Julgamento ao Amanhecer - Zum...

By Hazel90ss

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Por sobrevivência ela enganou a morte Por liberdade ela se tornará uma arma ☢︎︎Reviravoltas extremas, não se... More

1.Life
2.Sign
3.Destination
4.Run more
5.War
6.New frontier
7.Plan
8.Hunt
9.Leardeship
10.Hope
11.Pass military
12.CCD
13.Explosion
14.Changes
15.Depth
16.Noodles
17.Uncovered
18.Decisions
19.Overturning
20.Communications
21.Lies
22.Sacrificed
23.HAZEL
24.Things Hazel
•Personagens |
27.Higher
28.Scarcity
29.Revenge
30.Uterus
31.Collide
32.Dance
•Personagens ||
33.Swamp
34.Dead
35.Confusion
36.Abusive
37.Depression
38.Resurge
39.Torture
40.Fire
41.Church
42.Village
43.Anarchy
44.Purpose
45.Delirium
47.Surprise
48.Arena
49. Laments
50.Airdrop
51. Energized
52. Order
53. Viseras
54. Faith
55. Redemption
56. Unknown
•Personagens |||
57. Trap
58. Foreign
59. Declaration
60. Mutation
61. WalkTalk
62. Excitement
63. Cravin
•Personagens ||||
65. Burden
66. Sheep
67. Volatile
68. Karma
69. Limits
•Personagens||||
70. Drame
71. Survive
73. Cannibal
74. Calm
75. Anxiety
76. Analphabète
77. Macabre
78. Broken

72. Departure

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By Hazel90ss

Inteligência emocional

Penso que essa seja uma das conquistas mais importantes na vida de uma pessoa que deseja ser plena, tanto emocional quanto profissionalmente. Antes de qualquer coisa, precisamos aprender a não deixar nossas emoções controlarem a nossa inteligência. E ter essa tal inteligência não significa que não vamos sofrer, mas que compreendemos os riscos que corremos.

A inteligência emocional consiste em saber o que fazer e também quando fazer, mas consiste, ainda mais, em pensar duas vezes antes de falar. Ao longo da vida, aprendi que não precisamos entender as emoções dos outros, basta aceitá-las e respeitá-las. Dessa mesma forma, precisamos aprender a lidar com os nossos próprios sentimentos, a traçar um caminho e a ter foco. Pessoas inteligentes não mudam suas perspectivas, apenas se adaptam às novas situações. E essa é a maior arma que se pode ter.

Aprendi no exército o pior das minhas emoções, a guerra não é um lugar tranquilo, não é bonito, se um dia teve uma mente pura, nunca mais irá ter, irá ver coisas em lugares que não deveriam estar, vai se pegar enforcando seu cachorro ou sua esposa na cama, pois ainda pensa que esta lá. A matança é certa, se você tem amor a humanidade, esqueça, não é lugar pra você, pois a única diferença é que na guerra matar pessoas não é ilegal

Guerras são travadas em nome da paz, mas nunca alcançam a luz, dizem até que são em nome de Deus, mas na verdade são em nome de deuses.
E os deuses seriam nós. Por que quando a elite se odeia, são os pobres que morrem.

"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores"
" Se for atrás de vingança, cave duas covas "

(...)

A chuva tinha cessado e dado lugar a um grande arco íris bem acima de nossas cabeças, eu estava molhada, sangrando, com vários hematomas, e uma dor de cabeça insuportável. Estava um silêncio de falas e um barulho de corpos em pilhas queimando, por um momento pude me ver através de uma poça d'água meu reflexo, a quanto tempo não me enxergava, ao olhar pra frente vi Kenna arrastando um dos corpos da pilha mais a frente, me aproximei incrédula.

— O que você pensa que esta fazendo?

— Eu vou enterrar ele.

Ela se referia ao corpo de Druig, quase irreconhecível.

— Tem certeza? Acho que queima-lo é melhor.

Kenna ainda o segurava pela roupa fazendo um enorme esforço para arrasta-lo, mal me ouvindo.

— Eu não vou deixar ele ser queimado com todo o resto. - Afirmava.

