𝐇𝐞𝐥𝐞𝐧𝐚 𝐒𝐢𝐥𝐯𝐚
- Olha só. - Mostra toda boba o vídeo gravado pelo Gavi. Isabella pega o celular da minha mão e aumentando o volume.
- Deu para ouvir o coração. - Ela fala toda boba, estávamos já no estádio do Camp Nou porém ainda não tinha sido liberado a entrada dos torcedores o que resultou em um momento tranquilo e sem gritaria.
- Já marquei o exame para saber o sexo. - Eu falo e ela sorrir.
- Eu me sinto tão importante sendo a primeira a saber o sexo do bebê. - Ela fala animada, e realmente ela estava animada ela passava a madrugada me enviando decorações de chá revelação e claro eu estava tão animada quanto ela que nosso passa tempo era ver esse tipo de coisa no Pinterest.
- Como vai fazer, tipo na casa do Gavi? Ou na sua casa? Ou um salão de festa? - Pergunto ansiosa, ela não tinha me passado informação nenhuma. - Eu tô grávida não me deixa ansiosa. - Aquilo era minha melhor desculpa, e bom sempre dava certo.
- Você está no local do chá revelação. - Ela fala sorrindo e arqueando a sobrancelha.
- Espera o chá revelação será no Camp Nou? - Pergunto.
- Bom a grama daqui você já comeu. - Ela fala rindo.
- Foi pedido do bebê. - Me defendo.
- Claro, tanto que acho que até ele quer que seja aqui e bom você e o Gavi se conheceram aqui, aqui é o local preferido do Gavira e seria fofo e único. Ninguém nunca fez isso aqui. - Ela me explica.
- Mas como você conseguiu isso? - Pergunto e ela suspira.
- Não a nada que o dinheiro e um jogador queridinho do Barça não resolva.
- Espera o Gavi tava sabendo disso? - Pergunto e ela concorda, safado e ele ficava dizendo que estava tão ansioso para saber o local quanto eu.
- Não o culpe eu pedi segredo, provavelmente ele teve que dá a vida para não te contar. - Ela fala me fazendo rir.
- Mas acho que não pode ser aqui.- Eu falo e ela olha confusa.
- Por que?
- Quero ainda guardar isso sabe, se fizermos um chá revelação aqui eu não dou meia hora para está em todo tipo de site de fofoca.
- Helena por favor, você não me conhece né! Eu já dei as festas mais pesadas que você consegue imaginar e ninguém nunca ficou sabendo, esconder um chá revelação é o de menos eu já calculei e planejei tudo, até mesmo a lista de convidados e por falar nisso preciso que vocês contem logo para os pais de vocês. Seria meio estranho chegar um convite de chá revelação do neto deles e eles não sabem que são avós.
- Relaxa, vamos falar. - Eu garanto.
- E você também relaxa, ninguém vai pertubada você nem e o Gavira Júnior. - Ela fala e aquilo me faz soltar una careta sem nem perceber. - Gavi me falou que o nome será Pablo.
- Não credo. - Eu falo rápido. - Não que eu não goste do nome dele mas, ele já se chama Pablo e o pai dele se chama Pablo.
- Espanhóis não tem muita criatividade, enquanto nós inventamos nomes eles apenas cópia o nome do pai. - Era bom conversar com uma amiga brasileira, ela entendia meu lado.
- Eu pensei em Matheus. - Eu falo e ela faz careta.
- Nome de criança pertubada e que sai derrubando tudo pela casa alheia. - Ela me fez detestar um nome que até poucos segundos eu estava amando.
- O que sugere então Raimundo? Sebastião? - Pergunto fazendo ela rir.
- Tadinho do meu afilhado. - Ela fala e para parecendo pensar. - Eu gosto de Mateo e bom parece Matheus porém mais chique e não parece que ele será perturbado.
- Quem diria, eu estou escolhendo o nome para meu filho.
- Eu só escolhi do meu cachorro, mas eu considero ele um filho também. - Isabella fala era incrível como tudo se tornava piada para ela, típica brasileira.
- Sabe eu tô preocupada, quando eu não conseguir mais esconder a barriga eu vou viver presa dentro de casa? - Pergunto a encarando.
- Não é necessário isso Helena.
- Você fala isso porque não tem medo de nada, se eu respirar diferente já sai na choquei e eu sou atacada em português e em espanhol. - Eu falo fazendo ela gargalhar, aquilo não foi engraçado.
- Pelo menos seus hater são bilingue. - Eu daria um soco nela agora, porém ela era minha amiga então o máximo que posso fazer e respirar fundo.
