Querido desconhecido

By oivenus

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Anelise tem uma paixão platônica desde muito tempo por Theo e decide que irá conquista-lo. Passando o tempo m... More

Querido Desconhecido
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63

Capítulo 44

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By oivenus

Camila foi a primeira se desvencilhar do beijo e arregalar os olhos quando se deu conta da minha presença ali. Os lábios da minha amiga estavam inchados e vermelhos, Lavínia também não estava diferente. A loira tinha uma expressão surpresa, mas continha um sorriso provocativo.

— A-Anelise? O que você tá fazendo aqui? Pensei que tinha dito que não vinha — Sua voz soava insegura e perplexa.

— E não vinha mesmo, só tô aqui por causa da Flora — Comentei dando um passo para trás.

— Eu também pensei que não vinha, Anny — Lavínia começou a limpar o canto dos seus lábios — Tá afim de se juntar a nós?

Apolo, Theo, Camila, só falta pegar a Flora agora.

— Lavínia, para! — Camila disse brava — Eu posso explicar isso, Anny.

— Camila, fica tranquila. Você não precisa me explicar nada, a vida é sua. — Falei com calma, apesar de estar me tremendo por dentro vendo a satisfação estampado no rosto da Lavínia — Vamos Flora, precisamos ir atrás do Luís.

— Você nem gosta do Luís — Flora sussurrou próximo a mim.

— Cala a boca — Sussurrei de volta e peguei na mão da minha prima, a puxando para longe dali.

Não estava brava pelo o fato dela ter beijado a Lavínia, talvez apenas um pouco, porque ela sabia tudo que Lavínia me fez passar desde que eu pisei em Monte Campo. No entanto, se ela tivesse me contado antes sobre esse assunto, seria bem melhor.

Caminhei sem rumo entre as pessoas segurando firma a mão de Flora que estava resmungando algo que eu não conseguia ouvir. Como destino final, paramos nos lados das bebidas, comecei a encher meu copo vazio ao mesmo tempo que Flora ainda tagarelava.

Eu mal podia acreditar no que havia visto.

— Você tá gritando por dentro, não está? — Flora questionou me vendo dar virar o copo de uma vez.

— Não — Fiz uma careta — Só um pouco chateada e surpresa, mas vai passar.

Alguns minutos se passaram, o que foi o suficiente para Flora encontrar Luís. Ambos conversaram por algum tempo em um canto da festa parecendo discutir algum assunto muito importante e não demorou muito para que os dois pombinhos estivessem agarrados entre beijos e abraços.

Eu suspirei analisando aquela cena, me sentindo uma tocha humana e encalhada. Talvez eu estivesse com raiva por causa da carência momentânea. Meus olhos vagaram para os lados, buscando de novo alguém que eu ansiava por encontrar enquanto tentava esquecer o que acabara de acontecer.

— Procurando por mim? — Uma voz familiar nas minhas costas foi ouvida fazendo quase engasgar com a bebida. Virei meu rosto para encarar a pessoa e Apolo já estava com aquele sorriso metido nos lábios.

Apolo trajava uma jaqueta de couro e camisa branca, retirando toda aquela pose de garoto que só joga golfe e que é herdeiro do papai. A jaqueta caiu tão bem nele, que deixava seu tronco muito mais forte.

— A última pessoa que eu iria querer encontrar era você — Falei erguendo o queixo.

— Duvido — ele umedeceu os lábios rosados e seu olhar desceu para o resto do meu corpo, parando nas minhas pernas.

— Eu acho que era você que estava procurando por mim — Devolvi a provocação.

— E se eu estivesse? — Ele deu um passo à frente, encarando meus olhos.

— Gente, vamos ficar na roda com o pessoal — Flora se aproximou junto com o Luís, apontando para algumas pessoas sentadas no sofá. Percebi Lucca rodeado por algumas meninas, ele estava provavelmente dando em cima de algumas.

Apolo e eu nos aproximamos da pequena roda, as bebidas vazias estavam em cima da pequena mesa, também tinham algumas comidas e papéis amassados. Eles estavam disputando quem virava mais copos, o que era uma bobagem e um motivo ótimo pra não levantar do chão depois. Percebi que todos haviam sentado no seu lugar, entretanto, eu fiquei em pé sem encontrar nenhum lugar vazio. As garotas aproveitaram a oportunidade e sentaram nos colos de seus namorados, Flora foi a primeira.

— Anny, você disse que não vinha. — Lucca sorriu animado — Não resistiu a festa?

— Fui arrastada — Apontei com o queixo para Flora que apenas revirou os olhos.

E antes que eu pudesse raciocinar, uma mão forte segurou a minha cintura, puxando todo o meu corpo com agilidade. Quando me dei conta já estava sentada sobre um par de pernas, Apolo havia me puxado sobre ele. Fiquei paralisada por uns instantes e lancei um olhar na sua direção, o loiro estava com um sorrisinho nos lábios.

Suas mãos pressionaram ainda mais minha cintura, me dando aquela ardência e sensibilidade na barriga novamente. Coloquei a bolsa sobre minhas pernas, tentando não revelar nenhuma parte da minha calcinha.

— A Jade veio? — Perguntei direcionando meu olhar para Lucca tentando disfarçar.

— Sim, ela foi no banheiro lá em cima — Lucca respondeu.

O pessoal começou a conversar bastante sobre assuntos divergentes, eu me sentia perdida e desconcentrada porque ainda estava sobre o loiro. Durante alguns minutos eu estava escorregando mais para trás, encostando minhas costas no tronco de Apolo e minha bunda já estava pressionando sobre a sua pélvis. O mesmo deslizou a ponta dos dedos na minha coxa nua e exposta fazendo desenhos imaginários.

