Depois da Meia-Noite (Bubblin...

By TersyGabrielle

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Marceline e Bonnibel foram um casal durante o ensino médio. E como todo casal adolescente, estavam certas de... More

Prólogo
Capítulo 1 - Tudo ou Nada
Capítulo 2 - O Baixo e o Sangue
Capítulo 3 - Os Motivos Pelos Quais Eu Deveria Odiar Você
Capítulo 4 - O Céu Nos Olhos Dela
Capítulo 5 - Canela
Capítulo 6 - Espaços Vazios
Capítulo 7 - Deixe Para Lá
Capítulo 8 - Quando Agosto Acabar
Capítulo 9 - Bonnibel, A Sensível
Capítulo 10 - Uma Garota Não Tão Boa
Capítulo 11 - Andrea
Capítulo 13 - O Lugar Que Você Deixou Vazio
Capítulo 14 - Depois Dela, É Minha Vez
Capítulo 15 - O Horizonte Tenta, Mas Não Se Compara
Capítulo 16 - Rosas Pretas e Cor-de-rosa
Capítulo 17 - Um Vislumbre de Nós
Capítulo 18 - Sangue & Lágrimas Azuis
Capítulo 19 - Cartão Postal
Capítulo 20 - Um Passo Atrás
Capítulo 21 - Papai, Cadê Sua Dignidade?
Capítulo 22 - Chuva a Meia-Noite
Epílogo
Notas Finais e Agradecimentos.

Capítulo 12 - O Começo do Fim

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By TersyGabrielle

Voltei!!

Como estão, meus amores? Espero que bem. Eu estou bem felizinha com meu notebook de volta <3

Bem, vou deixar vocês com o capítulo de hoje.

Boa leitura!

~•~•~•~•~•~•~•~•~♪~•~•~•~•~•~•~•~•~•

In the night sky of May

Galaxies in your eyes, your lips on mine

Baby, you're just like Venus and

Baby, that's where the end starts

- Faixa 6 - The Begining of The End

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Celular na mesa, caderno no colo, cabeça jogada no encosto da cadeira, caneta na mão.

Silêncio.

Uma troca de olhares indecisa.

Uma morde o lábio de forma ansiosa, a outra começa a apertar a bolinha de borracha que trouxe na bolsa, por precaução.

Elas só tinham uma regra. Uma regra complicada, cheia de entrelinhas e letras miúdas, uma regra pesada e cheia de suas pequenas e grandes consequências.

Mas, ainda assim, uma única regra.

Mas o que tinha sobrado para se falar?

Depois de todas as cicatrizes reabertas, depois das lágrimas e do sangue, depois da tarde cinza em frente à um túmulo e depois da transa no carpete - quem é que Marceline queria enganar?

Ela já estava falando sobre isso.

A única coisa que ela parecia conseguir falar sobre era isso.

Só pensava nisso.

- Dia dezessete de maio de 2012.

- É sério, Marceline?

Bonnibel estava encarando de novo, a cabeça meio pendida para o lado, olhos quase fechados pela curvatura de suas sobrancelhas franzidas e uma mão se movendo em pleno sinal de confusão.

Marceline olhou para ela, respirou fundo, e dessa vez se deixou sorrir, deixou ela ver. Devia ser um inferno estar no lugar de Bonnibel e ter que lidar com ela, não é?

Completamente transtornada. Tinha feito a maior cena, tinha dito que estava proibido tocar no assunto. Tinha até mesmo chegado ao ponto de dizer uma ou outra palavra na intenção de humilhar, se colocar por cima.

Só para ter uns dois ou três ataques de raiva, perder para o próprio fetiche, ceder à própria fragilidade e voltar atrás em absolutamente tudo que disse.

Pobre Andrews, tentando a todo momento ler a situação, tentando mimicar o comportamento que um neurotípico teria nas mil situações que Marceline inventava. Procurando qualquer padrão de comportamento, qualquer espaço comum onde ela pudesse se colocar.

Céus, qualquer sinal de consistência.

Marceline nunca dava nenhum.

Não era de se estranhar que ela estivesse ficando com a pele ao redor das unhas completamente carcomida. Não havia meio saudável de autorregulação forte o suficiente para lidar com Marceline Abadeer.

- Sério, Bonnibel.

- Jesus, pelo menos eu vou ganhar o suficiente para pagar toda a terapia que você tá me forçando a precisar.

Marceline riu. Aquela risada escandalosa que sempre tinha sido a mais deliciosa de escutar.

Bonnibel continuava sem conseguir acompanhar as mudanças bruscas do humor dela.

- Eu sou tão ruim assim?