- Não quero que meu filho seja atacado ele só é um bebê. - Ok, acabo de perceber que eu já desenvolvi a proteção materna, eu não ligo que me xinguem mas não mexa com meu filho.
- Não vão Helena, o máximo que vão dizer é que vocês são muito jovens. - Ela fala, porque parecia ser tão fácil para ela?
- E que eu dei golpe da barriga. - Eu falo e ela concorda.
- Também, mas quem liga?
- Eu ligo. - Eu falo.
- Mas não deveria, isso não faz bem para você e lembre que todo sentimento que você passa, você manda essa energia para seu bebê. Eu li isso no Google. - Ela fala sorridente. - E se alguém falar algo mete um processo, esses sites de fofoca odeia um processo. - Ela fala dando ombros.
- E se fosse você, se alguém xingasse seu filho? - Eu pergunto.
- Provavelmente eu ofenderia tanto a pessoa que eu faria ela procurar por cinco terapeutas diferente e também eu ofenderia até a terceira geração dela. - Aquilo sim era típico Isabella.
Eu tinha percebido que amizades só dão certa quando são opostas, um exemplo era Pedri e Gavi.
Enquanto Gavira queria sair chutando todos em campo e xingando todos Pedri apenas dizia um "calma, não vale a pena."
Minha amizade com Isabella não era diferente, eu era do tipo que fugia de brigas e ela era a típica que vivia em brigas e ainda compraria as minhas brigas.
- Amiga se quiser eu te ajudo sabe. - Ela fala e eu olho confusa.
- Como?
- Podemos começar a usar roupas folgadas, sabe as duas se alguém desconfiar de algo eu falo que sou eu que estou grávida e aí eu posso ter a chance de xingar a mãe de alguém. - Ela fala indignada.
- Faria isso mesmo? - Pergunto e ela sorrir.
- Tudo pelo meu afilhado. - Ela fala passando a mão na minha barriga, foi a primeira vez que outra pessoa sem ser Gavi passou a mão na minha barriga, provavelmente quando crescesse mais outras pessoas passariam a mão o que me faz sentir agonia, estranho não? Eu peguei uma mania do Gavi, será que o bebê herdaria a agonia também?
Quando dizem que mãe vira bicho besta, eles não estão mentindo. Eu e Isabella passamos tanto tempo falando sobre os próximos passos da minha gestação que quando demos por nós, os torcedores já estavam entrando no estádio.
Cruzei os dedos torcendo para que eu conseguisse assistir esse jogo até o final sem que eu cochilasse.
Quando percebo os jogadores entrando em campo um sorriso genuíno apareceu em meu rosto e tentando ser o mais discreta possível levei minha mão até minha barriga. Será que ele ou ela vai ser tão fissurado em assistir o pai jogar quanto eu sou? Desde o primeiro jogo eu fiquei apaixonada em vê Gavira jogar.
Sinto até meu coração bater mais forte só de pensar em uma mini versão minha e do Gavi usando a camisa do Barcelona com o número "6" gritando papai.
- Amiga... - Sinto Isabella me dar uma cotovelada
- Hm? - Respondo ainda um pouco distraída
- Está nos mostrando no telão. - A ruiva ao meu lado fala entre os dentes.
Pisco voltando para a terra e olho para o telão vendo que realmente estavam mostrando eu e Isabella no telão. Dou um sorriso nervosa torcendo para que ninguém reparasse que meu corpo não está mais como antes.
Não que eu ache que isso seja possível, mas só a possibilidade me deixa apavorada, então apenas fizemos como os pinguins de Madagascar, sorrimos e acenamos até mudar a câmera e agora focando nos jogadores.
- Achei que você torcia para o PSG. - Falo com Isabella enquanto bebia um gole da minha água, minha vida se resumia em beber água e mais água.
- A eu torço um pouco, mas meu time do coração é o Barcelona. - Ela da ombros. - Sempre amei o Barcelona e ensinei minha irmã a gostar também, só gosto do PSG por conta do Mbappé. - Ela explica, ela falava tão pouco sobre o namoro dela, porém eu não queria ser invasiva talvez eles não estivesse em um bom momento.
- Esperta você. - Eu falo fazendo a rir.
O jogo seria Barcelona vs Sevilla, eu sentia falta da minha animação que tinha antes porque naquele momento vendo os jogadores se aquecerem eu só senti vontade de deitar minha cabeça no ombro da Isabella e dormir por um bom tempo.
- Palpites? - Isabella me pergunta.
