Jornada da Tigresa

Oleh CarolyneMSouza

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Tudo começa com o acordo que os humanos fizeram com as almas animais, isso originou os Humanimais. Depois de... Lebih Banyak

Obras
Aviso
Prólogo - A Escolha da Tigresa Branca
O Começo
Humanimal Tigresa de Origem Desconhecida
A Ligação
Habilidades
Treinamento Animal
Escuridão que viver dentro de mim
Tigresa Maligna
Um corpo e três almas
Que poder é esse?
Descobrindo nossas partes perdidas
Terra dos Tigres
Seja grande guerreira
Treinando com tigres
Dança das tigresas
Invocando o fogo
Rei dos Felinos
Briga dos irmãos tigres
A escolha do Rei dos Felinos
Fazendo meu próprio caminho
Menino Raposa
Quero ser seu aprendiz
Vila dos Humanimais Herbívoros
Ataque dos Morcegos
Os Espíritos Herbívoros
Caçador Acorrentado
Por que me salvou?
Minha liberdade
Irmãos Lobos e o Ataque Misterioso
Destruição da Tribo dos Lobos
A Vingança do Lobo
Tigre Amaldiçoado
Lago dos Lobos
Gália, Território das Aves
Aves e Carnívoros vs Urubus e Cobras
As Chamas da Fênix
Rei Leão Romano
Humanimal Desconhecido e Gladiador Gorila
A História do Gorila e a Curiosidade do Leão
Encarando o Rei Leão
Mereço sua Confiança
Preparem o Navio
Terra Quente
Kemet
Selvagens Exilados
Tigresa Amaldiçoada vs Deusa Leoa
Floresta Sagrada
Sagrados
Pedido de Ajuda
Caçando Almas Malignas
Armadilha da Tigresa
Portus Cale
Plano de Fuga
Novo Lar
Continuando a Missão
Mensagem da Mestra
Guerra dos Humanimais e Sombrios
Fúria da Tigresa
Meu nome é...
Epílogo

Humana e a Tigresa

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Oleh CarolyneMSouza


No dia seguinte bem cedo, Parvati não brincou quando disse que o treinamento seria pesado. Ontem consegui me conectar com Arya com sucesso e agora Parvati me levou até a floresta.

- Kida – Parvati parou e me chamou pra prestar atenção. – Agora espero que me ouça com atenção, entendeu?

- Sim.

- Tudo bem, agora... O que está ouvindo? – perguntou.

- Ouvindo? – fiquei meio confusa com que está falando.

- Fica em silêncio e diga o que está ouvindo.

Fiz que ela pedisse mesmo confusa o que fazer, nós não falamos nada e eu fui ouvindo barulhos da floresta e o som dos pássaros. Achei nada demais até que ouvi um som parecendo algo um pouco longe, fechei os olhos para a melhora a concertação e funcionou bem melhor de antes.

- Eu escuto os pássaros, os animais e... Vento.

- Muito bem e que cheiro sente nesse vento?

Fui cheirando como cachorro tentando achar cheiro e os vários tipos de cheiros entraram no meu olfato, fui falando e adivinhando cada vento:

- Grama, perfume das frutas, madeira das árvores, folhas e... Sinto um cheiro de um tipo de animal pouco longe daqui.

- Muito bem, olhe pra mim. – abri os olhos para olhá-la e fez uma pergunta – Sabe qual é a grande diferença dos humanos e dos animais?

Pensei uns poucos segundos até Arya grita na minha mente:

"São sentidos, sua humana tonta."

- Sentidos? – falei em voz alta sem querer.

- Está certa. – explicou Parvati – Os animais têm sentidos mais sensíveis que os humanos, melhor visão para ver na escuridão e distância, melhor olfato para sentir os cheiros, melhor audição para ouvir algo se aproximando, melhor tato pra senti a terra e outros animais, e melhor paladar pra saber melhor os sabores. Como Humanimais, podemos ter esses sentidos graças à nossa alma animal, se fossemos humanos comuns não iam saber melhor esses sentidos.

