Your flowers - simone e soray...

بواسطة I4YEAJI

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Não é engraçado como as coisas podem mudar rapidamente? Com uma pessoa pode mudar outra? Por exemplo, você te... المزيد

início.
1ㅡ Girassóis.
2 ㅡ Não me esqueça.
3 ㅡ Violeta
4 ㅡ Cravos.
5 ㅡ A flor da vida.
6 ㅡ Sol.
7 ㅡ Sim, eu senti.
8 ㅡ Seu lírio.
9 ㅡ Normal é chato.
10 ㅡ Quase o Havaí.
11ㅡ Segredos, jasmins e anêmonas.
12 ㅡ Universo dentro de mim.
13 ㅡ Pequena coragem.
14 ㅡ Detetive.
15 ㅡ Pertencer.
16 ㅡ Rosa musk.
17 ㅡ Azeleia.
18 ㅡ Rosas da decisão.
19 ㅡ Conflitos.
20 ㅡ Ela sabe?
21 ㅡ Me deixa entrar?
22 ㅡ A primeira semana.
23 ㅡ Diego.
24 ㅡ Uma assassina?
25 ㅡ Stella.
26 ㅡ Stella pt II.
27 ㅡ Ela me ama.
28 ㅡ Indo fundo.
29 ㅡ Cyclamen e adeus?
30 ㅡ Conversa, chá e amor
31 ㅡ Não fuja.
32 ㅡ Do lado dela.
33 ㅡ Conserte isto.
34 ㅡ No mês seguinte.
35 ㅡ A carta.
37 ㅡ Quarenta segundos.
38 ㅡ Uma última flor.
39 ㅡ Girassóis part ll
40 ㅡ Sentindo-se completa.

36 ㅡ O plano.

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بواسطة I4YEAJI

Simone.

Durante meus anos como editora eu já havia lido muitos livros com temáticas policias e/ou investigativas, tirando os que já havia lido apenas por diversão e o tanto de filme baseados em livros que eu já tinha visto. Você deve estar se perguntando porque estou falando disso agora, não é mesmo? Bem, é que graças a tudo isso que já li e vi eu acabei adquirindo muita informação promissora sobre como arquitetar um plano perfeito.

Primeiro passo: você deve coletar informações sobre o inimigo.

ㅡ Eduarda? - Chamei enquanto tomávamos café da tarde.

ㅡ Que?

ㅡ Preciso que me conte algumas coisas.

ㅡ Você vai ajudar minha irmã?

ㅡ Não tenha dúvidas disso.

ㅡ Então eu conto o que quiser saber.

ㅡ Okay. - Respirei fundo enquanto repassava em minha mente as perguntas que tinha de fazer. - Como são os homens que perseguem a Soraya?

ㅡ Bem, eles nunca são os mesmos. - Isso não ajudava muito.

ㅡ Tudo bem então, mas não sabe nada sobre eles? Nenhum deles?

ㅡ Sei que o nome do chefão é Guerra. - Disse como se não fosse nada.

ㅡ Guerra, tipo, O Guerra? - Perguntei com um tanto de surpresa.

ㅡ Conhece? - Me olhou confusa.

ㅡ Quem não? - Deixei minha xícara de café sobre a mesa e levantei-me para pegar o jornal que estava na mesinha de centro da sala, assim que o tinha em mãos retornei a mesa de jantar. - Aqui. - Digo mostrando a capa do jornal. - Ele saiu em todos os jornais e noticiários existentes. Invadiu o território de um outro cara semana passada, matou mais de quinze pessoas, entre bandidos e gente inocente, sem contar os que ficaram feridos.

ㅡ Meu Deus, isso não é bom pra Lauren. - Assenti.

ㅡ Não é mesmo. - Suspira deixando o jornal na cadeira vazia ao meu lado. - Você lembra o lugar pra onde eles tinham te levado?

