Dominada pelo prazer (BDSM-lé...

By snowfrost_sub

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+18. Caitlin e Olívia são um típico casal em público porém, quando estão em sua casa Caitlin se torna uma dom... More

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Aviso by snow
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VIII

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By snowfrost_sub

Oi! Tive essa ideia e voltei. Como eu tô trabalhando e tenho outras histórias em outra conta e essa é mais capítulos aleatórios do que uma história com todo um enredo firmado, é mais difícil vir aqui.

Mas eu sempre vou postar quando tiver um tempinho para escrever e alguma ideia boa o bastante.

Nesse eu quis abordar um tópico muito pouco falado dentro da comunidade bdsm e kinky como um todo mas que deveríamos prestar mais atenção também.

Lembrem-se de que bdsm é feito apenas entre adultos seguindo o SSC - qualquer coisa além disso não é bdsm. Também importante dizer, só porque você não tem um fetiche específico não significa que é horrível e errado e blá blá blá ok? Contando que seja entre adultos e, de novo, SSC, tudo liberado.

Dito tudo isso, e aí? Como estão? E espero que gostem!

***

Respirei fundo, tentando buscar mais ar após ter que - novamente - parar quando estava tão próxima de um orgasmo. Minha mente se sentia cansada, caindo por um espiral. Enquanto isso, todo meu corpo estava em alerta, necessitado. Eu precisava de qualquer tipo de alívio. Mas, tinha plena consciência de que nesse momento não tinha permissão. Eu tinha que esperar 10 minutos para me acalmar antes de alcançar meu celular e avisar Caitlin que eu havia usado os meus 30 minutos diários onde ela permitia que eu me masturbasse - sem gozar - na maioria das vezes em que eu estava sozinha em casa.

Quando senti que conseguiria me mexer sem quebrar essa pequena regra, me movi para pegar meu celular na cabeceira da cama, mandando uma breve mensagem para minha namorada. Mesmo que a mesma estivesse ainda em seu trabalho. Para facilitar as coisas, usávamos aplicativos diferentes, assim ela saberia que se eu estivesse mandando algo no Snapchat, seria recomendado que estivesse sozinha.

"senhora, por favor. posso ter mais meia hora?"

"Miss Caitlin: você não consegue mesmo passar mais de dez minutos sem encostar nessa boceta molhada? isso é um tanto patético, bebê"

Fiz uma careta ao ler a mensagem, cruzando minhas pernas, tentando ter algum tipo de pressão e me odiando por como suas provocações eram tão fáceis de me atingir.

"não, eu não consigo, porque eu sou só uma vadia estúpida que precisa do seu controle então por favor, senhora, por favor só me deixa tocar"

Me humilhei sem nenhum peso na consciência porque eu estava excitada demais para ter vergonha de qualquer ato que eu pudesse fazer para que minha dona enfim deixasse eu ter algum alívio. E eu sabia o quanto ela se excitava ao me ter falando assim.

"Miss Caitlin: porra Olívia. Eu estou indo para casa. E quando eu chegar quero ver você de bruços, se esfregando na cama como a porra de uma cadela no cio, com o rosto no travesseiro, sua boca aberta fazendo com que pareça com a vadia burra que é, e suas mãos para trás. me entendeu bem?"

Gemi apenas com suas palavras, sabendo como eu estaria até ela chegar em casa. Mas a pulsação em meu sexo deixava claro como eu era afetada pelo o que ela dizia.

"sim Senhora, muito muito obrigada"

Deixei o celular de lado sabendo que ela não iria mandar nada já que estaria no trânsito. Apenas me virei de bruços, me ajeitando confortavelmente antes de deitar minha cabeça no travesseiro baixo e colocar minhas mãos em minhas costas. Molhei meus lábios e abri levemente minha boca. Movi meu quadril sobre o colchão e soltei mais um gemido ao sentir meu sexo molhado pelo colchão e, antes que eu percebesse, eu já estava me movendo com velocidade, literalmente transando com a porra da cama apenas porque minha dominadora ordeneu que eu fizesse. E essa constatação só me deixava com mais tesão, molhada e desesperada para gozar para ela.

