kinnPorsche (BL)❤️

By LaQueenMisteryosa

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Kinn e Porsche KinnPorsche, é uma série tailandesa, conhecemos Kinn, o filho de uma máfia poderosa. Uma noit... More

Informãção
Introdução
Capitulo 1 Porshe
Capitulo 2 Déja vu
Capitulo 3 Mestre da Caça
Kinn & Porsh-4 A caça
Kinn & Porsh-5 A pressão
Kinn & Porshe-6 Escolhas
Kinn & Porshe-7 Certo ou erra?
Kinn & Porshe-8 1° de trabalho
Kinn e Porshe-9 Esquecido
Kinn e Porshe-10 Cansado
Kinn & Porshe-11 Diferente🤔
KinnPorsche-12 Insanidade
KinnPorsche-14
KinnPorsche-15
KinnPorsche--16 Instinto 🔞🔞
KinnPorsche-17 Machucado🔞🔞
KinnPorsche-18 Lembrete Constante
Livro 📕 2 KinnPorscheAmor Indecente🔞🔞
Livro 2 KinnPorsche-19 Sentimentos
KinnPorsche-20 Desaparecidos
KinnPorsche-21 Em Círculos
KinnPorsche-22 Estremecidos
KinnPorsche-23 Destraido
KinnPorsche-24 Apagar o Passado 🔞
KinnPorsche-25 Pensando Demais
KinnPorsche-26 Não Consigo Parar🔞🔞
KinnPorsche-27 De regresso
KinnPorsche-28 Ja é O suficiente
KinnPorsche-29 Perguntas
KinnPorsche-30 O Fim
KinnPorsche-31 Tarde de Mas
Introdução Livro 3
KinnPorsche-32
KinnPorsche-33
KinnPorsche-34 Declaração 🔞
KinnPorschey-35
Kinn & Porsche-36

KinnPorsche-13 Suspeita

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By LaQueenMisteryosa

Capitulo-13 Suspeita

Porsche

Acordei e me virei com dificuldade, imediatamente sentindo dor de cabeça enquanto abria os olhos devagar.

Aquele desgraçado do Kinn!

Quanto ele bebeu noite passada? Ele ao menos ficou bêbado? Ele provavelmente não chegou nem perto, já eu... Não quero nem pensar nisso.

Apoiando meus braços na cama me levantei devagar, minha cabeça
continuava a doer como se estivesse sendo esmagada. Removi o lençol que me cobria.

Espera, lençol? Um lençol preto e grosso? Uma cama de casal e um quarto enorme...

Examinei todo o quarto repassando os acontecimentos da noite passada. Eu estava no bar da Jade e vim para a casa depois da festa, quando cheguei ajudei Pete a colocar Kinn no quarto dele, eu limpei ele e...

Porra! Não me diz que eu tô no quarto desse fodido de novo!

Dei uma olhada no quarto mas não tinha nenhum sinal do Kinn, continuei olhando um pouco mais até ver uma foto de família.

Era Khun Korn com os filhos.

Eu não conseguia acreditar no que estava vendo, por que caralhos eu estou aqui de novo?!

Minha dor de cabeça aumentou assim que tive uns flashbacks do que aconteceu, lembro que me senti muito bem noite passada, tão bem como se estivesse nas nuvens.

Minha respiração era quente e meus lábios estavam tão úmidos quanto o da pessoa a minha frente, eu estava quase me entregando o prazer quando percebi que era Kinn.

Eu estava beijando o Kinn!

Mesmo estando bêbado, eu lembro de tudo que aconteceu nesse quarto e eu lembro dele em cima de mim.

Estava me levantando da cama quando senti um cheiro ruim chamar minha atenção, olhei para o chão e rapidamente levantei meus pés. Tinha vômito por todo o lugar e o pior, eu soube imediatamente que era meu.

Depois de vomitar eu apaguei, mas o ponto é, Kinn me beijou. Por que ele fez isso?! Que porra ele estava pensando? Ou talvez ele estava só brincando comigo, por isso fez o que fez.

-Deve ser isso.

Andei para o outro lado da cama e olhei para o relógio na parede, já eram nove horas, eu ainda tenho uma hora até o dingdong me chamar. Essa situação me lembra o dia que dormi no sofá, mesmo momento e o mesmo sentimento.

Fiquei de pé colocando minhas mãos na cintura quando de repente a porta de vidro se abriu. Eu imediatamente me agachei quando o som da porta chegou aos meus ouvidos, era Kinn, ele segurava o celular enrolado no cobertor do sofá olhando para mim. Seu rosto estava calmo como de costume, nem um traço de raiva nele, ele apenas olhou para mim levantando uma sobrancelha e eu o olhei de volta.

- Por que você não me acordou? Onde você dormiu? - Perguntei calmamente. Senti um pouco de culpa quando me dei conta de que ele dormiu no sofá enquanto eu dormi confortável na cama.

- Limpe seu vômito antes de ir. - Ele respondeu. Seus olhos estavam grudados no celular outra vez.

- É óbvio, você não tem que me dizer! - Murmurei para mim mesmo. Peguei alguns lenços e me abaixei para limpar minha bagunça, o nojo tomou conta de mim quando a mistura do álcool com o fedor do vômito bateu em meu rosto. Estou tão agradecido por não ter tirado minha roupa como da última vez, porque se eu tivesse feito isso, não sei como iria encarar Kinn no dia seguinte.

Peguei um pano úmido e passei uma segunda vez para não ficar nenhum resíduo. Depois de limpar o chão tirei os lençóis da cama para lavar, mas Kinn me parou.

- Pode deixar aí, a moça da limpeza vai vir pegar eles mais tarde. - Kinn disse, se encostando no batente da porta com os braços cruzados.

Eu imediatamente deixei a pilha de lençóis sujos caírem na frente dele.

- Você pode pelo menos colocar eles no canto? - Kinn disse com um sorrindo brincando em seus lábios.

-Por que? Eu apenas vou deixar aqui para ela ver. -- Falei, deixando a pilha no caminho da porta.

