ATENA!
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⸻ A gente sai correndo. ⸻ Matt diz ofegante, provavelmente pela surpresa do momento.
⸻ Eu não vou, eu quero ficar. ⸻ digo, decidida.
⸻ Vocês 'tão congelados olhando pra essa cena. Vocês vêem esse corpo e o que parece ser uma tela escorada ao lado dele. ⸻ suspiro quando o Mestre diz.
⸻ Eu quero me aproximar do corpo. ⸻ o Mestre assente e mumura um "Ok". ⸻ Eu vou... ⸻ mordo minha bochecha enquanto penso em algo. ⸻ Eu quero ver se tem alguma coisa no meu bolso 'pra poder encostar nesse líquido.
⸻ Dá um teste de encontrar, por favor. ⸻ o Mestre pede e assim o faço, mostrando o dado com um doze na face. ⸻ 'Cê acha uns papéis de bala e uma caneta perdida.
⸻ Um palitinho de pirulito? ⸻ faço um jogo de cintura e o Mestre para para pensar.
⸻ Pode ser, um palitinho de pirulito. ⸻ sorrio.
⸻ Eu quero pegar pra encostar nesse negócio estranho aí. ⸻ o Mestre assente e mexe no cabelo, logo olhando para sua tela.
⸻ O palito derrete, a pontinha dele fica toda derretida, é de plástico, 'né. ⸻ o Mestre exemplifica com gestos.
⸻ 'Tá... ⸻ suspiro e olho para o alto, buscando alguma resposta (divina, provavelmente).
⸻ Morgana! ⸻ Olivier chama. ⸻ 'Que que 'cê 'tá fazendo?
⸻ Confia em mim! ⸻ falo de volta.
⸻ 'Cê acabou de chegar, como assim confiar em você? ⸻ ele para pra pensar. ⸻ Eu quero pegar no braço dela e tentar trazer ela de volta 'pra perto.
⸻ Você resiste? ⸻ o Mestre pergunta.
⸻ Eu faço meio que um draminha mas eu vou ceder, vai. ⸻ reviro os olhos olhando para o Gou.
⸻ 'Cê consegue puxar ela de volta pra mais perto, agora ela 'tá na sua frente. ⸻ ele nega com a cabeça.
⸻ Eu quero colocar ela mais pra trás, meio que atrás de mim. ⸻ olho incrédula para o garoto.
⸻ De jeito nenhum! Eu só volto uns passinhos.
⸻ 'Tá, tudo bem. ⸻ ele diz, derrotado.
⸻ A gente não consegue correr? ⸻ Matt finalmente se pronuncia novamente, depois da cena.
⸻ Vocês não conseguem correr, 'cês 'tão paralisados em choque olhando 'pra essa cena, nem conseguem processar o que 'tá acontecendo direito. ⸻ o Mestre mexe no cabelo de novo. ⸻ Na verdade, vocês podem sair correndo sim, vocês saem, vocês gritam, o que 'cês fazem?
⸻ Eu quero sair correndo. ⸻ Matt diz decidido, mas com medo. ⸻ Eu 'tô travado, eu saio correndo. Eu não falo nada, eu só quero fugir.
⸻ O Milo simplesmente sai correndo. Gritando? ⸻ Matt nega.
⸻ Não, eu só saio correndo. Eu 'tô em choque, nem se eu quisesse gritar ia sair alguma coisa.
⸻ Certo. Olivier, Morgana, o que vocês fazem? ⸻ o Mestre se vira para nós novamente.
⸻ Eu quero soltar a mão dele do meu braço e abaixar pra ver o quadro. ⸻ digo.
⸻ Não olha 'pro quadro! ⸻ Olivier fala rápido. ⸻ Vai te fazer mal.
⸻ Então eu não olho 'pro quadro. ⸻ alguns riem. ⸻ Por que? O que vai fazer mal?
⸻ Parece bobagem, mas da última vez que olharam 'pra um negócio assim quase deu merda, não olha! ⸻ ele adverte.
Assinto.
⸻ Vocês gritam? ⸻ o Mestre pergunta.
⸻ Eu não quero gritar, eu só quero ir me afastando. ⸻ Gou responde.
⸻ Eu também não, só fico ali parada olhando 'pro corpo. ⸻ olho para o tabletop.
⸻ Algum de vocês tem que gritar, gente, não é possível. ⸻ o Mestre ri levemente dizendo isso.
⸻ Eu não vou gritar... ⸻ me adverti antes que revele demais. ⸻ Por essa parada.
⸻ Porra! 'Cê nunca grita então, não grita por isso, não grita mais também. ⸻ Gabi brinca e eu rio, tentando disfarçar meu nervosismo.
Afinal, quando se é uma agente secreta da Ordo Realitas, é preciso muito cuidado.
⸻ Eu quero ir saindo devagarinho e perguntar 'pro Milo: "Onde tem um lugar pra se abrigar aqui?" ⸻ o mesmo aponta para sua própria casa, que ficava perto. ⸻ Eu quero ir pra cara dele, então. ⸻ respiro fundo. ⸻ Milo, Olivier, vem comigo.
O Mestre anuncia que nós saímos da cena como se estivesse estranhando o comportamento.
⸻ Que porra foi essa? ⸻ Milo gagueja.
⸻ Mano, é o Cavalcante! Esse cara 'tava na minha casa ontem! Como assim, velho? ⸻ Olivier se incorforma.