- Que legal. – deixei escapar minha empolgação.

- Mas pra ser legal, tem que ser na prática. – disse o que fez minha empolgação ir embora – Por isso, você vai ter essa tarefa diária agora em diante, até eu decidir que você conseguiu melhorar seus sentidos.

- Qual é essa tarefa? – perguntei nervosa.

- Como animais e humanos precisam de alimentos, você será responsável para trazer a caça dos alimentos para nós e tem que caçar na floresta. – continuou – Você pode colher frutas e caça animais por café da manhã, almoço e jantar para todos nós, e se demora muito, você passará fome.

- O quê? – por favor, falar que não ouvi isso – Ficarei sem comer?!

- Isso mesmo, só você. – disse bem séria – Durante o dia, acordará cedo e vai buscar comida na floresta, só na sua forma humana, ou seja, nada de assumir sua forma animal humano e saberei se quebrou essa regra, se assumir forma animal humano de dia, vai ficar o dia todo sem comer.

Aí já é demais, pelo amor de Deus.

- De noite pegará jantar e aí pode assumir sua forma animal humano e mesma coisa, se demora nada de jantar pra você.

- Eu tenho que fazer tudo sozinha?

- Isso mesmo, como uma verdadeira tigresa caçando seu alimento.

- Mas eu não sei como caçar os animais, como vou fazer isso sem saber?

- Até filhote pode aprender sozinho e você tem alma tigresa dentro de você.

- Você não vai me ensinar?

- Não.

Que boa professora, ela não é para brincadeiras.

Depois de soltar um suspiro e perguntei:

- Quando começarei minha tarefa?

- Agora mesmo, você só tem uma hora pra trazer alimento para nós.

- Uma hora?! – gritei nervosa.

- Quer ficar sem café da manhã? – perguntou brava e isso fez calar minha boca – Mais uma pergunta?

Neguei com a cabeça.

- Então agora é sua conta – falou antes de ir embora – Espero que traga uma coisa deliciosa pra nós.

Foi assim, ela me deixou sozinha numa tarefa do nada para alguém que começa treinar hoje e nem sei por onde começar. Mesmo sem ideia, fui correndo pra qualquer lugar na floresta procurando algo como alimento. Enquanto isso, Arya foi rindo na minha mente e dizendo que não tenho ideia e que eu nem vou conseguir fazer essa tarefa.

Correndo até o cheiro de um aroma doce entrou no meu nariz e fui seguindo a trilha do cheiro. Finalmente achei duas árvores com frutas amarelas, soltei alívio e fui aproximando até que uma pedra quase acertou minha cabeça, o responsável é um macaco no meio dos galhos, pouco grande e pelos dourados. Ele mostrou os dentes quando dei um passo pra frente.

"Ele sabe que você não é humana comum", disse Arya mentalmente.

- Quer dizer que os animais sabem quem são os Humanimais, mesmo na forma humana? – perguntei mentalmente.

"Parece que sim, ele está te ameaçando como se fosse mais animal do que humano."

- Que bom saber disso. – resmunguei por dentro e falei por macaco pra tentar animá-lo e mostrar que não sou ameaça. – Calma, não vou fazer nada de mal. Eu só quero pegar umas frutas.

Quando falei a palavra frutas, o macaco deu um grito agudo bem forte, tive até que tapar meus ouvidos, mas não gostei quando descobri o motivo do grito. Uns grupos grandes de macacos como ele chegaram e foram nas árvores de frutas e me encaram mostrando seus dentes.

"Se eu fosse você, corria", comentou Arya rindo.

Não precisava saber por que, os macacos mostraram a responsa quando erguem os braços e segurando pedras nas mãos. Corri bem rápido e mesmo assim uns cinco macacos estavam atrás de mim, fui correndo até que em cima de mim apareceu um macaco com ataque surpresa, agarrou meus cabelos e tentei tirá-lo e por isso ele mordeu forte na minha mão.

