Surpresa! Você é o meu pai! |...

By krislaineWatson

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Capa feita pela minha best @MISS_kayffyer . . Um ano após a segunda guerra bruxa ter acabado, com a vitória d... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Epílogo 1
Epílogo 2
Epílogo 3

Capítulo 75

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By krislaineWatson

Do lado de fora do castelo, a neve granular engrossou, tornando-se uma tempestade de neve.

Algumas horas após o almoço, Maitê acordou. Snape estava sentado numa cadeira ao lado de sua cama, segurando a sua mão. Apesar do alívio e do pequeno sorriso que ele deu ao ver sua amada acordar, ele tinha um semblante triste, o que preocupou a mulher.

Receber a notícia de que perdeu o bebê arrasou ela profundamente. Snape a abraçou enquanto ela chorava.

Flitwick ficou ali por bastante tempo também, depois de acordar e Papoula o examinar, mas ele saiu dali logo depois que May acordou, tinha de resolver alguns assuntos de diretor interino - Papoula deixou explícito que Minerva só poderá voltar a trabalhar no dia seguinte, o que não deixou a diretora contente, mas teve de aceitar.

Minerva permaneceu ao lado de Snape até depois que Maitê dormiu, após tanto chorar.

Severo estava deitado com sua amada dormindo nos seus braços. Ele acariciava o rosto dela e a olhava com amor e ternura.

- Eu perdi a criação de Ariana, por não saber de sua existência - Severo disse baixinho, para não acordar sua amada. - Mas agora estou tendo uma chance de participar de sua vida. Eu não sou um perfeito exemplo de pai, mas estou tentando. Tê-la em minha vida, me deixa feliz. Ter a May, a mulher que amo, em minha vida, me deixa feliz. Eu estou sendo feliz, como jamais me lembro de ter sido antes. Saber que a mulher que amo estava esperando um filho meu, me alegrou. Mas segundos depois, saber que o perdemos, me atingiu com uma dor tão grande. Eu não sabia que queria ser pai, até ter Ariana em minha vida.

Severo enxugou uma lágrima que caiu de seu olho, e voltou a acariciar o rosto de sua amada.

- Fico feliz em saber que tem uma filha, que encontrou o amor e se permitiu senti-lo - Minerva disse delicadamente e baixinho, também, para não acordar Maitê. - E eu sinto muito pela perda de seu outro filho. Você já sofreu demais, meu amigo. Não merecia passar por essa dor.

- Há muito tempo atrás, eu me convenci de que só merecia o que há de pior no mundo - Ele comentou. - Eu... quase morri ano passado, pensei que já havia vivido tudo o que tinha de viver nesse mundo, e que finalmente eu teria o que merecia.

Snape parou de falar para dar um beijo na testa de sua May, com a maior delicadeza que consegue, para não acordá-la.

- Eu só não sabia que ainda não havia vivido tudo o que tinha de viver, que eu ainda ia encontrar o amor novamente, só que um amor maior e mais intenso. E eu muito menos sabia que esse amor seria correspondido.

- Você é um bom homem, Severo, e merece o que há de melhor no mundo - Minerva disse, com um pequeno sorriso singelos nos lábios.

Snape a olhou com carinho e anuiu com a cabeça, logo depois voltando sua atenção para a mulher que dormia profundamente em seus braços.

Enquanto isso, Fábio estava no hall de entrada, esperando sua namorada chegar. Ele andava de um lado para o outro, nervoso e preocupado.

De repente ele parou de andar e focou sua visão em algo que se movia no meio da tempestade de neve.

Ariana andava naturalmente, com uma barreira mágica a sua volta, impedindo que a tempestade a afetasse.

- Até que enfim! - Fábio disse quando ela parou a sua frente. - Faz ideia do quanto eu me preocupei com você? Quando finalmente consigo acertar o nome da elfa, ela se recusa a me levar até você! E eu tenho de ficar aqui, preocupado. Sem saber se você está bem ou não, se aquele homem não te fez algum mal, se..

O sermão de Fábio é interrompido com um beijo de Ariana em seus lábios. Ele circula seus braços ao redor do corpo dela e a puxa para mais perto. O beijo é lento e apaixonado. Quando enfim separam os lábios do outro, ele segura o rosto dela na mão e analisa cada centímetro de seu rosto.

- Não pense que me beijando irá se safar do sermão, senhorita - Fábio disse seriamente e ela apenas revirou os olhos dando um suspiro - Você tem que me deixar participar da sua vida, Ariana. Eu quero estar ao seu lado nos momentos bons e nos ruins, não quero que me deixe para trás, me deixando preocupado contigo, quero que me permita ir contigo, ao teu lado, para o que der e vier. Entendeu?

- Eu só não queria que você visse o meu lado sombrio, o lado que machuca e tortura outra pessoa.

- Todos nós temos um lado obscuro, meu amor. Uma hora ou outra, eu vou ter de ver o teu, e você verá o meu. São coisas que não dá para evitar, somente adiar.

