Café & Amor

By thealsobea

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[Concluída] Kim Tae Yang e Yoon Min Ji se conheceram quando estavam no ensino médio, porém desde o dia onde s... More

✍︎ Notas da Autora + Dedicatória
Glossário
01: Cappuccino
02: Ristretto
03: Latte
04: Macchiato
05: Mocha
06: Média
07: Expresso Romano
08: Macchiato Natalino
09: Robusta
10: Espresso Panna
11: Kona
13: Expresso II
14: Coffee Bulletproof
15: Frappé
16: Coffee Vanilla
17: Café Duplo
18: Café & Lua

12: Expresso

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By thealsobea

— Tae! Como é bom te reencontrar!

Essa tal frase simplória e espontânea foi o suficiente para Tae Yang se aproximar novamente de Aika Watanabe, sua melhor amiga de infância, onde a conheceu na sua cidade natal, Pyeongchang.

Kim a conheceu quando viu o caminhão de mudança chegando na casa ao lado da sua, após ver adultos passando com caixas e algumas sacolas, conseguiu ver uma garotinha de cabelos lisos e soltos, usando uma franja reta.

Naquele instante, ela estava retraída enquanto abraçava uma boneca de pano de cabelos vermelhos feito de barbante e usando um vestido com alguns remendos, imitando um esteriótipo de garotas vindas das fazendas.

Um encontro no parquinho próximo foi o suficiente para eles se tornarem bons amigos e brincarem sempre juntos, idênticos a irmãos de sangue.

Mas, a mudança de Tae Yang para Seul quando ele completou sete anos, acabou por separar essa amizade pura e duradoura, antes de entrar no carro dos pais, ele recebeu um apertado abraço de Aika e viu lágrimas pequenas descerem dos olhos, umidecendo o rosto pouco a pouco.

Depois disso, só sobrou a saudade da companhia de Watanabe.

Já adultos, acabaram — por acaso — se reencontrando na empresa que Kim trabalhava como gestor financeiro. Ali, ele descobriu que também Aika seguiu uma das profissões onde envolvia cálculos.

Era de se esperar, os dois, na escola de Pyeongchang eram considerados a dupla matemática por terem sempre as maiores notas nesta matéria, recebendo junto com esse título, o título de prodígios.

Eram tantas lembranças para recordar e rir que eles poderiam ficar por horas conversando sem parar sobre esses tais episódios no qual passaram juntos.

Para os juntar ainda mais, Watanabe tinha algumas desculpas afim de aparecer na sala do amigo, como dificuldades no sistema na empresa ou dúvida sobre alguma coisa também relacionada a empresa.

E — na hora de embora — aproveitavam para ir a uma lanchonete qualquer afim de conversar sobre as novidades recentes.

Ali, puderam perceber as coisas atemporais que ainda levavam consigo e jeitos onde mudaram após a fase do amadurecimento constante.

Aika acabou por se tornar uma mulher muito simpática e, com um dom de percepção sem limites, mas permanecia com seu jeito extravasado, era assim que Tae Yang via Watanabe.

Kim havia se tornado um homem maduro, que ainda mantinha a sua educação em dia e também ainda carregava seu dom natural de liderar, mas sua personalidade introspectiva permaneceu como há anos atrás. Assim Aika via Tae Yang.

O homem ainda estava se soltando, o desconforto em expôr seus pensamentos o rondavam quando Watanabe perguntava qualquer coisa. Esse era o fruto amargo da distância prolongada, eles se conheciam bem, mas estavam se assemelhando a apenas conhecidos ao invés de amigos.

Kim ainda necessitava de tempo afim de se acostumar com essa aparição ilustre dela.

Durante aquela refeição noturna na tal lanchonete, aproveitaram para conversar sobre as relações amorosas e não amorosas ao longo do tempo que estiveram longes.

Tae Yang acabou por falar de Min Ji, o seu grande e único amor.

Aika percebeu a paixão no qual o amigo sentia pela namorada, apenas foi citar ela que leves sorrisos se escaparam dos seus lábios, algo no qual ela não via com frequência.

Watanabe — quando foi questionada sobre sua vida amorosa — acabou por falar que estava sozinha. Ela não estava sozinha porque queria e sim pois foi obrigada a se desfazer de seu primeiro namorado.

