Golden Love

Par KissMeXBaby

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Manny é um professor de literatura inglesa do ensino médio, bonito, engraçado e amado por muitos. Mas que esc... Plus

Personagens
Capítulo 1 - A arte em admirar
Capítulo 2 - Não convencional
Capítulo 3 - Desencontros
Capítulo 4 - Doctor Who
Capítulo 5. Livraria
Capítulo 6 - Pudim e Sorvete
Capítulo 7 - Quem tem um amigo, tem tudo.
Capítulo 9 - Golden Boy
Capítulo 10 - Laços desfeitos
Capítulo 11 - Pequena Novidade.
Capítulo 12 - Halloween
Capítulo 13 - Namoros e namorados.
Capítulo 14 - Você me prometeu...
Capítulo 15 - Não seja melancólico.
Capítulo 16 - Drama e chaves
Capitulo 17 - Piano Man
Capitulo 18 - Seu colo, meu mundo

Capitulo 8 - Sem inconveniências.

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Par KissMeXBaby

Manny

-  Bom dia. - cumprimento Mike com alegria quando chego em casa, entregando a ele um café que comprei no caminho

- Obrigado, saiu cedo. - ele pega o café que comprei da minha mão.

- Eu nem dormir aqui. - digo, bebendo do meu próprio café.

- Não?

- Não percebeu?

- Eu não costumo te dar um beijinho de boa noite. Mas se dormiu fora, dormiu onde? - eu estreito o olhar pra ele. 

- Spencer.

- Hum, está louco pra me contar, sinto isso, mas não quero saber de detalhes sórdido. Embora, estou curioso, então, oficializaram as coisas?

- Não exatamente. - digo enquanto sigo ao meu quarto pra me trocar e pegar minhas coisas para o trabalho. Mike me acompanha. - Ainda está de pijama, não vai trabalhar? 

- Não vou pra editora hoje, tenho uma reunião as 10 fora de percurso. E não desconversa, vão ser exclusivos pelo menos? Por que você não sabe lidar com relacionamentos abertos.

-Deve ser ótimo ser o chefe, e não, não falamos disso... pelo menos não ainda.

- Não venha chorar pra mim depois, sempre seja claro nas suas intenções, ainda mais agora que transaram. 

 -É engraçado como você não me dá conselhos quando eu realmente quero, mas quando eu não quero, você os dá.

- É exatamente quando você mais precisa deles.

Reviro os olhos para ele, mas ele tem razão, preciso esclarecer o que Spencer e eu temos, não conversamos sobre isso, eu sinto que ele  quer o mesmo que eu, mas se eu estiver enganado? E se assim como outros ele quiser algo casual, um parceiro sem compromisso. Ele sempre diz como seu trabalho ocupa muito de seu tempo, talvez não queira se prender. Mas eu sei que eu quero, sei que cada dia mais me apaixono por ele.

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Sorrio quando o vejo Spencer atravessar a rua vindo em minha direção, ele abre a porta do meu carro se sentado no banco do passageiro me retribuindo de volta com um lindo sorriso. Não nos víamos a três dias desde que ele viajou a trabalho.

- Cansado? - pergunto.

- Nem um pouco, um voo de 4 horas de muito descanso. - observo seu semblante, e seu cabelo desalinhado, passo a mão ajeitando seus fios.

- Como você está?

- Bem. - ele dá um longo suspiro e parece querer afastar alguma lembrança, seja o que ele deve que lidar nesse caso, não deve ter sido fácil. 

- Quer falar sobre?

- Não, definitivamente não. Gosto de estar perto de você, você me ajuda a esquecer  coisas ruins.  - O puxo para um beijo rápido com sua confissão. - Aposto que seu dia foi melhor do que o meu.

- Só por hoje ser sexta eu fico feliz.

- Só por isso?

- E você é claro.

- Muito  esperto da sua parte ficar com minha chave invés de deixar com minha vizinha. -  ele comenta, provocando.

- E perder a oportunidade de vir te buscar e vê-lo de novo? Sei lá, vai que agora você fugiria de mim. - ele ri.

- Fugir? Eu nunca faria isso. Manny... isso é sobre a noite que passamos juntos?

- Eu sou tão transparente assim? - encosto a cabeça para trás.

- Muito. Eu nunca faria algo do tipo. Eu não sumiria depois de passarmos a noite juntos. Você é importante para mim e quero que saiba que estou aqui. - meu peito se aquece em alivio com sua confissão.  Meus olhos encontram os seus, buscando sinais de sinceridade em sua expressão.