- Então eu irei adiar ao máximo - Ela comentou desviando os olhos dos olhos dele.

Ele levou sua mão ao queixo dela, e levantou o seu rosto delicadamente, mas ela ainda não olhava para ele.

- Olhe para mim - Ordenou.

Demorou alguns segundos e Ariana levantou o olhar para seu namorado.

- Me prometa que não vai mais me trancar no quarto e me deixar de fora. Me prometa que vai permitir que eu lute ao seu lado.

- Eu prometo tentar - Ariana disse, cedendo a profundidade que os olhos de Fabiano ganharam sob ela.

- Isso já é uma vitória, vindo de você - Ele comentou a abraçando apertado.

- Me desculpa, não queria deixar você preocupado comigo - Ela admitiu.

- Eu te perdoo, só não faça mais isso, por favor - Fábio encostou a sua testa na dela. - Fiquei sabendo que a May acordou, Flitwick me contou.

- A essa altura, ela já deve saber sobre o aborto. Ela deve estar arrasada.

Fábio apenas anuiu com a cabeça e ela segurou o rosto dele na mão.

- Contou ao meu pai que eu o tranquei em meus aposentos?

- Mas eu óbvio que não. Seu pai já me odeia por ter socado a cara dele, imagina se souber que deixei que a filha dele seguisse sozinha para enfrentar Laurent? - Fábio disse com os olhos arregalados. - O cara me mataria.

- Com toda certeza, mas não se preocupe, eu te defendo - Ela disse sorrindo.

- Não tenho dúvidas disso, mas por hora, acho melhor deixarmos esse assunto de lado. Só até que a May esteja melhor - Ele disse após suspirar.

Ariana concordou com a cabeça e o abraçou novamente.

- Eu te amo, não se esqueça disso - Fábio disse no ouvido dela, a fazendo sorrir.

- Nem se eu tentasse eu esqueceria disso - Ela se afastou do abraço e olhou no fundo dos olhos dele. - Eu também te amo, e nunca se esqueça disso, entendeu?

- Se eu esquecer, você me lembra dizendo novamente - Fabiano disse antes de depositar um beijo casto nos lábios dela.

Ariana e Fábio fizeram uma rápida visita a May e Severo na ala hospitalar, mas logo saíram dali, pois a morena estava muito cansada. Prometeu conversar com seu pai assim que possível e ele concordou.

Por insistência de Snape, envolta de muita preocupação, May comeu no jantar, mas comeu pouco. E quem pode culpá-la? Perdeu um bebê, está de luto, é normal que se recuse a comer.

Depois, Snape insistiu que Papoula o deixasse passar a noite ali com sua amada. A medibruxa apenas permitiu, pois percebeu que o moreno estava meio apático, e sugeriu que ele passasse uma noite ali em observação.

Maitê observava em silêncio, Severo voltar do banheiro. Ele havia se trocado para dormir, Pomfrey deixou umas vestes brancas para que ele vestisse. Snape de início, se recusou a usar roupas de hospital, mas depois cedeu, e trocou a cor branca para o preto tradicional que tanto é acostumado a usar.

Vendo os olhos de sua amada seguirem cada movimento seu, Severo ignorou a cama arrumada para ele e se dirigiu a cama de Maitê, deitando-se ao seu lado, envolvendo ela em seus braços.

Haviam poucos alunos ali, mas nenhum deles se atreveu a dizer um a para a cena que presenciavam, o temível professor Snape deitado abraçado a professora de aritmancia, Snape sendo carinhoso, abraçando, demonstrando preocupação com outra pessoa. Isso estava sendo estranho para eles.

Snape se sentiu desconfortável com os olhares das quatro crianças que estavam ali, e os lançou um olhar mortal para eles, que se viraram na cama para o outro lado rapidamente.

No dia seguinte, Maitê comeu pouco novamente, no café da manhã. Ela não falava quase nada, apenas para recusar a comida, mas Snape insistia, preocupado, e ela cedia. Porém, ela percebeu que ele também não estava se alimentando muito.

Snape se afastou relutante para lecionar hoje, visitou a amada em todo horário livre que tinha. Flitwick contratou um professor substituto para a matéria de aritmancia, enquanto Maitê estiver de repouso.

O dia terminou com os alunos cansados de tanto estudar, com muitos deveres para fazer e alguns entregar no próximo dia.

Ariana acompanhou Maitê até os aposentos de Snape, ela não podia andar muito, estava fraca ainda, então os aposentos das masmorras era o mais indicado agora, melhor do que ter de subir vários degraus de escada.

Ela fez companhia para a castanha até que seu pai chegou. Pai e filha se abraçaram, e ele a agradeceu pela ajuda - não pode levar a amada para seus aposentos pois estava em sala de aula naquela hora.

- Ela tomou banho e se alimentou, pouco, porém mais que das outras vezes. Ela está deitada agora - Ariana disse e ele anuiu com a cabeça.

- Obrigado - Snape praticamente sussurrou as palavras, ver sua amada assim o destruía por dentro.

