Kairós - (Gojo Satoru X Leito...

By iamhksan

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*Sequência história Sýndesis* - Saga Sýndesis - Livro 2 Kairós (em grego: καιρός) O momento oportuno em que a... More

Prólogo
Genética Z
O Inferno de Chrono
A segunda volta do destino
Condição
Velho Amigo
Presente encontra Passado
Tormenta
Distorção Celeste
Sem Conexão
Testando 1..2..3
Deixe Seu Recado
Chamada Primordial
Lago das Escolhas
Ciclo das Eras
Realidade encontra Teoria
↞ Maldição Ametista
↞ Sentença
↞ Gaia
↞ Quebra do Destino
De novo um
Família
Jujutsu Kaisen
Amor de Maldição
Escola Irmã
Certo para dar Errado
Sýndesis
O que você vê? (+18)
Liberdade
Epílogo
Capítulo Especial - 31/10/2017
Capítulo Especial - Akira

Nova Guerra

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By iamhksan



Parecia que os meus dias começavam mais cedo e terminavam mais tarde, o tempo se passou e quando vi já estávamos em meados de outubro. Na mesa em minha frente uma série de papéis vinculando Getou e Gaia, registros de feiticeiros e outras confirmações vinda de Miller e Akira.

Entre minhas mãos havia uma xícara de chá quente, esquentando as pontas dos dedos gélidas um aroma suave exalava da fumaça que subia em espirais e se dissipava no ar. Minhas costas doíam pela quantidade de tempo sentada com uma postura duvidosa, ou isso, ou teria algo relacionado aos treinos que me coloquei a fazer a fim de lapidar ainda mais minhas habilidades.

Satoru pareceu mais do que feliz de me ajudar, não era como se eu pudesse usar outras pessoas sem correr riscos, então de alguma forma sem acabava sendo algo a mais. Ele não se preocupava em se segurar para nenhuma das finalidades.

Um cansado suspiro deixou minha boca, mesmo com todo esse trabalho maldições não param. Teria que colocar uma pausa no meu serviço de escritório e ir a campo cuidar de umas questões, novamente uma viagem longa, pretendia ficar dois dias foras para resolver a questão. Bebi o que restava na porcelana antes de seguir para meu quarto com Satoru, ele terminava de se vestir para ir para a escola jujutsu.

Tanto ele quanto Yaga-san estavam frustrados por não conseguirem localizar Getou com precisão, embora as informações que galgamos nesse tempo se provaram ser verídicas, o amigo de Satoru parecia bem-acostumado a encobrir pistas. Minha mala estava pronta e o carro chegaria em poucos minutos, apenas me restava escovar os dentes e pegar um casaco.

— Onde é que você vai mesmo? — meu namorado poiou no batente da porta questionando.

— Hokkaido — respondi secando meu rosto com a toalha —, algo como uma assinatura de energia amaldiçoada diferente. Yaga-san não quer tirar você de perto dos primeiro anistas então eu vou.

O homem soltou um longo resmungo entrando no banheiro e segurando o meu rosto em suas mãos, os polegares traçaram a área embaixo dos meus olhos lentamente me fazendo fechar os olhos momentaneamente apenas para aproveitar seu toque.

— Não tem dormido bem as últimas semanas.

— E de quem é a culpa por isso? — de alguma forma eu sempre tinha uma resposta na ponta da língua, ainda que tivesse um motivo zombeteiro escondido em minha fala sabia exatamente sobre o que se referia. As horas de insônia durante as madrugadas, uma mente inquieta que me fazia revirar na cama até desistir e levantar.

— Gostaria que fosse apenas por minha conta — entrou na brincadeira —, eles não vão te pegar de novo [Nome] não comigo por perto, nem por você. É mais forte e mais inteligente do que a primeira vez.

Engoli seco sentindo o nó em minha garganta se fazer presente, abri os olhos e coloquei as mãos por cima das suas as apertando com força — Eu sei, só não consigo evitar. Gaia parece de alguma sempre estar voltando. E depois de ver o que poderia ter acontecido, as lembranças só estão mais vivas em minha mente.