Várias perguntas continuavam a aparecer na minha cabeça e eu queria perguntar para ele sobre elas, mas estou com receio de ficar ainda mais confuso se ele me responder com provocações.

- Espere. - Kinn disse impedindo minha passagem com a mão.

"Eu não sei o que dizer para você Kinn, por favor não faça isso agora." Pensei.

-O que foi?-Perguntei em um tom suave.

- O que você fez ontem a noite?

Porra! Eu ainda estou processando as coisas e ele já está me perguntando sobre isso! Eu estou fodido!

-O-oque eu fiz? - Perguntei, tentando olhar para ele como se eu não soubesse do que ele estava falando. Mas eu não consegui, porque no momento em que nossos olhares se encontraram eu imediatamente virei o rosto.

Não consigo olhar ele nos olhos!

- Noite passada, quando você me levantou.

Posso sentir outra dor de cabeça chegando enquanto tentava lembrar do que aconteceu ontem. -O-ok, o que eu fiz?

- Ainda dói.

Porra! Você poderia ser mais específico, Kinn? Meu coração está batendo rápido de medo.

Primeiro eu durmo na sua cama e até vomitei no chão, agora isso? Eu fiz algo com ele? Tenha piedade!

-Que merda eu fiz? - Perguntei.

-Ontem a noite, quando você me tirou da mesa, me maltratou - me acertando aqui. - Ele pegou minha mão de repente, colocando sobre seu abdomen. Eu podia sentir seu calor por sua roupa fina e isso me arrepiou, me deixando congelado por um momento.

Quando percebi seus movimentos, meus olhos se arregalaram et imediatamente tirei minha mão.

-Que porra você tá fazendo? - Perguntei confuso, empurrando a mão dele saindo do quarto o mais rápido possível.

Escutei Kinn rir enquanto eu saia, mas estava com muito medo para me importar com isso e continuei correndo para longe dali.

Que droga, Kinn! Que porra você está fazendo?! Por que caralhos você está fazendo isso comigo?! Porque você está me confundindo?

Quando cheguei do lado de fora, bati a porta com força, assustando os guarda-costas. Big me deu uma olhada mas eu não poderia me importar menos, já tive muito por hoje.

-Espera! - Meu braço foi segurado com força.

-Me solta.- Eu rapidamente chacoalhei meu braço e me virei para o olhar irritado.

- O que você estava fazendo lá? - A pessoa que segurou meu braço com urgência era Big.

-Não é da sua conta. - Respondi irritado.

-Seu desgraçado! Eu estou perguntando com educação! - Ele rosnou para mim.

-E eu disse que não é da porra da sua conta!

Estava prestes a andar novamente, mas o filho da puta continuou segurando meu braço. Eu apenas mantive meu olhar baixo, segurando minha raiva.

Porque se eu olhasse para ele eu iria socar a cara dele com força.

- Responda a minha pergunta! E o que merda aconteceu com o seu pescoço?! - Ele disse, mas ao invés de ficar com raiva eu fiquei em choque, imediatamente colocando a mão no meu pescoço. E para a minha surpresa, a bandagem que eu tinha colocado havia
sumido.

- Se você tem tanto tempo para me incomodar, por que não usa esse tempo para fazer algo que preste? - Falei com uma voz cansada.

As memórias de ontem a noite e as novas marcas no meu pescoço apenas confirmam que as coisas que eu lembro realmente aconteceram.

- Porsche! Se você me responder desse jeito outra vez, eu vou te dar uma surra! - Ele levantou o punho para mim. Eu nunca tive medo desse cara e se ele quiser brigar, é briga que ele vai ter.

-O cachorro já te cumprimentou tão cedo? --- Uma voz se aproximou colocando o braço em meus ombros, era Pol.

-O que vocês estão fazendo aqui? - Eu falei em admiração, mas outro homem veio.

- O cachorro provavelmente não tomou remédio ainda, por isso que ele é selvagem. - Arm falou ficando do meu lado.

- Ei! Vocês dois estão tirando uma com a minha cara? - Big disse para eles, seu rosto extremamente vermelho.

- Vamos lá! Nós sabemos quem é aquele com medo aqui, Phi. Só não queremos desperdiçar nossa manhã por algo como isso. -Pol disse, ainda com o braço em meus ombros me arrastando para longe daquele lugar.

Olhei para trás onde Big estava, esperando que ele fosse vir atrás da gente, mas ele foi interrompido pelos subordinados dele. Ele pôde apenas soltar um grunhido frustrado enquanto nós íamos embora.

Quanto a mim, os dois bastardos me arrastaram para o refeitório e vi Pete em suas roupas casuais outra vez.

Deve ser o dia de folga dele.

-Phi Big estava começando uma briga essa hora da manhã e você ainda o atiçou, perdeu o juizo?-Arm disse colocando uma tigela de arroz na minha frente.

-Obrigado. - Falei antes de tirar os vegetais da minha tigela e colocá-los de lado.

-Eu pensei que você tinha ido pra o seu quarto, Porsche. Por que você saiu do quarto do Khun Kinn? -Pol virou perguntando para mim.

Porra! Achei que já tinha dado um fim nesse assunto com Big, mas esses dois são piores do que eu pensava. Mais especificamente Pete, que não parava de dar sorrisinhos de canto.

- Porra Pete! Você me deixou sozinho com o Kinn ontem a noite! - Me virei para acusar ele.

- Por que eu? Eu estava bêbado ontem também, não sei porque você está me culpando. Ele respondeu em um tom suspeito.

Como se tivesse alguma coisa que ele sabia mas eu não.

-Filho da puta! Como você pôde?! - Continuei gritando com Pete.

- Ei, Ei, Porsche! Como você pode ter mais marcas no pescoço do que antes? Não tínhamos combinado que se você encontrasse uma garota você ia compartilhar comigo? - Arm disse cheio de entusiasmo, fazendo Pete rir.

- Qual o problema com você, Pete? Por que você tá rindo? - Arm virou para Pete.

