geme alto. — Xiu, fique calado — acaricio sua glande com meu dedo, em seguida começo o movimento devagar, sua boca abre e fecha — Relaxe. — solto mais meus feromônios, ele já está totalmente embriagado com meu cheiro de alfa lúpus. Arrasto meu dedo até sua entrada, enfiando.
— Ah- mais, por favor — ele diz com sua voz cortada com seus gemidos sofridos, Deus. Coloco dois dedos de uma vez, ele abre seus olhos, ele abre sua boca buscando sua respiração. — Ah...— ele morde seus lábios com força, sinto cheiro de sangue, olho para seus lábios, ele está com pequenos cortes, Meu Deus. Isso deveria ser um aviso para eu parar.
— Santis? — uso minha voz de controle de alfa, ele me encara — Está bem?
— Continue! — ele sussurra em um tom baixo — Por favor. — certo, volto a massagear seu pau. Movimento meus dedos dentro de si. — Ah... Hum — em questão de segundos Pete abre seus olhos firmemente, seus olhos estão mais escuros e vibrantes — Alfa...— certo ele não me chama assim, paro meus movimentos e olho para o seu rosto, ele leva sua mão para frente dando sinal de pra parar, imediatamente parei, tirei meus dedos dentro dele.
— Eu machuquei você? — pergunto um pouco confuso.
— Me desculpe, alfa — Pete sussurro sentando na cama, fico sem entender o que ele exatamente está tentando fazer, ele fica de joelhos no colchão da cama, olhando em minha direção, seu corpo está pesado, seu rosto está tão embriagado que me pergunto como ele ainda está acordado.
Em questão de segundos, Pete segura em meu ombro me obrigando a deitar na cama, e em seguida ele sobe em cima de mim, meu membro que estava ficando já desanimado, ele volta a ficar duro.
— Pete, o que você está fazendo? — falo com dificuldade quando sinto que sua entrada está molhada com seu lubrificante natural molhando a cabeça do meu pênis — Voc-
— Eu preciso disso alfa, por favor? — respiro fundo, mas minha respiração é cortada quando sinto meu pau ser engolido por todo seu buraco, seguro sua cintura, Deus. Foi tão rápido e duro ao mesmo tempo, puta merda! Que coisa incrível. — Oh- Meu deus — ele geme alto com seus olhos fechados e suas mãos apoiada em meu peito, minha mente fica em branco, tudo que consigo pensar agora é de como suas paredes são tão apertadas e deliciosas.
— Mexa-se — digo, agora não tem mais volta, isso provavelmente será um grande erro, mas agora é tarde para pensar sobre isso.
Seguro em sua cintura ajudando a se movimentar, ele fecha os olhos, sua visão agora para mim é incrível, suas maçãs do rosto vermelhas pelo calor e tesão, seus lábios machucados, a forma que ele parece que sempre esteve esperando por mim. Deus, que sensação estranha e ridícula é essa, algo dentro de mim está me dizendo que esse pirralho mal criado é meu ômega, minha obsessão por esse garoto pode está indo além dos limites — Isso, você está indo bem ômega— sussurro, arrasto minhas mãos para sua bunda apertando, ele solta alguns sons manhosos, certo ele gosta disso. Meu único medo é de machucá-lo, faz tempo que não tenho relações e bom, eu não sou tão gentil quando se trata de sexo. Mas de alguma forma estranha eu quero ser gentil e cuidadoso, eu quero ser bom e suficiente, quero que seja algo gostoso e prazeroso para ele.
— Droga, isso é tão bom, mais forte! — Pete fala, meu lado alfa me deixa alucinado e excitado com suas palavras, seguro mais firme em suas nádegas e ajudo ele ir mais rápido e mais forte. — Ah- Meu Deus.
— Isso, vamos ômega — ele crava suas unhas em minha pele que tenho certeza que deixará marcas, me sinto como um animal selvagem, quero entrar dentro dele, quero foder ele até ele perder sua consciência.
— Eu tô quas- Oh — seu corpo fica mole e sinto um líquido quente e com cheiro de cacau em minha barriga, Pete goza, ele deita em meu peito com sua respiração descontrolada, ainda encaixado dentro de mim, Deus. Eu preciso desse ômega.
— Porra! — com meu peito subindo e descendo de excitação inverto nossas posições, viro seu corpo ficando por cima, volto a penetrar sua entrada como um animal, rápido e forte, merda, seu rosto está vermelho e suado, seus sons são tão bons de ouvir, me deixando louco, levo minha mão para sua garganta apertando — Diga que você é meu! — ordeno apertando sua garganta, ele me olha com seu rosto e olhos embriagados.