⸻ Eu preciso que vocês se acalmem, de verdade. ⸻ falo com ambos. ⸻ Eu sei que não é comum mas a gente precisa manter a calma!
⸻ É, certo, certo. ⸻ Milo concorda. ⸻ Eu vou... Eu vou ir buscar o Evandro, não deixa ninguém chegar perto do... Daquilo!
Matt anuncia que o garoto sai em direção ao vilarejo e, na cena, restam apenas eu e Olivier.
⸻ Mestre, eu quero tirar a caneta do meu bolso e sentar no chão. ⸻ todos olham para mim confusos. ⸻ Eu vou escrever no meu tênis a data de hoje e "Sem rosto na praia" embaixo.
⸻ Em que parte do seu tênis? Ele já 'tá todo rabiscado com outras coisas. ⸻ dou de ombros.
⸻ Qualquer lugar, não importa. ⸻ ele assente. ⸻ Olivier, a gente precisa voltar lá e se certificar que mais ninguém chegue perto daquele corpo enquanto a polícia não estiver aqui.
⸻ Voltar 'pra lá? ⸻ assinto. ⸻ 'Tá maluca? Você viu o mesmo quadro que eu? Tem um demônio, ou seja lá que merda é aquela, do lado do corpo, eu não vou voltar.
⸻ Então eu volto sozinha! ⸻ aviso ao Mestre que quero voltar para o local.
⸻ Eu vou atrás tentar segurar ela. ⸻ Gou fala como se fosse óbvia a situação. ⸻É sério! Vamos ficar aqui até a polícia vir e aí a gente sai, quando o corpo 'tiver coberto!
⸻ Se a gente não ficar lá pra ver é provável que nem corpo não tenha mais 'pra polícia cobrir! ⸻ olho irritada para o garoto do meu lado.
⸻ Quem ia querer roubar a merda de um corpo morto sem rosto? ⸻ ele rebate.
⸻ Talvez o demônio que 'tá do lado daquela porra! ⸻ aponto para o lado de fora.
⸻ Você 'tá maluca se acha que vai voltar 'pra lá.
⸻ Eu 'tô ciente do que eu 'tô fazendo, beleza? ⸻ Morgana sai e volta até o corpo.
Antes que qualquer um chegue, até mesmo Olivier, aproveito o tempo para investigar o corpo, achando um papel perigosamente suspeito.
"Analisar se o ambiente é do jeito que imaginamos. Vamos fazer o que precisa ser feito e ir embora sem chamar a atenção igual da última vez. - W" em um papel manchado de sangue.
Guardo o papel no bolso no momento exato que Olivier volta para o lugar.
O Mestre pede um teste para Gou, que tira 16 e percebe que eu havia guardado algo no bolso de forma pouco discreta. Logo em seguida ele pede outro do mesmo teste, percepção, no qual eu tiro nove, mas Gou tira dezenove.
⸻ Dezenove? ⸻ o Mestre confirma. ⸻ Você escuta barulhos vindo da direção das árvores atrás de vocês. ⸻ ele faz um pequeno efeito sonoro. ⸻ Como se algo 'tivesse vindo.
⸻ 'Cê ouviu isso? ⸻ nego. ⸻ Milo? É você? ⸻ ele pergunta.
⸻ Eu viro 'pra trás pra ficar mais esperta. ⸻ aviso o Mestre. ⸻ Onde?
⸻ Aqui atrás, agora! ⸻ o garoto aponta para as árvores.
Ambos se viram a tempo de ver uma garotinha parada à beira das árvores.
⸻ Milo? ⸻ o Mestre deixa a voz mais fina, como de uma criança. ⸻ Você vê, vindo da direção da floresta, uma menininha com um cachecol e um casaco azul. Ela tá saindo do mato. ⸻ ele explica, mexendo no cabelo. ⸻ Milo? Oli? Eu ouvi sua voz!
⸻ Eu vou entrar na visão da menina. ⸻ falo imediatamente.
⸻ Dá um teste de furtividade pra mim. Com agilidade. ⸻ rodo o dado e sorrio, vinte, aviso o Mestre. ⸻ Ok. Ela leva um sustinho mas não vê nada.
⸻ Oi, garotinha, quem é você? ⸻ interajo com a menina.
⸻ Eu sou a Amora, 'ué! ⸻ o Mestre novamente simula uma voz fina. ⸻ E quem é você?
⸻ Amorinha! ⸻ Olivier vem falar com a garota.
⸻ Oli! ⸻ ela o abraça. ⸻ Quem é essa? ⸻ e aponta para mim, chegando mais perto do garoto e sussurrando a última parte: ⸻ É sua namorada?
⸻ Não! Não, Amorinha. Ela veio trabalhar na mansão por um tempo. ⸻ ele solta a garota e essa continua interagindo com ele.
A cena dura mais algum tempo, assim como o resto da sessão, mas nada extraordinário.
Cellbit encerra o episódio com maestria e todos falamos juntos:
⸻ E o segredo na ilha é...!
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AUTORA!
nunca mais narro o rpg PUTA QUE PARIU que negócio difícil da porra
mentira quero fazer o negócio bonitinho, mas que passei quase uma hora pensando em como encaixar tudo na história dela e o caralho a quatro foi viu
mais de 1k de palavras dnv, me (m)amem mt