Viola e Rigel - Opostos 1

By NKFloro

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Se Viola Beene fosse um cheiro, Rigel Stantford taparia o nariz. Se ela fosse uma cor, ele com certeza não a... More

O Sr. Olhos Incríveis
A segunda impressão
O pesadelo *
O Pedido
O Presente
O Plano
O Livro
A Carta
O Beijo
A Drums
A Raquetada*
O Queixo Tremulante
Cheiros
Os Pássaros *
O Pequeno Da Vinci
O Mundo era feito de Balas de Cereja
O Dia do Fundador
BOOM! BOOM! BOOM!
A Catedral de Saint Vincent
Ela caminha em beleza
Anne de Green Gables
O Poema
Meu nome é Viola
Cadente
Noite de Reis
Depósitos de Estrelas
70x7
A loucura é relativa
Ó Capitão! Meu capitão!
E se não puder voar, corra.
Darcy
Cupcakes
Capelletti e Montecchi
Ensaio sobre o beijo
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Metamorfose
Perdoar
Natal, sorvete e música
Anabelle
Clair de Lune
Eu prometo acordar os anjos
Red Storm
Purpurina da autora: O que eu te fiz Wattpad?
Palavras
Como dizer adeus
Macaco & Banana
Impulsiva e faladeira
Sobre surpresas e ameixas
Infinito
Como uma nuvem
Sobre Rigel Stantford (Mad Marshall Entrevista)
Sobre Viola Beene (Mad Marshall Entrevista)
Verdades
Rastejar
O Perturbador da Paz
Buraco Negro
O tempo
Show do Prescott
A Promessa
O tempo é relativo
Olá, gafanhoto
Olhos de Safira
O caderno
De volta ao lar
A Missão
A pior noite de todas
Grandes expectativas e frustrações maiores ainda
Histórias de amor e outros desastres
Sobre escuridão e luz
Iguais
Sobre CC e RR
Salvando maçãs e rolando na lama
O infame
PRECISAMOS FALAR SOBRE PLÁGIO
Promessas

A Cara de Coruja *

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By NKFloro

(A Cara de Coruja)

Desde pequenos somos ensinados a correr atrás do que queremos, a lutar pelos nossos sonhos, a persistir até que os tenhamos alcançando. Somos levados a acreditar que somente os fracos desistem, que apenas os covardes baixam a guarda, mas, não é verdade. Entregar os pontos nem sempre é um ato de covardia. Às vezes, desistir exige ainda mais coragem do que seguir em frente.

Mas para que não haja equívocos e eu não acabe parecendo um tola pessimista, acho apropriado começar a contar esta história por onde a maioria das histórias começa, ou seja, pelo começo. Ao contrário do que pensa a maioria, não é no fim que as respostas se escontram, e sim, no inicio, nos detalhes que ignoramos ao longo da vida.

Entre todas as incontáveis coisas existentes no universo, não existia absolutamente nada que eu quisesse mais que Rigel Stantford - que ele me notasse -, o problema é que quanto mais o tempo passava mais improvável isso parecia. Não importava o quanto eu me esforçasse - e eu me esforçava muito, para caramba -, nada era capaz de fazê-lo cair em si e perceber que tínhamos sido feitos um para o outro.

Eu adorava a maneira como ele me olhava; como sorria quando falava sobre algo de que realmente gostava. Adorava o som da sua voz e o jeito como mexia nos cabelos, afastando os fios dourados que teimavam em cair sobre os olhos - Ah, aqueles olhos, eram de longe os mais incríveis do universo inteirinho.

Setembro de 2012




- Viola, acorde! Já passa das sete! - mamãe gritou do andar de baixo. - Levante-se agora mesmo dessa cama, ou terminará se atrasando, mocinha! - seguiu, arrancando o cobertor quentinho que me induzida a continuar dormindo por, pelo menos, mais um século e meio.

Como ela consegue?

Às vezes suspeito que a mamãe tenha superpoderes, que seja uma espécie de Mulher Maravilha porque, verdadeiramente, eu não conheço mais ninguém que possa galgar dez degraus em milésimos de segundo. Ela deu uma olhadela no relógio de pulso e torceu o rosto.

- Só mais um minutinho, mamãe, por favor.

- São exatamente seis horas e dois minutos. Levante-se agora mesmo ou acabará atrasada, Viola. Liam já está de pé há horas.

- Liam não passou a noite desencaixotando livros e organizando prateleiras.

Ela franziu ainda mais o cenho, e foi o suficiente para que eu saltasse da cama com os olhos inchados e passos descoordenados.