Tive que diminuir algumas vezes para não acabar gozando ali. Porém quando enfim ouvi a porta do quarto se abrindo, meu quadril já estava cansado e meu sexo totalmente sensível pela estimulação constante, sem mencionar a saliva que escorria da minha boca, fazendo com que eu realmente parecesse uma vadia burra.

— Você é tão boa para mim, Olívia — minha dona elogiou e eu gemi, sem parar de me mover, sentindo seus dedos suaves percorrer em minha coxa até que ela estivesse em meu campo de visão.

Os longos cabelos soltos formando ondas que caíam sobre seus ombros nus, apenas uma regata no corpo e uma calcinha rendada preta que me fazia mover ainda mais rápido, imaginando quando eu poderia tocar, tirar, a sentir, me esfregar em sua perna ou gozar em cima de sua calcinha antes dela me obrigar a colocar em minha boca para me amordaçar, afinal como ela gostava de me dizer:

"vadias e pets não precisam usar palavras, sua boca é útil para outras coisas"

— Olhe só a mancha em seu travesseiro, todo seu cérebro indo embora uh? — provocou, tocando meu rosto, seus dedos se aproximando dos meus lábios — Você é absolutamente perfeita assim para mim, Olívia — seu elogio simplesmente causava faíscas em minha mente, querendo me humilhar ainda mais apenas para seu prazer.

— Senhora, por favor — pedi, sentindo o orgasmo se construir dentro de mim — Por favor, me deixa gozar, por favor — implorei, sem controlar meus gemidos ou movimentos.

— Pare — sua ordem chegou firme em meus ouvidos e, com alguns resmungos, parei lentamente, sentindo minhas pernas trêmulas — Se coloque de quatro, quero ver a bagunça que fez no meu lençol — pediu, dando um tapa forte em minha bunda para que eu me movesse.

Gemi baixinho enquanto me colocava em posição, querendo me enterrar em um buraco pela vergonha ao olhar para baixo e ver claramente a mancha da minha excitação. Um novo tapa me trouxe de volta e eu me movi, controlando a vontade de pedir que ela fizesse de novo.

— Curve-se e limpe com sua língua, Olívia — Caitlin ordernou e apenas o tom da sua voz era capaz de me fazer obedecer sem nem ao menos pensar, colocando minha língua no lençol e lambendo minha própria lubrificação natural mas, é claro, que pela unidade da minha língua, o lençol ficava ainda mais molhado, o que fez minha dona rir — Você é uma puta tão necessitada que até mesmo ao colocar sua boca você precisa fazer disso um espetáculo uh? Fazendo uma bagunça ainda maior, não é mesmo? — provocou, acertando mais alguns tapas em mim, o que me fez soltar um gritinho surpreso e alguns gemidos — Eu sei o quanto você gosta de receber meus tapas não é? Apoie-se com seus cotovelos no colchão.

Não demorei a obedecer e, assim que me ajeitei, senti seus tapas recomeçarem, dessa vez em um ritmo que fazia com que minha pele ardesse e se esquentasse, o calor e a dor se misturando e fazendo com que eu deixasse escapar gemidos e pedidos.

— Isso! Por favor, sim, me bate, isso, mais forte! — implorei, perdendo a conta mental de quantos haviam sido até que ela parasse — Senhora, por favor — insisti, sentindo minha excitação escorrer por minha perna.

— Não se preocupe Liv, esse foi apenas o aquecimento — avisou e eu ergui minha sobrancelha, olhando por cima do meu ombro e tendo cada canto do meu corpo se arrepiando ao ver minha dona erguer um chicote — Você quer isso, Olivia?

— Sim, por favor, sim! — pedi e praticamente gritei ao sentir o primeiro golpe, a dor se transformava em prazer tão rápido para mim, era o caminho mais fácil para que eu perdesse toda minha mente e eu adorava a sensação, principalmente quando já estava tão excitada.

— Eu adoro os gritos que você dá, Olívia — minha dona disse, sem parar com os golpes.

— Isso, isso! — exclamei em êxtase, sentindo que eu poderia gozar apenas com aqueles golpes.

