Spark of Fire

By ficsGiKa

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Jung Hoseok está há minutos de morrer quando o seu sangue atrai Min Yoongi, um vampiro que lhe oferece a chan... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98
Capítulo 99
Capítulo 100

Capítulo 81

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By ficsGiKa

AVISO DE CONTEÚDO: Descrições gráficas de violência; Tentativa de suicídio (Incitação ao suicídio); Maus tratos infantil.

══════ † ══════


Após seis horas seguidas lutando, Hoseok perdeu a consciência. Ele não tentava mais conversar com os seus oponentes, somente atacava para matar. Daquela maneira, passaram vampiros e mais vampiros e até alguns caçadores — seria errado ter usado mais força justamente neles? Se a resposta fosse positiva, não se importava em ser a pessoa mais errada do mundo.

Portanto, quase na sétima hora, com o sol começando a se preparar para se despedir, assim que Hoseok viu um caçador na sua frente, partiu com toda a força que tinha em seu corpo.

Ele estava machucado em algumas partes, óbvio, não eram oponentes tão fáceis assim, ainda mais quando Rain pensou muito bem na ordem de enfrentamento. Há várias horas não lutava com um vampiro e, assim, a alimentação não era tão nutritiva quando estraçalhar um vampiro com seus dentes. Sem contar, que deixava para Yeonjun também se fortalecer.

Quando empurrou o caçador de cara no chão, sentiu uma dor no seu tendão de Aquiles; ao olhar, percebeu que o homem tinha o cortado com uma lâmina de obsidiava negra.

Hoseok nada falou, somente saltou sem utilizar o peso de uma das pernas e se jogou contra o caçador. Sentiu uma lâmina lhe cortando a lateral do corpo quando o homem o feriu, segurou-a com força e em seguida o sangue preencheu sua boca enquanto o sugava até a morte.

O tendão de Aquiles se refez e os ferimentos sumiram.

Na primeira luta com caçadores, pensou em disfarçar, em não morder o homem, contudo, a composição do sangue dos caçadores era fato conhecido sobre Jimin, então a partir da segunda luta, provou do sangue de caçador, repleto de genes vampirescos e que lhe saciava muito bem.

— Próximo.

A porta preta foi aberta e um vampiro entrou. Rain nem anunciou dessa vez, somente sorriu quando Hoseok correu em direção ao oponente, dando início a luta.


══════ † ══════


Mais seis horas e Hoseok parou de se importar com o olhar assustado de Yeonjun.

O amigo lutou uma vez quando um vampiro o derrubou, alguns minutos antes. Hoseok não estava cansado, somente afoito em terminar a luta que até o momento era a que lhe deu mais trabalho. O vampiro era experiente e o derrubou após uma hora de luta com um golpe certeiro em algum músculo da perna que deixou Hoseok sem movimento no membro.

Yeonjun mais desviava e se defendia de golpes do que atacava — Hoseok pode perceber o padrão que Seokjin o ensinou —, mas, não era o suficiente para eliminar aquele vampiro.

Então, Hoseok esperou no lugar, fingido estar acabado de vez. Quando Yeonjun trouxe o vampiro até perto dele outra vez com empurrões e desvios, Hoseok agarrou a perna do vampiro-inimigo e com as presas, arrancou praticamente toda a panturrilha de uma só vez.

Os gritos de dor foram seguidos com o vampiro desabando no chão. Hoseok se jogou contra o vampiro e com um movimento de braço, arrancou-lhe o coração. Com a parte em mãos, levou-o a boca e devorou o órgão mais saboroso de um vampiro.

Recuperado, Hoseok estava de volta em pé, olhando para Rain, que mal se mexeu do lugar com a cena. O médico então falou:

— Próximo.

Rain se levantou da sua alta cadeira do camarote, apoiou as duas mãos na beirada de madeira, sorrindo abertamente.

— Bem, esse foi o último dos nossos concorrentes — disse Rain. Ele abriu os braços e Hoseok quase revirou os olhos ao notar que ele agora falava com os expectadores online. — Uma salva de palmas para o vencedor: Jung Hoseok!

Hoseok não viu rostos, mas ouviu as palmas — eram gravadas, provavelmente retiradas de algum banco de sons. Rain realmente se achava muito mais do que era, de fato.

— Ah, mas foi sem graça, certo, pessoal? — Rain continuou a falar, projetando o lábio inferior para frente, antes de fitar Hoseok. — Hobi-ssi matou todos os oponentes com muita facilidade. O que acham de outra luta, uma última?