— Por que? Não vai dizer que se arrependeu.

— Não, mas simbólicamente acho que isso me deixaria com um pouco mais de paz. - Disse com a voz rouca.

A minha vontade era dar um sacode nela pra acordar do choque, porém tive um sentimento de pena quando a vi ensanguentada como eu.

— Vamos! Deixa eu te ajudar.

— Não, quero fazer isso sozinha.

— Eu só vou te ajudar a arrastar, se não vai atrair os zumbis.

Me pus a pegar seu tronco, enquanto Kenna segurava as pernas.

Carregamos o corpo até o lado de fora próximo a umas árvores depois da estrada principal.

— Quer que eu te ajude a cavar?
- Ofereci apoio, mas ela paralizada olhando fixamente a cena — Ok, vou te deixar em paz então.
Levantei às mãos.

Balancei a cabeça e voltei, estava um caos e no meio de alguns escombros da casa na qual haviamos ficados pude ver garrafas d'água, peguei algumas e bebi desesperadamente esmagando todo o plástico, quase sempre ficávamos desidratados e eu me sentia tonta por várias vezes, Tank me viu ao longe sentada ao que restava das escada.

— Tá tudo bem? - Disse cauteloso.

Balancei a cabeça positivo e fechei a garrafa, ele afastou minhas pernas para o lado e sentou-se ao meu lado me envolvendo com um dos braços beijando meus cabelos úmidos levemente.

Respirei fundo e permaneci em seu ombro.

— A gente precisa tomar um banho. - Sussurrei passando a mão em meu rosto e sentindo o sangue seco.

— Você precisa limpar os ferimentos... Sei de um lugar que podemos ir.

Tank pegava em meu antebraço vendo todos os cortes de vidro.

— Aonde? - Perguntei.

Ele se levantou estendeu a mão me puxando, passamos pelas pessoas e fomos até o final do quarteirão, especificamente na antiga casa de Klaim.

— Saquearam a casa toda. - Observou Tank.

Entramos pela janela, era uma casa modestamente grande, ao subir as escadas tinha um corredor longo de mais o menos 5 quartos, fomos até o último.

— Tem água? - Contestei.

— Mais que isso.

Tank abriu a porta e demos de cara com uma banheira de hidromassagem ao centro do banheiro, maior que meu antigo apartamento.

— Por isso que nunca víamos ele, que filho da puta - Falei incrédula.

— Tem água e energia.

— E nos vivendo a velas.

— Pelo menos dava um ar  romântico.

(...)

Ao encher por completo, Tank e eu tiramos as roupas e entramos.

— Pelos céus, isso é tãoooo...
Aquilo era muito relaxante, menos a parte da água quase que imediatamente ficar vermelha.

— Vem aqui! - Disse Tank.

Virei de costas e deixei com que ele passasse a esponja em meus ferimentos nas costas, logo após virei-me e entrelacei as pernas em seu quadril, ele molhava meu rosto deixando os corte mais limpos antes de cuidar, delicadamente tirava meu cabelo do rosto e tinha plena atenção no corte mais profundo um pouco acima da sobrancelha.

Com meus olhos fechado senti que ele havia parado e quando abri percebi seu eloquente olhar em mim.

— O que foi? - Dei um sorriso envergonhada.

— Só observando o quão linda você fica com tons de roxo.

Joguei água nele revirando o rosto.

— Tá! Agora é minha vez.

Tank tinha um recém nariz quebrado, e um hematoma no canto da testa, passei meus dedos sobre seu cabelo, e enquanto fazia isso um nó na minha garganta e um aperto no peito me fizeram cair em pranto.

— Ei ei ei, por que tá chorando?

Com a voz falha e tremendo respondi.
— Pensei que iria perder vocês, a Hanna eu...

— Shhhh tá tudo bem, tá tudo bem meu amor! - Ele me acolhia em seu peito — Eu tô bem, eu tô aqui, não precisa se desesperar mais, eu vou sempre estar aqui.

Ele acalentava meu rosto com suas grandes mãos, olhando em meus olhos, dizendo palavras confortantes em tom baixo.

— Eu te amo Oliver. - Eu sabia que ele ficava contente quando dizia algo assim.