- O que disse? - Esse é outro de seus superpoderes, ela é capaz de ouvir até pensamentos. - Você acha que foi fácil conseguir uma bolsa de estudos no Madison?

Eu sábia melhor do que ninguém que não havia sido fácil, afinal fui eu quem passou dias-a-fio com a cara enfiada nos livros.

- Sei que não foi, mamãe.

- Então se apresse, querida. Não banalize os nossos esforços. - pediu amorosamente enquanto me empurrava para o pequeno banheiro no final do corredor.

Como de praxe, preferi ignorar o espelho, ele nunca fora muito meu amigo e eu já sábia exatamente o que veria: uma garota magricela com um batalhão de sardas e cabelos cor-de-cenoura. Assim sendo, não fazia o menor sentido desperdiçar o pouco tempo de que dispunha diante do grande destruidor de autoestima.

Depois de arrumar o uniforme, corri escada abaixo e me sentei à mesa com um copo de suco de laranja em mãos - e de olho nas panquecas fumaçantes -, ao passo que o papai chiava um "Bom dia, princesa"

Devolvi o sorriso e me estiquei para depositar um beijo em seu rosto.

- Bom dia, papai. - disse. A barba rala arranhou meu rosto, e me perguntei o motivo dele tê-la deixado crescer novamente.

- Você está linda, mocinha. Parece uma daquelas bonequinhas de porcelana que a sua avó colecionava. - Ele sempre fala isso, mas eu sou suficientemente esperta para saber que não é verdade.

- Você não está pensando em usar essa velharia, não é mesmo? - meu irmão disparou com uma cara nada boa, os olhos cravados na mochila aos pés da cadeira, minha preferida.

Fitei suas feições, a boca entupida de panqueca. Liam pode ser irritante quando quer.

- Não é uma velharia, foi presente da tia Lisa e, é linda.

- Mãe, ouviu isso? Você não pode arrastar uma porcaria dessas para o Madison. O que as pessoas vão pensar de você boneca de vodú? Pior, o que pensarão de nós?

- Deixe sua irmã em paz, Liam. E não torne a chamá-la de boneca de vodú.

- Sua mãe tem razão. Não há nada de errado com essa mochila, meu rapaz. ─ papai indicou com o queixo o montinho de veludo roxo. ─ Pena não poder dizer o mesmo da sua cara. Desamarre essa tromba e pare de ofender sua irmã.

Liam torceu os lábios e sorri vitoriosa, levando uma colherada de cereal à boca.

- Se apressem ou acabaremos todos atrasados. - a mamãe pediu enquanto passava um pouco de batom nos lábios. Ela é tão bonita, como uma estrela do cinema ou TV. - Viola, se apresse, querida. - ela riu para mim. - Estou tão orgulhosa de você.

Assenti com um ligeiro meneio de cabeça e engoli mais um pouco de cereal antes de deixar a mesa.

Aos tropeços, me arrastei até o carro do papai, um Opala branco que ele comprara em uma feira de carros usados quando eu ainda residia no útero da mamãe e apelidara de Connie Corleone - uma clara referência ao O Poderoso Chefão, seu filme favorito. O fato é que Connie vivi nos metendo em enrascadas: como quando resolvemos visitar o tio Donald e o carro deu prego no meio da viajem.

- Pronta para mais um dia de trabalho duro, Connie? Vamos lá garota, não vá me deixar na mão, eu tenho duas crianças e uma esposa para despachar.

- Não somos encomendas para que nos despache, Fred. - mamãe ralhou.

Há alguns anos papai sofrera o que costumava chamar de "golpe sujo". Eu não sabia exatamente como tudo aconteceu, apenas que o responsável por tal golpe fora um renomado empresário do ramo imobiliário, Maximilian Stantford, e que por sua causa minha família perdera praticamente tudo. Fora a livraria da mamãe e a Connie, nos restara somente a pequena chácara herdada dos meus avós paternos.

Após despachar Liam, rumamos para o Madison. Bob Dylan ecoava pelo interior do automóvel se misturando à voz macia da mamãe, que não parava de falar sobre o novo livro do Stephen King. O papai assentia, balançando a cabeça e fingindo interesse no assunto.

Com um peso do tamanho da China nos ombros e mais apreensiva do que jamais estive, puxei um pouco de ar para os pulmões e me permiti desfrutar da paisagem: campos verdejantes; casinhas com cercado branco; vacas no pasto e uma infinidade de plantações de centeio e milho.

Cerca de quatro horas depois me vi diante da minha nova escola, um gigantesco prédio de tijolos vermelhos nos arredores de Madison Place. Papai estacionou entre carros que valiam mais que a nossa casa e tirou minha mala do bagageiro, era a minha vez de ser despachada.