Gritei sentindo dentes bem afiados entrando na minha pele, então tentei com braço preto e pela minha surpresa, ele saiu em cima de mim com rapidez e correu rápido pra bem longe, aconteceu mesmo dos macacos que estava atrás.

Olhei pelo antebraço preto e acho que sei por que ele fugiu desesperado. Até os animais têm medo, os macacos correram em pânico como se tivessem encarando uma fera bem perigosa.

"Pelo menos, graças a esse antebraço preto espantou os macacos", Arya só dando seus comentários e rindo que eu fugi por um bando de macacos.

- Você fala como se fosse coisa boa. – falei bem séria. – Com certeza foi esse antebraço que os macacos que me viram como ameaça e quando se aproximaram fugiram como se estivesse salvando suas vidas.

"Mas não é isso, é que os macacos e tigres não se dão muito bem."

- Pra alguém que também está sem memória, saber de muita coisa.

"Claro, sou tigresa afinal."

Caso das frutas não deu certo, aparece que são macacos que mandam e vivem nas árvores com frutas e isso me dificulta pra pegá-los, sem eles tentarem atirarem pedras em mim ou pularem pra me atacar com mordidas. Está faltando pouco tempo para acabar a tarefa e ainda não peguei nada.

"Anda logo, seu tempo está se esgotando", Arya não ajudava além da sua impaciência.

Estava andando até ouvi um movimento nos arbustos, aproximei devagar e pouco de longe eu consegui ver um coelho marrom comendo as folhas dos arbustos. Não sei por que, mas ver aquele coelho de repente me deu uma grande vontade de pegá-lo, mesmo ele sendo bem fofo.

Baixei-me pouco e fui aproximando bem devagar, parando quando levantava as orelhas, finalmente quando cheguei o suficiente pra pega-lo, esperei um pouco e por um impulso saltei e como resultado...

Eu tinha caído em cima de um chão falso e cai no buraco grande, recheado de folhas e palhas.

Eu fui pega por uma armadilha, desde quando tem armadilhas nessa floresta?

- Foi quase. – voz da Parvati me chamou atenção, esforcei pra olhar pra cima e vi Parvati segurando o coelho marrom – Na próxima vez, ficar mais atenta.

- De onde essa armadilha apareceu? – perguntei enquanto me levantei devagar meu corpo dolorido por causa da queda.

- Esqueci-me de falar que essa floresta tem armadilhas que foram esquecidas pelos cidadãos caçadores. Tem muitos que às vezes perdemos a conta ou que estavam muito bem escondidas que não conseguimos achá-los. – explicou Parvati e ainda aparecia de séria – Além disso, seu tempo acabou. Como punição, vai ficar sem café-da manhã.

***

P

arvati fez sopa de coelho, enquanto ela e Úrsula comiam, eu ficava afastada para cheiro não me tortura e meu estômago implorando muito por comida.

Por causa daquela armadilha, estou com cãibra nos membros, aquele buraco era tão fundo, pelo mesmo Parvati me ajudou, mas ela me avisou que se caísse em outra armadilha, eu teria que sair sozinha.

O sol estava no alto do céu, já hora de ir de novo na floresta, dessa vez vou tentar pegar alguns alimentos, qualquer coisa menos de mãos vazias. Achei que estava tranquilo até ver que os macacos estavam fazendo guarda nas árvores com frutas e má podia se aproximar que já me ameaçava com dentes e jogar pedras. Enquanto andava eu prestava atenção no chão pra não cair em uma armadilha, quase fui pega pela armadilha de rede que estava no meio das árvores.

O tempo estava correndo e nada ainda, até que aliviei e gritei de alegria por dentro quando vi aquele antílope bebendo água no rio. No fundo senti pena por querer caçar o antílope, mas minha fome despertou e o lado selvagem de mim quer muito devorar a carne. E por isso fui me aproximando de quatro e bem devagar, mas minha alegria acabou quando chegou um grande felino o abocanhou pelo pescoço do antílope e o matou por uma mordida.