Ter cortado a cabeça de Ryker fora não arrancava dos meus pensamentos a erva-daninha que era o brilho ametista de seus olhos me encarando. O sadismo por trás de cada corte que em minha pele quando me levou a primeira vez, o prazer doentio de ver o mármore branco manchado por sangue. Se me sentasse em silêncio podia sentir no fundo da garganta o gosto metálico do sangue e a ardência de estar sendo afogada durante a tortura.

As mãos de Satoru percorreram os meus ombros e me puxaram em sua direção, tudo que estava sentindo estava viajando pela nossa pequena maldição vermelha. Contra o calor de seu corpo e sentindo seu aroma intoxicante me permiti calar os pensamentos sombrios, mesmo que apenas por um instante.

— Preciso ir — disse e após me despedir parti. Era um dia estranho e havia algo me incomodando desde as primeiras horas. O caminho foi turbulento e havia muito trânsito, quando cheguei no aeroporto o embarque já estava acontecendo, segui direto para o avião me acomodando na poltrona. Não muito depois o avião decolou, seria algo entre uma hora e meia de viagem entre Tóquio e Sapporo até daria para tentar descansar um pouco antes de encontrar com os responsáveis. Poderia ter usado minhas habilidades mas a distância consumia uma quantidade enorme de energia.

Pela janela vi as nuvens sendo banhadas pelo sol que nascia no horizonte, pintava as extremidades brancas de dourado numa bonita pintura. Do lado de dentro havia apenas um silêncio, meus olhos começaram a se fechar se tornaram tão pesados que não consegui resistir e me rendi ao sono.




A campina se estendia até onde meus olhos podiam ver, a mesma sensação familiar de sempre. No corpo tinha um robe branco bordado com fios de ouro, a seda era brilhante e macia se movia suavemente enquanto andava. Na sola dos pés sentia a grama verde fazendo cócegas, o ar tinha um aroma floral agradável — nem forte, nem fraco — era como ser abraçada numa pétala macia.

Fazia algum tempo que não tinha um sonho lúcido como aquele, ou melhor, fazia um tempo que não visitava o domínio inato em meu interior.

Girando a mão minhas linhas se iluminaram, o fio vermelho em especial brilhou intensamente seguindo numa direção específica.

Novamente aquela sensação de ter ele querendo me falar alguma coisa, guiando meus passos, se fazendo presente e quase sussurrando. Lembrei-me da voz que apareceu vez ou outra, nunca havia ouvido mas parecia familiar. Se as minhas linhas eram como as moiras traduzidas, não faria de mim uma mestre de maldições?




Acordei repentinamente com uma aeromoça me chamando, dormi durante a viagem inteira e não percebi. Coloquei a mão na testa por um momento e me apressei em tirar o cinto, puxei minha mala do bagageiro e segui os últimos passageiros para fora. Ainda puxando alguns fios de cabelo para o lado, o que tinha sido aquilo?

Perdida em pensamentos acabei trombando com alguém — Me desculpe.

— Sem problema senhorita — por algum motivo o timbre da voz do homem me fez subir calafrios pela espinha levantei os olhos para seu rosto dando de encontro com um par de olhos ametistas. O ar travou em minha garganta meu coração acelerou, minhas mãos começaram a suar e tremores se espalharam.

Não podia ser, Ryker estava morto, fiz questão de fazer isso com minhas próprias mãos.

Suas mãos me seguraram pelos ombros, tudo que enxergava era um sorriso distorto — Senhorita, precisa de um médico? Consegue me entender?

Pisquei os olhos algumas vezes e na minha frente apenas havia um homem comum de olhos preocupados, a nossa volta uma pequena roda nos olhava com preocupação. Me forcei a engolir e acenei com a cabeça.

— Sim estou bem, foi apenas uma tontura. — me desvencilhei e segui o meu caminho, tinha algo de errado. Segui direto para o banheiro, surpreendentemente estava vazio apoiei a bolsa no chão e apoiei as mãos na pia meu rosto estava vermelho e apesar do frio sentia meu corpo inteiro ferver. Foi nesse momento que senti uma fisgada em minha perna, entrando num dos cubículos tirei as calças para ver uma pequena ferida, como um furo de agulha. Era pequeno mas tinha um pouco de sangue seco envolta.