A filha apenas anuiu com a cabeça com um leve sorriso nos lábios.

- Boa noite, pai - Ariana deu um beijo na bochecha dele.

Snape a abraçou novamente desejando boa noite a ela, depois deu o rotineiro beijo na testa da filha e ela saiu pela porta, iria fazer a ronda dele essa noite.

Snape seguiu até o quarto, Maitê estava de olhos fechados, ele deu um beijo na testa dela e depois seguiu para o banheiro. Tomou um banho rápido.

Ao sair do banheiro, já vestido com seu pijama azul escuro, viu que ela estava sentada na cama, com os joelhos dobrados e as mãos abraçando as pernas, com o queixo apoiado num dos joelhos. Ela mantinha a visão em um ponto fixo da cama.

- Não queria te acordar - Snape sentou-se ao lado dela.

- Não estava dormindo - Ela sussurrou.

Ela fechou os olhos e respirou fundo, depois abriu-os novamente.

- Você esteve nas minhas memórias, sei que viu - Maitê dizia calmamente, sem olhar para o homem ao seu lado. - E depois do que aconteceu, você deve ter se lembrado disso. Impossível não lembrar. Você deve estar pensando que sou um monstro agora.

- Eu nunca pensaria isso de você - Snape disse interrompendo ela.

- Eu quero me explicar.

- Não precisa, eu entendo porque fez aquilo - Ele interrompeu ela novamente.

- Eu abortei - Ela olhou para ele, bem nos olhos. - Várias vezes, de propósito, enquanto vivia com ele. E quando finalmente estou grávida do homem que amo, eu aborto sem querer isso. É o maldito carma! Como pode não me achar um monstro?

- Porque eu vivi o que você evitou que um filho seu vivesse - Ela franziu o cenho intrigada.

Snape desviou do olhar dela e começou a mexer na coberta.

- Meu pai, Tobias Snape, odiava os bruxos. Quando descobriu que era casado com uma, sua reação não foi a das melhores. Depois eu nasci. Ele batia nela e eu não podia fazer nada para evitar. Eu era uma criança. Quando descobrimos que eu também era um bruxo, ele ficou muito zangado. As surras começaram a ser constantes, na minha mãe e em mim. Muitas das vezes, ela dizia algo a ele que o aborrecia mais, somente para que ele parasse de bater em mim, e batesse nela - Severo respirou fundo. - Era o jeito dela de me defender.

Maitê se ajeitou na cama, ficando sentada de frente para ele. Mas nada disse. Estava atenta a cada palavra dele. Finalmente ele falava sobre sua família.

- Minha mãe, Eileen Prince Snape, era uma bruxa e eu não entendi porque ela não usava sua magia com ele. Ela poderia vencê-lo facilmente com um balançar de varinha. Quando tinha idade suficiente, minha mãe me contou que seus pais, meus avós, haviam desertado ela por ter se casado com um trouxa. Então, não tínhamos dinheiro e nem onde morar, senão com Tobias. Minha mãe aguentava todo aquele sofrimento por mim, para não termos de morar na rua.

Uma grossa lágrima saiu do olho de Severo e escorreu pela sua bochecha. Ele não impediu que ela fizesse seu caminho pelo seu rosto e nem a secou.

- Conforme eu crescia, eu enfrentava ele. Digamos que foi assim que aprendi a lutar - Snape fez uma pausa. - Em meu último ano aqui em Hogwarts, Dumbledore me chamou a sua sala e me contou a mais triste das notícias que tive em toda a minha vida. Minha mãe havia morrido. Tobias a espancou até a morte.

Mais algumas lágrimas saíram dos olhos dele.

- Foi um ano difícil, mas eu consegui me formar. Tobias estava fugindo da polícia trouxa. Eu estava com raiva, mas não fui atrás dele. Mas o destino o colocou em minha frente uma noite, e pode imaginar o resultado.

Snape enxugou as lágrimas e enfim olhou para a mulher, sentada ao seu lado, prestando atenção em cada palavra sua.

- Então - Severo entrelaçou sua mão na dela. - Eu entendo porque abortou todas aquelas vezes, você não queria que um filho seu vivesse, o que você vivia nas mãos de seu marido. O que eu vivi nas mãos de Tobias.

- Severo - Ela sussurrou o nome dele e se aproximou, abraçando-o. - Eu nunca podia imaginar que você passou por isso. Eu sinto muito, meu amor.

- Agora isso é passado - Ele beijou a palma da mão dela. - Não foi o carma, foi o Laurent. Você não é um monstro. Nunca mais pense isso de si mesma, tá bem?

Após alguns segundos, ela anuiu com a cabeça e deu um selinho demorado nos lábios dele. Depois se deitaram e se abraçaram novamente.

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Demorei pra postar pq tava o dia todo com dor de cabeça, quando enfim passou eu vim escrever 🤗

Nada a comentar além disso, ent....Bjokas e fui 🤭❣️✨

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