ㅡ Sim, sim. - Disse animada. - Eu lembro bem porque é onde os adolescente da minha escola iam beber e dar uns amassos até virar território de gangue. - Juntei as sobrancelhas a olhando. - Não que eu fosse beber com eles, é claro. - Disfarçou como qualquer adolescente.

ㅡ Okay, vamos fingir que não disse essa última parte.

ㅡ Ótimo. - Disse enquanto eu abria o gps em meu celular.

ㅡ Onde é?

ㅡ Sabe as fabricas abandonadas no leste?

ㅡ Aquelas das histórias de terror?

ㅡ Aham, adolescentes com hormônios adoram esses lugares.

ㅡ É, eu sei, venho lendo livros com esse tema a anos. - Digo enquanto tento achar o endereço exato. - Levarem vocês para lá não foi nada original também, mas considerando que eles são bandidos devo colocar em conta que não são muito inteligentes também.

ㅡ Pois é.

ㅡ Soraya ficou lá?

ㅡ Ficou. - Ambas ficamos em silêncio.

ㅡ Você gosta muito dela né?

ㅡ Porque pergunta? - Deixei o celular de lado.

ㅡ Qualquer um já teria fugido disso tudo mas você não fugiu.

ㅡ É, talvez eu goste um pouco dela. - Me permiti fazer piada. - Mas não muito também.

Segundo passo: reconhecimento do ambiente.

Podia até parecer loucura eu ter ficado dentro de meu carro, com um binóculo às seis da manhã espiando para dentro de algumas fábricas abandonadas, porém eu fiquei. Eu estacionei o carro perto demais para não correr o risco de ser vista o que dificultou a ter uma boa visão mesmo usando um binóculo; bem o binóculo também não era de uma qualidade maravilhosa já que eu havia comprado em um posto de gasolina no caminho para a tocaia.

Mesmo com os meus pequenos problemas de visão acabei por obter informações úteis. Eis o que descobri: na entrada da antiga fábrica abandonada de mariscos ficam sempre dois homens, ambos bem armados e preparados para atacar quem aparecesse. Em cima do bloco de cimento que é a fábrica fica um homem, provavelmente armado também ou apenas de vigia, esse em questão não está tão preparado quando os outros e claramente está pouco se importando para o que acontece lá em baixo já que, em todo tempo que fiquei espiando, ele não saiu do celular ou colocou o seu próprio binóculo no rosto uma vez sequer; se tivesse feito teria me visto. Nos fundos também tem uma porta, bem menor, mas ninguém a vigia porque provavelmente fica trancada. O movimento era grande, de minuto em minuto alguém saía ou entrava na fábrica, algo importante parecia estar ocorrendo lá dentro.

Terceiro passo: armar-se (só se for necessário ao que vai fazer)

Não, eu não tinha nenhuma arma ou coisa do tipo na gaveta da cômoda ou escondida em uma caixa dentro do armário, pelo amor de Deus, meu trabalho é ler livros. Nunca pensei que talvez um dia eu fosse precisar de uma arma e bem, por esse motivo essa história de me armar já começou mal.

Me vesti com a roupa mais confortável e cheia de bolsos que encontrei, neles eu coloquei todos os sprays de pimenta que consegui achar no meu kit e a única faca que eu tinha que possuía uma capa para a mesma, meu pai havia me dado quando eu tinha uns oito anos que fomos pescar e considerando a idade que eu tinha podem imaginar que não era a maior das facas. Eu sabia que não era muito em comparação as armas que os homens provavelmente tinham porém já era alguma coisa, melhor que entrar lá de mãos abanando pro azar.

Quarto passo: fazer tudo com calma.

Resolvi tentar entrar na fábrica pela porta de trás já que ninguém a vigiava e estava certa por presumir que estaria trancada porém era com um cadeado antigo e enferrujado, uma puxada e ele se desintegrou em minhas mãos, o que me fez crer que os tais homens não faziam ideia da existência daquela porta.