- dois a zero. - Falo, era bem difícil os meninos perder aquele jogo, afinal como eu falei Barcelona estava em uma maré de sorte aonde não sabia por muitos jogos o que era perder.
- Só não dorme, eu preciso comentar sobre o jogo com alguém. - Isabella fala enquanto fazia um storie para seu Instagram, eu queria ser tão ativa nas redes sociais como ela, mas eu falhei já que eu não conseguia ainda criar tanto conteúdo como ela fazia.
Comemorarmos quando o apito aviso que iria iniciar o jogo eu estava dando o meu melhor para aguentar sem dormir, mas pareceu tão difícil já que Sevilla não estava jogando tão bem como o esperado e Barcelona tinha a maior posse de bola, porém nenhum gol estava surgindo.
Aparentemente o único do Sevilla que estava realmente jogando era o goleiro que defendeu algumas bolas perigosas enviadas pelo Wando.
- Acaba pelo amor de Deus que jogo horrível. - Isabella grita ao meu lado, seu grito foi ótimo até porque me fez desespertar eu já estava lutando contra emu sono.
Felizmente ou infelizmente o juiz apitou o fim do primeiro tempo e todos saíram indignados tantos os jogadores do Barcelona como o do time rival.
- Que bosta de jogo. - Isabella reclama.
- Segundo tempo eles melhora. - Eu tento acalma-la, hoje eu estava na minha vibe mais paciente que eu tinha, nada me abalaria nem mesmo um 0x0.
- Eu quero gol, eu não vim aqui para ver um empate do Barcelona, não tem essa de perder ou ganha ou ganha. - Isabella fala, talvez Xavi deveria contratar ela para ser psicóloga dos garotos, talento para motivar eles, ela tinha e de sobra.
- Posso dormir um pouco?- Pergunto a ruiva ao meu lado que nega com a cabeça, antes mesmo que ela pudesse me responder vejo os jogadores voltar ao campo, todos ainda tinham cara de poucos amigos, também não era pra pouco aquele jogo estava café com leite puro.
- Você grávida deve jogar mais do que os jogadores do Sevilla. - Isabella fala me fazendo rir.
E logo o apito do segundo tempo é tocado.
- VAI CARALHO. - Gritamos eufórica assim que se inicia, pelo menos um gol Barcelona, só uma migalha de um gol, praticamente imploro mentalmente.
Diferente do primeiro tempo o jogo estava até mais animado, Barcelona estava atacando mais do que no primeiro tempo e Sevilla parecia cada vez mais encurralado, os meninos estavam fazendo de tudo por um gol, talvez Xavi tenha puxado a orelha deles no vestiário já que ele saiu daqui mais puto do que tudo.
Realmente o puxão de orelha fez efeito, com 12 minutos do segundo tempo Jordi Alba abriu o placar dando chances para o Barcelona vencer aquele jogo.
- Caralho porra. - Grito abraçando a Isabella enquanto pulamos naquela arquibancada, meu sono havia passado naquele momento, quando foi que eu gostei tanto de futebol? Ou melhor quando foi que Barcelona se tornou meu time do "coração"?
Aquele gol fez os meninos ficarem ainda mais "famintos" por mais gols, era incrível como rapidamente eles estavam cada vez mais encurralado o coitado do Sevilla.
Com 25 minutos de jogo veio outra chance, Raphinha recebeu a bola na ponta direita e cortou para o meio entregando a bola nos pés do Gavira.
- Aí meu Deus. - Foi a única coisa que consegui dizer porque logo Gavi sem pensar chutou a bola botando ela dentro daquele gol.
As pessoas gritaram e eu gritei junto, acho que até mesmo o bebê gritou com o primeiro gol feito pelo pai dele, o primeiro gol com a camisa 6.
Eu não estava acreditando naquilo, provavelmente aquele seria o melhor dia já vivido por mim, e veio ele com sua comemoração eu não conseguia imaginar como ele iria comemorar aquele gol, um beijo no escudo de sua camisa? Um "vamos"? Não! Simplesmente ele correu até a frente aonde eu estava e sorriu fazendo um coração.
- Fofo! - Isabella fala ao meu lado, muitos que viam aquela cena provavelmente pensou que apenas foi outro gol dedicado a mim por isso o coração, mal eles sabiam que aquilo significava o coração do nosso filho, o mesmo que escutamos naquele dia pouco antes daquele jogo acontecer.
- Eu tenho tanto orgulho dele. - Falo para Isabella que sorrir.