— Eu sou seu, alfa.— ele sussurra e meu pau pulsa dentro dele, porra, sinto que vou explodir a qualquer momento. Solto sua garganta, levo minha mão para o seu mamilo e aperto, ele agarra os lençóis, seus gemidos se tornam altos, levo minha mão até sua boca tampando, ele me olha com seus olhos lacrimejando e cheio de prazer, droga quando sinto que estou quase gozando, paro os movimentos e tento sair de dentro do Pete, mas ele segura em meu braço. — Continue alfa — ele fala com sua voz embriagada, meu corpo estremece, Pete começa a se esfregar, minha mente fica em branco, seguro em seu rosto grudando nossas testas suadas.
— Você está cometendo um erro Santis. — falo com minha voz rouca e fraca.
— Não pense muito, vamos logo, eu quero isso — ele diz e em seguida me beija, o gosto da sua boca é tão bom, volto a me movimentar, ele geme entre nosso beijo me deixando alucinado, ele afasta nossos lábios — Me deixe cheio de você, hum? — Pete sussurra, meu lado alfa me fez imaginar Pete tão cheio de mim, que escorria pelas suas pernas, esse pensamento insano me obrigou a lamber meus lábios, porra, o que esse garoto tá fazendo? Continuo meus movimentos fortes e duros, esse pirralho!
— Ah — acabo gozando dentro de si, minhas pernas e meu corpo treme em prazer, puta merda, eu tava precisando disso, caio por cima do Pete e ele resmunga pelo meu peso, saiu de cima dele e de dentro dele, e me jogo do seu lado no colchão, buscando ar. Deus, isso foi incrível.
Pete permaneceu calado, me viro ficando de lado, ele está me observando, levo minha mão para o seu cabelo tirando sua franja molhada pelo suor da sua testa — Você foi ótimo — falo, ele me olha um pouco estranho, aquela sensação de proteção me atinge novamente. Certo, Eu preciso parar com isso, esse garoto não é meu. Não posso olhar para ele dessa forma, ele só está no cio, e eu estou ajudando, Jesus. Pare com esses pensamentos de animal selvagem, eu não sou dono dele, eu não tenho direito sobre ele. E porque caralho eu fiz tudo que ele pediu? Retiro minha mão rapidamente do seu cabelo, e sento na cama. Porra! Eu transei com ele, eu sou igual à todos. Suspiro mas o sentimento de culpa só me consome mais.
— Alfa — Pete fala com sua voz rouca — Você está bem? — ele senta na cama e me encara.
— Você está melhor? — pergunto.
— Sim, ma-
— Ok, vou tomar um banho, meu pai e meus primos logo vão chegar, descanse um pouco. — falo saindo da cama.
— Bible o que você está fazendo? — ele pergunta, eu sabia que eu iria me arrepender disso, merda, porque eu deixei isso acontecer.
— Não estou fazendo nada. — falo secamente.
— Você está fugindo de mim, o que fiz de errado? Não foi bom? Você não gostou? — ele faz várias perguntas me deixando quase tonto.
— Deus — me virei para ele — Claro que gostei, mas isso foi um erro Pete. Não deveríamos ter feito isso, não somos um casal de verdade. — eu sei que estou sendo rude para alguém que acabou de perder sua virgindade, mas não posso negar isso, transar com ele foi um erro, eu me casei com ele para dar a chance dele escolher seu futuro, não para eu foder ele como todos queriam, esse não era o meu papel, ele deveria se entregar ao seu verdadeiro alfa. Meu último pensamento faz minha cabeça doer. "Seu verdadeiro alfa" porra, eu não gostei disso, eu tenho que admitir foi um erro comprar esse garoto.
— Mas eu queria, você queria também, para de pensar tanto! — ele diz.
— Isso é tão errado Santis, você não consegue ver? — falo — Certo, não tenho tempo para discutir sobre isso, vamos fingir que nada aconteceu, foi coisa de momento do seu cio, vou para o banho.
— Você só pode está brincando comigo! — ele bufa e cruza os braços, entro dentro do banheiro e fecho a porta, merda!
SANTIS
Eu deveria está me sentindo horrível pelas palavras do Bible, um erro? Certo, ele me acha um erro. Nada novo, talvez tenha sido um erro mesmo...mas foi...Deus! Foi incrível, foi tão bom. Foi incrivelmente bom, queria ter forças e cabeça para revidar seu olhar culposo sobre mim, mas a minha mente ainda está flutuando, eu não sabia que era tão bom transar, deveria ter feito isso antes. Certo, mas não tinha como.
Deito novamente puxando a coberta, e me cobrindo, o cheiro de sexo recente e o aroma do Bible ainda está por todo cômodo, puxo o ar sentindo todo seu cheiro, ainda me sinto embriagado e cheio, tão cheio dele, meu Deus, isso é algo tão bom.