Eventualmente minha dominadora parou, as pontas do chicote fazendo cócegas na minha pele enquanto ela fazia o caminha até meu sexo, gemi ao sentir o chicote ser esfregado ali e gritei quando ela atingiu minha boceta três vezes.

— Agora sim, agora acho que você está pronta para me receber, hm? — ela comentou e, dessa vez, senti suas mãos massageando minha bunda com delicadeza antes de escorregar até onde eu mais precisava — Olívia, você está tão molhada, meu deus, você está pingando vadia. Olha só como eu deslizo para dentro com tanta facilidade — sua voz provocativa e os toques enquanto ela me penetrava faziam meu sangue ferver, meu cérebro ceder e todo meu corpo querer explodir de prazer.

— Senhora, isso, por favor, isso, por favor, eu, eu gosto, sua sua vadia adora, por favor mestre — murmurei perdida em prazer, me apoiando mais na cama e deixando apenas minha bunda empinada.

— Não sei, não sei, acho que eu não deveria te fazer gozar hoje — Caitlin ameaçou mas eu estava tão excitada e com prazer de sentir seus dedos em mim que apenas consegui gemer — Você é tão linda assim, toda acabada para mim e eu nem menos comecei com você direito — essa frase e trouxe uma maior antecipação, o que me fez mover levemente meus quadros contra seus dedos — Hm, acho que sua bunda ainda está muito branca, acho que...

— Por favor, me bate, deixa sua marca em mim por favor senhora — implorei e, no mesmo segundo, a senti retirar rapidamente seus dedos de mim, acertando um tapa forte em minha bunda que me fez soltar um gemido surpreso.

Mas gritei quando senti o chicote novamente. Era tão bom, tão forte, eu queria ser capaz de gozar apenas com isso, com os golpes de seu chicote. E enquanto ela me batia os cenários dos fetiches mais intensos surgiam em minha mente. Caitlin chegando do trabalho e eu apenas pronta para a servir, tê-la me fodendo com força e me acertando com seu chicote apenas porque ela precisa se desestressar. Droga, era simplesmente tão bom.

— Não, por favor não para! — pedi, quando a senti diminuir o ritmo mas novamente acertar mais dois golpes, foram mais duros e eu gritei, mesmo com a dor forte eu só conseguia me concentrar na  pulsação em minha boceta molhada.

Mas franzi o cenho quando senti golpes mais leves que faciam cócegas entre o ardor quente.

— Mais forte, por favor mais forte! — implorei, sem me importar de trazer todo meu lado masoquista para essa cena, eu precisava disso.

— Olívia, você vai se...

— Por favor mestre, eu adoro tanto quando me acerta, eu estou tão molhada e excitada para você, por favor só me usa — me humilhei, esperando ter o efeito necessário mas ao não ter, me movi inquieta.

— Liv...

— Por favor senhora, por favor — implorei, sentindo todo meu corpo ferver com a dor e ainda assim minha excitação escorrendo por entre minhas pernas — Mestre! — gritei quando o chicote acertou minha bunda novamente.

— Olívia — sua voz soou hesitante porém minha mente já estava muito afundada para que eu conseguisse raciocinar.

Eu queria a sentir, queria sentir a dor de suas punições, precisava de seus dedos em mim, precisava que ela me fodesse como se eu fosse apenas um objeto para a satisfazer. E apenas o pensamento e a antecipação já faziam com que eu empurrasse minha bunda contra sua mão.

— Senhora, por favor, só, por favor — pedi, perdida em meu próprio prazer, apoiando melhor minhas mãos para empinar minha bunda, querendo me esfregar em, praticamente, qualquer coisa que me fornecesse algum alívio.

— Não — sua voz soou menos firme do que seus comandos costumavam ser, o que me fez olhar para trás, notando seus olhos baixos, encarando fixamente minha bunda, ergui minha sobrancelha mas ainda sim estava mais concentrada na pulsação em meu sexo.

— Eu faço qualquer coisa, por favor, eu me ajoelho no seu sapato e...

— Vermelho — a voz fraca de Caitlin soou em meus ouvidos, fazendo com que minha mente se confundisse no estado que estava.