Eu ainda estava extasiada com o jogo, o gol feito por Gavi hoje só me fez ficar ainda mais ansiosa para o que se diz respeito ao futuro do nosso bebê.
Não tenho dúvidas de que ele será tão apaixonado em ver o pai jogando.
E eu tenho certeza de que essa comemoração do Gavi em homenagem ao bebê vai ser a primeira de muitas, e eu realmente não me importo de perder o meu posto como pessoa que ele dedica todos seus gols.
Meu coração palpita em ansiedade querendo ter logo nossa mini versão em meus braços usando a camisa do Barça e gritando papai pelo campo.
- E quem não tem, ele vai ser a maior inspiração do filho dele. - Ela fala me fazendo rir. - EU PRECISO DE OUTRO GOL CARALHO. - Isabella volta a sua pose de torcedora.
E como se Raphinha tivesse escutado a Isabella ela obedece fazendo o terceiro gol do Barcelona.
- Eu tô muito feliz. - Isabella fala assim que o árbitro apita indicando final de jogo Barcelona 3 Sevilla 0, como o esperado era mais uma vitória do Barcelona.
(...)
- Todos podiam ir para minha casa? - Isabella fala enquanto estávamos dentro do carro, e ela estava no banco do motorista o que me deixava preocupado já que ela dirigia como se estivesse atrasada para algo.
- Os pais do Gavi voltaram de viagem hoje.- Eu explico, hoje seria a oportunidade perfeita para contar o Gavi poderia dizer "pai e mãe meti uma bola no gol e um filho na minha namorada parabéns vocês deram avós." Ou talvez não desse jeito, mas Isabella pediu para contar o mais urgente já que ela estava planejando o chá revelação.
- Você vai me mostrar a lista de convidados quando, não deveria ser somente quem é próximo? - Pergunto e ela suspira.
- Amiga se preocupe só com sua roupa, a lista está a sendo feito pelo Gavi e Pedri. - O nome do Pedri me faz olhar assustada.
- E capaz dele convidar até a ex namorada jornalista dele. - Eu falo e ela nega com a cabeça.
- Não se preocupe eles fazem a lista e me passam e eu tiro quem não pode, relaxa amiga. - Ela pede, eu deveria da um voto de confiança a ela, Isabella estava sendo a minha melhor amiga naquele momento e qual é ela seria a madrinha do meu filho.
- Boa noite. - A voz de Pedri fala assim que entra no carro. - Me ofereceram carona. - Ele explica assim que bate a porta do carro.
- Eu não te ofereci nada. - Isabella fala.
- Mas eu ofereci. - Foi a vez de Gavi falar assim que entra se sentando no banco atrás do meu. - Oi papai. - Ele fala passando a mão na minha barriga, ele falou com o bebê mas não falou comigo?
- Tem como passar no Mac Donalds eu estou morrendo de fome.- Não, não fui eu que falei aquilo foi o Pedri mesmo.
- Eu por acaso tenho cara de Uber? - Ótimo, uma discussão dentro do carro.
- Deixa de ser mal humorada, eu joguei demais hoje eu preciso de um hambúrguer.- Pedri se defende.
- Não vi você fazer nenhum gol hoje. - Isabella fala, quando eles parariam de brigar?
- Mas nós últimos três eu fiz. - Ele se defende.
- Parem de brigar. - Eu peço já me estressando com aquilo.
- Tá feliz você estressou o bebê. - Isabella fala.
- Eu não estou estressada.- Eu falo.
- Não tô falando com você, tô falando com o bebê. Calma bebê da tia não se estressa, eu sei é difícil essa vida. - Estão me ignorando? E focando só no bebê, agora sim eu iria me estressar.
- Desculpa Pablo Júnior. - A frase vem de Pedri que passa a mão na minha barriga também.
- Da pra vocês pararem de passar a mão no meu filho? - Gavira fala indignado. - Só eu posso passar a mão no Pablo.
- Da pra vocês pararem de chamar meu filho de Pablo? - Agora quem estava indignada era eu, se eu soubesse que seria assim eu teria ido embora até de ônibus.
- Mas o nome dele não vai ser Pablo? - Pedri pergunta. - Eu até pedi para minha avó bordar uma toalha com o nome Pablo Júnior Gavira.
- Moleque tu é muito burro. - Isabella fala e eu reviro os olhos só de imaginar que uma nova discussão iria se iniciar.
- Cara que lindo, mandou mesmo fazer uma toalha pra ele? - Gavi pergunta e ele estava chorando?
- Tudo pelo Pablo Júnior amigo. - Eu vou dá um soco nesses dois.