Mas eu sei que ele não vai deixar isso acontecer novamente, ele praticamente fugiu de mim, na sua cabeça tudo foi um erro, mas eu não penso assim, somos sim um casal, pelo menos para nossas famílias, para a sociedade, somos um casal. Bible ele precisa refletir e entender as coisas, mas não vou pensar nisso agora, vou descansar.
Arrasto o pano da coberta até meu nariz sentindo o cheiro de lírio, e acabei adormecendo...
(...)
— Pete, acorde — sinto uma mão tocar em meu ombro, abro meus olhos lentamente e encaro o Bible em minha frente, seu rosto impecável — Meu pai chegou. — ele diz suavemente se afastando. — Temos que descer juntos. — ele fala.
— Hum, quanto tempo eu dormi? — pergunto passando minhas mãos em meus olhos me despertando.
— Tempo suficiente, levante-se e pare de fazer perguntas — ele diz seco, será que tudo que aconteceu foi um sonho, porque o Bible está mais insurportável e ignorante do que o seu normal.
— O que você tem? — sento na cama olhando em sua direção, seus cabelos estão penteados, sua roupa impecável, e sua pele brilhante ele parece perfeito, seu olhar tão frio e seu rosto não demonstra nada, acho que ele realmente acredita que foi um erro termos transado.
— Nada, só que já perdi muito tempo aqui nesse quarto — ele responde puxando seu celular da sua calça e desvia sua atenção para o aparelho.
— Ok — respondo sem ânimo, tudo bem, não é o momento para pensar sobre isso.
Levanto da cama, e vou até o banheiro. Fecho a porta, entro no box e ligo o chuveiro, deixo a água morna lavar meu corpo, o cheiro de lírio estava grudado em mim, a água acabou limpando todo aroma, meu cheiro de cacau volta a ficar intenso em minha pele, por alguma razão sinto falta do cheiro de lírio grudado em minha pele. Suspiro, e saio do banho.
Bible está estranho, difícil saber o que ele está pensando, ele é tão frio, e seu olhar está tão distante...me pergunto se realmente foi algo bom ter ficado com ele, será que ele irá me expulsar antes do tempo, eu ainda não tive tempo para falar com ele sobre isso. Pensei que poderíamos ficar juntos como casados, mas pela sua reação e decepção do seu olhar após nossa primeira vez, estou com a sensação que eu era o único com esse pensamento, ele realmente não me vê como um companheiro, e sim como um garoto mimado que precisava ser salvo.
Deus, eu não queria está me sentindo assim, essa dor no meu peito depois dos olhares vazios e sem emoção do Bible está me sufocando, eu não deveria me importar com ele, não depois dele passar três meses mentindo para mim e me tratando mal, eu deveria odia-lo, deveria pensar nele com raiva, mas...eu não consigo. Eu achei que odiava ele.
Mas no fim, eu queria, eu realmente queria que ele me olhasse como seu ômega, queria que pelo menos ele tivesse sentindo algo quando ficamos juntos, mas pelo visto foi apenas uma transa qualquer e uma "ajuda" que humilhação, me sinto como um idiota, Bible só faz as coisas para me ajudar, ele não quer nada sério, ele mesmo disse que não somos um casal de verdade, que o que aconteceu foi um maldito de um erro.
— Santis, vai morar aí dentro? — Bible fala, meu corpo estremece com sua fala, certo. Eu preciso ficar longe desse alfa. Eu só não sei se vou conseguir fazer isso...
— Estou indo — puxo o ar e solto, pego a toalha e enrolo em meu corpo, saio do banheiro.
— Finalmente — ele diz — Tá tudo certo? Não está sentindo nada estranho?
— Estranho? Como?
— Sentindo alguma dor? — ele pergunta, ele se importa?
— Por que? Está preocupado? — olho para ele, seu olhar continua neutro.
— Não é sobre isso, foi sua primeira vez e — ele olha para a cama, acompanho seu olhar, tinha uma mancha pequena de sangue.
— Meu Deus — levo minha mão para o meu rosto, ok eu não senti isso saindo de mim.
— Não precisa ter vergonha, isso é comum, e também eu acho que exagerei, sinto muito. — sua voz soa gentil.
— Eu queria. — afirmo — E não, não estou sentindo dor, senti algumas pontadas em meu traseiro, mas está tudo certo.
— Que bom, vou pedir para uma das criadas trocar os lençóis da cama.— ele fala, sentando na poltrona e voltando a mexer no celular.
— Bible? — chamo.
— Hum? — ele me olha, tive que usar todo meu autocontrole para não demonstrar o poder do seu olhar sobre mim.
— Você disse que foi um erro.
— E foi, mas não quero falar sobre isso agora, vista a roupa e vamos descer. — ele volta a olhar para o aparelho, por que ele é assim? bufo, e caminho para o closet, pegando uma roupa casual moletom e uma camiseta de algodão. Visto, e arrumo meu cabelo, passo meu perfume.