- É bom ouvir isso- respondo com um tom mais suave. - Eu também não quero que as coisas fiquem estranhas entre nós. A verdade é que... você também é importante para mim. A noite que passamos juntos foi incrível, e desde então tenho pensado bastante em nós. - ele sorri parecendo aliviado. E prossigo. - Eu não quero perder o que temos, e eu sou um pouco antiquado. Eu gosto de passear de mão dadas no parque, de conversas na sorveteria, noites de cinema e jantares  a luz de vela, de dormir abraçado e  chorar no colo.

- Isso soa maravilhoso. 

- Eu quero ser honesto e sincero sobre meus sentimentos. Eu não quero apenas estar ao seu lado, quero estar em um relacionamento com você.  Você é incrível de tantas maneiras. Sua inteligência, seu senso de humor, sua gentileza... E eu não consigo mais negar, estou completamente apaixonado por você.

- Eu também estou apaixonado por você, e eu nem percebi quando. Foi natural, tão certo que mal percebi. Você é uma pessoa única, alguém que me faz sorrir mesmo nos dias mais difíceis.

- Spencer Reid. Namora comigo? - minha voz sai firme e cheia de expectativa.

- Sim - Sua resposta simples é tudo que eu precisava.  Nossos lábios se tocam em um beijo cheio de intensidade e desejo. Esse beijo é uma confirmação do que sentimos um pelo outro, uma explosão de emoções que não podem ser ignoradas

-   Uma bela declaração dentro de um carro. Somos muito românticos, não acha? - brinco.

- Acho perfeito. - Ele estava engando, perfeito é ele.

- Vamos comer, eu estou morrendo de fome.

Após jantarmos, seguíamos pelo estacionamento. Eu decido compartilhar um pensamento com Spencer. Quero que Mike conheça realmente o homem incrível que tem conquistado meu coração.

- Pensei talvez que podíamos ir a minha casa. Mike vai está lá, seria uma boa oportunidade apresenta-los, oficialmente? - sugiro, olhando para ele com um sorriso. Ele parece surpreso e, ao mesmo tempo, animado com a ideia.

- Me apresentar? Como?-ele pergunta, curioso.

- Como meu namorado, claro. - ele sorri. E eu rio do seu jeito fofo e  continuamos caminhando de mãos dadas.

- Eu vou adorar.

- Serio? Não acha cedo?

- Eu quero conhecer as pessoas importantes para você. E talvez assim apagar a primeira vez que o vi. - ele diz, com sinceridade.- Mas preciso passar em um lugar antes.

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- Mike, este é Spencer Reid, meu namorado - digo com orgulho. Em seguida, olho para Spencer e indico Mike. - Spencer, este é Michael Krishna, meu amigo e o segundo morador desta casa. Enquanto faço as apresentações, não consigo conter o sorriso no rosto ao chamar Spencer de meu namorado.  Vejo Mike olhar de forma debochada para nós dois.

- Ele é o segundo morador, eu estava aqui bem antes. - ele acena para Spencer que ri suavemente.

- Bom revê-lo novamente, Manny fala muito de você. - diz amigável.

- É...de você também tanto que já mal suporto. - eu o chuto e ignoro seu olhar me amaldiçoando.

- Ah eu te trouxe muffin. Manny diz que você adora. - Os olhos de meu amigo brilham por poucos segundos, mas logo ele encara Reid como se ele estivesse lhe oferecendo merda. E tenho vontade de estapeia-lo.

- Só como as finais de semana. E hoje é sexta.

- Exato, hoje é sexta, e você vai adorar guarda-los para comer amanhã que é sábado - eu pego o pacote das mãos de meu namorado e coloco nas mãos de Mike torcendo levemente seu pulso. Ele estreita os olhos para mim..

- Sim. Obrigado. - ele faz uma careta quando tenta sorrir e o empurro discretamente, e ele segue até a cozinha.

- Não ligue para ele, ele é como um gato preto arrisco. Mas com o tempo se acostuma -  um gato preto que eu gostaria que tivesse sete vidas,  por iria amar mata-lo neste momento. Sorrio e pego a mão de Spencer o conduzindo até o sofá.

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Como de sempre Mike resolve colocar um filme para assistirmos.  E Spencer divaga algumas informações, ele apenas as pontua rapidamente sem se dar conta, e eu acho fofo toda vez.

Mas vejo o olhar enraivecido de Mike para meu namorado. E me dou conta que talvez ter sugerido que assistíssemos a um filme não tenha sido uma boa ideia.

