É tão fácil matá-los, basta um arranhão e na hora estão fora de jogo. Caindo um por um, os números deles diminuem, agora acredito que sou capaz de vencer todos sozinha.
Meus pensamentos são interrompidos por um rugido seguido de fogo, Drogon está de volta. Corro até ele e monto rapidamente, mal deu tempo dos mortos nos alcançar, peço pra que me leve até a árvore-coração.
Chegando vejo que todos estão mortos, até mesmo Theon Greyjoy, Jon tenta com todas as forças sobreviver aos ataques de um Viseryon incapacitado de voar e movimentar-se corretamente. Mais ao longe vejo Bran preste a morrer pelas mãos do Rei da Noite. Chego mais perto e salto para o chão ordenado para Drogon ir embora pois, é perigoso para ele também.
REI DA NOITE - Meus dois alvos juntos. Não facilitem para mim.
Sobre os ombros vejo Bran levantar e segurar sua espada, caminha até meu lado.
BRAN - Conseguiu, sua espada finalmente está completa.
RHAELLA - Não foi fácil mais consegui. - olho para ele e percebo seus vários ferimentos. - Você consegui lutar?
BRAN - Claro, não sou um lutador como você ou Jon mais sei usar uma espada.
Confirmo leve com a cabeça e olho para frente, para os frios olhos azuis.
RHAELLA - Ótimo. Vamos acabar com isso.
A luta começa, estamos em vantagem numérica mais em termos de força ele é melhor. Bran tenta mais não é tão bom quanto eu e por isso ficamos encurralados. Enquanto eu duelo com ele, Bran tenta acertá-lo mais o Rei da Noite nunca deixa a guarda baixa.
Tenho uma rápida visão, o que eu vejo me deixa paralisada por segundos. Está visão está me mostrando o que irá acontecer agora mesmo. Não gosto do que vejo, não era o que eu queria mais é o que deve ser feito. Sinto minha consciência voltar para a batalha.
De repente Bran é arremessado para longe e com a atenção voltada para meu "caro amigo", vi uma abertura na guarda dele, pequeno e de poucos segundos mais era suficiente. É a cena da minha visão, ou melhor dizendo... Minha maldição.
É nesses momentos que eu odeio ser eu... sempre sei o que precisa ser feito. É o único jeito, não tem outra forma de vencer. Ele se vira para mim, sei qual será seu próximo movimento, o estive analisando desde o início, agora é o único momento de brecha na sua postura, mais é também quando vai usar seu melhor contra-ataque.
Duas espadas, dois corpos... duas mortes.
Sinto o sangue escorrer levemente pelo canto da boca, olho para baixo e vejo sua espada de gelo atravessando meu corpo ao mesmo tempo que a minha de fogo está o perfurando no coração. Dou um pequeno sorriso.
RHAELLA - Você é tão previsível. Eu venci.
REI DA NOITE - Eu não aceito, não pode acabar assim... maldita!!
Volto a olhar para ele e vejo seu corpo virar fragmentos bem na minha frente. Então ele era só isso, feito de puro gelo? Não sei, mais se ele tiver uma alma espero que queime em todos os infernos que existem. Os mortos começam a cair e não vão se levantar.
Escuto Bran me chamar ao longe, sua voz está tão distante ou eu é que estou perdendo os sentidos? Já não sei mais. Com as mãos trémulas retiro a espada do meu corpo. Acho que isso deveria doer, certo? Mas é como se eu não sentisse mais nada.
Minha mente está escurecendo, é a maldita sensação da morte. Já não tenho mais forças pra ficar de pé, não percebi que estava caindo até sentir braços me segurando.
BRAN - Não, por favor não...
RHAELLA - Tudo bem, já acabou... Nós vencemos. - levanto minha mão com dificuldade e toco seu rosto. Nunca o vi tão triste e desesperado. Puxo seu rosto para perto até juntarmos as testas.
BRAN - Não me deixa, Rhaella.
RHAELLA - Eu... eu amo você, Bran... agora e sempre. - deveria ter dito antes, sei que nunca vou amar alguém dessa maneira que não seja ele. Queria poder estar feliz em finalmente dizer isso e reconhecer meus sentimentos mais não tenho forças, queria que fosse deferente, isso não é junto.
BRAN - Eu te amo... agora e sempre.
Sinto seus lábios tocarem os meus levemente, também sinto o gosto de sangue, acredito que ele também, mais parece não se importar.
JON - Rhaella... - Escuto ele falar ao longe, também escuto o bater de asas e sinto o chão estremecer.
DAENERYS - Não... minha filha. - olho para ela que chora enquanto tenta estancar meu sangramento. É inútil, e Bran sabia disso também. - Bran, traga um medito, um Miestre, curandeiro, qualquer coisa, rápido!
RHAELLA - Não se preocupa... - falo com dificuldade.
DAENERYS - Calma, a ajuda está vindo, aguenta só mais um pouco querida.
RHAELLA - Mãe... não chora, foi a minha escolha, e... Está tudo bem. - nega e pede pra que eu fique quieta e poupe forças. - Me perdoe por deixa você, não fique triste... um Targaryen sozinho no mundo é uma coisa horrível. Mas agora você terá um bebê e também Jon... Fico feliz que não estará sozinha.
Ela chora mais e mais, fala algo que não consigo entender, sinto a escuridão me puxar e meus olhos ficarem pesados, a última coisa que pude ver foi seu rosto em desespero.
Escuridão.