- Nada, o arroz estava muito quente.

Dei um olhar para Pete, mas o filho da puta apenas desviou os olhos dos meus.

-Ahhh, eu queria ter nascido com o rosto como o do Porsche, você fica bêbado e imediatamente vai transar. - Pol alimentou ainda mais o fogo, eu não sei nem como reagir a essa conversa mais. Os idiotas continuam comendo e quando terminaram, fomos direto tomar banho e colocar o uniforme.

- Khun Tankhun está prestes a sair, Porsche. Você deveria usar seu terno também. - Arm disse para mim e eu concordei, indo para o banheiro olhando para o espelho.

Porra! Tinham novas marcas! Por que ele fez isso? Ele é gay?

Mas ele tem cara de mulherengo e um corpo resistente, as mulheres devem fazer fila para ter um pedaço dele.

Mas noite passada eu realmente me senti bem, mas se não fosse Kinn, eu provavelmente teria me aproveitado mais ou talvez eu poderia... Eu não sei o que estou pensando!

Apenas deixei um suspiro sair e continuei meus negócios no chuveiro, depois tomei um banho, coloquei o uniforme e fui para o quarto do Khun Tankhun. Assim que entrei o vi ainda deitado na cama, deve estar assim porque pegamos um pouco pesado com ele ontem.

Estou agradecido que Arm e Pol me disseram que o treino de tiro seria pela tarde, porque eu não conseguiria ter vindo se fosse na parte da manhã.

Khun Korn queria que nós praticassemos tiro, para fins de autodefesa. Quanto ao turno de hoje, meus subordinados e eu levamos o corpo molenga do Khun para dentro do banheiro e o checamos de vez em quando, para nos certificarmos que ele não está dormindo enquanto toma banho.

O turno do dia não foi tão ruim, mas Khun ainda queria sair de noite. Eu estou bem com isso enquanto eu puder ir para casa com meu irmão.

Eu estava ajudando Khun a entrar no carro quando esbarrei com Kuhn Korn.

- Pratique bem, Porsche. Acerte os alvos para poder ser um bom atirador também. - Ele disse com um sorriso e eu assenti.

Ele olhou para o filho, mas o bastardo já estava dormindo no banco de trás. Enquanto a mim, mal estou me aguentando sozinho, é como se eu estivesse cuidando do meu próprio filho. É tão incómodo.

Eu estava prestes a entrar e sentar no carro quando Kinn saiu de repente da casa junto aos seus guarda-costas.

- Por favor, cuide do irmão do Tankhun também. - Khun Korn disse e eu percebi que Kinn vai vir com a gente também.

Ele entrou na van atrás da nossa.

Entrei no carro sem prestar muita atenção em Kinn, mas com um jeito arrogante ele balançou o pescoço para frente e para trás como se o corpo dele ainda estivesse entorpecido de tanto beber ontem.

Você não ficou nem um pouco envergonhado na frente do seus guarda-costas?

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CAMPO DE TIRO

- Khun, tome um pouco de café. - Eu falei com um tom de voz um pouco irritado. Não sei o que dar para ele, mas não aguentava mais verele nesse estado.

- Hoje à noite nós vamos de novo. - Ele disse em voz baixa, seus olhos fechando.

-Mas Khun, você nem se recuperou ainda. - Respondi em uma voz suave, ele me ignorou por um momento e não me respondeu imediatamente.

-Eu disse que vamos hoje a noite. - Ele respondeu com bastante rigidez e olhos bem abertos.

-Então levante e pratique tiro também. - Eu disse e olhei para o espelho de vidro, meus olhos vagaram pelo lugar e ficaram em Kinn que estava com seus homens atirando de uma maneira descuidada. Eu queria praticar também, mas não posso deixar esse idiota sozinho.

-Eu não quero, está muito alto. - disse e continuou a pular na mesa, -Então por favor, se comporte esta noite. Você provavelmente não vai poder ir por causa do seu estado atual. Eu falei com os braços cruzados.

- Você está dizendo que eu sou fraco? - Ele levantou a cabeça para mim com raiva se formando em seus olhos.

- Não estou Khun, mas se você ficar agindo desse jeito, como vai poder ir hoje à noite? - Eu falei com uma cara séria. Ele resmungou em protesto, levantou da cadeira e foi para o campo. Ele então pegou fones de ouvido os colocando nas orelhas e eu suspirei em alívio.

Arm se aproximou de mim me puxando pelo pescoço. - Uau, ainda tem muito caminho pela frente até conseguir domar o mestre teimoso. -Arm brincou antes de cutucar minhas costas e colocar seus fones de ouvido.

Eu então coloquei meus fones também e o segui com Khun na nossa frente. O campo de tiro está exclusivamente para nós, Arm disse que era um dos negócios da família.

Nos dias normais esse lugar fica lotado de pessoas, mas quando têm uma ocasião como essa, eles fecham para uso particular.

Se fosse meu, eu provavelmente aproveitaria meu tempo aqui.

-Você vai com o Khun, aquele cara nunca acerta o alvo. - Arm disse enquanto andava até a estação dele, habilmente pegando a arma e praticando.

Eu caminhei para o lado de Khun e o vi tentando seu máximo para remover o carregador, mas falhando. Eu tentei ensinar para ele o que deveria fazer, mas o idiota provavelmente esqueceu que estava usando fone de ouvido.

Como caralhos você vai conseguir me escutar? Suspirei.

Meus olhos foram para o outro lado da estação e lá estava Kinn, me olhando com um sorrisinho no rosto. Eu imediatamente desviei o olhar por medo de pensar em besteiras de novo.

Foquei em Khun Tankhun que segurava uma arma, ele apontou para o alvo humano e estreitou os olhos, ele então colocou o dedo no gatilho e disparou.

Suspirei com força, porque ele não conseguiu acertar nem a parte de fora do alvo. Levantei o braço dele para uma segunda tentativa e dessa vez eu estava o guiando, segurei a mão dele e apontei a arma para o alvo, o idiota estava tão animado que errou o alvo de novo por causa da sua postura ruim.