A passageira ao meu lado, bem que achei estranho alguém passar perfume dentro de um avião agora a repentina sonolência fez sentido. Pela linha vermelha tentei falar com Satoru, porém não tive tempo a porta do banheiro bateu revelando a mesma mulher que sentou ao meu lado, arrumei as roupas e segui para a torneira esperando que água me ajudasse a manter o foco.

— Sabe, vocês da escola são bem burrinhos, é tão fácil forjar algo. — ela disse após trancar a porta e vir em minha direção —, não tenho a intenção de te matar. Getou-sama disse que eu só precisava te manter longe o suficiente.

— E aposto que me drogar estava no pacote —, rebati ainda usando uma mão para me apoiar na pia. A linha do tempo brilhou azul, precisava acelerar o efeito da droga para poder me defender.

— Não tem como brigar com a princesa do tempo sem alguns truques.

— E com certeza Getou saberia disso — tentei ganhar algum tempo, estando ali ao menos podia tirar alguma informação.

A mulher riu — Suas habilidades não são um segredo, tem você por perto no momento do grande anúncio seria problemático.

— Que anúncio?

— De guerra — me disse —, no próximo dia 24 de dezembro ao entardecer realizaremos o cortejo dos youkais. O palco principal Shinjuku em Tóquio e a capital do jujutsu Kyoto, 1.000 maldições serão libertas em cada lugar e a ordem será para matar os macacos.

Nesse momento o fio vermelho tremeu, era Satoru. Enquanto a mulher tagarelava o efeito da droga se dissipou e num instante peguei a bolsa e usei de toda a boa vontade da linha do tempo para retornar a Tóquio mesmo que queimasse uma boa parte da mina energia amaldiçoada. Num instante eu me vi no caminho de pedras da escola os feiticeiros estavam reunidos dos primeiro anistas e alçando voo tinha um enorme pássaro-maldição.

— Mais um segundo e eu estaria em problemas — ouvi Getou dizer —, não se esforce demais [Nome]-chan.

Minhas pernas vacilaram e Mei Mei me ajudou apoiando, o pássaro ergueu ainda mais e se afastou.

— Droga — coloquei a mão na boca, viajar grandes distâncias não era particularmente agradável. Combinando com os resquícios da droga ainda pior.

— [Nome] o que está fazendo aqui? — o diretor questionou.

— Foi uma emboscada — anunciei —, a missão era falsa. Não havia nada me aguardando em Hokkaido, além de uma passageira que me drogou durante a viagem.

A mulher me ajudando resmungou — Faz sentido, [Nome]-san poderia parar Getou em um segundo se estivesse por perto. Ele a levou o mais longe possível para a deixar incapacitada de usar a dádiva das moiras.

— Aquele bastardo! — Yaga-san gritou aos ventos —, vamos ter que inspecionar os funcionários devemos ter um traidor.

Enquanto o diretor esbravejava Mei Mei comentou comigo em voz baixa — Esta tudo bem? Está queimando de febre.

— Foi a droga, tive que acelerar o efeito para conseguir usar minha técnica. — sorri após explicar —, ficarei bem.

Apos alguns momentos os feiticeiros se dispersaram ficar o meu lado apenas havia Satoru e os alunos, o mesmo que a mulher havia dito para mim Getou anunciou aos ex-colegas.

— N-[Nome]-san! — Yuta se aproximou devagar — Hum... Precisa de ajuda?

O garoto claramente tinha alguma preocupação, mas deve ter se sentido encabulado de se aproximar.

— Yuta-kun — Satoru bateu as duas mãos juntas disfarçando sua preocupação — Faça um favor sim? Escolte a namorada do querido Gojo-sensei até Shoko, é uma missão importante.

— Eu? — de repente ele pareceu ser tomado de coragem, pronto para me escoltar até os confins da terra se necessário. Chegava a ser fofo.

— Conto com você Yuta-kun — ele me estendeu o braço para servir de apoio e Panda carregava minha bolsa.

Virei para Satoru — Desculpe, se eu tivesse mais cuidado... Poderíamos ter acabado com isso de uma vez.

— Não, Suguru estava um passo a frente — respondeu com um fraco sorriso —, conversamos depois. Nesse meio tempo, ligue para Akira, precisamos de toda ajuda que conseguirmos.






N/a: Obrigada por ler até aqui!

Até mais, Xx!

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