Ele se mostrava uma pessoa dócil e extremamente atenciosa, mas, quando foi a apresentar para a família e percebeu que eles não haviam a aprovado pelo tolo motivo de pertencer a etnia japonesa, sem mais nem menos, aquele namorado aparentemente perfeito a abandonou como algo desprezível e sem valor.

Desde este dia, Aika aguarda por um rapaz onde não seja tão infantil desta maneira, ela desejava ser feliz na vida amorosa, porém às vezes sua esperança se diminuía ao ver o quão doloroso é esperar.

Após terminarem aquele lanche, Kim a acompanhou até em casa e em seguida, dirigiu com destino a própria casa.

No momento onde Tae Yang entrou em casa, apenas tirou aquele terno que usava para manter a elegância e foi até o banheiro, se despindo próximo ao box e em seguida ligou o chuveiro e regulou na água morna, sentindo a boa temperatura invadir seu corpo.

Ao terminar seu momento de higiene, ele colocou uma calça moletom preta e uma blusa branca lisa, um traje que aparentava ser confortável.

Sentando-se em sua cama para relaxar o corpo, pegou o telemóvel e o desbloqueou, visualizando duas chamadas perdidas de Yoon.

Kim ligou de volta para ela, sendo rapidamente atendido.

Alô Tae? Por que não me atendeu?

— Desculpe Minie, eu acabei indo em uma lanchonete com a Aika e então esqueci de tirar o celular do silencioso.

Quem é Aika?

— Uma amiga minha de infância, recentemente nos reencontramos e aí algumas vezes depois do trabalho conversamos um pouco.

Tá bom, era só isso que eu queria saber.

— Não vai me falar sobre o seu dia?

Não houve nada demais, fique tranquilo. Boa noite.

Min Ji desligou o telefone enquanto travava uma verdadeira luta contra um sentimento pequeno de ciúmes, ela tentou disfarçar aquilo no telefone, porém só deixou Tae Yang confuso da mudança repentina de tom de voz.

Ela gostaria de ver quem era a tal Aika, então após terminar o turno, iria até o trabalho dele, apenas para não deixá-los a sós. Por algum motivo, uma desconfiança adentrou seu emocional, fazendo-a querer realizar tal pretensão.

E assim fez depois do seu horário no restaurante se cessar. Yoon após chegar no imenso prédio, foi até o estacionamento que guardava os carros de todos os funcionários sem exceções.

Ela se identificou aos seguranças que garantiam o bem-estar do local, e no final deixaram ela entrar, por já ter a visto com Kim outras vezes.

Min Ji recostou suas pernas na parte dianteira do carro do namorado com os braços cruzados, esperando pelo elevador o trazer até o estacionamento.

E após rápidos minutos, ela o visualizou saindo daquele elevador com um dos seus típicos ternos elegantes, seu cabelo penteado para o lado e carregando em um dos seus ombros uma mochila preta onde ele carregava algumas coisas para o trabalho.

Quase que sua raiva foi amenizada pela forte atração onde sempre sentia quando o via daquela forma, mas ela balançou a cabeça e se focou em conhecer de perto aquela mulher no qual o acompanhava.

Ela aparentava ser de etnia japonesa, as pontas de seus cabelos negros eram levemente ondulados e caíam perfeitamente na blusa branca social que usava junto com uma saia social preta.

O cabelo dela era quase igual o seu, mas sua franja era levemente menor do que a dela.

Naquele instante, Aika se quer pudia ver com certeza o cumprimento do cabelo de Yoon, por estarem presos em um rabo de cavalo.

Tae Yang quando estava próximo do seu carro, viu a namorada recostada no carro e ao vê-la ali, se apressou em chegar onde o automóvel estava estacionado. Ele esqueceu completamente do assunto que tinha com Watanabe e se focou em Min Ji.

Ao chegar, ele sorriu singelosamente e perguntou.

— O que faz aqui Minie? Faz tempo que você não vem aqui.

— Vim te ver.

— Ótimo, a gente nem conseguiu se ver na semana passada.

Kim tentou a abraçá-la, mas ela o distanciou um pouco, permitindo que ele visse sua expressão mais séria.

Aika se aproximou e perguntou.

— Oh! Essa é a Min Ji?

— É sim. — Tae Yang confirmou, ainda mais confuso.

— Muito prazer, eu sou a Aika Watanabe.

