Sour Candy

נכתב על ידי OctavianoLuis

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O livro conta a história de Adan, um jovem de 21 anos que se muda com seus irmãos mais novos para outro país... עוד

Avisos
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27

Capítulo 3

17 10 6
נכתב על ידי OctavianoLuis


Já passavam das seis da manhã quando Boris saiu do seu banho gelado. Ele havia acordado às cinco, mas ficou vegetando na cama por mais meia hora antes de se alongar no chão do quarto.

Boris saiu do banheiro e viu a mãe deixando o próprio quarto, a cara recém lavada e os olhos cansados. Seus cabelos loiros estavam úmidos e respingaram nos seus ombros, cobertos pelo moletom.

– Bom dia, mãe – disse em russo.

– Bom dia, bebê.

Boris fechou a porta do banheiro e foi para o quarto, onde terminou de se secar. Ele precisava ser rápido, ou perderia o ônibus para o estúdio. Vestiu o suporte que se posicionava entre as nádegas e contornava a cintura. Depois colocou a faixa de compressão, ajustando desde a área do tornozelo até o pé, deixando apenas o calcanhar de fora. Ele então terminou de se vestir, colocando a blusa, leggings, short e pegou a grande bolsa ao lado da cama antes de sair do quarto.

Boris foi até a a cozinha, onde a sua mãe terminava de ferver os Pelmenis e os colocava no segundo andar de sua marmita. Ele abriu a geladeira e de lá, tirou duas bananas, quatro morangos e uma garrafa de leite.

O loiro misturou os ingredientes no liquidificador, junto de seu suplemento e depois foi bebendo aos poucos enquanto conversava com o Mirka pelo celular.

Ao terminar de beber sua proteína, Boris colocou a bolsa no ombro direito e pegou a lancheira onde continha a marmita, suco e água.

– Adeus, mãe – disse em russo, enquanto saía pela porta traseira.

Ele caminhou até o ponto de ônibus, onde esperou sentado ao lado de uma idosa que fumava cigarro, dando baforadas profundas.

Quando o ônibus chegou, Boris deu prioridade para a senhora, deixando que ela ficasse com o último assento vago. Ele seguiu em pé durante todo o percurso e desceu no ponto próximo ao estúdio, fazendo o resto do percurso a pé.

Entrando no prédio do Estúdio SC, Boris passou pela recepção e acenou para Marina antes de ir até o elevador.

O prédio do Estúdio SC tem cinco andares. O primeiro com a recepção e o teatro principal, o segundo com os escritórios e os três restantes são para o uso dos alunos e professores.

Boris apertou o botão do quinto andar e esperou. Faltavam três minutos para as oito e ele temia que Ren Hui já tivesse chegado.

O elevador parou no terceiro andar, onde dois rapazes entraram. Um deles era baixinho e, assim como Boris, vestia um short moletom por cima de leggings, a diferença era que o dele ia até o início das coxas, enquanto o do rapaz terminava nos joelhos.

– Bom dia, sênior – disseram.

– Oi – disse Boris em inglês, acenando.

Sempre que um novo bailarino entrava no estúdio, era conhecido como júnior e ficava, majoritariamente, no segundo andar. Os sêniores ficavam no quarto, e alguns deles poderiam ir até ao quinto para ter aulas diretas com a Ren Hei, uma bailarina de nível nacional que aceita apenas um número seleto de bailarinos talentosos como discípulos.

– Desculpa – começou o baixinho –, será que o sênior poderia nos mostrar o quinto andar?

– Perdão, mas não posso – O sorriso leve de Boris apareceu em seu rosto.

A opinião de Boris sobre a divisão de andares não importava. O quinto andar era proibido, pois Ren Hui não gostava de pessoas. Principalmente Juniors amadores que gritavam sempre que vissem uma bailarina de nível nacional como ela.

O elevador abriu no quinto andar e Boris saiu rapidamente, fugindo do constrangimento causado pela expressão desiludida dos Juniors.

Ao passar pela porta, ele se agachou assustado quando uma sapatilha se chocou contra a parede ao lado.