O sol há muito tempo tinha sumido, deixando a lua ser a regente do show, quando o médico colocou as mãos em volta da boca, fazendo sua próxima palavra reverberar pela redoma agora escura:

— Vem cá, frouxo!

Rain sorriu e continuou a falar:

— Temos uma última luta, como todos os expectadores estão esperando...

Hoseok esticou os braços para se alongar. Não precisava realmente daquilo, mas se Rain queria brincar, ele também poderia fazer o mesmo.

A verdade, é que Hoseok sabia que se realmente lutasse com Rain, perderia. Até aquele dia, em uma luta séria, não vencia o seu namorado e seus mais de setecentos anos, quiçá um vampiro bem mais velho. Porém, se fosse esse o caso, lutaria até o seu último suspiro, não desistiria ou correria do seu destino, ao menos uma mordida daria no babaca.

— Receba seu novo oponente, Jung... — Rain sorriu abertamente antes de completar: — Choi Yeonjun.

Demorou alguns segundos para Hoseok realmente entender o que aquelas palavras significavam. Ele se virou para Yeonjun que estava atrás dele, fitando o rapaz, a compreensão chegando aos dois em seguida.

Teriam que lutar um contra o outro.

Hoseok começou a falar "Não", quando Yeonjun ficou em posição de ataque, suas presas à mostra.

— Oh, esplêndido! Essa luta será incrível! — Rain riu alto, batendo palmas. — Boa sorte, rapazeeees!

Hoseok não compreendeu o motivo de Yeonjun se tornar agressivo em sua direção. O que o rapaz estava fazendo? Era para lutarem juntos, um ao lado do outro e saírem dali vivos e não aquilo. Não mataria o vampiro que passou doze horas defendendo.

— Não lutarei com você — Hoseok logo avisou. Seria melhor vocalizar seu desejo, talvez o rapaz desistisse.

Yeonjun pareceu não se importar com palavras e em um segundo estava na sua frente, deferindo-lhe golpes.

— Yeonjun!

O médico se afastou da luta, um tanto alarmado, mas Yeonjun o seguiu. O que estava acontecendo ali? Por que estava sendo atacado?

Hoseok se afastou outra vez, mas, Yeonjun o atingiu no rosto com as unhas.

— Yeonjun, mas que porra! — Hoseok grunhiu, segurando os braços do rapaz sem dificuldade. — Não lute comigo!

Yeonjun deu um salto para trás, novamente mostrando as presas. Hoseok parou no meio da arena, abaixo de si a areia pintada de vermelho. Não compreendia o porquê do amigo começar a atacá-lo, então, resolveu observá-lo.

Yeonjun começou a andar em volta de Hoseok, rodeando-o como uma presa. O médico ficou no mesmo local, pensando em várias possibilidades para o que estava ocorrendo — desde que Yeonjun secretamente o odiava todo aquele momento, até a possibilidade dele estar compelido —, porém, nada daquilo fazia realmente sentido.

Hoseok deu um passo mentiroso em direção a Yeonjun, mas, o outro vampiro mal notou, pois, seus olhos estavam em Rain e assim que voltou a o fitar, o relance do verdadeiro Yeonjun ficou aparente antes de sumir para uma máscara de raiva.

O médico entendeu o que estava acontecendo: Yeonjun estava o atacando para que ele atacasse de volta e o vencesse.

Yeonjun estava o protegendo e Hoseok mais do que nunca quis tudo de bom para o rapaz que considerava um irmão mais novo.

A decisão seguinte foi fácil para Hoseok.

Hoseok levou a mão a cintura e quando ficou visível para os outros o que ele tinha em mãos, a expectativa se tornou imensa. Yeonjun deu um passo atrás, seus olhos ainda sem expressão, porém, fixos em Hoseok.

Mas, Hoseok não atacou Yeonjun, ele levou o que tinha nas mãos até o peitoral, segurando com as duas mãos o cabo curto, apontando diretamente para o órgão vital.

— Rain, acabe essa luta agora mesmo ou essa adaga de Obsidiana Negra vai diretamente para o meu coração.

Havia um som no fundo do ouvido de Hoseok e por um instante, não compreendeu o que era e nem o porquê de ouvir aquele barulho, até entender ser a sua mente lhe dizendo para parar. Mas, ele não faria isso, somente tentava proteger Yeonjun de uma morte que nunca carregaria em suas mãos.