Eu olhei para ele e ele olhou para mim se desculpando, nós repetimos a mesma ação e talvez o desgraçado quisesse terminar isso rápido, porque ele apenas concordou e conseguimos acertar um tiro.

Khun Tankhun teve uma boa pontuação, porque eu estava segurando a arma corretamente,

Depois que terminamos um cartucho inteiro ele imediatamente largou a arma e correu para o outro lado do campo, tirou os fones de ouvido e se jogou em seu assento.

Eu estava prestes a voltar para o campo quando vi Kinn, encostado ao lado da barreira de vidro olhando para mim. As memórias do que aconteceu de manhã de repente passaram pela minha cabeça e eu fiz uma careta para ele. Ele gesticulou para que eu tirasse os fores, mas eu o ignorei e fui embora.

Ele então segurou meu braço e disse para mim. - Você está me testando? - Ele falou lentamente enquanto eu lia seus lábios.

Eu imediatamente afastei seu braço de mim e estava para andar novamente quando de repente senti algo frio contra minha cabeça.

Era Kinn, apontando uma arma contra minhas têmporas.

Fiquei um pouco assustado por ser uma arma de verdade e podia matar alguém. Olhei para ele em choque, meu corpo ficando rigido enquanto eu observava cada movimento que ele fazia.

-Assustado? - Ele perguntou com um sorriso no rosto. Irritado dei um passo para frente de Kinn, deixando a arma tocar a pele da minha testa. Kinn ficou boquiaberto por um momento, mas logo um sorriso grande se formou em seus lábios.

-Eu não tenho medo de você.-Falei para ele.

Se você está planejando mexer com alguém como eu, você tem que ser melhor que isso Kinn.

Minha coragem é a única coisa que me resta.

-Eu sei. O desgraçado disse presunçoso e em seguida abaixou a arma. Ele se aproximou de mim e removeu os fones das minhas orelhas.

Qual o seu problema?! - Falei com raiva e imediatamente notei que todos estavam observando.

Arm, que provavelmente estava vindo em minha direção, foi segurado por Big e seus subordinados, soltando um suspiro quando percebeu que Kinn estava apenas brincando.

Kinn olhou para eles e os idiotas imediatamente se dispersaram.

-Você é muito bom. - Kinn disse para mim, provavelmente me viu ensinando Khun Tankhun um momento atrás.

- O que está acontecendo com você? - Perguntei irritado.

- Vamos para uma rodada, ou você está com medo? - Ele disse, levantando um pouco a sobrancelha.

Esse filho da puta está claramente tirando uma com a minha cara.

- O que te faz pensar que eu estou com medo? - Respondi com confiança.

Se você perder, não corra para o seu pai com o rabinho entre as pernas,

-Mas tem um porém. - Ele disse com um sorriso malicioso.

- Qual?

Nós vamos ter algumas rodadas e quem tiver menos pontos tira uma peça de roupa. - Kinn disse com uma expressão solene. Sua declaração me fez querer abrir um buraco no rosto dele.

-Você enlouqueceu?! Eu não quero! - Falei com desgosto, virei o rosto apenas para dar de cara com Big e os seguidores dele me dando olhares.

- Khun Kinn, você não tem que fazer isso se não quiser. - Um dos subordinados disse.

-Eu estou bem, posso cuidar de mim mesmo. - Kinn respondeu olhando para mim com seus olhos verdes. Ainda com esperanças de que eu caísse na sua fachada.

-Eu não vou fazer isso com você, seu filho da puta! Se quiser fazer isso, faça sozinho!

Depois de dizer isso voltei para minha estação e segurei a arma. Atirei sem medo no alvo na minha frente como se fosse o rosto de Kinn.

Por que ele tem que me dar nos nervos todas as vezes?

-Você está bem? -Arm andou para perto de mim e acendeu um cigarro o colocando na boca.

Estávamos em um lado do prédio com uma placa: ÁREA DE FUMANTES.

Alguns dos guarda-costas também vieram, outros estavam jogando ou apenas descansando. Enquanto a Kinn, ele foi para a área VIP, provavelmente foi descansar também.

- Estou bem. Respondi.

Minha cabeça estava cheia de perguntas, toda a coisa sobre a noite passada e o que aconteceu pela manhã. Eu queria perguntar a Arm sobre isso, mas tenho medo de que ele me entenda mal.

- Você conseguiu deixar o Khun Kinn com raiva de novo, você é incrivelmente estúpido as vezes, Porsche. - Arm disse brincando.

Mas minha mente estava em outro lugar, eu realmente quero saber. Vi que os outros guarda-costas estavam voltando para o campo deixando apenas eu e Arm.

- Arm.- Eu falei e rapidamente levei minha mão até a virilha dele. O bastardo se assustou olhando para mim e quando percebeu o que eu fiz ele imediatamente afastou minha mão.

- Que porra você está fazendo?! - Ele perguntou em choque.

- Como você se sente? - Eu perguntei para ele.

-An? O que você... Por que você está me perguntando isso?! Ainda está bêbado?! - Quando Arm ouviu o que eu disse, sua expressão mudou e ele sorriu levemente.

-Não, por que? O que você estava pensando? - Perguntei e ele franziu a testa.

-Você é gay?

Foi a minha vez de franzir a testa para o que ele disse, será que ele tem alguma ideia do que eu vou perguntar? Eu estava perdido em meus pensamentos quando ele acrescentou:

-Mas se você fosse um, seu gosto deveria ser por alguém fofo e que se vestisse de modo feminino, estou certo? Ou você está só brincando comigo?

Era isso que eu queria saber, Arm. Seu chefe é gay ou ele está só brincando comigo?

-Sério agora, os homens não costumam brincar assim? - Joguei o restinho do meu cigarro no lixo e olhei para ele.

- Você brinca com seus amigos desse jeito, idiota? - Arm disse e riu.

-Ah...

Caralho, é verdade! Eu brinco com Tem assim às vezes, mas nunca fiz isso com Jom. É esquisito.