– Cuidado, porra – Boris disse para Elise, que havia lançado a sapatilha.

– A culpa não é minha se a sapatilha não quer quebrar – disse ela, antes de jogar o outro par do calçado na parede.

– Você tem sorte de ter sido o Boris a entrar ao invés de Ren Hui, senão ficarias na barra pelo resto da vida – disse Mirka, levantando a perna na altura dos ombros enquanto segurava na barra.

– Ela não iria deixar a melhor bailarina na barra – disse Elise.

Boris foi até o canto e pousou suas bolsas junto das de Mirka e Elise. Antes que pudesse responder, a porta se abriu novamente e Ren Hui entrou por ela. Os três sêniors correram até a barra junto ao espelhp e entram em formaram.

– Já aqueceram? – perguntou Ren Hui.

– Sim – disse Boris, preferindo não comentar sobre ter se atrasado novamente.

– Tudo bem, comecem. Um – disse Ren Hui.

Com uma das mãos segurando na barra, eles agacharam, mantendo os calcanhares juntos e movimentando a mão livre no ar, de acordo com o movimento, fazendo um plié.

– Dois. Três. Mirka, corpo reto. Boris, leveza no movimento das mãos. Vocês são bailarinos, não caminhoneiros – disse Ren Hui enquanto batia palmas delicadas e ritmadas.

Após os pliés, eles fizeram battement jetés e se afastaram da barra, erguendo os braços, os mantendo firmes acima da cabeça em terceira e quinta posição enquanto erguiam a perna.

– Mirka, os braços esticados! Tente ser gracioso como um cisne, pare de parecer um jogador de vôlei em meio a uma manchete – gritou.

Ren Hui caminhou até Boris e segurou em sua perna, a empurrando ainda mais para cima, fazendo o loiro engolir um gemido de arrependimento por não ter se alongado.

Ao decorrer da aula, eles variaram entre passos mais simples, como pequenos tour pique en dehors, incluindo algumas das suas variações, tanto masculinas quanto femininas. Também fizeram piruetas, onde era difícil para Boris fazer mais de duas, mas era perceptível a sua melhora com o eixo comparado à semana anterior.

Depois foram para os fouetté en tournant, onde até mesmo Elise caiu. Seguidos pelos grand fouetté, onde a parte mais difícil para Boris era a passagem para o attitude e depois subir a perna para o lado, fazendo a área da virilha queimar cada vez que ele levantava a perna.

Uma das outras dificuldades de Boris foi o arabesque penché, sendo seguido do hops nas pontas, onde ele podia dar saltinhos com as pontas dos pés, o que exigia muita força de suas pernas para não acabar caindo para a frente, e depois piruetas com eixo fechado.

No fim da aula, Ren Hui mandou que eles ficassem no centro da sala e agachassem até que estivessem sentados sobre os calcanhares, antes de esticarem uma perna. Apesar do exercício ter parecido fácil quando Ren Hui fez, nenhum dos três conseguiu manter equilíbrio por mais de um segundo sem acabar caindo.

A aula com a Ren Hui levou a manhã toda e eles foram liberados apenas no horário de almoço, onde desceram até o refeitório, no terceiro andar.

Elise foi até o balcão comprar algo para comer, enquanto Mirka e Boris abriram as suas lancheiras. Ele começa pelo primeiro andar da marmita, onde encontra os Pelmenis. As suas pernas ardiam de cansaço e os seus dedos dos pés doíam, agradecendo por não terem de ser usados enquanto ele estava sentado.

Quando todos os Pelmenis tinham acabado, Boris passou para o segundo andar da marmita, onde tinha a salada Olivier e depois comeu a sobremesa, que era um pedaço de Medovik, também chamado de bolo de mel.

– Sábado nós vamos para o parque de diversões, vocês querem ir? – perguntou Mirka.

– Não sei – disse Elise comendo.

– Você nunca sabe – disse Boris.

– Eu namoro, Boris. Nem todo mundo nasceu para morrer sozinho que nem você.

– Sábado que horas? – perguntou Boris, ignorando a facada de Elise.