Rain não respondeu de imediato, mas, Hoseok sabia enxergar um blefe, mesmo que de um ser tão poderoso. Aquele antigo vampiro não faria nada daquilo se não o quisesse; todas aquelas lutas — doze horas delas! —, eram um teste para saber se Hoseok era realmente aquilo o que Rain procurava.

Hoseok não sabia para o que era necessário, provavelmente algum plano idiota de matar vampiros, mas, no momento em suas mãos tinham a vida de Yeonjun e daria um passo de cada vez, assim como aprendeu com as melhores pessoas do mundo: a sua família.

— Hyung, não faça isso!

Ali estava o Yeonjun que Hoseok sabia estar se escondendo embaixo de uma camada de raiva. Yeonjun estava fingindo por todo aquele momento, querendo o salvar ao permitir que ele o matasse, mesmo que nenhuma daquelas palavras tenha sido proferida em voz alta.

Hoseok olhou Yeonjun e piscou com um dos olhos.

Não se preocupe, meu amigo. Tenho tudo sob controle.

O médico voltou a fitar Rain, sorrindo de lado. Sua vida estava sobre o seu controle pela primeira vez em horas e por mais que fosse uma situação nada saudável, Hoseok não pode deixar de se sentir bem. Era bom ter o controle sobre suas próprias ações.

— O seu tempo está acabando, Chuvinha.

Rain se levantou, apoiando-se na beirada do camarote, contudo, continuou sem proferir uma palavra.

Hoseok voltou a rir.

— Se você quer assim... — disse o médico. Ele segurou com mais força no cabo, voltando seu olhar para Yeonjun. — Yeon, você ficará bem, okay? Eles estão vindo te buscar.

— Hyung...

Os olhos de Yeonjun se encheram de sangue e Hoseok precisou de muito para não acabar com tudo e somente passar os dedos no rosto do rapaz.

— Não! Hyung, pare! Não, não! — Yeonjun gritou colocando as mãos por cima das de Hoseok, impedindo-o de forçar a adaga, o sangue do ferimento que Hoseok causava em si o desesperando por completo. — Não faça isso! Não por mim...

O médico não respondeu, forçando a adaga um pouco mais. Sua vida era somente sua para retirar.

— Yeon, fique bem.

Hoseok fez o movimento, aquele que seria fatal. Yeonjun gritou, mas por cima dele, outro grito soou mais alto: o grito de Rain.

— Chega! Pare agora com isso! — Rain exclamou, bufando em seguida. — Ambos venceram! Chega disso!

Hoseok suspirou aliviado, foi o momento que Yeonjun usou para jogar a adaga de obsidiana longe, a ponta cravando na parede oposta.

— Hyung, hyung! P-por quê?! — O jovem vampiro chorava com força, agarrado a Hoseok, que apenas o abraçava de volta.

Shhh, se acalme, Junie. Ficará tudo bem, não chore mais.

Yeonjun ainda chorou mais, agarrado a Hoseok, o medo do que poderia ter ocorrido ainda presente em seu cérebro. Quando os dois foram escoltados de volta para o lado de dentro, Yeonjun ainda chorava forte, pouco se importando com os olhares dos caçadores. Hoseok não pode deixar de achar ruim como todos aqueles olhos eram julgadores — não havia empatia ou pena, somente ódio. Uma intensa lavagem cerebral.

Ambos acreditaram estarem seguindo para a cela outra vez, porém, não foram pelo longo corredor de pedra. Na verdade, foram encaminhados por algumas portas e até outros corredores, até estavam de cara com Rain.

— Oh, vocês chegaram!

Hoseok encarou as costas de Rain, notando de perto com o vampiro era forte, mas o que lhe chamou atenção foi o fato que ele segurava algo em seus braços, podia avistar pelo formato anatômico.

Então, Rain se virou e Hoseok pode ver o bebê em seu colo.

O bebê que conhecia pelas milhares de fotos que Seokjin tinha em seu celular.

— Seu filho da puta desgraçado! Onde está Haneul?! Por que você está com Sook?!

O médico foi para cima de Rain, mas os caçadores o pararam antes que pudesse se mover mais, as correntes de obsidiana queimando seus membros pela movimentação repentina.

— Hm... A última vez que nos vimos a mamãe estava no carro, não é princesa? — Rain murmurou em tom infantilizado, tocando a ponta do nariz da pequena menina com o indicador. Sook não chorava, porém, não parecia confortável ali, mesmo em tão pouca idade. — Ela é adorável, certo?