Aika a abraçou alegre e comentou após Yoon retribuir o abraço.

— É muito bom te conhecer, Tae disse bastante sobre você, espero que possamos ser amigas também.

— Aos poucos vamos nos conhecendo. — Min Ji sorriu, tentando a recepcionar bem.

— Claro, eu vou indo para não chegar mais tarde em casa e com certeza vocês não se viram hoje.

No final, Watanabe saiu daquele estacionamento e andou em direção ao ponto de ônibus para chegar no seu apartamento, onde ficava há treze minutos do trabalho.

Yoon entrou no carro e colocou o cinto, permanecendo com uma expressão meio fechada e cruzando os braços novamente.

Kim após também entrar no carro, olhou para ela e perguntou.

— Por que você está assim?

— Eu que pergunto para você, por que ficou de saidinha com ela e não me falou nem sobre a existência dela?

Depois de ter entendido que era uma crise de ciúmes, Tae Yang acabou não conseguindo impedir a saída de uma risada, ele riu por conta do jeito onde Min Ji agia quando estava brava por conta de algo.

— Meu amor, eu apenas esqueci de avisar, são tantas coisas na cabeça.

— Só falta esquecer de mim para sair com ela.

— Vamos, pare de ficar assim. — ele pegou em sua mão, ainda um pouco sorridente.

— Promete que não vai mais fazer isso?

— Tudo bem, eu prometo.

— Mas eu ainda estou brava.

Kim pegou o queixo de Yoon e ergueu de leve seu torso, podendo olhar em seus olhos brilhantes e ao seu rosto, que a aquela proximidade já havia tomado leves cores vermelhas.

Ao sentir a respiração quente de Tae Yang bater contra a sua pele, ela sentiu um arrepio recorrer pelo seu corpo.

E uma pequena ansiedade invadiu seu interior para desfrutar do beijo carinhoso que Kim oferecia a ela e vice-versa.

Yoon fechou os olhos e sentiu os seus lábios se encontrarem com o dele, acompanhado com a aceleração dos batimentos cardíacos e uma enorme euforia.

Após se separarem, novamente o olhar deles foram de encontro e logo Tae Yang disse.

— Nenhuma mulher vai tomar seu lugar, Minie.

☕︎

Aquele episódio de tensão havia completado exatos dois meses, aparentemente tudo entre Kim e Min Ji andava nos eixos, Yoon acabou por conseguir aceitar a amizade entre Tae Yang e Aika pelo motivo dela querer participar do seu ciclo social.

Recentemente, um novo rapaz acabou se juntando a equipe do restaurante no qual Min Ji trabalhava, seu nome era Park Jung Heol, um recém formado em gastronomia.

Yoon ficaria responsável por ajudá-lo na cozinha, pois há pouco tempo havia sido promovida a cozinheira, tendo o luxo de poder ter um ajudante ao lado e essa seria a importância de Jung Heol, ajudar Min Ji em meio aos pedidos.

Quando o rapaz de estatura alta e de fisionomia marcante adentrou pelas portas da cozinha de forma simples, mas que chamou a atenção de quase todos, ele se apresentou como o chef de cozinha havia pedido e foi de encontro a Yoon, onde iria ser seu ajudante daquele primeiro dia em diante.

Min Ji, enquanto ensinava algumas coisas que Park deveria fazer durante o turno do restaurante, observou que ele aparentava ser um rapaz muito gentil e também muito educado.

Então, as conversas no serviço acabaram por se perdurarem até o final do horário de ambos, eles pareciam ter se dado bem e o pouco tempo que passaram conversando, foi o suficiente para se aproximarem um pouco.

Yoon havia se sentido um pouco mais feliz com a companhia dele, ela e Tae Yang estavam bem, mas, ultimamente ele andava mais ausente e isso fez um pouco do humor de Min Ji decair.

Ela precisava lidar bem com essa falta de costume em vê-lo tendo amizades com o sexo oposto.

Porém, no dia que ela decidiu ir até o apartamento do namorado, mas antes de se aproximar, ela o viu saindo disparado do apartamento ao lado, no qual era de Aika.

No relógio, se marcavam oito horas, o que levantou suspeitas em Yoon, mas o sentimento de estar pensando numa suposta infidelidade, misturado com uma angústia e raiva, acabou a vencendo e ela decidiu voltar para casa.

