Laços de Amor (CONCLUÍDA)

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Fernanda, envolta pelo calor familiar de uma fazenda em Minas Gerais, nutria em seu coração o anseio de desbr... Еще

Copyright 2021 - Priscilla E.
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Epílogo- Parte 1
Epílogo - Parte final

Capítulo 36

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Fernanda

O nosso dia não poderia ter sido melhor. Nós passeamos, comemos todos juntos, conversamos, rimos e ainda teve a oportunidade de falar sobre a mãe de Clara. Fiquei apreensiva que Raul me achasse intrometida. Por mais que tivéssemos um relacionamento eu sabia haver limites, não queria ser invasiva e falar sobre um assunto tão delicado, mas foi tão natural e Clara encarou a nossa conversa de forma muito espontânea.

Recebi um beijo quente, apaixonado e a promessa de uma noite inesquecível. Raul estava emocionado, aquele assunto era sempre evitado por ele e agora de uma maneira simples e lúdica conseguimos explicar a Clara. Obviamente que ainda teríamos outros momentos,  principalmente quando ela ficasse maior e  novamente a curiosidade surgisse.

A possibilidade da mãe dela voltar e tentar uma reaproximação assombrava-me. Se ela quisesse o seu lugar de volta, como mãe da Clara, eu não poderia impedir. No entanto, ao lado de Raul, ela teria que nascer de novo. Jamais abriria mão do meu amor.

Todos na fazenda estavam animados, a noite teria uma roda de viola. Todos os funcionários amavam esses momentos, eles conectavam-nos e tornavam-nos ainda mais unidos. O clima de festa, alegria e confraternização deixou-me com um gostinho amargo de saudade. Ainda nem fomos embora e já estava morrendo de saudade.

Os preparativos estavam intensos, a festa aconteceria ao ar livre. Algumas mulheres montavam animadas uma decoração improvisada. Luzes e algumas flores.
Alguns rapazes empilhavam pedaços de madeira formando uma fogueira. Seguindo a tradição assariamos queijos, carnes, linguiças, pães e muitas outras coisas gostosas. As bebidas já estavam no gelo e tia Tereza com certeza preparava alguns doces para sobremesa.

Observei o meu pai animado abraçado a minha mãe que mantinha Clara no colo. Eles riam de alguma coisa que o meu irmão falou após jogar um pedaço de madeira no amontoado que seria a fogueira. Raul estava em cima de uma escada ajudando as meninas a amarrar umas luzinhas numa árvore.

Era o cenário perfeito, eu não queria ficar longe.

Sentindo um aperto na garganta e uma vontade enorme de chorar, fui para um dos meus lugares preferidos: O lago!
Era início do fim da tarde e com isso o pôr do sol visto do deck era um espetáculo. Sentei-me no chão de madeira com as pernas cruzadas e me deixei levar pelas lembranças. Vivi tantos momentos inesquecível nesse lugar, com meu irmão, Rafael e tantas outras pessoas. Por que eu não poderia viver ali com eles? Será que seria algo impossível? A tristeza de pensar na possibilidade de ter que escolher entre a minha casa e o Rio de forma definitiva me fez chorar.

Estar de volta ao meu lugar me deixou extremamente sensível. Não tentei impedir e chorei, acompanhando a beleza de um pôr do sol que parecia mais uma pintura de tão belo.

Ouvi passos pesados atrás de mim e Rafael sentou-se ao meu lado.

— Qual o problema? — Ele era uma das pessoas que eu mais amava. O meu amor por ele não diminuiu, ao contrário, tornou-se mais forte, contudo de uma maneira diferente. Ele também me conhecia como a palma da mão.

— Não quero ir embora. — Respondia com a voz embargada e respirei fundo.

— Então não vai. — Ele não estava me olhando, ambos estávamos apreciando o “show” da natureza a nossa frente.

— Não posso deixá-los. — Respondi e essa era a minha maior certeza no momento. Eu não deixaria Raul e Clara para ficar.

— Ele parece ser legal, e demonstra gostar muito de você.

— Eu fui atrás de um sonho idiota de morar na cidade grande e voltei com um namorado e uma filha. — Sorrimos juntos e ele abraçou-me pelos ombros dando um beijo na minha cabeça. — Eu os amo muito.

— As coisas vão se ajeitar.

— Vão sim. — Confirmei.

Passado um tempo Rafa foi atender um pedido da sua mãe, sobre buscar alguma coisa que estava faltando, eu continuei ali, e agora restava apenas uma lembrança do sol. O céu estava todo pintado de laranja, amarelo e alguns tons de roxo. Senti o perfume que acelerava o meu coração e suspirei apaixonada. Como eu poderia ficar longe dele?