Avançávamos pela grama aparada meio tontos, ziquezagueando entre pais e alunos quando, do nada, o papai se deteve. A paz em seus olhos deu espaço a uma tempestade. Nuvens negras turvavam suas feições e escureciam as retinas azuis ao passo que ele encarava o carro que acabara de estacionar, desafiando o homem ao volante e sendo retribuido com o dobro de animosidade.

Era bastante perceptível que o papai estava se segurando para não ir até lá e enfiar a mão no nariz do sujeito. Sempre que ele fica muito bravo seu rosto se tinge de um vermelho vivo e os músculos do seu pescoço se retesam de maneira estranha. Eu sei porque ele ficou igualzinho antes de dar umas porradas em um homem que tentara roubar a Sra. Browie.

- Aquele é o Maxmilian Stantford, não é? - perguntei, a voz baixa demais até para os meus próprios ouvidos.

Eu nunca o vira pessoalmente antes, mas o reconhecia dos jornais e revistas. A fama do Maximillian Stantford é a pior possível, a única pessoa em toda a cidade que tem algo bom a dizer a seu respeito é o padre Cadence, do restante nada de proveito é ouvido.

- O próprio.

- Esqueça, Fred. - a mamãe pediu, agarrada ao braço do papai. Ela estava pálida e um pouco desconcertada, quase trêmula, como se tivesse acabado de pôr os olhos em um fantasma.

- O do golpe-sujo?

Papai assentiu e voltei a espiar o homem loiro estacionado a alguns metros de nós. Abracei a mim mesma quando o vento nos atingiu, balançando os galhos das árvores que flanqueavam o prédio e mandando meu cabelo sobre o rosto; e foi quando o vi, o garoto loiro, ele saltou do carro e andou em direção à escadaria, apressado, parou um momento, apenas para observar a faxada, e em seguida emburacou no prédio.

- Mas se não é Rigel Stantford, o jovem herdeiro dos ratos. - o papai murmurou para si mesmo, me acordando.

- O que o senhor disse?

Ele não me respondeu, continuou distante, ruminando. Os olhos estreitados, narinas dilatadas, as palmas enfiadas nos bolsos do jeans. A mamãe estava estranhamente quieta, e olhei para ela em busca de uma resposta, que não veio.

- Preste atenção. - ele pediu quando as mãos enormes pousaram em meus ombros. - Mantenha o máximo de distância possível daquele garoto ou de qualquer outra pessoa que carregue o sobrenome Stantford, querida. Aquela é uma raça de víboras.

Assenti.

─ Pare, Fred. ─ a mamãe ralhou. ─ Nem pense nisso. Viola é só uma criança, e não tem nada a ver com o que aconteceu.

Ignorando suas palavra, ele riu para mim e apontou a entrada. A mamãe deixou os ombros caírem em derrota e, antes que eu me afastasse, depositou um beijo na minha cabeça.

─ Vá. E não se esqueça de manter distância, querida.

Uma coisa eu sempre soube, minha família odeia os Stantford e os Stantford odeiam a minha família. Este ódio recíproco data de anos, e a volta do Maxmillian Stantford à cidade recendeu as chamas como lenha nova em uma fogueira já quase apagada.

O auditório parecia um formigueiro, e levei um tempo até encontrar um lugar onde não houvesse Montes de adolescentes falando sem parar ou fazendo gracinhas a fim de impressionar uns aos outros.

Precisava de um lugar onde pudesse comer meus doces tranquilamente, e foi quando dei de cara com o garoto loiro . Eu não ia me aproximar, mas ele estava olhando diretamente para mim, e algo naqueles olhos transformou meus joelhos em gelatina. Repentinamente, as palavras do papai perderam todo o sentido - centopeias dançaram sapateado no meu estômago.

Percebi a poltrona vazia ao lado dele e corri o mais depressa que pude para ocupá-la.

Eu não sabia o que pensar e menos ainda o que dizer, mesmo assim, arranjei forças para balbuciar algumas palavras - para as quais ele não deu a mínima. ─ Para piorar, o garoto ignorou minha mão estendida, cravando os olhos no púlpito. Me acomodei o mais rápido que pude e torci para que meu constrangimento não fosse percebido.

Pela segunda vez naquela manhã, tentei estabelecer algum contato, deixando claro que eu sabia quem ele era, talvez ele se sentisse mais confortável para falar comigo. Resultado? Fui novamente ignorada.

Havia desistido de tentar qualquer diálogo, me limitando a observar aqueles olhos fantásticos, quando a minha boca se abriu e meus pensamentos saltaram de forma traiçoeira:

- Eles são incríveis!

- O que é incrível?