Eu respiro fundo. Tento aproveitar o momento, colocando-me entre Mike e Spencer, buscando ser um elo de ligação e tentando diminuir qualquer desconforto, e proteger Spencer da aura amarga de meu amigo. Eu lido com ele a anos, sei lidar.

Entendo que a presença de Spencer pode estar incomodando Mike de alguma forma,  ele tem um espirito solitário, e e me sinto culpado por ter provocado essa situação. Seria melhor termos encontrado uma atividade que fosse mais neutra ou que não gerasse esse tipo de desconforto. A ultima coisa que quero é que Spencer não se sinta bem vindo. Pior no nosso primeiro dia de namoro. Ok, eu sou um idiota.

Um idiota que mete os pés pelas mãos com tanta afobação.

- Você está atrapalhando filme. Irei pausar, pegar mais pipoca enquanto você termina de compartilhar suas informações. - Mike diz a Spencer e se levanta.

- Desculpa, ele leva os filmes muito a serio. - Tento reverter a situação do péssimo comportamento do meu amigo.

- Eu estou falando demais né. Ele não gosta muito de mim.

Spencer parece constrangido, e sei que ele não estava falando demais como Mike insinuou. Não quero que ele se sinta mal por causa da grosseria. Quero que ele se sinta bem-vindo.

- Claro que não. Acho melhor deixarmos o filme de lado. Vou pegar uma garrafa de vinho, e ai sim começamos a noite. Ok.- beijo a ponta do seu nariz com carinho antes de me afastar em direção à cozinha.

- Chega, pare de ser um cuzão. - Agarro o braço de Mike para impedi-lo de continuar colocando sal na pipoca. Minha voz é firme demostrando minha insatisfação. - Desde o começo da noite, desde que Spencer chegou aqui, você o tratou mal. Você está sendo ridículo, Michael. Eu te pedi uma única coisa nesta noite, e você não conseguiu cumprir.

- Eu estou me esforçando.

- Se esforçando em ser um idiota.-  retruco, olhando fixamente para ele. -  Pare de agir assim e trate Spencer com o respeito que ele merece.

- Entendi, vou me esforçar mais.

- Muito mais. - ameaço suavemente, mantendo um olhar sério. Quero deixar claro que não vou tolerar mais desrespeito. Ele parece surpreso. Por um momento, me pergunto se minhas palavras foram muito rígidas, mas sinto uma necessidade profunda de proteger Spencer e garantir que ele se sinta bem-vindo e respeitado em minha casa.

- Vocês querem ajuda? - Me afasto quando Spencer aparece. 

- Não, só estou procurando o abridor. -  Spencer parece entender e me dá um sorriso compreensivo. Continuo minha busca pelo abridor, enquanto aproveito a oportunidade para respirar fundo e acalmar os ânimos.

- Fiquei a fim de comer os Muffins que me trouxe. - Mike morde um bolinho. - isso é realmente muito bom. Onde comprou? Serio você tem uma ótima percepção para sabores.

- Obrigado. Indicação de uma loja por uma amiga. Na verdade você a conheceu, estava comigo na convenção. - vejo o momento que Mike se engasga e vou até ele batendo em suas costas, bato com mais forças do que o necessário. E recebo uma cotovelado em agradecimento, mostrando que ele está bem.

Spencer pergunta se Mike está bem, mas vejo um olhar divertido nos olhos de meu namorado, aparentemente achando graça da situação

- Se eu não morresse engasgado morreria com o pulmão perfurado.

- O pulmão é um órgão protegido pela caixa torácica, ele não conseguiria perfurá-la assim. - Spencer comenta.

- Ah, obrigado você realmente é um gênio. Poxa vida que ótimo namorado meu amigo arranjou.

- Spencer, leva as taças por favor. - entrego a ele que assente.

- Menos, Mike. Bem menos- sussurro. 

-É simpatia que você quer? Eu sou a Miss Simpatia. - ele sorri. Juro por Deus, eu mato Michael Krishna hoje.

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Spencer Reid.

Era quase impossível não rir com a interação entre Manny e Mike. Krishna continuava se esforçando para ser desagradável, enquanto Manny fazia o possível para corrigir o amigo. Não sabia exatamente o que eles conversaram na cozinha, mas parecia que surtiu algum efeito. Agora, em vez de um tom desagradável, Krishna exibia uma simpatia incomum. Observo a mudança de comportamento dele com um misto de surpresa e curiosidade. O que será que Manny falou? 

