Querido desconhecido

By oivenus

1.6M 159K 93.9K

Anelise tem uma paixão platônica desde muito tempo por Theo e decide que irá conquista-lo. Passando o tempo m... More

Querido Desconhecido
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63

Capítulo 42

21K 2.2K 992
By oivenus

Nós saímos da piscina com Amália ainda reclamando e não demorou muito para que tivesse a plateia da família Di Angelis. O frio percorreu parte do meu corpo, tinha começado a me tremer depois que sai da água. Os olhares das outras pessoas do clube continuavam sobre nós. A vergonha me tomou, mas meu estado nervoso e raivoso estava muito maior, eu poderia voar no pescoço dela. Pela primeira vez, Lavínia tinha razão, ela era terrível.

— Meninas, o que aconteceu? — Cecília nos olhava incrédula.

— Essa rata de esgoto me empurrou na piscina, ela estragou as minhas roupas — A voz chata da morena me fez revirar os olhos.

— A Anelise? — Apolo me lançou um olhar meio desconfiado sobre as palavras da Amália.

— O que? Como assim? Por que? — Marco parecia perdido.

— Eu não empurrei ela. Essa psicopata está obcecada pelo o Apolo e me empurrou de propósito por ciúmes — Falei tremendo, com os olhos cheio de fúria pra cima de Amália.

— Se eu tivesse te empurrado, eu estaria seca, sua estúpida! — ela retrucou.

— Vamos nos acalmar gente — Cecília falou em um tom calmo.

— Duas moças não deveriam se comportar desse jeito — Marco balbuciou, me fazendo revirar os olhos — Você se machucou, Amália?

— Não, Sr. Di Angelis — os olhos dela haviam mudado quando se direcionou ao pai de Apolo.

Vi Apolo apenas pegar uma toalha embolada na mão de um funcionário da casa e me cobrir rapidamente, posicionando os braços em meus ombros.

— Amália empurrou sim, eu vi — Arthur apareceu com um tom inocente e parecendo está se divertindo com a água.

Amália olhou incrédula para a criança e os olhares da família se tornaram mais confusos e perplexos. Respirei fundo, um pouco aliviada, mas me sentindo uma idiota e desejando não encarar mais para o rosto de Amália. Estava sendo um saco e desconfortável aguentar todo o lado sarcástico e debochado dela. No fim, eu decidi que era hora de ir embora, não queria mais passeios com a família de Apolo, me desculpei com eles por um lado e o loiro fez questão de me deixar em casa.

Graças a Cecília, eu pude voltar com uma roupa seca para casa, apesar de serem mais compridas.

— Por favor, nunca mais me coloque no mesmo ambiente que aquele garota — Falei reclamando enquanto saia do carro, minha raiva estava maior.

— Amália é um terror. Agora você me entende né — ele disse colocando as mãos no bolso.

— Sim, entendo. Ela é insuportável, eu podia ter afogado essa urubua na piscina — cruzei os braços, sentindo meu rosto pegar fogo. Uma risada divertida então chamou minha atenção, vi que estava vindo de Apolo, era nítido que ele não se conteve com isso. — Qual a graça?

— Nada — Ele disse se recompondo — É só que você fica linda brava.

Meu rosto relaxou desmanchando toda aquela pose raivosa, as palavras de Apolo me deixaram surpresa e tímida, acelerando meus batimentos cardíacos. Ele estava olhando nos meus olhos, com um sorriso agradável e sincero, o que me surpreendeu ainda mais. Quando me dei conta, estava mordendo meu lábio inferior com força, desviando o olhar.

— Bom, é isso. Obrigada pela carona até aqui.

— Me diz, Anelise. Quando vamos falar sobre aquilo? — ele se aproximou de mim, os passos eram como de um felino. Os olhos curiosos vagando pelo meu rosto, como se estivesse me estudando.

— Aquilo? — franzi o cenho.

— O beijo.

Engoli seco, meu peito de novo estava acelerado e minha respiração se prendeu.

— Não temos nada pra conversar sobre isso, eu agradeço por ter me ajudado e só posso dizer que não foi em vão.

Vi sua testa formar uma carranca, o seu olhar tinha mudado, incomodado.

— Ele beijou você? — Perguntou com a voz mais grave do que o normal.

— Apolo, não vamos começar com esses tipos de perguntas. Eu preciso entrar, obrigada de novo. — Eu comecei a dar uns passos para trás, na tentativa de me afastar.

— Tudo bem, não vou avisar mais você.

A expressão no seu rosto do loiro estava séria e desapontada. Por um momento, me deu uma pontada no meu peito, era como se em algum lugar da minha mente não quisesse que Apolo se sentisse assim e que implorasse para ele ficar. Era como se eu estivesse dividida de alguma forma, questionando os meus sentimentos pelo o Theo, alucinando com Apolo e desejando o toque do loiro de novo.

Talvez seja apenas uma atração física.

Meu cérebro pifava com tantos pensamentos e sentimentos confusos, além de me preocupar com romances mal resolvidos, minha mente estava nas provas finais do segundo bimestre, as férias estavam mais perto e a meta era garantir notas altas. A preocupação era tanta que quase não havia tocado na comida do refeitório da escola.

— Meu encontro com Theo foi realmente divertido — Comentei tentando afastar os pensamentos negativos — Acredita que ele me deu um livro do crepúsculo?

— Nossa, um dos livros que mais você queria. Isso quer dizer que vocês se beijaram? — Lucca perguntou franzino o cenho, parecendo com nojo.

— Sim e foi muito bom — Eu falei com gosto, tirando uma careta de Lucca.