- Provavelmente é pior do que eu consigo deixar transparecer.

- Você sabe que as vezes soa muito mais cruel do que tem a intenção de soar, não sabe?

- Quando se trata de você? Não, tenho certeza que não soa cruel o bastante.

Quando o vermelho subiu às bochechas de Marceline, Bonnibel considerou uma pequena vitória.

- Naquela época você não me achava tão detestável - murmurou ela, sem saber que tirava os cabelos negros da frente do rosto ou se terminava de se cobrir com eles.

- Você não era detestável - retrucou Bonnibel, com um pequeno revirar de olhos.

- Alguém esqueceu de guardar o veneno em casa hoje.

- E tratar você com cortesia me trouxe qual benefício até agora, exatamente?

Marceline levou o olhar para ela.

Podia jurar que enxergava uma chama raivosa por trás daquelas muralhas azuis.

- O que foi? Pensei que você fosse ficar pelo menos mais aliviada de não ter que cortar essa merda toda.

- Bem, por complicado que fosse, eu estava bem feliz em não que escrever uma palavra sobre isso. Você não é a única que me apagaria da memória se pudesse, Abadeer.

A expressão de Marceline foi de levemente provocadora para irritada bem rápido.

- Você vai escrever a merda que eu te disser pra escrever por que é pra isso que estão pagando você.

Bonnibel levantou o rosto de súbito, desviando os olhos de suas anotações direto para os olhos de Marceline. Dessa vez era plenamente visível o quanto fumegavam de raiva.

Não melhorou quando Marceline abriu um daqueles sorrisos calculados nos detalhes para parecerem inocentes.

- O que foi, Bon? Vai fazer o que, me bater?

Por um momento, os olhos azuis dela ficaram agitados.

Podia, ou não, batalhar mais uma vez na sua eterna guerra perdida.

Mas não dessa vez.

Ela simplesmente se ajeitou na cadeira, apoiou o caderno novamente sobre as cochas e respirou fundo.

- Tudo bem, então. Vamos lá, pode começar.

Marceline ficou um bom tempo em silêncio, sem saber muito bem como agir. Era a primeira vez desde sempre que Bonnibel não mordia a isca.

- O quê? Você vai só... deixar por isso mesmo?

- Não - disse Bonnibel, com seu sorriso açucarado demais. - Vou escrever também. Você me lembrou que estão me pagando muito bem pra isso.

Então, ela apenas sorriu para Marceline, calma e sorridente, esperando que ela começasse a falar. Estava no comando.

Marceline se mexeu na cadeira e soprou uma mecha de cabelo do rosto, claramente contráriada.

Mas mesmo assim, se pôs a falar.

~•~•♪•~•~

São duas da manhã de um sábado, e Marceline dirige quase ilegalmente devagar por entre as ruas acidentadas que permeiam o camping.

Bem, se elas tiverem muita sorte, ninguém vai descobrir que elas invadiram de novo, e Andrea não vai perceber que sua caminhonete está desaparecida.

Elas sobem até o pequeno morro de sempre, de forma que as árvores tampam a visão do camping para elas, mas que a cidade abaixo e o céu acima estejam sob plena visão.

Com um telescópio portátil que Marceline não faz ideia de onde Bonnibel tirou, ela fica muitos e muitos minutos olhando para o céu, interrompendo Marceline com um sonoro "shhh" cada vez que ela ameaça recomeçar sua falação.

- Achei! - exclama ela, puxando Marceline, até que ela tenha cada parte da lateral de seu corpo encostando em Bonnibel. Ela coloca o telescópio sobre os olhos de Marceline, guiando seu olhar com a mão sob seu queixo.

E Marceline adoraria não estar tão consciente da proximidade dela, talvez assim conseguisse prestar mais atenção no céu.

- Ali, está vendo esse ponto mais brilhante bem ali?

- Estou. O que é?

- Vênus.

- Isso é muito legal - disse Marceline, abrindo um daqueles sorrisos que iluminavam seu rosto inteiro, e faziam todas as borboletas no estômago de Bonnibel acordarem. Quase não ouviu quando Marceline voltou a falar

- Vamos lá, então. Me encha sobre todos os seus conhecimentos aleatórios sobre Vênus.

- Ok - respondeu, sentindo as bochechar vermelhas. - Mas algo me diz que você vai se interessar mais por meus conhecimentos sobre Vênus na mitologia greco-romana do que meus conhecimentos astronômicos sobre o planeta em si.

- Você me conhece tão bem - brincou Marceline, fingindo surpresa, o que fez com que as duas caíssem no riso. - Quem é Vênus na mitologia grega, mesmo?