— Você me ama? - Deu um singelo sorriso.

— É, são as tatuagens - Brinquei.

— Sim, elas são muito legais.
Gargalhamos um pouco até que eu esquece um pouco a realidade, parecia que aquele esgotamento mental tinha se esvaido, e ele continuou.
— Eu te amo com todo meu coração, e eu nunca vou te esquecer, porque você foi marcada nas raízes de meu coração, então saiba que será eterna em mim por inteira.

— Isso foi Shakespeare?

— Não, foi eu mesmo.

(...)

Já com roupas limpas, uma calça jeans, blusa de botões preta e meu velho coturno, prendi meu cabelo já seco ao alto, me olhei no reflexo do microondas, o que não fazia a tempos, e prendi minha arma a cintura baixando a camisa.

— Tá gatona em!!! - Exclamou Tank com também calça jeans e uma camisa como a minha mas xadrez de listras vermelhas.

— Você também não está nada mal - Elogiei.

— Qual seu plano agora?

Respirei fundo terminando de abotuar minha camisa escura.

— Pegue tudo que achar necessário, principalmente comida e remédios, as armas vou falar com benicio.

— Já falou sobre os cavalos com eles?

— Não vamos com os cavalos.

— Não me diga que...

— É eu vou com Mercedes.

— Não vai fazer barulho?

— Klaim disse que a cidade tá a 100km daqui, os cavalos levariam dias e não temos tanto tempo.

— Eu posso modificar o escapamento e motor pra fazer menos barulho.

— Faz o que quiser, vamos ao amanhecer.

— O que vai fazer agora?

— Resolver pendências.

Sai primeiro que Tank e parti em direção ao porão em que colocavam as pessoas, especialmente traidores. Mas antes vi benicio dando ordens a um grupo, me aproximei e deixei que terminasse de falar.

— Preciso falar com você!

— Vão lá galera e não de esqueçam de fechar a escotilha depois - Ele virou a mim — O que foi Hazel? Não veio me matar por estar com a Hanna, não é?

— Bom ter lembrado, se você fizer...

— Nem precisa terminar eu já saquei.

— Agora que você está liderando tudo aqui pelo jeito, eu vou embora e preciso das minhas armas.

— Hazel, sabe que só vai levar metade... - Por um breve momento minha cara fechou — ... eu tô brincando, nossa tinha que ver sua cara, parecia que ia me matar.

Permaneci a olha-lo fixamente.

— Sério, pegue o que quiser, sei que a bolsa de armas é sua. Hey aonde vai?

— Antes de ir vou falar com Klaim.

Ele pensou um pouco.

— Você não vai barganhar com ele não é? - Falou gritando.

— Nada de tratos, eu prometo. - Cruzei os dedos e beijei a promessa, dando um leve sorriso e se virando.

Destravei as fechaduras de fora e abri as escotilhas, fui descendo as escadas, a luz varava ao final do local bem onde estava Klaim acorrentado.

— E olha quem veio me ver! cof...cof - Ele tossia provavelmente por algum ferimento.

— Eu vou embora - Disse ainda em pé.

Ele balançou a cabeça sentado jogado ao chão tentando me enxergar acima.

— Veio pedir minha benção? - Ironizou.

— Eu confiei em você sabia?

Ele riu de abaixar a cabeça.

— Que ingênua. Veio aqui esperando um pedido de desculpas? Pois não vai rolar.

Me agachei em sua direção e vi que apesar das ironias ele estava mal, pagando de corajoso.

— Eu só queria minhas armas, foi você que causou tudo isso Klaim.

— Não foi pelas armas que deixamos você ficar.

— Então foi pelo o que?

— A garota, e olha que não foi nem ideia minha.

— As duas pessoas que queriam meu mal estão mortas, não se preocupe. - Me levantei já indo embora quando ...

— Faltou uma...

Me virei vendo sua expressão de sagacidade.

— ... E eu não estou falando de mim.

— Já está tudo sobre controle Klaim, nada mais vai me machucar.