- Os... Os... Uni-Uniformes. São uniformes incríveis, não acha? - menti. Não que os uniformes de linho não fossem incríveis, mas era àquele incrível par de olhos cinza que me referia.

- Aham.

Das duas uma: ou ele era muito tímido, ou não foi com a minha cara. Eu sei que não uma menina bonita, mas nunca havia dado importância ao fato dos garotos não repararem em mim, sequer reparava neles. Acontece que, por algum motivo, eu queria que Rigel Stantford me notasse. Eu estava nervosa e, para completar, meu coração não parava de socar o peito. Era assustador. Puxei um saquinho de Skittles da mochila, talvez ele gostasse de doces, todo mundo que eu conheço gosta de doces.

- Você aceita um?

Ele recusou e me falou que no Madison existia um horário específico para tudo - e é verdade, o Madison Institute é um daqueles colégios onde você precisa de permissão até para respirar.

Eu queria comer e os doces estavam ali, não ia ficar com fome só porque alguém achava que podia mandar no meu organismo. Abri outro e depois mais outro saquinho de balas. O discurso do Sr. Prescott acerca de uma porção de regras bobas era um ótimo estimulante de apetite e, de qualquer forma, eu não lido muito bem com regras.

Enquanto comia, percebi que o garoto me encarava. Qual era o problema dele, afinal? Nunca tinha visto uma garota comer?

Ele perguntou se eu nunca parava e respondi que "sim, quando a comida acaba, ou quando estou dormindo." Apenas a verdade.

Até ai tudo bem, mas eu me irritei um pouco quando ele fez uma piadinha com o fato de milhares de crianças morrerem de fome. Aquilo não era nada divertido. Estávamos falando de pessoas que passam fome, que morrem por inanição, não existe espaço para piadas quando o assunto é sério.

Fechei a cara.

- O seu pai é o proprietário daquela livraria que fica na esquina com a Blooms, não? ─ ele perguntou. E foi a melhor coisa que eu poderia ouvir depois de tudo, porque eu adoro livros. Estávamos avançando por uma estrada confortável para mim. Talvez o amor pelos livros nos aproximasse.

Não aproximou. Porque por algum motivo totalmente inconcebível ele odiava livros.

A verdade é que nunca vou entender como alguém pode não gostar de livros, das palavras.

Então, o pior aconteceu, ele decidiu falar do meu sorriso. Foi rude compará-lo aos carros alegóricos do Dia do Fundador, mas decidi relevar.

Os Stantford são, de acordo com o papai, a estirpe mais desprezível de toda a Madison Place. O menino estava começando a me dar provas disso.

Depois disso, me concentrei em engolir meu Twix e arrumar a barra da minha saia. Não queria olhar para ele novamente, ele parecia bem mais simpático quando não estava despejando veneno. Mas aqueles olhos, aqueles olhos perturbadoramente cinzentos eram como a luz, é eu era a mariposa indo de encontro às chamas. Esperava não morrer torrada. Senti o peito apertar ao me lembrar de tudo que o papai costumava falar a respeito dos Stantford: uma raça de serpentes, traiçoeiros, convencidos, maldosos, esnobes e cheios de si.

Definitivamente, eu me recusava a acreditar. Tudo o que eu via ao olhar para aqueles olhos era um garoto como outro qualquer, alguém que merecia o benefício da dúvida. Algo me dizia que ele valia a pena. E o jeito que o meu coração acelerava ao olhar para ele, eu nem fazia ideia de que ele podia bater tão forte.

- Sua boca - o garoto murmurou após um tempo, me pegando de surpresa. A verdade é que eu não esperava que ele voltasse a falar comigo. - ...está suja de chocolate.

Inclinei a cabeça e limpei a sujeira.

Era mesmo tudo o que faltava.

Então, contrariando todas as expectativas, ele se inclinou para mim e correu os dedos pela minha bochecha.

-- Deixa que eu faço isso para você. ─ A voz dele soou macia, veludo em forma de ondas sonoras.

Senti o ar rarear, as centopeias dançarem... Oh, meu Deus, eu estava me apaixonando?

E que olhar era aquele? Ele não ia me beijar, ia? Sim, ele ia! O dono dos olhos mais incríveis de todas as galáxias estava prestes a me beijar e, pela primeira vez na vida, eu queria ser beijada.

Havia mágica no ar, por toda parte, eu podia sentir. Mas não durou muito, uma voz ribombou dos alto-falantes e levou o meu primeiro beijo embora.

Rigel Stantford se afastou rápido demais, tão nervoso que mal conseguia me encarar.

Eu ri.

Era compreensível, afinal. Eu também estava nervosa.

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