Fechei os olhos com força tentando ter certeza que ouvi corretamente, puxando cada pedaço do meu cérebro de volta para ficar em seu lugar. Tentando deixar para trás tudo que estava sentindo há apenas alguns segundos atrás. Meu corpo ainda quente mas, agora, também tenso. Respirei fundo, acalmando minha respiração para que eu conseguisse ao menos olhar para minha dominadora, a vendo dar alguns passos para trás.

— Senhora? — murmurei, me colocando de joelhos no colchão e me arrependendo no segundo seguinte quando lágrimas começaram a descer do rosto de minha namorada, isso sendo o suficiente para que toda minha mente voltasse de uma vez só e eu sentisse apenas um certo desespero — Caity! — exclamei, me levantando rapidamente e praticamente correndo até ela — O que houve?

— Não, saí, não! — minha namorada exclamou, tentando se afastar do meu toque em seus braços.

— Ei ei está tudo bem, está tudo bem — murmurei, forçando seu corpo contra o meu para a abraçar, sentindo suas lágrimas em meu ombro nu, seu peito tremendo enquanto ela chorava, o que fazia todo meu coração se apertar em preocupação.

A situação fez com que minha excitação fosse levemente esquecida, agora meu sexo molhado sendo apenas um incômodo que eu tentava não me focar e trazendo somente a dor em alguns pontos do meu corpo, especialmente minha bunda. Soltei um braço ao redor de Caitlin para poder tocar onde doía, sentindo o relevo de um machucado, juntamente com algo úmido, fechei meus olhos por dois segundos antes de levantar meu braço e ver a pequena mancha de sangue em meus dedos. Finalmente entendendo porque minha namorada chorava agarrada ao meu corpo nu.

— Desculpa, desculpa, por favor Olívia me perdoa — Caitlin implorou, sem nunca levantar seu rosto do meu ombro.

— Caitlin, está tudo bem. Por favor, respire — pedi, mantendo minha voz calma ainda tendo seu corpo tremendo dentro do meu abraço.

— Não está bem! Eu fiz isso, eu sou uma doente, isso não é normal — ela exclamou, se afastando brutalmente de mim, as mãos nos cabelos, seu peito subindo e descendo com rapidez, seus olhos não conseguiam permanecer em mim por mais de dois segundos.

E levou quase um minuto inteiro para perceber que era porque eu ainda estava nua. As marcas também estavam presentes em meu busto de quando eu mesma acertei meus seios, ao comando dela, mesmo que essas marcas estivessem - muito - mais leves. Caminhei devagar até a cômoda do outro lado do quarto, puxando uma camiseta comprida que cobria meu corpo até quase minhas coxas. Enquanto eu fazia isso, Caitlin estava parada, imóvel, em frente a cama, seus ombros se movendo levemente indicavam que ela ainda chorava.

Soltei um suspiro baixo, andando até ela, o contado do meus pés com o chão gelado trazendo arrepios em minha pele e me ajudando a acalmar meu corpo. Envolvi sua cintura com delicadeza, apoiando meu rosto em seu ombro, beijando sua nuca em seguida.

— Liv, não faz isso, eu....

— Está tudo bem Caitlin, você não me machucou muito e...

— Você está sangrando — ela me interrompeu, sua voz soando mais baixa enquanto seus olhos estavam fixos na cama, o que me fez perceber que, antes de levantar, me sentei na cama, deixando algumas pequenas manchinhas pelo colchão.

— E você sabe que isso não é um problema para mim — relembrei, mantendo minha voz firme — Caitlin, olhe pra mim — pedi, a chamando novamente pelo nome, sabia que ajudava que ela entendesse melhor o que eu estava a falando se percebesse e tivesse certeza que eu não estava em um estado de submissão.

Minha namorada ainda levou alguns segundos para se mover e, finalmente, ficar de frente comigo. Ainda assim, tive que tocar eu seu queixo para a forçar olhar em meus olhos.