- Não vai se chamar Pablo. - Falo seria virando para eles e encontrando os dois abraçados.
- Por que você odeia meu nome? - Novamente Gavi faz aquela pergunta idiota.
- Você se chama Pablo. - Explico.
- E daí?
- Seu pai se chama Pablo também. - Novamente tento explicar.
- Bom que é só gritar Pablo que aparece os três de uma vez. - Pedri faz uma piadinha e eu reviro os olhos.
- Se for menina pode se chamar Aurora. - Novamente Gavira da uma péssima ideia.
- Vocês espanhóis são muito desprovido de criatividade. - Isabella fala enquanto dirigia, pelo menos alguém era inteligente. - Para onde eu estou dirigindo mesmo? - Talvez tão tanto, mas ainda sim ela estava do meu lado na questão de nomes.
Então de repente, uma pequena discussão começou dentro do carro e qual era o motivo?
Simples, o nome DO MEU FILHO.
Isso não deveria ser uma coisa só minha e do Gavira? Apesar de que se Gavi sugerir mais uma vez que essa criança se chame Plabo, eu jogo ele desse carro.
- Sua mãe se chama Aurora, sua irmã se chama Aurora para que você quer uma filha chamada Aurora? - Pergunto indignada.
- Por que eu não vou esquecer o nome de nenhuma das três quando eu chegar na velhice. - Gavi explica, e eu me recuso a continuar aquela discussão e apenas aceito o fato de não brigar naquele momento.
Eu me ajeito no banco e suspiro.
- Você passou o Mac Donalds. - Pedri quebra o silêncio que tinha no carro.
- Não ligo. - Isabella fala acelerando mais ainda.
- Para de dirigir como se fosse uma doida. - Pedri fala.
- Vai a pé da próxima vez então. - Minha nossa senhora, eu orava para chegar o mais rápido na casa do Gavira.
(...)
- Vou pedir Mac Donalds. - Pedri fala assim que Isabella estaciona o carro na porta da casa do Gavira. Ele ficaria aqui? - Você quer Isabella? - Ele pergunta como se a poucos minutos ele não tivesse discutido.
- A eu vou querer. - Ela fala tirando o cinto, espera ela também ficaria aqui?
- Vocês vão ficar aqui? - A pergunta sai rápido, eu não queria parecer mal educada só que...
- Tem problema? - Isabella pergunta.
- Só que, vamos conversar com os pais do Gavi. - Conto e ela parece pensar.
- Esperamos no quarto então. - Pedri da essa opção e pensar que eles dois no quarto se matariam após outra discussão.
(...)
Sabe quando você é uma adolescente e acaba de receber seu boletim e nele tá escrito "reprovado" e precisa contar para seus pais sobre isso? Pois é, é exatamente assim que eu me sinto em ter que conta sobre o bebê para os pais de Gavi.
Eu realmente gosto deles, eles me tratam bem, até mesmo com uma filha.
Mas como será que eles vão reagir a um:
"Parabéns, seu filho de dezoito anos vai ter um bebê primeiro que a irmã mais velha"
E tudo isso com uma namorada que ele conheceu há um ano atrás. Olha que coisa boa.
- E se você contar sozinho? - Eu pergunto ao Gavi que estava sentado ao meu lado no sofá, após Pedri e Isabella subirem direto para o quarto do Gavira nos sentamos ali e tentando achar coragem para chamar seus pais e sua irmã mais velha para contar a mais nova novidade.
Porém nenhum dos dois tinha coragem para aquilo.
- Nem pensar, você vai me ajudar. - Gavi fala e eu reviro os olhos.
- E se a gente contar pra Aurora e ela contar pra eles? - sugeri nervosa
- Não seria nada mal... - Gavi cogita.
Mas alguns minutos em silêncio e percebo o quanto isso seria péssimo.
- Chegaram vocês nem avisaram. - A senhora Gavira fala, tá vendo era tão confuso todos com o mesmo nome mais um com o menos nome provavelmente ainda me deixaria mais confuso.
- Mãe, precisamos conversar. - Gavi fala se levantando, ok talvez ele tenha criado coragem por mim também.
- Nossa, é algo sério? - Ela pergunta se sentando, era bom ela se sentar mesmo.
- Preciso que chame meu pai e a Aurora. - Gavi fala a Aurora mãe.
- Estou preocupada filho. - Ela fala com a mão no peito mas aceita o pedido do filho e se levanta chamando Pablo avó e Aurora tia. Aquilo me faz pensar que estava fora de cogitação meu filho se chamar Pablo ou a filha se chamar Aurora.