— Anny, você não tem outro assunto além do Theo? — Jade perguntou entediada. Fiquei um pouco ofendida com a pergunta, franzino a testa, confusa.

— Que bicho te mordeu?

— Os pais — Lucca respondeu de imediato — Querem colocar ela no colégio interno.

— O que? — Eu arregalei os olhos — Por que não me contou, Jade?

— Talvez porque você vive girando em torno do Theo? — O meu amigo ao lado respondeu por ela, usando um tom de voz muito mais irônico. Eu suspirei, me sentindo um pouco culpada.

— E por que eles querem fazer isso? — Perguntei olhando pra Jade, que tinha olheiras fundas.

— Por muitas coisas, mas quando eu escapei do castigo pra ir em uma festa e voltei bêbada pra casa foi o ápice pra eles — Ela encostou a cabeça na mesa e eu passei as mãos pelo o cabelo dela, deslizando pelos os fios negros.

— Eles não podem fazer isso, apesar das suas escapadas pra festa, você se esforça na escola. — Tentei conforta-la.

— Pra eles, eu tô me tornando inútil e dando muita dor de cabeça. Eles querem que eu me comporte igual a minha irmã, que é formada, tá pestes a se casar e que segue as regras de etiqueta — Sua voz parecia revoltada e seus olhos estavam cheio de lágrimas.

Me levantei para ir sentar na cadeira ao lado dela e passei meus braços em volta de seu tronco, a abraçando. Sabia que para Jade o pior era não ser compreendida, não ser ouvida e deixar de ser ela mesma, tirando todo o seu jeito liberal.

Depois de um tempo consolando Jade, fui ao banheiro urgente pois estava apertada e rezava mentalmente para o professor não reclamar do meu atraso na aula. Entrei em uma das cabines com rapidez e agilidade. Meus ouvidos foram invadidos pelo o som de alguém entrando no banheiro, resmungando algo.

— Mãe, eu não preciso da sua lição de moral agora. Depois eu me resolvo com o papai. — A voz que ressoava pelo o banheiro, era de Lavínia.

— Não, você não entende! Ele não pode me cobrar sinceridade se ele é um mentiroso também. Se eu não tivesse descoberto a verdade a muito tempo atrás, com certeza até hoje mentiriam pra mim.

Treta familiar.

Parece que todo mundo estava entrando na deprê.

Minha curiosidade estava me matando por dentro, eu queria saber da fofoca toda, mas então a loira ficou em silêncio por alguns segundos antes deu abrir a porta da cabine. Vi ela arregalar os olhos e depois lançar um olhar torto na minha direção.

— Eu tenho que desligar depois nos falamos — Lavínia falou baixo, desligando o celular com um clique e eu apenas fiquei sem olhar no rosto dela, lavando minhas mãos na pia de maneira cuidadosa. — Você estava ouvindo tudo?

— Sim, não tinha como não ouvir — Falei insegura — Mas vou fingir que não ouvi nada. Não sou fofoqueira, Lavínia.

A loira soltou um suspiro, apoiando as mãos sobre a pia. Seus olhos estavam brilhando com as lágrimas, a sua postura havia mudado, revelando suas inseguranças.

— Problemas com os pais? — Por um segundo meu cérebro ficou surpreso pelo o que tinha saído da minha boca.

Ela lançou um olhar de canto pra mim, depois encarou o grande espelho do banheiro.

— É, minha mãe me sufoca às vezes — A loira confessou, transbordando todo seu cansaço. Lavínia abriu a torneira e molhou seu rosto — Às vezes eu só queria esquecer.

Eu finalmente a olhei.

— Sabe o que me ajuda? Fazer alguma atividade física. Tenta correr enquanto ouve música, pular corda, jogar queimado, bater em saco de pancada.

— Bater em um saco de pancada? — Lavínia questionou com um meio sorriso.

— Sim? Vai que você gosta — eu sorri de volta.

— Vou ver se tento algum dia — Ela disse e eu me virei para sair do banheiro — Apolo te contou da minha festa?

— Ah, ele comentou alguma vez sim — Respondi tentando me recordar.

— Espero que ele tenha dito que vocês estão convidados e também convidei a Camila — confessou, me fazendo franzir o cenho.

— Sério? Ela vai?

— Ela me contou que ia.

— Que bom então — o ciúmes estava subindo pelo o meu corpo, Camila havia me dito que elas estavam mais próximas. Coloquei a mão na maçaneta, prestes a finalmente voltar pra sala.

— Anelise, — Ela me chamou, tomando a minha atenção — toma cuidado em quem você confia.

— Do que você tá falando?

— É só um aviso — Antes que eu pudesse questionar ainda mais sobre o assunto, Lavínia saiu do banheiro primeiro do que eu. Punindo meu cérebro mais uma vez.

Continue Reading

You'll Also Like

1.9M 145K 44
Strix é uma escola de submissas onde mafiosos investem para terem as suas. Emma foi criada na Strix e ensinada para se tornar uma, mas a garota não é...
716 274 15
Savannah, uma jovem de determinação ferrenha, tem uma clareza singular sobre seus desejos - ou pelo menos é o que ela gosta de acreditar -. Em sua cu...
2.3K 977 16
Alicie pensa que é uma simples garota, o que ela não sabe e que é destinada ao próprio cupido. Há seculos Logan procura sua alma gêmea. Alicie não ac...
1.6K 220 18
Erin Anderson é vista como a personificação do Sol, sempre alegre ela ilumina as pessoas ao seu redor. Mas, quando ela se envolve em um mal entendido...