-O que está acontecendo com você hoje, Porsche? Você gosta de mim? Provavelmente porque eu sou gostoso. -Arm perguntou enquanto eu o enxotava.

- Que porra você está dizendo? Cala a boca e me deixa em paz. - Bati em seu ombro e o empurrei para evitar mais provocações.

- Aqui não é um parque de diversões, guarde a loucura de vocès para mais tarde em seus quartos. Big falou atrás de nós, trocando olhares entre mim e Arm.

Arm então passou o braço por meus ombros e revidou com irritação. Quem disse que aqui é um parque de diversões? Isso aqui é um parque público e eu até ouvi dizer que alguém trouxe cachorros. - Os olhos de Arm olharam para Big de forma zombeteira e Big começou a vir em nossa direção.

- Quem você está chamando de cachorro? Ein?! - Nós apenas olhamos para ele em escárnio.

-Se uma pessoa uiva, definitivamente é um cachorro. - Arm disse, colocando casualmente as mãos nos bolsos e assobiando na frente de Big -Seu filho da puta!

Antes que eles socasse um a cara do outro, o som da porta se abrindo chamou nossa atenção.

- Vocês estão tentando se matar de novo? - Disse a voz. Arm soltou uma risada e Big imediatamente endireitou a postura. - Me deixe participar também. - Ele adicionou.

- Claro.- Eu respondi para aquela pessoa, fazendo Big se virar um pouco para mim.

O desgraçado não parava de olhar porque tinha medo do mestre dele, então ele saiu indo para o estacionamento e Kinn foi atrás dele em seguida.

Acho que está na hora de ir para casa.

Kinn lançou um olhar de lado para mim se certificando de que eu estava o seguindo antes de se virar completamente. Ele estava prestes a entrar na van quando de repente um tiro foi ouvido, todos incluindo Kinn se abaixaram.

Dois tiros ecoaram pela calçada e depois disso, tudo ficou em silêncio. Os guarda-costas correram imediatamente para onde Kinn estava o protegendo e ajudando a entrar no carro.

Eu vi vários inimigos vestidos em macacões pretos e máscaras de mesma cor cobrindo seus rostos. Eles estavam indo atrás da van, mas depois de perceberem alguma coisa, fugiram.

Eles têm armas! Vá procurar Khun Tankhun! - Kinn gritou para mim e eu imediatamente corri para procurá-lo quando vi os homens de preto indo para onde Khun estava.

Eu rapidamente andel pela multidão e chutei os desgraçados antes que eles alcançassem o primogênito inútil do Khun Korn.

Quando avistel Khun, ele estava com os pulsos amarrados e estava sendo forçado a ir na van com o inimigo apontado uma arma na cabeça do nosso motorista, mas Khun era muito teimoso e eles estavam falhando miseravelmente.

Eu sei que posso salvar Khun a tempo, olhei para direção de Kinn para ter certeza de que ele estava bem. Khun Korn me pediu para cuidar dos dois mas para o meu azar, vi a mesma cena.

O que agora? Quem eu devo salvar primeiro? Seus guarda-costas fracotes estão todos se rastejando no chão, incluindo o imbecil do Big.

-Me solte!

Ouvi um grito alto vindo de Khun Tankhun seguido por alguns xingamentos. Rapidamente corri até ele chutando todos que bloquearam meu caminho.

Eu soquei alguém e o mandei voando para o chão, usei meus pés, cotovelos e todas as partes do meu copo, como eu tinha aprendido anteriormente no treino. Eles não eram tão ruins quanto eu pensava, na verdade, alguém até conseguiu me socar no rosto.

No momento, o estacionamento está um completo caos, várias pessoas correndo para todos os lados, tanto do nosso lado quanto do inimigo. Mas apesar disso, meus olhos colidiram com o bastardo que sacou a arma e apontou para Khun Tankhun.

Eu imediatamente empurrei Tankhun para dentro do carro, saquei minha arma e removi rapidamente o carregador jogando na cara do desgraçado que continuava puxando a porta do carro impedindo que ela fechasse.

Depois que ele caiu no chão eu fechei a porta rápido e bati no banco do motorista onde Pol já estava sentado e gesticulei para dar a partida.

A troca de tiros continuou junto ao fedor de arsênico que pairava por todo o lugar. Um grupo de homens tentou parar o carro de Khun Tankhun, mas eu junto a Arm, demos um jeito de impedir eles.

Então me virei para a direção de Kinn e vi que o carro dele ainda não tinha saído.

Peguei minha arma, recarreguei e continuei a atirar naqueles pedaços de lixo. Algumas pessoas foram atropeladas pelo carro e algumas lutavam com seus punhos, eu vi Kinn pegar uma arma e usar a porta do carro como cobertura.

- O que você está fazendo?! Vá agora! - Falei para ele enquanto atirava nos inimigos.

-Eu não sou um covarde como você! - Ele retrucou enquanto se posicionava em um ângulo melhor. Havia uma chuva de balas sobre nós e quase acertaram meu pé por alguns centímetros.

Percebi que esse trabalho é realmente assustador, você pode levar socos, ser esfaqueado ou até morrer a tiros sem nenhuma precaução.

Eu nem mesmo estou usando um colete a prova de balas!

Minha atenção foi pega por alguém tentando atacar Kinn por trás, mas ele foi pego pela cabeça sendo acertado com força pelo cano da minha arma.

- Entre na porra do carro e parece de ser um fardo! - Eu disse com raiva para ele enquanto continuava trocando socos e balas.

- Eu posso cuidar de mim mesmo. - Ele gritou de volta se gabando para mim.

- Seu filho da puta imprestável! -Respondi com raiva.

Desgraçado! Eu estou cansado pra caralho e se você continuar aqui esses idiotas não vão parar de vir.

- Você quer saber no que eu sou bom? - Ele disse com um tom brincalhão na voz enquanto desviava de um soco de alguém e o empurrava na porta do carro.

-Bom a minha bunda! - Falei socando meu oponente com força total, descarreguei todas as minhas frustrações naquelas pessoas.