- Afrodite.

- Deusa do amor e da beleza.

- A própria.

Marceline voltou a olhar para o céu pelo telescópio.

- O conto sobre Vênus e Marte conceberem o Cupido tem algo a ver com as pessoas dizerem que "os homens são de Marte e as mulheres são de Vênus"?

- De certa forma, sim. E tem toda a questão de Marte ser o deus da guerra, enquanto Vênus é a deusa do amor e da beleza. De certa forma, eles representam papéis que se esperava de cada gênero na sociedade.

- Esperava? No pretérito?

- Bem, infelizmente já não se mandam mais tantos homens para guerra como antigamente.

Marceline caiu na gargalhada, ao ponto de se dobrar, com dor no abdômen. E Bonnibel adorava ser o motivo.

- Para uma garota tão calminha e recatada, você tem um incômodo considerável com os homens, sabia?

- Eh. O que posso dizer: Se Vênus realmente fosse o planeta das mulheres, e só delas, seria a porra do paraíso.

Dedinhos cruzados. Que fosse o suficiente para Marceline entender.

As bochechas dela ficaram vermelhas no mesmo instante. Marceline podia ser muitas coisas, mas não era lerda.

- Eu devia ter sacado antes.

- Eu acho que você percebeu, sim. Só não quis dar muita atenção para isso.

Bonnibel começou a andar na direção da caminhonete, e Marceline não teve outra opção que não ir atrás.

As duas deitaram na caçamba pequena demais para que elas não estivessem praticamente grudadas, e Marceline ponderou por uns bons minutos sobre as coisas que agora sabia com certeza, o que devia fazer com elas.

Se devia sequer fazer algo delas.

- Como você acha que Afrodite se parecia?

Bonnibel continuou despindo o céu com os olhos a procura de qualquer figura conhecida, como se fosse a mais corriqueira das perguntas.

Como se não tivesse colocado Marceline bem na frente da trave, na cara do gol..

Ela sorriu, então riu, e quase caiu na gargalhada, porque ela tinha tanta certeza de que iria se arrepender daquilo, cedo ou tarde.

E fez mesmo assim.

- Que pergunta boba, Bonnibel.

- Ué, por quê?

Um sorriso de orelha a orelha. Marceline se deitou de lado e ficou olhando para ela, até Bonnibel olhar de volta.

- Eu não preciso achar nada, Bonnie. Eu dou de cara com minha própria cópia de Henri-Pierre Picou em carne viva, todo santo dia.

Bonnibel virou o rosto, olhos arregalados e brilhantes.

Mas o espaço era escasso, e em um único movimento elas estava perto demais.

Na cara do gol. Marceline chuta, e é pênalti marcado com sucesso.

A última coisa que Marceline viu foi o que só poderia ser o céu do paraíso feminino de Vênus brilhar nos olhos dela.

E pela primeira de muitas e muitas vezes, Marceline perdeu a noção do tempo no céu da boca dela.

E, quando elas pularam da caçamba e se enfiaram na barraca, Bonnibel se perdeu pela primeira de muitas e muitas vezes na música que era ouvir Marceline buscar o ar para chamar o nome dela.

~•~•♪•~•~

As duas se pegaram soltando um risinho nostálgico com as próprias memórias antes de se encararem de novo.

Marceline só não queria pensar demais naquela música tão óbvia que ela não conseguia decidir se entraria ou não no álbum final (e não é como se aquela fosse a primeira música sobre ela que ela jogava para baixo do tapete no último minuto)

Bonnibel só não queria pensar demais no quanto Marceline tinha jogado a carta exata - o pequeno detalhe de que tinha escolhido não só uma obra um tantinho menos conhecida que O Nascimento de Vênus, mas o fato de que a Vênus de Henri-Pierre tinha aquele padrão específico da época - a riqueza marcada na fartura, no corpo cheio e nas curvas que só a alimentação farta e a ausência de trabalho braçal típicos da realeza da época poderiam ostentar. O tipo de corpo que a jamais atlética Bonnibel tinha, em contraste com a magreza quase esquelética das meninas que atraíam os olhos sobre si.

Tinha sido calculado, planejado para deixar Bonnibel sem reação. Para deixar claro que estava falando sério.

E por um bom tempo, Bonnibel acreditou nela.

O silêncio rondou por uns bons minutos, quase as desafiando a tomar uma atitude, assumir de uma vez que qualquer uma delas seria capaz de contar cada detalhe daquela noite como se tivesse sido apenas a última madrugada.

Foi Marceline quem tomou a coragem primeiro.

- Eu ainda acredito piamente no que eu disse aquele dia, só pra constar.

