Querido desconhecido

By oivenus

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Anelise tem uma paixão platônica desde muito tempo por Theo e decide que irá conquista-lo. Passando o tempo m... More

Querido Desconhecido
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62

Capítulo 33

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By oivenus

A escola estava agitada aquela manhã, provavelmente por conta das provas, já estava perto das férias e era absurdo pensar que estávamos em junho. Eu também estava ansiosa, as minhas notas em algumas matérias estavam complexas e os trabalhos não ajudaram tanto quanto imaginei, entretanto, eu estava no meio termo.

Sentada no banco acompanhada de Lucca e Jade, meus olhos se deram conta da presença de uma cabeleira loira e olhos azuis, acompanhado de uma morena mais velha. O braço de Amália estava preso ao de Apolo, ele parecia desconfortável e ela parecia estar analisando todos com o rosto convencido.

— Parece que alguém está roubando o seu garoto de ouro, Anny — Lucca comentou próximo a mim.

— Não bota lenha na fogueira, Lucca — Jade falou em repreensão.

— Pelo o visto o meu dia tá começando do jeito errado — eu resmunguei cruzando os braços.

Mantive meus olhos em ambos e vi Apolo olhar para mim, o que transmitiu como um pedido de socorro. Amália tagarelava alguma coisa próxima ao loiro ao mesmo tempo que passava as mãos nos braços do garoto.

Então, era a minha vez de colocar em prática a encenação de "namorada" ciumenta.

— Eu vou lá — disse me levantando.

— Você disse que tinha medo dela — Jade falou.

— Tinha — enfatizei — Você disse certo. — eu caminhei na direção de ambos. Os olhares estavam todos sobre eles, até porque, Amália era bonita demais para apenas uma acompanhante até a entrada da escola.

Vi a expressão de Amália mudar quando notou minha aproximação.

— Bom dia! — eu disse com um sorriso e me colocando ao lado de Apolo.

— Bom dia — ambos responderam com os olhos em mim.

— Veio se matricular? — perguntei com um tom de divertimento, já sabendo que ela havia terminado a escola.

A morena abriu um sorriso aparentemente falso.

— Só vim acompanhar o meu futuro namorado.

A saia curta do vestido que ela estava usando exibia muito as pernas torneadas. O bronze lhe caía como uma luva, não é atoa que arrancava olhares de todos os garotos e me perguntei por um segundo, porque Apolo não havia namorado ela, eles pareciam ser iguais de comportamento.

— Futuro namorado? — eu arqueei a sobrancelha e ela fez o mesmo.

— Algum problema?

— Pensei que Apolo havia te contado — minhas mãos pousaram pelo o antebraço de Apolo, acariciando e depois o segurando próximo a mim.

Ela ergueu as sobrancelhas e depois franziu o cenho, analisando minha atitude.

— Contado o que? — a voz demonstrava irritação.

Encarei Apolo que me encarava de volta, com o olhar um pouco perdido e ao mesmo tempo curioso pelo o que eu diria a seguir.

— Que finalmente estamos namorando — minha voz saiu confiante.

Pude ver um sorriso malicioso nos lábios formando-se no rosto do loiro, que basicamente havia voltado à vida, antes estava visível que esses dias que passaram tinham sido uma tortura tremenda para ele.

Uma risada eufórica escapou dos lábios dela, parecendo ter entendido isso como uma brincadeira e ironia.

— Você namorando o Apolo? — a morena falou entre os risos.

Eu a encarei séria.

A garota a minha frente começou a ficar vermelha quando percebeu que nenhum de nós estava rindo ou desmentindo e seu rosto logo demonstrou infelicidade, embora, ainda assim, continuei com a provocação; passei minha mão em volta da mão de Apolo, que retribuiu o entrelaçamento os dedos bem devagar, dando um leve aperto.

— O que? É brincadeira né? — Ela cruzou os braços e olhou para as nossas mãos — Apolo?

Ele pigarreou.

— É verdade, estamos namorando.

Ela piscou várias vezes, surpresa e irritada.

— Espera! Você conhece essa garota a quanto tempo? Duas semanas? Um mês? — Amália tinha aumentado o seu tom.

— Quase dois meses, basicamente — ele respondeu.

Desde Abril.

Sua família me falou que os dois se conheceram pela internet, o que é muito esquisito já que você é a pessoa mais reservada que eu conheço e agora simplesmente decidiu que é a melhor opção namorar com alguém que acabou de conhecer?

Ela estava dando sermão?

Sim — ele respondeu descaradamente, de modo tranquilo. Foi quando sua mão se afastou da minha e deslizou seus dedos de maneira firme pela minha cintura por cima do meu uniforme, aproximando meu corpo mais do seu.