Acomodo-me novamente no sofá, e levanto minha taça quando Manny oferece o vinho, se sentando ao meu lado.

Era engraçado, mas no começo eu só queria que Krishna pudesse ser ele mesmo. Eu deveria tomar cuidado com meus pedidos, pois enquanto a noite avançava, Mike se mostrava mais simpático e descontraído. Com o passar de algumas garrafas de vinho, ele começou a se mostrar excessivamente extrovertido . A noite estava agradável junto aos dois.

- Deve ser interessante lidar com diferentes estilos de escrita. - digo a Krishna quando a conversa se direciona a seu trabalho.

- Com certeza. Mas também temos os momentos tensos. Uma vez, um autor ficou tão obcecado com a fonte do livro que passamos horas discutindo sobre o tamanho das letras. Você já viu alguém tão apaixonado por fontes?

- A paixão pode surgir nas formas mais inesperadas. Acho que é isso que torna cada pessoa única. - Manny sorri pra mim, e sinto meu rosto esquentar.

- Cara, cala a boca. - Mike brinca, empurrando levemente o ombro de Manny.

- Spencer...aa eu posso te chamar de Spencer? Somos quase irmãos agora também. Você sabia que esse cara aqui, é o ser mais romântico de toda a face da terra. Sabia que ele passou oito, o i t o meses atrás..- ele é interrompido com o vinho que cai sobre sua camisa.

- Você sujou minha roupa. - Krishna reclama mas seu tom é brincalhão.

- Sinto muito, foi sem querer. Vá trocar de roupa, aproveite e tome um banho e depois vá dormir. - Manny orienta.

- Dormir? - ela nos olha indignado e solta um sorriso sugestivo. - Entendi, entendi. - eu o observo sair.  É bom conhecer Krishna melhor e ver sua interação com Manny. Apesar das brincadeiras e provocações, fica evidente que eles têm uma amizade sincera. Como dois irmãos que se implicam mas se amam.

- Vocês dois juntos são terríveis. E ele vira outra pessoa quando bebe. - comento, observando as garrafas de vinho vazias em cima da mesa. Eu não sou um grande fã de bebidas alcoólicas, então me limitei a algumas taças. Afinal hoje é um dia especial.

- Sim. Ele tem seu jeito peculiar, mas no fundo é um cara incrível.  - Manny deita sua cabeça no meu colo, e eu começo a acariciar seus cabelos macios. São tão suaves que me pergunto qual produto ele usa.

- Seu cabelo é tão macio. Qual é o segredo? - pergunto curioso. Manny sorri e fecha os olhos, apreciando o carinho.

- Um bom e caro condicionador. Fico feliz que você goste dele. - responde.

- Um bom e caro condicionador, hein? Talvez eu deva investir nisso também. - digo, brincando. Manny sorri, abre os olhos e se acomoda ainda mais em meu colo, parecendo completamente relaxado.

- Você é incrível, sabia? - ele diz, olhando diretamente nos meus olhos.   Meu coração se aquece com suas palavras e eu acaricio seu rosto suavemente aproveitando o momento. Não há lugar onde eu prefira estar do que ao lado de Manny.

- Ah tenho que lembrar de marcar no calendário. - diz de repente.

- O que?

- Nosso primeiro dia de namoro.

Rio de como ele consegue ser encantador. Nossos olhares se encontram novamente e me aproximo selando nossos lábios em um beijo doce e apaixonado, seu beijo tem gosto de vinho e tentação. Nesse momento, não importa o que aconteça, sei que o que sentimos é verdadeiro.

- E me desculpa, por ter te feito passar pelo teste de Mike no primeiro dia.

- Então foi um teste ein, bem que desconfiei.

- E me desculpa também por todo o desconforto que isso possa ter te causado. Eu não queria que você se sentisse colocado em uma situação estranha. - ele parece realmente preocupado.

- Eu só espero ter passado. - falo demostrando que está tudo bem.

- Ele bebeu com você, pode ter certeza que passou.

-Que bom, seria péssimo ter que te sequestrar.

- Meu quarto seria um ótimo lugar para um "cativeiro" muito prazeroso.. - seu olhar brilha em luxuria.

- Bem, acho que temos que descobrir.- Me inclino em sua direção e capturo seus lábios em um beijo ardente.

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- Bom dia. - Me assusto coma voz de Krishna ele caminhava pela sala com uma xicara em mãos. Acordei primeiro que Manny e pensei em fazer nosso café da manhã.