Caminhei por uma grande sala escura cheia de máquinas e canos, presumi ser um depósito antigo ou coisa do tipo e por mais que a fábrica não funcionasse a mais de vinte anos tudo ainda cheirava a marisco e ferrugem.

Ao achar uma porta fiquei em silêncio um tempo apenas escutando o movimento e rezei milhares de vezes para que não tivesse ninguém do outro lado antes de cruza-la. Acabei em um corredor escuro, iluminado apenas por luzes amareladas no alto das paredes. Eu estava totalmente trancada, o corredor levava a uma única porta, se alguém passasse por ela eu não teria para onde ir.

No alto da porta havia uma janela de vidros ondulados, claramente antigo, era difícil de enxergar mas eu reconheceria aquela pessoa onde fosse; lá estava Soraya, sentada em uma cadeira no meio de um grande salão, totalmente marrada. Cruzei a porta me esgueirando para esconder-me atrás de alguns caixotes de madeira.

Quando meus olhos finalmente encontraram ela, foi como se minhas pernas não funcionassem mais e eu instantaneamente tive de ajoelhar-me no chão. A pele branca do rosto de Soraya estava coberta em sangue assim como as pontas do cabelo claro que grudavam nos machucados, cabelo esse estavam bem mais curtos e havia sido cortado mal e porcamente. Sua cabeça pendia para baixo como se fosse a coisa mais pesada do mundo mostrando claramente quão estava cansada.

Haviam cinco homens na sala, quatro eram claramente capangas do homem que andava ao redor de Soraya. Dois estavam parados na grande porta enquanto os outros dois estavam ao lado do homem de terno e gravata vermelha, ele não aparentava em nada o que eu havia imaginado de um chefão do tráfico.

Andei até um pouco mais perto, escondida, para poder ouvir o que a o homem dizia a Soraya.

ㅡ Meu anjo, achei que tinhamos entrado em um acordo. - Ele se aproximou de Soraya segurando seu rosto com uma das mãos fazendo com a luz o iluminasse; tremi mais uma vez ao vê-la tão machucada. - É uma pena termos que machucar esse rosto.

Antes que o homem dissesse mais alguma coisa ou Soraya pudesse responder, um dos capangas socou o rosto de minha mulher fazendo-a cuspir sangue; tive de levar a mão até a boca para me impedir de gritar.

ㅡ É simples meu anjo, você me entrega o dinheiro que eu sei que você tem e tudo fica bem pra você e pra todos que ama.

ㅡ Eu não tenh... - Antes dela terminar outro soco foi dado.

ㅡ Estou ficando cansado desse joguinho Soraya. - Diz o homem arrumando a gravata vermelha. - Será que eu tenho de trazer alguma amiguinha sua aqui pra você começar a falar a verdade? - Um dos capangas segurava a cabeça de Soraya pelos cabelos para que encarasse o homem. - Quem sabe sua irmã.

ㅡ NÃO! - Soraya gritou o mais alto que pode, o que não foi muito contando o quanto estava fraca.

ㅡ Ou podemos achar o seu irmão, ele estuda em Princeton não é mesmo?

ㅡ Yale, chefe. - Informa um dos capangas que estava atrás do homem.

ㅡ Ah sim, buldogues.

ㅡ Não, não, não... Você prome-prometeu que não faria nada com a minha família.

ㅡ É que sabe, quanto mais impaciente eu fico mais facilmente esqueço as promessas que fiz.

ㅡ Você...

ㅡ Okay, okay, talvez não a família. - Diz o homem. - Quem sabe a mulher do apartamento perto do parque...

ㅡ NÃO!

ㅡ Como se chama mesmo? - O homem estala os dedos para um capanga atrás de si mas eu já sabia que falavam de mim.

ㅡ Simone.

ㅡ Não, por favor, ela não tem nada com isso.

ㅡ ENTÃO FALA! - O homem gritou dando eco no ambiente relativamente vazio. - Desculpe, me exaltei.

ㅡ Eu não tenho...