Hoseok estava sem palavras. Havia um nível de pessoas baixas, mas, sequestrar um bebê inocente era abaixo do que qualquer coisa. Ele fitou Yeonjun e viu o ódio nos olhos do jovem vampiro, por mais que não existisse um Laço entre Seokjin e o rapaz, ainda existia uma forte ligação entre pupilo e seu metre; a dor de Seokjin também era a dor de Yeonjun.

— Por que você pegou uma criança, seu doente de merda?! — Hoseok queria gritar, queria estraçalhar todo mundo naquele local, arrancar todos os membros e sair da porta da frente com Yeonjun e Sook, mas, não podia, não enfraquecido por aquelas infernais correntes. — Ela é inocente!

Shh, se você gritar desse jeito assustará a minha nova filha.

— Ela não é sua filha — Yeonjun murmurou entre dentes. Estava irado em pensar que aquele homem havia tocado na família que era tão preciosa para seu mestre.

— Claro que é! Laços vão muito além do sangue compartilhado nas veias, ou estou errado? — Rain sorriu, beijando a bochecha da menina. Ela estava nitidamente confusa, mas aceitou o carinho sem reclamar deitando a cabeça no ombro de Rain.

— O que diabos você quer? O showzinho não foi o suficiente? — Hoseok proferiu tentando respostas. — Por que disso tudo? Por que me colocou para lutar? Por que tirou uma menina inocente da mãe?!

Rain sorriu, caminhando com tranquilidade e depositando Sook em um berço alto que pela primeira vez Hoseok viu no local. Não sabia onde estavam — provavelmente um local distante e dentro de uma densa mata —, mas, o ambiente era gelado, ainda mais para uma criança tão pequena. Aquele psicopata poderia matar Sook com uma pneumonia e estava claro que ele não se importava.

— Vocês sabem a origem da Obsidiana Negra?

Hoseok suspirou. Pelos céus! Aquele homem conseguia chegar aos nervos de qualquer um.

— Vulcões — Yeonjun respondeu. Hoseok sabia que o rapaz estava irado, mas talvez tivesse razão em parecer adepto de uma conversa. — Elas são formadas pelas lavas de vulcões.

Rain levantou as sobrancelhas, batendo palmas para Yeonjun.

— Impressionante, uma resposta muito correta... para os humanos e os tolos. — Rain sorriu, saindo de perto do berço e seguindo até a mesa onde estavam dispostas várias armas, os vampiros não precisavam testar para saber que todas feitas da pedra que os feriam. — Obsidiana vem do Fogo dos Dragões. Por que vocês pensam que uma pedrinha qualquer pode machucar a vossa espécie?

Hoseok disparou, aproveitando a deixa do outro:

— Da nossa espécie, você quis dizer, certo?

— Não me compare a vocês! — o homem gritou, seu olhar arregalado de ódio.

Com o barulho, Sook começou a chorar assustada. Hoseok se moveu outra vez em direção ao bebê, mas foi impedido pelos caçadores e teve que observar Rain segurar a menina e a ninar, como se fosse filha dele.

— Calma, calma, meu amor. O papai está aqui.

— Ela está com frio, desgraçado! Está congelando aqui! Sook é um bebê! — Yeonjun gritou frustrado.

Rain ignorou Yeonjun, mas ainda assim retirou o próprio casaco e enrolou a menina antes de a colocar de volta no berço — ainda chorando.

— Enfim, vamos para o nosso tratado — disse Rain, apertando a ponte do nariz. — Vocês ganharam as lutas, então, são os selecionados para o meu experimento. Será incrível!

— Deveria ter me matado — murmurou Hoseok.

Own, não diga isso, Hobi! — Rain se aproximou de Hoseok em passos lentos, estendendo a mão até o rosto do vampiro, que se remexeu, mas foi parado pelos caçadores que o seguravam. Rain sorriu, deixando seus dedos contornarem a face do médico, parando em seu queixo. — Você é de longe o meu favorito.

— Eu venci as lutas. Deixe Yeonjun fora disso.

— Oh! Yeonjun... — Rain se virou para o vampiro mais jovem, o sorriso agora mais divertido. Ele fez o mesmo processo que realizou com Hoseok, contornando o rosto do outro e pousando a mão no queixo dele. — Você tem um rosto tão delicado... tão jovem e é um monstro.

Yeonjun desviou o rosto, sem responder a Rain.