Os lábios da garota se entreabriram, parecendo perplexa.

Temos que ir, amorzinho — falei puxando Apolo para sair rapidamente dali antes que ela surtasse ou algo do tipo.

Dessa vez eu pude ampliar minha visão, algumas pessoas nos observavam de maneira curiosa, meus amigos eram os primeiros parecendo boquiaberto, até mesmo Lavínia parou para encarar a cena. Foi quando então meu coração disparou, meus olhos haviam percebido Theo ali observando a nossa situação. Ele estava sério, com a mandíbula travada e meus dedos simplesmente te sufocaram a mão de Apolo.

Eu me senti murcha.

Fomos pra um local da escola em que não tinha muita gente e finalmente podíamos respirar.

— Amorzinho? — ele repetiu.

Eu abri um pequeno sorriso.

— Você preferia bombomzinho ou mozão? — eu arqueei a sobrancelha — Honey, quem sabe?

— Tudo bem já entendi

Ele sorriu.

— Por um segundo acreditei que você estava com ciúmes — a voz de Apolo sussurrou próximo ao meu ouvido e eu quase saltei.

— Se quase convenci você que é quase um deus da mentira então com certeza convenci os outros, amorzinho — eu enfatizei.

Ele sorriu de lado e eu pude notar um certo brilho nos seus olhos.

— Bom, para uma madre Tereza você até que está se saindo bem mentindo — Apolo disse com provocação enquanto se colocava a minha frente e deslizava mais uma vez as mãos pela minha cintura, me puxando mais próxima à ele.

Eu franzi o cenho o analisando de baixo para cima.

— Eu apenas não gosto de ficar mentindo e enganando os outros.

Passei os braços em volta do seu pescoço abruptamente, querendo sufoca-lo por dentro até ele tirar o maldito sorriso da rosto. Eu pude sentir suas mechas macias e loiras deslizar pela minha mão.

— E você acha que eu gosto? — ele arqueou uma das sobrancelhas. O rosto já próximo ao meu.

Era notório a cor rosada em suas bochechas e lábios, os olhos azuis pareciam não ter fim, tão claros que chegavam a chegar próximo a um prata.

— Você tem cara de mentiroso compulsivo.

Uma risada gostosa de ouvir escapou dos lábios dele e eu o encarei séria. Estávamos em uma posição de casal, com rostos e respirações próximas.

— Posso perguntar uma coisa? — a voz baixa dele saiu arrastada.

— Já tá perguntando — eu respondi sem muito interesse e notei seu rosto se tornar sério.

— É verdade que você não sabe beijar? — a sua pergunta foi como uma facada no coração. Eu arqueei as sobrancelhas e meus pulmões sufocaram.

— O que? Quem te falou isso?

— Lucca.

Maldito.

Lucca me paga!

Eu respirei fundo e desviei o olhar tirando os meus braços em volta de seu pescoço, entretanto, o loiro ainda me prendia entre os seus braços, agarrando minha cintura.

É por isso que colocou aquela regra boba de não ter beijo no nosso namoro?

— Isso não é da sua conta, por que tá tão interessado?

Olhei sua língua deslizar entre os próprios lábios.

— Eu posso te ensinar — sua voz soava maliciosa e descarada, sua expressão facial era realmente de provocação e luxúria.

Foi eu quem dessa vez soltei uma risada sarcástica. O rosto dele começou a encurtar a distância entre o meu e em reflexo, coloquei a mão por cima da sua boca a tampando e afastando de mim.

— Nem que pagassem eu aceitaria um beijo seu, Apolo. Agora por favor, acho que pelo horário temos que voltar pra sala, já deu de show por hoje — passei as mãos pelos braços me desfazendo do seu aperto e afastando.

— Un giorno ti farò implorare — mais uma vez o idiota falou em italiano. O que eu não conseguia entender e me irritava mais ainda.

Eu revirei os olhos saindo na frente. Quando cheguei na sala de aula, os meus amigos estavam sentados em seus lugares de sempre. Olhei para o rosto de Jade que parecia perdida e triste aquela altura. Fazia um tempo que ela estava assim, a maioria das vezes os motivos eram seus pais, o que me preocupava um pouco.

— Tá tudo bem? Parece abatida — comentei próximo a ela.

Ela me olhou e forçou um pequeno sorriso.

— Sim.

— O que houve?

— As coisas de sempre — ela suspirou.

— Seus pais?

— É, também. — ela encostou cabeça na mesa se entregando totalmente ao cansaço.

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