ㅡ Eu sei que tem vadiazinha e você vai pagar cada centavo. - Diz ficando cara a cara com Soraya, foi só o tempo dela cuspir sangue em seu rosto para que levasse outro soco. - Okay, você esgotou suas chances. - Ele diz limpando o rosto com seu lenço branco de bolso.

O homem saiu andando porta a fora junto com os quatro capangas, e esse foi o meu momento. Corri até Soraya e a mesma não soube o que dizer.

ㅡ Q-que diabos está fazendo aquí?

ㅡ Estou te ajudando a escapar.

ㅡ Eu não vou mais fugir e v-você só pode ser louca por aparecer aquí.

ㅡ Se não fugir vai morrer então cala a boca Soraya. - Digo enquanto uso minha faca para cortar a corda que amarrava as suas mãos atrás da cadeira.

ㅡ Simone vai embora, eles já vão voltar.

ㅡ Eu não vou a lugar nenhum sem você.

ㅡ Para de ser burra, se te encontrarem aqui vão te matar sem nem pensar.

ㅡ Soraya, eu não estou pronta pra dizer adeus mais uma vez. - Paro de cortar a corda por um instante para lhe olhar nos olhos.

ㅡ Por favor... - Suplicou sem força. - Por favor vai embora Sisa, eu não aguentaria se alguma coisa acontecesse com você.

ㅡ Nada vai acontecer comigo. - Volto a cortar a corda. - Nem com você.

ㅡ Ora, ora, olha se não é exatamente quem eu já ia chamar para a festa. - Diz o homem retornando com seus capangas.

ㅡ Ao meu sinal você corre lá pra rua. - Sussurrou para Soraya que continuou na mesma posição, como se ainda estivesse pronta.

Me levantei rapidamente escondendo a faca atrás de mim. O homem andou até mim e parou bem perto, puxou uma de minhas mãos - com sorte a que não segurava a faca - e a beijou.

ㅡ Creio que você deva ser Simone, é um prazer.

ㅡ AGORA!

Quinto passo (e último): tenha sempre uma plano b

Você vê, se eu estivesse em um dos livros que li ou filmes que tive de assistir esse seria o momento que em que a mocinha, no caso eu, seria feita como refém também e nenhuma de nós estaria a salvo; mas acontece que isso não é um filme ou um livro e eu não sou uma mocinha ingenua, isso é a vida real e é claro que eu não entraria no meio de um bando de homens armados sem ter um bom plano b. Sem proteção.

Quando eu descobri quem era o traficante que estava atrás de Soraya vi que tinha um bom caso em mãos então fui até a policia e fiz um acordo: Eu os ajudaria a pegarem O Guerra e eles livrariam Soraya de qualquer acusação que poderiam coloca-la, obviamente eles aceitaram na hora já que isso foi a melhor proposta que já receberam para pegar esse homem.

O prédio estava cercado desde o momento em que entrei nele. Eu tinha um ponto em meu ouvido e um microfone por baixo de minha roupa, e os policiais estavam prontos para agir ao meu sinal, eles agiram. Então quando gritei para Soraya correr, ela fez isso e na mesma hora homens armados entraram no local por cada janela e porta disponíveis.

O resto foi uma confusão, era tiro e mais tiro juntamente de muito grito. Eu não fiquei parada esperando pra ver o que ia acontecer, corri para os fundos para pegar meu carro e encontrar Soraya na frente. Minhas mãos tremiam assim como minhas pernas enquanto dirigia o mais rápido possível, só me acalmei quando a vi ali na frente parada me esperando.

Os próximos quarenta segundos passaram como horas para mim, eu estava poucos metros dela e faltava tão pouco para não precisarmos mais de nenhum adeus, para não precisarmos de nenhuma rota de fuga, paras sermos apenas nós e qualquer coisa que o futuro reservasse. Quarenta segundos para tudo estar finalmente bem. Quarenta segundos para um final feliz.

E de repente eu só ouvi estrondos.

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