— Sabe qual é o seu problema Hazel? Você se apega nas pessoas, mesmo que elas te machuquem você ainda olha para elas como olha para seu monstro interior, tentando de alguma forma, enxergar bondade.

— De quem você está falando.

— Sei que foi você que pediu pra que eu ficasse vivo - Ele engoliu a seco — Então se eu fosse você fazia o que tem que ser feito, mas não levava consigo pessoas que ama, você viu o que eu passei, eu te mostrei.

— Mas que merda você está dizendo? - Aquilo me instigava.

— Não acredite em palavras bonitas, o lobo nem sempre protege as ovelhas ou costuma usar batina.

Meus pensamentos rodavam e eu pude entender de alguma forma o que Klaim estava tentando dizer.

— O padre!!!

Me corpo paralisou e quando ele começou a rir, corri rapidamente para fora, corri como nunca havia corrido.

— Caramba Hazel, quase arrancou meu braço. - Dizia Benicio ajudando a tirar os destroços da rua.

— Onde está o Padre? Onde sta ele.

Segurava em seus braços o balançando.

— Ele disse que ia enterrar algumas pessoas na beira do rios, mas...

Corri saindo pelos portões e sentindo a adrenalina em meu corpo, passando pelo gramado de soja alto até onde tinha visto  Kenna enterrando Druig, na beirada do rio.

(...)

Ao chegar me deparei com o Padre apontando uma arma em direção a Kenna.

— NÃO - Gritei.

Ele se assustou e engatilhou a arma, Kenna não expressava medo e estava bem a frente da cova funda que havia feito a Druig com as mãos levantadas.

— Hazel, as vezes acho que realmente você tem algum tipo de pacto.

— Padre não faça isso. - Eu suplicava.

— É a maneira que tem que ser feita, ela não é a vontade de Deus.

— Padre, ela é só uma criança.

— O mal também possui uma face inocente, mas é só para te enganar.

— Por que está fazendo isso? Você sempre nos apoiou - Tentava ganhar tempo, mas ele permanecia incisivo.

— O universo purgou a terra, o criador sanou dores e sofrimentos, ele não quer outro início, somos os últimos, e como noé, farei a vontade de Salvador em sacrificar e impedir que não seja cumprido a vontade dele.

— Você sabe que ela é a cura, isso é divino, acredita mesmo que não é o todo poderoso querendo que procuramos nos curar para recomeçar?

— Não há redenção Hazel, estamos condenados e o desejo dele tem que ser cumprido. - Ele engrossava a voz.

Vi que ele não estava blefando e ao pegar na arma com as duas mãos pulei em cima dele, não atirei porque ele poderia ficar vivo ou ter um reflexo no gatilho, a arma seria disparada, mas tinha mais possibilidade de errar Kenna. E ela disparou pude ver de relance Kenna caindo dentro da cova.
Eu tentava imobiliza-lo, mas o mesmo tinha 2 vezes o meu tamanho, meu foco era a arma que ele tentava disparar, seu barco flexionava o cano perto do meu rosto, o soquei no peito o que fez com que ele elevasse o braço mais alto e disparou rente ao meu ouvido, na hora desorientei, senti meu tímpano estourar e a cabeça girar mil vezes, me arrastei para longe, porém meu soco foi tão forte em seu coração que ele parecia estar sem ar, não levantava do chão, entretanto, tentava a todo custo pegar a arma de volta, ao sentir que recobrava os sentidos tirei minha arma no coldre, me ergui com o joelho primeiro e fui até ele, chutei suas pernas ele parecia sofrer uma parada cardíaca, mirei em seu corpo.

— Diga ao diabo que ele não vai me ver tão cedo.

Descarreguei meio pente, na primeira já havia matado, só queria me certificar.

Corri até Kenna, que se pendurava nas paredes da cova tentando se erguer com dificuldade.

— Me da sua mão.

Ao pegá-la, ela gemia de dor soltando-a.

— Espera - Desci até lá e a levantei pelo corpo, pisando na fina camada de terra, na qual estava Druig. A bala tinha atingido de raspão o seu braço ao qual se sustentava.

— Foi só um aranhão - Disse Kenna olhando o braço.

— Você me deu um susto.