Pela pelagem vi que é um tigre e bem grande, suspirei por dentro por não conseguir dessa vez e achei melhor se afastar o mais rápido possível.

Até que uma maldita corda que escorreguei, puxou minha mão junto com braço pra ficar preso no galho grosso da árvore e isso fez barulho do sino. Gritei de brava por dentro e pra piorar minha situação, tigre me encarou mostrando sua boca suja de sangue.

Que ótimo, agora vou ser devorada por um tigre e nem cheguei à chance de saber realmente quem eu sou e as memórias.

Fechei os olhos com força pra não olhar a morte se aproximando de mim pra me comer.

"Humana idiota, fale com ele", gritou Arya na minha mente.

- Falar o que e pra quem? – resmunguei apavorada – Agora já era.

"Pra começar, poderia me olhar ao invés de ficar de olhos fechados como um coelho assustado.", disse uma voz que não era da Arya, é masculino e forte.

Estranhei aquela voz, mas estranhei mais ainda notando que está demorando pra eu ser devorada. Abri lentamente os olhos e vi o tigre sentado na minha frente e bem perto.

"Finalmente, eu estava ficando impaciente.", disse de novo aquela voz masculina.

- Quem disse isso? – perguntei nervosa e fui olhando em volta tentando achar o dono da voz. – Onde você está?

"Bem na sua frente."

Mas na minha frente ainda estava o tigre.

Espere, quer dizer que...

- É você que está falando comigo? – perguntei por tigre.

"Sim, senhorita.", tigre fez sinal de sim pela cabeça.

Minha nossa, esqueci que tenho esse dom estranho. No começo foi com gato do monge, no começo achei porque gato é especial por viver com monge, aí Úrsula me explicou que esse dom é quase comum dos Humanimais Felinos, às vezes é pouco raro outros Humanimais entenderem os animais com mesma espécie da sua alma animal.

- Você não vai tentar me devorar? – perguntei quase gaguejando.

"Não, odeio carne humana, além disso, você é tigresa humana."

- Tigresa humana?

"Por causa da alma tigresa dentro do seu corpo humana, consigo senti-la através do seu cheiro, mas você me entendendo é uma grande prova.", lambeu sua pata e esfregou sua cara.

- Que alívio. – soltei respiração e sorri – Fico feliz que não vai me devorar.

"Mas você foi muito descuidada.", falou olhando a corda que estava me prendendo.

- Como eu ia saber sobre essa maldita armadilha? – resmunguei.

"É porque você é humana idiota", agora é Arya zombando de mim.

- Dar pra para de me chama de idiota? – falei meio brava - E principalmente para me chamar de humana, tenho nome.

"Agora eu entendo, vocês duas estão desconectadas.", tigre bufou e disse bem desanimado.

"Por isso não estão conseguindo."

- Não conseguindo o que?

"Vocês estavam caçando, não é?"

Assenti

"Quando estão conectadas, conseguem fazer tudo em ordem, como caçar o animal graças às habilidades compartilhadas da sua alma animal.", dizendo enquanto surgia na árvore.

"Habilidade compartilhada é como energia da sua alma tigresa, se ela desse pouco de energia pra alma humana ou se unirem vai ser como fosse duas em um só corpo".

- Mesmo quando está transformada?

"Sua forma animal humano é só quando quer usar energia total da sua alma tigresa, energia dela compartilhada na sua forma humana é mais como economizar e sem desperdício da energia usada.", ele foi sobre o galho grosso e se aproximou da corda e uma dentada me soltando.

- Ufa, muito obrigada. – agradeci e tirei a corda da minha mão.

"Um conselho meu, senhorita.", pulou e me olhou parecendo sério.

"Para de pensar como humana e mais como tigresa, principalmente vocês duas tem que fazer o compartilhamento".

Ele foi até sua presa, o pegou pela boca e indo embora.

- Espere... – o chamei e perguntei – Qual é seu nome?

Antes de desaparecer dentre as árvores, ele sussurrou:

"Hari."

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