Talvez o distanciamento dele seja consequência dessa aproximação com Watanabe.

Yoon não teve mais reação alguma quando chegou em casa, a não ser se desabar em lágrimas, sofrendo pelas próprias conclusões no qual teve após ver aquela cena.

Desde o casamento da melhor amiga, Kim já demonstrava estar com um comportamento considerado anormal, não a abraçava como costumava abraçar antes e ela já não sentia mais a proximidade emocional dele.

Moon Byeok estava curtindo sua lua de mel na Itália junto de Sang Jae, e por querer deixar a amiga aproveitar o um mês de descanso, ela apenas dizia que estava tudo bem, mas na verdade, ela sentia seu coração sangrar pela situação.

Min Ji sentia falta de Tae Yang, sentia falta das conversas casuais que tinham e, principalmente, dos afetos onde faziam a diferença na sua vida e lhe proporcionavam conforto quando os episódios da vida a castigavam.

Infelizmente, seu porto seguro não estava ali para ser um ponto da sua felicidade e deixar que ela fosse o ponto da sua felicidade.

Yoon se refugiou nos cobertores do sofá, consumindo um pouco de sorvete para assistir uma série que andou assistindo.

Era uma série de comédia, o nome era OMG! Sr. Hong! um típico dorama com comédia romântica que se tratava de relacionamento no trabalho entre uma executiva e seu chefe.

Apesar das piadas engraçadas, nem aquele programa conseguia aliviar o peso no qual Min Ji carregava.

Sua vontade era de fechar no seu mundo, mas a necessidade de alguém perto para lhe prestar algum apoio falava mais alto do que a vontade de se isolar.

Seus pais ainda não sabiam do que estava acontecendo entre ela e o genro, Yoon também queria proteger seus pais dessa dor por serem mais velhos e precisarem descansar um pouco após uma vida recheada de amargura.

Min Ji não viu outra alternativa a não ser se refugiar no seu lugar favorito, o templo de devoção.

Apesar de ter avós devotos ao budismo, seus pais acabaram por seguir a religião cristã e a filha foi pelo mesmo caminho.

Felizmente, parte da família era budista mas mesmo assim aceitaram a crença deles.

Yoon após chegar na imensa igreja e conseguir ver pessoas orando nos bancos, ela já se sentiu um pouco melhor ao estar no seu refúgio.

Ela chegou perto de um dos bancos, sentou ali e se curvou, juntando as mãos e iniciou sua oração mais sincera, Min Ji não controlou as lágrimas que saíram de seu rosto.

Aquelas lágrimas representavam parte do alívio onde Yoon precisava naquele momento, um consolo que tanto ansiou durante aquelas semanas.

E, após ter seu pequeno momento de devoção, ela caminhou de volta a sua residência.

Sua expressão ainda demonstrava dor e tristeza, mas seu interior estava mais tranquilo, finalmente um peso havia saído das suas costas e ela pudia sentir força para enfrentar aquela situação.

Enquanto dirigia para casa, ela acabou recebendo uma ligação de Tae Yang, algo que se tornou escasso ultimamente. E sem demorar, ela clicou em um botão do volante para atender a chamada e logo conseguiu ouvir sua bela voz ecoando em todos os cantos daquele carro.

Alô, Minie?

— Oi, Tae.

Como você está? Acabei não conseguindo te ver hoje, estou muito atarefado no trabalho.

— Eu estou bem, não tem problema, isso acontece.

Está bem mesmo? Sua voz não demonstra isso.

— Só estou cansada, isso já passa.

Oh sim, tente descansar bastante.

— Me responde, por que você saiu disparado do apartamento da Aika?

Kim ficou um pouco surpreso com aquela pergunta, ele se quer imaginou que na hora Min Ji viu ele saindo.

Tae Yang tinha consciência do que havia feito, na verdade, Aika havia o chamado para dizer que estava gostando dele.

Mas, esse gostar não era sincero, como um amor eros, apenas foi fruto da sua carência emocional e ela acabou por confundir isso, mas ainda precisava reconhecer suas próprias emoções.

Sem alternativa, ele optou por mentir para a namorada, afim de não causar brigas.

Kim já estava sentindo um enorme arrependimento em fazer isso, mas no momento, não via uma alternativa concreta.