Eu imaginava que eles eram o Kinn.

A lembrança de ontem a noite não estava ajudando em nada e apenas aumentou a raiva que estou sentindo por dentro.

Examinei o local e vi que eles ainda estavam trocando tiros e tinham mais homens do outro lado. Um deles abriu caminho pela van mais próxima e estava prestes a atirar em Kinn, mas eu imediatamente puxei Kinn para baixo.

É isso, eu já tive o suficiente dessa merda!

Destemido, sai do meu esconderijo atirando em qualquer um que viesse nos atacar, cada bala era precisa. Continuei atirando mesmo que já começasse a sentir a exaustão em meu corpo, sem me importar com as balas que vinham em minha direção.

Tudo que eu quero agora é tirar Kinn desse lugar.

- Porsche! Porsche, pare! - Kinn gritou atrás de mim.

- Cala a boca! - Respondi com raiva e continuei atirando.

Como um protagonista em um filme, tudo parecia em câmera lenta, até mesmo meus tiros. Posso sentir a raiva correndo para minha cabeça enquanto continuo apertando o dedo no gatilho..

Um a um os inimigos começaram a cair, mas de repente senti algo quente no braço me deixando meio tonto.

Eu cambaleei e minha arma caiu no chão.

-Merda! - Eu fui atingido no braço.

Mais tiros soaram e Kinn veio correndo rápido em minha direção, seus olhos ferozes me saudaram. - Que merda você está fazendo?! -Sua voz alta ecoou por todo o lugar enquanto os homens armados fugiam dos guarda-costas de Kinn.

-Você enlouqueceu?! Indo até eles desse jeito, você acha que pode levar todos eles sozinho?! - Ele continuou gritando contra meu rosto.

Eu já disse que não tenho medo de morrer, só queria que isso acabasse logo.

Quis dizer isso mas minha boca continuou fechada devido a dor em

meu braço.

- Khun Kinn você está bem? - Big veio verificar Kinn, mas ele empurrou as mãos de Big e virou de volta para mim.

- O que você pensa que está fazendo? - Kinn perguntou outra vez, mas dessa vez em um tom de voz suave.

Ele estava prestes a me levantar, mas eu imediatamente fiquei de pé sozinho segurando meu braço. A dor foi se transformando devagar em uma sensação de entorpecimento enquanto o sangue escorria da minha ferida.

Eu não me importo com a dor, estou apenas feliz de não terem acertado minha tatuagem. Porque se isso tivesse acontecido, eu teria matado todos eles em um piscar de olhos.

-Eu estou bem. - Falei com o rosto sério, ainda sentindo o sangue escorrer meu pulso e mão.

- Pegue o carro para o hospital. - Kinn ordenou, eu apenas suspirei e segui ele até a van.

O caminho para o hospital foi completamente silencioso e nós dois apenas nos sentamos pacificamente. Quando chegamos ao nosso destino, Kinn me deixou junto aos outros feridos no hospital e disse que alguém iria nos buscar depois.

Olhei ao redor e vi os homens em diferentes estados, alguns estavam machucados por todo o corpo e outros tinham pequenos ferimentos como eu.

O médico disse que eu poderia ir para casa depois de alguns pontos e me deu alguns anti-inflamatórios, já que meu ferimento não era fatal, mas se meu braço infeccionar eu deveria voltar para ele.

- Ei, ouvir dizer que você é um cabeça-dura. - Assim que meus pés tocaram no grande salão, fui recebido por Khun Korn dando uma boa olhada no meu braço direito enfaixado.

- Ele está completamente fora de si, pai. - Kinn disse, sentado no sofá com as pernas cruzadas.

-Eu disse que estou bem. - Respondi para ele.

-Sério? - Kinn disse com irritação,

--Vamos lá, nenhum do nosso pessoal está em bom estado. Mas minha preocupação é que eles estejam usando armas agora. -Khun Korn disse com um pouco de admiração, me fez pensar que os inimigos não usavam força bruta antes.

- Antes eles usavam como uma ameaça, mas hoje alguns de nossos homens atiraram neles. - Big respondeu e olhou para mim como se eu tivesse feito algo errado.

Por que essa conversa soa como se nós não deveríamos ter lutado e

atirado neles? - Alguém realmente morreu hoje e alguns foram gravemente

atingidos, eu não sei mais o que fazer com eles. - Khun Korn disse massageando suas têmporas.

Sua declaração me fez perceber que o que aconteceu antes foi apenas um ato para assustar e que eles não pretendiam machucar ninguém.

- Mas dessa vez o nosso lado fez, Khun. Eles definitivamente vão voltar por vingança. - Big adicionou.

-An? Como você sabe disso? Eles atiraram na gente primeiro e...- Minha frase foi cortada e o salão se encheu de silêncio, Khun Korn então falou.

-Normalmente, as pessoas que encontramos não usam armas ou apenas usam para nos assustar. Mas desta vez foi diferente, eu não acho que estamos lidando com o mesmo inimigo. - Ele parecia preocupado, - De qualquer forma, nós precisamos estar sempre preparados, todos que se machucaram gravemente desta vez tirem um tempo para descansar. Incluindo você, Porsche, por favor, evite fazer outra loucura.

-Sim. Eu disse antes de sair do salão principal.

Fui para meu quarto descansar e penso nas coisas que Khun Korn disse mais cedo.

Mas eu simplesmente não entendi por que Big reagiu daquele jeito, por que eles agem assim? Só fazem latir mas não mordem.

Qual o problema? O que eles têm tanto medo de perder além do poder?

-Ouvir dizer que você estava super maneiro lá fora, você está tentando conseguir um monumento seu? - Pete riu e entrou no quarto. Eu devo ter esquecido de trancar a porta porque normalmente eu não faço isso na minha casa.

-Cala a boca.- Eu virei para ele enquanto ele pegava uma cadeira de madeira sentando perto de mim.

-Ainda com a atitude ruim, então você deve estar bem. - Pete disse com um sorriso.