Hoseok disparou:

— O único monstro aqui é você, Chuvinha! — Hoseok deixou suas presas aparentes, segurando o pulso do outro vampiro com força e o afastando de Yeonjun, a vontade de morder Rain somente para lhe arrancar o coração aumentando cada vez mais em seu peito. — Você e esse seu bafo horroroso! Esqueceu de escovar os dentes nos últimos duzentos anos, foi?

Um milésimo de segundo se passou e Hoseok sentiu o impacto contra o seu rosto, quando deu por si, estava do outro lado da sala, seu corpo entalhado contra a parede de pedra; pela primeira vez podia sentir a força de Rain.

— Olha o que você me fez fazer! — reclamou Rain, apontando para o caçador que antes segurava Hoseok. — Que inconveniência!

Hoseok traçou o caminho do sangue na sua roupa, pelo chão até o caçador que antes lhe segurava; o braço do homem caído no chão. O caçador mutilado não percebeu de início, o choque presente em sua feição, mas assim que avistou o seu membro no chão de pedra, gritou.

— Ai, ai, você acordará minha filha — Rain grunhiu. — Alguém mata esse cara de uma vez?

— Não! — Hoseok disparou, seu corpo ainda no mesmo lugar, com dor por conta de uma das correntes que adentraram o seu punho. — Eu cuido dele.

— Não tem o que cuidar. Ele é inútil sem o braço — Rain proferiu, buscando Sook para niná-la outra vez. Ele se virou para outro caçador, ordenando: — Tire esse inútil daqui e dê um fim ao sofrimento dele. — Olhando para outro, continuou: — Já você, leve os prisioneiros para as celas especiais. Depois, saiam todos da minha frente!

— Sook... — Yeonjun murmurou, mas não fez menção de fazer força contrária aos braços que o puxavam. Seria pior causar uma cena. Sook também não estaria segura com eles na cela.

Hoseok foi arrastado de qualquer maneira, mas ficou aliviado ao chegar na cela e ter as algemas arrancadas, pois, a dor finalmente o deixou. Foi empurrado para dentro da parte protegidos contra vampiro e logo buscou por Yeonjun, abraçando-o. Era a primeira vez que podia fazer tal coisa desde a arena.

— Hyung...

Shh, está tudo bem — garantiu Hoseok. — Eu estou bem.

— N-não faça aquilo de novo, okay? N-não f-faça e-eu fiquei m-muito assustado!

Sorrindo, o médico segurou no rosto do outro vampiro, secando suas lágrimas com seus dedos. O rapaz parecia tão pequeno naquele momento, quis protegê-lo ainda mais.

Er... olá. Acredito que vocês sejam amigos do meu irmão.

A nova voz pegou os vampiros de surpresa.

— Q-quem? — Yeonjun perguntou de imediato.

O musculoso homem se levantou do banco onde estava e concretizou uma rápida reverência. Um dos seus olhos estavam roxos e nem abria devido ao inchaço. No seu ombro havia um corte que rasgara parte da sua camisa e ele sangrava de uma das pernas.

— Oh, eu sou Wonho. Sou o irmão mais velho de Namjoon. — O dragão gemeu, voltando a se sentar no banco. — Eles me pegaram tem uns dois dias.

— G-grande... — Yeonjun murmurou ainda choroso e agarrada a cintura de Hoseok, olhando o dragão por cima do ombro do outro vampiro.

Wonho sorriu, seu olho sem ferimento se fechando em crescente.

— É o que minha namorada diz.

— E-eu achei que o irmão engraçado fosse o Jackson — Yeonjun murmurou.

Wonho suspirou pesadamente.

— Nessa situação? Estou só tentando não surtar. — O dragão levou a mão a cabeça, mas parou, gemendo baixo. — Toda hora eles vêm aqui me espetar e tem outro dragão por aqui, ouvi uns caçadores comentando, mas não sei quem é.

— S-seu irmão? Joon?

— Felizmente, eu não acho que seja. — Wonho suspirou pesadamente. — Sinto muito que isso tenha acontecido conosco.

Hoseok concordou, segurando Yeonjun enquanto seguiam para se sentarem ao lado do dragão. O médico reparou no lugar pela primeira vez, porém, era muito parecido com a outra cela: com paredes de pedra e humildade, a única diferença é que agora estavam próximo a um dragão.

O silêncio tomou conta do lugar, nenhum dos três sabiam realmente expressar o que sentiam no momento.

Então, deixaram que os minutos passassem enquanto não tinham perspectiva alguma de que sair daquela instalação de caçadores vivos.


══════ † ══════

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