- Que bom que você está vestido. Desde os tempos da faculdade, quando Manny e eu dividíamos o mesmo dormitório, tínhamos uma regra clara: nada de parceiros andando nus por aí. - Olho para ele com certa indignação pelo comentário, acompanhada por uma leve pontada de ciúmes ao pensar nos possíveis outros relacionamentos de Manny.

- Bom dia. Anotado. Se importa se eu fizer o café da manha? - tento fugir do assunto e do sentimento que me atingiu.

-Não, como já disse, essa é a única regra. Sinta-se à vontade. Ah, e é óbvio que meu quarto é território proibido, mas isso não chega a ser uma regra, é uma questão de bom senso.

- E quanto a andar nu pelo apartamento, não é? - questiono.

- Se há uma regra, certamente há uma história por trás dela. - ele dá de ombros

Vou até a cozinha e começo a preparar o café da manhã. Pego os ingredientes necessários e começo a fazer ovos mexidos e torradas. Krishna é uma pessoa muito peculiar, mas suas palavras ainda rondavam minha mente.  Um tempo depois Manny aparece.

- Bom dia. - ele passa o braço por minha cintura e me beija.

- Bom dia. Você dorme muito.

-Culpa sua. - mordisca minha orelha e me afasto para ver frigideira.

- Mike me deu passe livre, então resolvi fazer o café.

- Perfeito. - sorrio. Mas algo me deixava curioso.

- Que namorado seu andava nu pela casa? -  Manny fica estático, olhando para mim.

- Quê?

- Uma duvida. - tento não parecer dar importância a isso.

- Nenhum. Nenhum namorado dormiu aqui desde que me mudei. Na verdade, não estive em um relacionamento sério desde que vim para cá.

- AH - me sinto bobo pelo ciúmes e por ficar feliz em ouvir suas palavras. - Mike disse que a única regra era não andar nu, então supus...- sussurro envergonhado.

- Então esse deve ser o ruim de pensar demais. - ele ri mais para si. - Eu que criei essa regra porque, na época em que Mike, Sophia e eu morávamos juntos, Mike namorou uma modelo que adorava se exibir. E  Sophia, quando resolveu se aventurar na pintura a óleo, deixava seus modelos nus na sala. Tenho certeza de que ele estava apenas atormentando você. E nesta casa não há regras para namorados ou namoradas. Mas vou criar uma: não atormenta-los. - ele grita a última parte, e não tenho certeza se Krishna ouviu, mas acabo rindo.

- É fofo você com ciúmes. - diz e me puxa para seus braços novamente.

- Ciúmes?

- Sim, ciúmes. Vi em seu rosto, acho que não sou o único transparente aqui. Mas pode ficar tranquilo, Spencer. Você é a única pessoa que eu quero. Não há mais ninguém além de você. E ninguém importante antes- ele me olha com sinceridade nos olhos. Deixo escapar um suspiro de alívio e envolvo meus braços ao redor dele.

- Acha que estamos indo rápido demais? - Pergunto, pois de desconhecidos da cafeteria passamos a colegas amantes da literatura, e hoje a namorados.

- Não. Você acha? - Seu olhar é serio para mim, aguardando uma resposta.

- Não, é só que o que sinto é tão intenso que as vezes me assusta.

- A mim também. Mas acredito que estamos indo no nosso próprio tempo, da nossa própria maneira. E pra mim tá perfeito. Agora, vamos aproveitar esse café da manhã maravilhoso que você preparou. - diz, com um brilho nos olhos.

Assim, nos sentamos à mesa e desfrutamos do café da manhã juntos só nós dois. Depois de um tempo, me preparo para ir embora e Manny se oferece para me levar. Aceito, querendo passar mais tempo com ele e sei que não nos separaríamos hoje tão cedo.

Pego minha bolsa do trabalho no quarto, e a marca no calendário chama minha tenção. Pego o calendário sobre a a mesinha, e contemplo a data marcada em vermelho. Nosso primeiro dia, ele realmente marcou. Sorrio, deixando de volta no lugar e saio o encontrando na sala.

- Tchau Krishna, foi bom te conhecer. - digo, percebendo que ele está sentado concentrado no computador e talvez não tenha me escutado. - Ele me ouviu? - pergunto a Manny.

- Sim, ele está ouvindo, mas está apenas ignorando. Ele faz isso comigo todos os dias, então não leve para o pessoal. - Manny responde com um sorriso compreensivo.

Deixamos Mike e sua dor de cabeça para trás e saímos juntos, prontos para aproveitar o dia juntos.

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