— Não precisamos ficar tão grudados assim né — Murmurei para Apolo ouvir.

— Claro que precisamos, amor — Ele sussurrou perto do meu ouvido, com a voz rouca.

Minha respiração estava presa, seu rosto estava na lateral do meu pescoço e eu poderia jurar que seus lábios o tocaram.

— Oi gente — Lavínia apareceu como uma assombração, me trazendo a tona tudo de novo. Dessa vez ela não estava acompanhada — Estão se divertindo? — Ela se apoiou no braço do sofá próximo a Lucca.

— Sim, a festa tá muito boa — Uma das garotas que eu não conhecia, se pronunciou.

— Ótimo, porque a noite só tá começando.

Lavínia me encarou, eu automaticamente revirei os olhos. Levantei rápido decidia a sair do mesmo ambiente que ela e Flora encarou o meu movimento com um pouco de preocupação.

— Vou ao banheiro — Sai com cautela sem olhar para ninguém, mesmo não tendo idéia onde ficava a porcaria do banheiro. Direcionei até as escadas, desviando do lugar apertado de pessoas. Torcendo mentalmente para que Flora apenas me levasse para casa.

Analisei as portas do grande corredor e pela fila que se formava, deduzi que haviam dois banheiros. A maioria dos garotos tinham um olhar perverso direcionado a mim, minha paciência estava pequena demais para falar alguma coisa e apenas os encarei feio.

Durante a rodagem da fila, percebi que alguns quartos pareciam ocupados de maneira bem obscena. Dava para ouvir gemidos e barulhos estranhos vindo deles. Para o meu constrangimento, uma das portas estava entreaberta, dando uma visão boa de dentro do quarto grande e bem arrumado.

Desejei ter um quarto assim por um segundo.

Me assustei automaticamente quando vi duas mãos agarrarem a bunda de alguém, erguendo a garota no colo com veracidade, tentei ser respeitosa e não encarar aquela cena de pegação, mas meus olhos curiosos, não conseguiram deixar de analisar as mechas azuis de cabelo que balançavam de acordo com os movimentos.

Eu reconhecia esse cabelo.

O tronco do casal se inclinou para o lado, revelando a lateral dos rostos que praticamente estavam se engolindo entre os beijos. Os cachos pequenos e a mandíbula perfeita era difícil de não reconhecer.

Era Jade e Theo?

Foi como um choque.

Meu estômago embrulhou no mesmo momento, desacreditada. O meu peito subiu e desceu de acordo com a minha respiração, que se tornava cada vez mais ofegante. Meus pés não se movimentaram de jeito nenhum, era como se estivessem presos no chão, como se criassem raízes a cada segundo que analisava aquela cena. A minha visão estava ficando mais turva, as minhas bochechas esquentaram sentindo as lágrimas invadindo meus olhos.

Não poderia ser.

Não.

Não.

Quanto mais eu encarava em silêncio, mas eu via com detalhes ambos se agarrando. O mundo tinha dado voltas naquele momento. Eu queria acreditar que eu estava alucinando, que estava ficando louca, que era efeito da bebida ou qualquer outra coisa que pudesse ter explicação.

Mas era real.

— Ei, fechem a porta pelo menos antes de se pegarem. — Uma garota a minha frente reclamou gritando, fazendo com que os dois virassem na nossa direção.

A expressão no rosto de Jade mudou rapidamente quando viu que eu estava ali, ficando pálida, a mesma se afastou rapidamente de Theo em um reflexo ágil.

— Droga — Ela disse piscando várias vezes, tentando se recompor.

Meus pés finalmente ganharam vida antes que ela pudesse falar mais alguma coisa. Apressei meus passos descendo as escadas sentindo que estava sendo seguida, apesar da pequena tontura eu conseguia me manter em pé e chegar próximo de Flora. Eu não conseguia chorar, raciocinar e muito menos enfrentar aquela situação. Queria me esconder em casa e ficar no meu quarto ouvindo música até dormir.

— Flora, vamos embora. — Disse nervosa, podia sentir meus dedos tremendo.

— O que? Agora? Por que? — Questionou ela franzino cenho.

— Por favor não me pergunta nada, apenas vamos pra casa — Eu estava quase implorando.

— Anelise você tá tremendo — Apolo se aproximou, observando com preocupação.

— Pior que está mesmo — Lavínia complementou curiosa.

— Anelise — A voz nas minhas costas revelou que era Jade me chamando, eu fechei os olhos com força, tentando me afastar. — Anelise, me deixe explicar por favor.

— Flora — Chamei minha prima mais uma vez, ignorando ela totalmente. Flora se levantou do colo de Luís e me encarou confusa, com rosto totalmente rígido.

— Anelise por favor, presta atenção — Jade insistia, senti a mesma puxar meu braço mas eu me soltei de seu agarro.

— Me solta.

— Vem cá, alguém pode explicar o que tá acontecendo? — Lucca perguntou se levantando.

Peguei na mão de Flora e tentei arrasta-lá para longe de todos ali, a minha mente estava uma bagunça, eu mal conseguia respirar.

— Anelise — Theo se pôs na minha frente, empatando a minha saída.

— Sai da minha frente — Eu quase berrei, o encarando com raiva.

— Vamos apenas conversar, deixa-

A minha raiva foi instantânea, a voz dele ardia meus ouvidos, meu coração poderia sair pela boca a qualquer momento de tão acelerado que estava, a adrenalina nas minhas veias era sentidas de maneira bruta e como impulso peguei a bebida que estava nas mãos de Lavínia e a joguei toda com força no rosto de Theo. Fazendo o mesmo fechar os olhos e abrir a boca, perplexo.

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