— Como sabia que ele vinha até mim?

— Meu anjo da guarda me avisou.

— Cala a boca você nem acredita nisso.

— Tem razão, foi o Klaim.

— Então tá mais para seu diabinho de ombro.

De repente, Benicio e Tank chegaram assustados e armados.

— O que aconteceu aqui? - Disse Oliver confuso.

— Nunca mais me deixe chegar perto de um padre. - Bati em seu peito e passei com a Kenna para enfaixar aquele ferimento.

(...)

Mais tarde, já com tudo pronto, Hanna de moletas veio até o centro da rua reparando nos últimos ajustes que Tank fazia para fazer o carro ficar mais silencioso.

— Se cuida sua maluca - Ela segurava em minha mão.

— Não se preocupe minha amiga.- Sorria ao lado dela.

— Cuida deles também - Apontava a Tank e Kenna que ajudava a dar as ferramentas a Oliver.

— Hanna, quero que cuide do Tank por mim.

— Ele decidiu não ir?

— Eu decidi que ele não vai.

— Sabe que ele vai atrás de você, não é?

— E você vai impedir que isso aconteça.

— Não sei o que devo fazer com um cara de 2 metros. - Gargalhou.

— Vou falar com ele e depois disso vou embora quando ele dormi.

— Sabe que isso vai parecer abandono.

— Prefiro deixá-lo ao vê-lo morto, quanto menos gente melhor.

— ... Terminei aqui... Olha que beleza ficou amor, se ficar uns 3 metros de distância nem se ouve mais o barulho. - Disse entusiasmado e cheio de graxa na camisa, parecia uma criança feliz.

Me aproximei.

— Com meu tímpano estourado, nem se estivesse a 30cm escutaria. Obrigado meu amor.

O abracei lateralmente enquanto olhavamos Kenna pisar no acelerador e o escapamento não reagir tanto.

(...)

Já noite fomos dormir, deitada na cama pude ver pela última vez meu marido passando só de toalha.

— Está olhando de mais não acha? Eu tenho namorada. - Brincou.

— Desculpa só admirando a toalha, aliás ela é de camurça?

— Vem aqui. - Tank me puxou pelas pernas até a ponta da cama   — Pode colocar a mão pra ver a textura.

— Incrível, parece um tipo de pano indiano.

Ele me elevou meu queixo e me  empurrou sobre a cama e debruçou sobre meu corpo dolorido.

— Quer que eu pare?! - Se ergueu preocupado.

Olhei em seus olhos esverdeados e de um formato que me atraia tanto e falei sussurando.

— Nunca! - O segurei pela nuca o beijando.

Ele agarrou em minha coxa e retirou a blusa larga que usava de pijama, me envolveu com seus grandes braços e pude sentir seu corpo quente no meu,  era a última lembrança que eu queria ter dele. Depois daquilo conversamos um pouco, até que ele pegasse no sono.

(...)

4 da manhã, vesti minha roupa, peguei minha mochila e desci as escadas, Kenna me esperava tragando um cigarro lá fora.

— Está pronta? - Perguntei a vendo bem agasalhada.

— Eu estou aqui. - Disse ela  levantando do degrau e jogando o resto do cigarro no chão e pisando por cima, jogando a fumaça para o alto que se misturava com a neblina gelada.

Benicio que estava apar de tudo junto a Hanna se prontificaram de abrir os portões.

— Vai com calma Hazel, daqui pra frente você não vai ver mais ninguém, não há mais pessoas perto destes centros que não estejam mortos, não de carona ou pare até chegar na rodovia 52, o rádio está sincronizado, posso te ajudar até a linha vermelha, de passar de lá estará sozinha.

— Obrigada Benício, cuide bem da Hanna.

— Se cuida e você também mocinha, obedeça a Hazel se não eu mesma vou lá te dar um lição. - Falou Hanna com uma expressão de angustia.

— Eu também te amo Hanna - Disse Kenna fazendo careta.

— Adeus! - Fechei a porta do Mustang e dei partida, o painel marcava a temperatura de 5C° naquela madrugada.

Com os faróis desligados parti em busca do meu destino ou minha morte.

🌿

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