Ela precisou de ajuda com a eomeoni dela que estava doente e então eu saí disparado para ver se tinha algum remédio pra ajudar.

— Entendi.

Mesmo com essa tentativa de escapar do assunto pelos próximos dias, Tae Yang pensou em falar a verdade, mas parecia que iria afetar eles mais uma vez.

Watanabe após confessar seus sentimentos de fachada, acabou causando um enorme estresse em Kim, o fazendo ficar perdido sobre como lidar com isso.

Ele via um completo nevoeiro diante dos seus olhos.

E a cada dia que se passava, o relacionamento deles se desgastava mais e a distância e a superficialidade reinou.

Os afetos a cada vez pareciam tão sem nexo e as conversas sempre menos frequentes.

Chegou num ponto de Yoon encontrar Tae Yang na cafeteria que marcou os primeiros passos deles, Min Ji ao olhar aquela típica cafeteria, sentia um enorme sentimento de nostalgia invadir seu emocional, a fazendo ficar feliz por aquela sensação.

Mas, ela não estava ali afim de desfrutar das boas lembranças e sim para fazer Kim perceber o erro que estava cometendo.

Yoon adentrou naquele estabelecimento e se sentou no seu lugar favorito, ao lado da janela e pediu um expresso, nada melhor do que tal café prensado e forte para ajudá-la a se manter firme naquele instante.

Ao ver o homem de cabelos morenos adentrando no estabelecimento junto com seu típico sobretudo marrom-escuro e mexendo nos seus cabelos, seu coração se apertou e ela acabou por encolher um pouco.

Tae Yang, ao se sentar em frente a mesa que Min Ji estava sentada, a olhou, vendo sua expressão tristonha.

— O que aconteceu Minie?

Yoon, se preparando para falar, tomou um gole daquele café forte, apertando os olhos devido ao gosto marcante.

Min Ji — contra o próprio gosto — retirou a aliança de compromisso e o entregou para Kim, já sentindo uma lágrima sair do seu olho direito, mas rapidamente secou, dizendo.

— Talvez seja melhor darmos um tempo, Tae Yang.

— Mas Minie...

Ela olhou fixamente nos olhos de Tae Yang, o fazendo enxergar uma amarga mágoa presente naquele olhar, que transpassava sofrimento.

— Você me largou de lado, simplesmente preferiu uma amiga que se quer esteve do seu lado durante esse tempo todo. Agora, você vai ter o tempo do mundo para ficar com ela.

Yoon se levantou daquela mesa e saiu pelas portas da cafeteria, enquanto deixava que o vento onde batia em seu rosto levar seus pensamentos.

Ela ainda o amava, mas precisou tomar aquela drástica decisão para ele reconhecer o grave erro que andou e estava cometendo, erros onde iriam levar o relacionamento deles de vez a completa ruína.

Tudo — naquele instante — estava nas mãos de Kim.

Tae Yang saiu desesperado da cafeteria, indo atrás de Min Ji, que apenas chorava e sofria em silêncio.

Ela andava em passos rápidos, tentando se desvincilhar o mais ligeiro possível daquelas lembranças onde vinham com insistência na sua mente.

Antes que ela pudesse virar a rua no qual se localizava a Baek's Coffee Shop, uma mão terna segurou em seu pulso, impossibilitando-a de continuar caminhando para longe.

Yoon olhou na direção de onde vinha aquela mão e ela visualizou Kim com uma expressão de desespero, Min Ji tentou se soltar da mão que lhe prestou apoio em muitos momentos, mas ele fortificava a união.

— Min Ji...por favor, não deixe que isso fique desse jeito.

— Foi escolha sua. — ela olhou novamente para o seu pulso direito sendo segurado pela destra de Tae Yang e tentou se soltar novamente.

— Me perdoe por isso, vamos tentar de novo Minie.

— Tae Yang, eu não estou com cabeça para pensar agora.

Kim não viu outra alternativa a não ser deixá-la ir, todas as suas palavras soaram honestas e ela demonstrava ter se ferido com a situação.

Após aquele dia, Tae Yang viu novamente seu mundo se despedaçar, pouco a pouco.

O arrependimento o corroía, apontando seus erros mais fatais, os erros no qual estavam custando sua relação com a mulher que mais amou em toda a sua vida, que ele seria capaz de colocar todo o seu ser, apenas para vê-la bem e — principalmente — ao lado dele.

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