— Estou pronto — Bible volta seu olhar em mim, por alguns segundos ele me observa, sinto meu coração palpitar forte, que merda, buscando ar em meus pulmões — Vamos? — falo com um pouco de dificuldade pelo seu olhar penetrando minha alma.
— Vamos — ele guarda o celular, levanta e caminha para a porta, abrindo e logo sai, sigo ele.
(...)
Descemos pelo elevador e cheiros novos estão preenchendo toda a sala. Risadas altas e ouvidas por todo cômodo de baixo. Saímos do elevador e o Bible mexe seu ombro dando um certo espaço.
— O que está fazendo? — pergunto confuso, ele me olha revirando seus olhos.
— Segure aqui. — ele diz simples, ele realmente quer fazer isso, certo, eu esqueci que só ele sabe que esse casamento não é real, seus pais ainda acreditam que vamos dar bebês lindos para a família, uma sensação estranha embrulha em meu estômago. Há três meses atrás eu achava isso um absurdo ter bebês e ainda mais com esse alfa, mas agora... — Pete? — Bible me chama novamente.
— Ah, desculpa — me aproximo e passo minha mão em seu braço, caminhamos para a mesa de jantar.
(...)
Chegando na mesa, todos já estão sentados e conversando assuntos aleatórios sobre a viagem, o Salvatore continue com seu ar de superioridade, seu olhar cruel e sem emoção, me pergunto se ele gosta de algo, volto meu olhar para os dois jovens que estão sentados, eles são lindos, é uma garota e um garoto, ambos são incrivelmente belos, julgando pelos seus cheiros, o aroma da garota é de baunilha ela deve ser uma ômega e o garoto com seu cheiro de madeira forte, ele deve ser um alfa.
— Vocês chegaram — Serena diz sorrindo —Sentem-se.
— Olá filho, Pete. Como vocês estão? — Salvatore pergunta olhando para o Bible.
— Bem — Bible responde seco, ele solta seu braço, e em seguida puxa a cadeira para se sentar, tudo bem, eu achei que ele iria ser cavaleiro comigo, mas eu esqueço que ele ainda é um idiota.
— Primo! — A ômega fala animada — Que saudades de você — ela levanta e vem na direção do Bible, ele encara ela dando um sorriso, um sorriso Bible, sério? Desde quando ele sorri dessa forma, a garota se aproxima ainda mais e acaba lhe abraçando — Nossa, seu cheiro é tão bom! - ela está me vendo aqui certo? Ou eu estou invisível? Não é possível, dou uma leve tossida. E levo minha mão para a coxa do Bible.
— Certo — ele afasta a ômega — Elena esse aqui é meu marido Pete Jakapan Santis. Pete, essa é a Elena, minha prima.
— Marido? — ela fala surpresa — Certo, você casou meses atrás, tio Salvatore me contou, eu acabei esquecendo, me desculpe por não vim no seu casamento, você sabe como minha família é ocupada — ela finalmente me olha — Bem vindo a família Pete — ela sorri amigável, forço um sorriso, sinceramente não gostei dessa ômega, ela me parece ser uma mimada.
— Obrigado — respondo.
— Não acredito que ele é seu marido! — o alfa com cheiro de madeira finalmente fala — Eu já estava me sentindo apaixonado por ele — ele diz em tom de brincadeira, olho para o seu rosto, ele tem a pele bronzeada, seus olhos azuis e seu cabelo preto se destaca. E seu corpo...seus ombros são largos, seus músculos definidos marcando em sua roupa...ele é quente, com certeza ele é um ótimo partido.
— Giovanni! — Serena repreende
— Você ainda continua sendo um idiota né — Bible diz pegando a taça de vinho e levando para a boca.
— Não sou idiota, eu só falo a verdade, com todo respeito priminho, seu marido é lindo demais — ele sorri para mim, que sem vergonha! Sinto minhas bochechas queimar. Bible me da um olhar, que se ele não fosse tão frio e tão sem expressão eu poderia jurar que ele está dando um olhar de morte.
— Certo crianças, vamos comer, meninas podem servir — Serena diz chamando a atenção de todos, Bible toma todo vinho de uma vez, arregalo meus olhos, ele está louco?
Elena volta para o seu assento sorrindo.
Giovanni apenas sorri e volta a comer, como se nada tivesse acontecido, uma vez ou outra ele me olha, A Sr. Serena e o Sr. Salvatore voltam a conversar. Elena tagarela sem parar, falando sobre festas e coisas que ela faz em seu país. Bible parece desconfortável, ele está com sua cara fechada, só respondendo o básico das perguntas da Elena, não entendo o Bible, por que ele está assim?
Oii, estão gostando?
Até o próximo.💗