— Ei, amor?! Estava te procurando, seu irmão me disse que poderia estar aqui...

Olhei por cima dos ombros e sorri para o homem lindo que era o dono do meu coração. Raul estava com uma calça jeans clara e uma camisa dobrada até o cotovelo. Nos pés usava a botina que lhe dei e na cabeça o chapéu. Tão diferente do homem engravatado que ele era no dia a dia. O meu queixo tremeu com a vontade de chorar novamente. Ele ajoelhou-se, preocupado a minha frente e segurou o meu rosto com as mãos.

— O que aconteceu, meu amor?

—  Nada  —  Funguei.  — Eu só estou chateada porque iremos embora. Eu sei que temos que ir, mas... Aqui é tão bom, você não acha?

Ele abriu o sorriso mais lindo do mundo e eu sabia que estava sendo uma boba. Ganhei um beijinho na ponta do nariz e outra na boca.

— Nós iremos voltar, sempre. Podemos passar as férias da Clara aqui e...

Olhei para ele e os seus olhos intensos com a sobrancelha franzida analisou-me antes de perguntar:

— Você não quer voltar, é isso?

— NÃO. — Respondi apressada. — Não posso ficar sem vocês. Eu te amo, amo a Clara, não consigo nem pensar nisso.

Ele sorrio aliviado e colocou a mão no peito dramaticamente.

— Eu estava esperando um momento perfeito pra fazer isso e acho que encontrei.

—  O que? — Perguntei confusa.

Raul enfiou a mão no bolso e tirou uma caixinha de veludo preto. Meu coração bateu tão forte que não duvidava que ele pudesse ouvir. O céu estava bonito com luz suave. As cores daquele fim de dia,
Raul ajoelhado na minha frente nunca mais sairiam da minha cabeça.

— Eu sei que ainda temos muito o que alinhar, você é jovem e eu já tenho a minha bagagem da vida. Uma filha e um passado. Eu desejava alguém que pudesse ocupar o papel da mãe da Clara evitando que ela sofresse essa ausência e então você chegou. E eu vi que eu estava completamente errado. Você é a mulher que eu quero passar o resto da minha vida, que não está ocupando o lugar de outra pessoa, mas que conquistou o seu. Que tomou o meu coração, cada minuto do meu dia, porque desde o primeiro instante que eu te vi eu não consegui mais  não pensar em você. Eu sei que ficar comigo significa ficar também com a Clara e isso é uma grande responsabilidade, mas eu te prometo que vou te amar mesmo quando a gente estiver se odiando.  —  Rimos juntos e limpei as muitas lagrimas que escorriam no meu rosto.  —   Eu vou cuidar de você, mesmo quando você quiser ficar longe de mim, eu vou te fazer feliz nem que eu tenho que virar esse planeta de cabeça pra baixo. Você é como um raio de sol, que trouxe tanta luz pra nossa vida e  é tão abusada que invadiu o meu quarto de madrugada me pedindo em namoro e agora estou aqui, de joelhos aos seus pés, implorando para que você aceite ser a minha noiva e a minha futura esposa.

Quando Raul finalmente abriu a caixinha, havia duas alianças de ouro. Elas eram quase iguais. A diferença é que a minha tinha várias pedrinhas de diamantes em volta.

— Eu aceito e fico feliz que você também vai usar uma. — Rimos enquanto ele  colocava o anel no meu dedo e eu no dele.

— Eu te amo tanto, Raul. Amo tanto a sua filha, eu aceito ser sua noiva, sua futura esposa. Nós seremos muito felizes juntos.

Pulei nos seus braços beijando a sua boca e gargalhamos pois, ele não aguentou o meu ataque e caiu no chão.
Sentei sobre seu corpo e me acomodei me esfregando e provocando. Tínhamos a vantagem do lago ser bem afastado de onde o pessoal estava.

— Ainda preciso falar com o seu pai. Sabe, pedi a sua mão. — Espalhei beijos pelo seu pescoço e rebolei mais forte sentindo o seu membro endurecer.

— Püta que pariu, Fernanda! 

— Vamos comemorar nosso novo status de relacionamento, meu noivo. Depois você fala com ele. Levantei correndo e estiquei a minha mão para ajudá-lo a levantar.  —  Vamos tomar um banho e nos preparar para a noite. A Clara está com a minha mãe, vou te dar o meu presente de noivado.

Saímos abraçados caminhando de volta para casa. No meu dedo eu sentia o peso agradável de carregar um anel que representava muito mais que um relacionamento. Era uma vida juntos, uma família.

Nós três para sempre.


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