-Vocês normalmente não atiram nas pessoas? - Perguntei para Pete em uma voz suave.

Houveram algumas vezes, mas só pra assustar eles e já fazem meses desde que eles fizeram tal proeza. - Pete disse, se apoiando no encosto de forma relaxada.

-Então vocês geralmente lutam com os próprios punhos? - Perguntei para ele franzindo um pouco a testa.

Isso é uma brincadeira de criança?

Então lembrei o que P'Chan disse para mim, que só deveria usar minha arma quando fosse realmente necessário. Eu também pensei que não fosse precisar usar, mas eu estava numa situação complicada dessa vez.

-Sim, às vezes nós sequestramos eles e torturamos eles por respostas, mas isso normalmente se aplica apenas para devedores, nós raramente matamos alguém.

- Por que?

- Khun Korn disse uma vez que não queria sujar mais as mãos, então se não for necessário ele não quer um banho de sangue. - Pete adicionou.

- Como está o seu marido? - Uma voz vinda do lado de fora interrompeu nossa conversa, era Arm.

-Eu vou de foder gostoso se você não calar a boca. - Rosnei quando o idiota caminhou para perto de mim, ele sentou ao meu lado e deu uma olhada no meu braço ferido.

-Você é realmente louco, sabia? - Disse Arm.

Não prestei muita atenção nele e me virei de volta para Pete.

- O que você ia dizer um momento atrás? - Perguntei para Pete.

- Ei, não se preocupe muito com isso, só tome seus remédios e descanse, a noite eu limpo sua ferida.

Pete colocou a sacola com os remédios do meu lado, eu consigo sentir a dor no meu braço ficar um pouco mais forte que antes a medida que a anestesia ia perdendo o efeito. Então eu fiz o que ele disse, me deitando na cama.

- Eu vou dormir um pouco e depois ir para casa, nós não temos mais nada para fazer esta noite, temos? - Perguntei a Arm, porque depois daqui eu vou embora para casa à meia noite para ver o meu irmão.

- Você vai conseguir pilotar com o estado do seu braço? Apenas durma aqui Porsche. - Disse Pete.

Olhei para meu colchão vazio, eu não tenho travesseiros ou lençóis de cama, como eu vou dormir aqui? Bom, isso não é nem mesmo uma opção.

-Eu tenho que ir para casa ficar com meu irmão. - Sussurrei, o remédio estava começando a fazer efeito, me deixando um pouco sonolento.

-Então pelo menos me deixe levar você para casa. - Pete insistiu.

Eu não escutei muito o que ele tinha para dizer e não tenho ideia quando foi que Arm saiu do quarto. Tudo que sei é que estou exausto e quero descansar.

Gemi quando senti uma sensação úmida no meu braço direito, como se estivessem tirando minha bandagem.

- Comporte-se e apenas descanse. - Uma voz suave disse e eu apertei meus olhos para ver quem era.

- Apenas faça. - Outra pessoa disse com um pouco de exasperação na voz e quando me virei para essa pessoa, era Kinn.

Eu quis me levantar, mas as pessoas ao meu redor não me deixaram fazer isso.

- Ei, não levante, Porsche. Só fique deitado, isso vai acabar em um momento.

Rostos familiares aparecem como flashes em meus olhos.

-Saia. - Tentei forçar minha voz para expulsar ele, eu não confio no Kinn. Quem sabe quando ele vai pegar uma faca e se livrar do meu braço?

-A ferida dele está inflamada, como isso aconteceu? - A voz continuou. Quanto a você, não tem medo de morrer? Você disse que estava preocupado com seu irmão mais novo, mas você nem mesmo sabe lidar com seu temperamento. - Então algo quente tocou minha cabeça, me fazendo estremecer.

- Vá embora!

-Não fale muito, deixe a boca fechada para outra coisa. - O rosto bonito dele sorriu, eu não tinha uma imagem clara de seu rosto, mas foi isso que vi.

- O que você está fazendo? - Perguntei com meus olhos meio fechados..

- Você quer saber? - Um rosto apareceu rápido na minha frente.

Depois de um tempo senti que minha ferida tinha sido coberta novamente e minhas roupas estavam sendo trocadas. Eu não sei o que aconteceu depois porque eu já tinha desmaiado.

- Que tal te dar um pesadelo? - Senti algo quente tocar minha testa antes que eu apagasse.

Quando abri meus olhos e acordei encontrei Pete sentado na beirada da cama enquanto mexia no celular. Ele percebeu que eu tinha acordado e virou para mim.

-Você dormiu muito bem.

Me apolei nos cotovelos e descobri que minha cabeça descansava em um travesseiro e eu estava coberto com um lençol.

- El.- Deixei sair em uma voz rouca, mas Pete estava ocupado demais no que fazia para prestar atenção no que eu dizia. -Obrigado. Consegui falar em tom baixo. Pete olhou em minha direção, soltou o celular e apontou para a mesinha do meu lado.

- Coma um pouco de mingau para poder tornar seus remédios e ir dormir.

- Você pode ir agora, Pete. Eu posso cuidar de mim mesmo.

- Ei, eu estou aqui porque sou seu amigo e também, no caso de você ficar com febre de novo, pelo menos vai ter alguém pra ajudar você.

Eu fiquei surpreso de ver o quão gentil Pete está sendo comigo, se não fosse por ele e Arm, eu não seria capaz de sobreviver sozinho nesta casa.

-Eu estou bem, Pete. O remédio já está fazendo efeito em mim. - Falei para ele enquanto olhava para a nova bandagem no meu braço. Ainda dói, mas pelo menos não como antes. - Obrigado. Eu disse outra vez para Pete e o bastardo levantou uma sobrancelha confuso. Eu olhei para o meu braço e então Pete imediatamente entendeu sobre do que eu estava falando.

-Ahh. - Pete disse, fazendo uma cara suspeita.

Então me perguntei se o que aconteceu antes foi um sonho ou não. Eu vim Kinn entrar em pânico, ordenado que as pessoa me ajudassem e até mesmo me deu um beijo na testa. Não me lembro de tudo, se aconteceu ou foi só minha imaginação.