Ela podia dizer que Bonnibel era bonita sem maiores problemas, não podia?

Bonnibel levantou o olhar, tentando esconder o rosto corado.

- Pode ir parando por aí, Abadeer.

- Qual é. Não posso falar umas verdades na sua cara, não posso te elogiar. Que foi, agora?

- Marceline.

- Bonnibel, você me comeu bem ali mal tem duas semanas - retrucou ela, apontando para o sofá atrás dela. - Não é como se você não soubesse que eu te acho bonita.

- Marceline.

- Deus, não dá pra ganhar com você, dá? - disse Marceline, com uma sobrancelha arqueada. E então sorriu, se aproximando com os braços sobre a mesa e corpo projetado para a frente. - Bem, você não pode me impedir. Você é linda, sabia?

- Marceline, dá pra calar a b-

- Linda.

- MeuDeus, só c-

- Linda pra cacete.

- Puta que p-

- Gostosa.

Bonnibel ficou sem silêncio, apenas soltando o ar pelo nariz, exasperada.

- Já deu, Abadeer.

- Ou o quê, Andrews? Vai fazer o que dessa vez?

As mão abaixo do queixo e aquele arzinho de desafio que pareciam demais com uma versão de Marceline que ela já não tinha mais.

E foi quando ela perdeu. Se fosse só a raiva, talvez ela conseguisse só ignorar, deixar Marceline na vontade, para variar.

Mas foi aquela onda repentina de afeto que sentiu por ela que Bonnibel teve urgência de substituir por outro sentimento, qualquer que fosse ele.

Em meio segundo ela estava com a mão do outro lado da mesa, puxando o cabelo de Marceline até que ela não tivesse outra opção que não olhar para Bonnibel de baixo para cima.

- Eu disse chega, Marceline.

E ela só sorriu. E lá foi Bonnibel, descendo outra vez por aquela toca de coelho.

~•~•♪•~•~

Lá paras quatro e tantas, Marceline acordou do cochilo quase induzido no qual tinha caído e se virou na cama. Teria sido silencioso, se ela não tivesse deixado escapar um leve gemido de dor.

Bonnibel estava parada em frente a grande janela de seu quarto, já completamente vestida, uma taça de vinho na mão e o olhar perdido do lado de fora. Ela virou o olhar para Marceline quando a ouviu quase choramingando.

- Tudo bem aí?

- Melhor impossível - murmurou Marceline, se sentando na cama com uma pequena careta. - Uma dose o suficiente pra dar sono?

- Mas não o bastante pra deixar com tesão - retrucou ela, fazendo Marceline rir.

- Amém. Eu tô só o pó.

- Pensei ter ouvido você dizer que tá bem.

- E não é a mesma coisa?

Dessa vez foi a vez de Bonnibel rir. Depois, ela virou o restante do vinho na taça e respirou fundo.

- Bem, achei que você já tinha dormido. Tem algo doendo mais do que devia?

- Não. Tô legal, de verdade. Não sei porque acordei, mas já vou pegar no sono.

- Ok. Preciso ir, está tarde. Boa noite, Marcy.

Bonnibel já tinha virado em direção à porta. Marceline mordeu os lábios para tentar se impedir.

- Bonnie?

- Sim?

- Você não precisa ir, sabe? Pode ficar aqui e pelo menos dar uma cochilada.

- Não, tudo bem. Posso dirigir até em casa, sempre faço isso.

- Mas você bebeu um pouco. E praticou atividades que podem causar sonolência.

Bonnibel riu, baixinnho.

- O que foi agora, Marcy?

Marceline bufou.

- Anda logo, Bon, e termina a porra do meu after care.

Dessa vez Bonnibel deixou a risada reverberar no silêncio pré-matutino do quarto. Ela respira fundo, tira o tênis, o mom jeans e deita, só de calcinha e camiseta, de volta a cama de Marceline.

Marceline se vira e se encolhe, sem a menor vergonha de assumir a conchinha menor.

Bonnibel fecha os olhos e tenta não pensar demais no calor do corpo dela nem no shampoo com cheiro de avelã.

Afinal, é só mais um passo de after care.

~•~•~•~•~•~•~•~•~♪~•~•~•~•~•~•~•~•~•

Um dia eu vou ter o poder de sedução de Marceline Abadeer, infelizmente esse dia não é hoje :')

Bem, o que acharam? Não esqueçam de comentar, e deixar um voto caso tenham gostado!

Vejo vocês em breve,

- Tersy 🥀

ps: Pra quem possa ter ficado curioso, segue abaixo "Vênus" - por Henri-Pierre Picou:

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