– Não sei. Depois eu pergunto para o Elijah – disse Mirka.

Após o almoço, eles voltaram para o quinto andar, onde ficaram por mais duas horas fazendo fondue's penché's, valsas, frappé's e developpé's, antes de voltarem ao fatídico agachamento com a perna erguida da Ren Hui.

Depois das aulas da Ren Hui, eles desceram até o quarto andar para ensaiar junto dos outros seniores durante as três horas restantes. Lá ensaiaram coreografias durante o resto do dia e depois foram tomar um banho antes de voltar para casa.

Ele foi até o ponto e esperou por quase dez minutos até que o ônibus chegasse, no qual teve que ir em pé por ter pessoas demais. Estava tudo tão apertado que era difícil respirar, qualquer mínimo movimento do braço de alguém, um cotovelo se chocava contra a sua costela.

Quando Boris desceu no ponto perto de seu condomínio, o dia já estava quase acabando. Ele andou devagar porque os seus pés doíam. Era apenas terça-feira, mas Boris sentia como se tivesse passado a semana inteira treinando.

Ao chegar em casa, ele abriu a porta e passou pelo hall de entrada. Sua mãe estava a caminho da cozinha, mas parou quando o viu chegar, ela tinha um sorriso enorme e usava um vestido azul pastel e sapatos brancos.

– Bem-vindo, bebê – disse caminhando até Boris e beijando a sua bochecha. – Vai trocar de roupa, eu vou preparar a tua bacia.

Boris surpreendeu-se por sua mãe estar falando francês dentro de casa, já que, normalmente, eles costumavam falar russo. Ouviu uma risada vindo da sala, caminhou até lá e viu o irmão e a cunhada sentados à mesa com o seu pai.

– Boa noite – cumprimentou ele, chamando a atenção dos três.

– Filho – disse Nikolai para Boris – Vem ver o teu sobrinho. Com quatro meses e ele já consegue apertar o meu dedo com força.

Boris sorriu das expressões que o pai fazia. Marie, sua cunhada, se levantou, caminhou até ele e o abraçou. Os cachos dela cheiravam a cereja e os braços finos demoraram um segundo em sua pele antes de se afastarem.

– Como estás, Boris? – perguntou ela.

– Eu estou bem – disse tímido. Marie sempre foi uma mulher muito bonita e isso intimidava Boris.

– Como foi no estúdio? – perguntou Serguei, se levantando da mesa para pôr o braço em volta de seus ombros, apesar de Boris ser mais alto.

– Foi ótimo, sinto como se fosse morrer, mas isso faz parte do processo.

Serguei sorriu, tirou o braço em volta de seus ombros e voltou para a mesa do lado do pai.

Boris foi até ao quarto e deixou sua bolsa e lancheira na cama. Ele se libertou de suas roupas desconfortáveis, principalmente das leggings e suporte, que acabou deixando marca em suas nádegas por estar fundo demais.

Com uma bermuda confortável e uma blusa aconchegante, Boris saiu do quarto e andou até a cozinha, onde sua mãe colocava pedras de gelo em uma bacia cheia de água.

– Obrigado, mãe.

– Vá para a sala e coma um pedaço do bolo que a Marie fez.

Boris pegou a bacia e saiu da cozinha, deixando a mãe enchendo as forminhas de gelo. Ele a colocou embaixo da mesa e nela, posicionou seus pés nela, sentindo o frio logo em seguida.

Ele cortou um pedaço do bolo que estava na mesa e deu uma mordida, sentindo o olhar de Marie.

– Gostaste? – perguntou a mulher negra, com um sorriso branco.

– Sim – disse ele, nervoso por ter a atenção dela. – Chocolate sempre foi o meu preferido.

– Sim, eu sei – disse Marie.

Boris sorriu involuntariamente.

– Fui eu que contei para ela – disse Serguei, matando o sorriso de Boris.

Eles ficaram conversando até o jantar, Serguei, Marie e o filho foram embora logo depois. Boris lavou a louça e foi para o porão, praticar o exercício de equilíbrio que Ren Hui havia passado .





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