Também escutei algumas discussões ao fundo como se eu ainda estivesse sendo perseguido pelos subordinados de Kinn.

Empurrei meu corpo para cima e levantei o copo de água ao meu lado. Deixei escorrer pela minha garganta para aliviar a secura e peguei o mingau em seguida.

Eu estava perdido com pensamentos sobre Kinn em minha cabeça, simplesmente não posso aceitar o fato de que ele permanece nos meus sonhos como uma memória subconsciente. A imagem dele no campo de tiro também veio aos meus pensamentos.

Que merda ele está pensando? Perguntar uma coisa como aquela na frente dos guarda-costas dele, ele é realmente gay? Ou ele só está fingindo para me irritar? Eu deveria apenas perguntar a Pete por respostas?

- Pete? - Pete levantou a cabeça e olhou para mim. - Da próxima vez você pode ir comigo para o campo de tiro? - Falei enquanto mastigava meu mingau.

- Você não está nem um pouco assustado, está? Sim, eu posso ir com você. - Ele disse sorrindo enquanto se abaixava, pressionando o jogo no celular.

-Então, quer competir comigo? Um tiro por rodada e quem tiver menos pontos perde. - Eu disse para ele. Ele respondeu algo inaudivel porque estava muito ocupado jogando, então hesitante adicionei. Mas o perdedor tem que tirar uma peça de roupa.

Assim que terminei de falar, Pete me olhou como se eu tivesse declarado sua sentença de morte, eu queria ver a reação dele.

- O que você tem? - Ele perguntou para mim.

-Hmm, o que você acha sobre isso? - Perguntei em voz baixa e ele pareceu alarmado.

- Você enlouqueceu? Quer ver meu corpo tanto assim? - Pete disse colocando a mão na frente do corpo.

-Vocês normalmente não fazem isso?- Perguntei ressentindo, eu pensei que isso fosse algo normal para as pessoas daqui. Mostrar seus corpos só para constranger seus amigos por diversão.

-Ninguém faz isso, Porsche. - Pete disse antes de pausar o jogo e me olhar com os olhos estreitos. - Quem te pediu pra fazer isso?

-Ninguém! Eu só perguntei. - Eu imediatamente retirei minha pergunta.

-Ei, quem é que ver seu corpo firme e musculoso, ein? - Pete levantou o dedo e apontou para o meu rosto.

Eu virei meu rosto para longe dele e rapidamente voltei a comer meu mingau.

-Eu já terminei de comer, você pode ir agora Pete. - Falei com urgência.

- Quem é, ein? Essa pessoa deve gostar muito de você pra passar por tudo isso. - Pete continuou me provocando enquanto se aproximava de mim.

Porra, Pete! Sai daqui! - Eu imediatamente empurrei ele e arrumei minha postura me preparando para dormir.

- Não, eu vou dormir aqui com você, só vou pegar um futon extra e travesseiro. - Ele apontou para a cadeira e eu vi um conjunto de lençóis e travesseiros.

- Você não tem que fazer isso.

- Você tem aula amanhã? - Ele perguntou, sem prestar muita atenção no que eu disse. Ele apenas continuou a arrumar a cama dele deitando nela e se cobrindo com o cobertor.

- Tenho.

- Você pode ir, certo?

- Com o que você está tão preocupado, Pete? Eu já te falei, eu estou bem. - Falei, frustrado.

Eu sou mais forte do que você pensa, e a bala nem pegou direito no meu braço.

- Posso ir com você?

-Por que? - Perguntei.

-Hmm, eu só quero ver como é a vida universitária. Amanhã eu vou tirar um dia de folga e ir com você para ver algumas garotas da faculdade, parece bom? - Ele levantou apoiando o queixo na cabeceira da cama, pedindo minha permissão.

- Você não estudou em uma universidade antes? - Perguntei

porque achei que ele tivesse a mesma idade que eu. Ele deveria ainda estar estudando. - Eu não consegui, acabei virando um boxeador profissional e comecei a trabalhar aqui e isso definitivamente abriu meus olhos. -

-Ele adicionou.

Para mim pareceu que ele não conhecia ninguém da idade dele, também previ que ele deve ser um ano mais velho que eu, então apenas concordei com o que ele pediu.

Depois da nossa pequena conversa, eu tomei meu remédio, Pete desligou a luz e deitou para descansar. Hoje eu vou ficar por aqui, porque quando olhei para o relógio na parede já era meia noite.

Mandei uma mensagem no Line para meu irmão dizendo que eu não poderia ir para casa esta noite. Desde que comecei a trabalhar aqui, não consigo ver meu irmão direito.

Durante o dia ele está na escola e à noite eu tenho que trabalhar, eu até fiquei bêbado algumas vezes e dormi aqui. Ou no quarto do Kinn.

Eu estou realmente confuso sobre o que está acontecendo -Eu não consegui, acabei virando um boxeador profissional e comecei a trabalhar aqui e isso definitivamente abriu meus olhos. - Ele adicionou.

Para mim pareceu que ele não conhecia ninguém da idade dele, também previ que ele deve ser um ano mais velho que eu, então apenas concordei com o que ele pediu.

Depois da nossa pequena conversa, eu tomei meu remédio, Pete desligou a luz e deitou para descansar. Hoje eu vou ficar por aqui, porque quando olhei para o relógio na parede já era meia noite.

Mandei uma mensagem no Line para meu irmão dizendo que eu não poderia ir para casa esta noite. Desde que comecei a trabalhar aqui, não consigo ver meu irmão direito.

Durante o dia ele está na escola e à noite eu tenho que trabalhar, eu até fiquei bêbado algumas vezes e dormi aqui. Ou no quarto do Kinn.

Eu estou realmente confuso sobre o que está acontecendo entre nós dois, mas tem uma coisa que eu estou morrendo de curiosidade,

O Kinn é gay?

🤣🤣🤣🤣 Tu es muito lento cara

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