— Preciso que me escute com atenção ok? — avisei, tendo um breve aceno de compreensão — Eu estou bem, não dói como você imagina que dói, é apenas um ardor e não está me incomodando. Você não me machucou muito, Caitlin. Não foi nada que eu não aguentasse — garanti, precisando que ela entendesse minhas palavras.

— Eu sinto prazer em te bater, Olívia. Como isso não é a porra de uma doença? Eu, eu fico excitada quando você grita, caralho, mas eu não quero machucar você, eu só, droga Liv eu amo você, eu não posso machucar você, eu não poderia viver com isso e só...

Respirei fundo pelo seu tom de voz desesperado enquanto ela voltava a chorar, se perdendo no próprio medo e insegurança. Na maioria das vezes Caitlin estava sempre pronta, algo na ponta da língua, a dominância casual até ao escolher o que iríamos jantar, ou brevemente me pedir para tirar a calcinha antes de irmos em um passeio de carro. Ela era firme e poderia facilmente me colocar de joelhos. Só que, com tudo isso, também era fácil escapar da minha mente que ela era uma mulher com seus próprios sentimentos, medos, dúvidas e imperfeições. E, em nosso relacionamento, nós duas tínhamos a responsabilidade de cuidar da outra nesses momentos. Ela sempre esteve pronta para me dar colo a cada vez que precisei, e eu fazia o meu melhor para ser um pouco do que ela era para mim.

— Caity — sussurrei, meus dedos alcançando seu rosto para limpar algumas lágrimas que insistiam em cair — Você sente prazer em me bater e eu sinto em apanhar e não acho que tenha nada de errado nisso — argumentei, soltando um suspiro quando ela desviou o olhar — Caitlin, se eu tivesse dito minha palavra de segurança hoje ou até mesmo se eu tivesse dito "pare" em um tom de voz que você não está acostumada a ouvir, o que teria feito?

— Parado! Como assim? Eu nunca iria continuar a fazer algo! — ela exclamou, quase ofendida que eu tivesse lhe questionando isso.

— É exatamente essa a diferença. Mesmo que você sinta prazer, você pararia de fazer qualquer coisa se eu pedisse. Porque o teu prazer envolve eu gostar disso, não apenas você me forçar ou ser bruta. Você gosta de como eu gosto disso — a lembrei, acariciando sua bochecha — Vem cá — a puxei pela mão para sentarmos na ponta do colchão e tentei evitar a careta ao sentir a ardência em minha bunda.

— Desculpe — murmurou mais uma vez e eu me xinguei mentalmente por ter expressões tão decifraveis.

— Você não precisa se desculpar por algo que eu, literalmente, implorei para que fizesse — argumentei, notando o suspiro que deixou seus lábios — Eu sei Caity, eu entendo como você se preocupa e tem medo de me machucar. E eu sei que aplicar golpes intensos que possam causar dor extrema é um limite para você, eu sinto muito por não ter percebido, eu...

— Você não poderia, não no estado em que estava — me interrompeu, balançando a cabeça — É só que, você sabe, eu não aguento a ideia de realmente machucar você, eu não podia continuar vendo você assim, Olívia — explicou, aparentando estar mais calma.

— E está tudo bem, eu entendo e nunca pediria para você fazer isso. É um limite seu e eu entendo. Mas preciso que você também entenda que está tudo bem e você não me machucou como imagina ok? — pedi, buscando sua mão para entrelaçar a minha — Eu teria dito se estivesse demais, Caity.

— Você estava sangrando — repetiu e eu segurei o suspiro frustrado que queria escapar meus lábios.

— Novamente, você sabe que isso não é um problema para mim — relembrei, notando seus olhos se tornarem um pouco mais irritados.

— Eu sei, sei muito bem — resmungou, suas mãos se tornando tensas contra as minhas, porque ela se lembrava de quando nos conhecemos e eu ainda tinha algumas marcas de meu prévio relacionamento e Caitlin simplesmente não suportava a ideia de alguém me machucando daquela forma.

— Meu amor, ok, isso é algo que temos uma grande diferença. Esse é um limite seu e eu nunca tentaria ultrapassar, nunca. Mas você não pode se culpar tanto assim, você não estava tentando fazer isso, você estava tentando nos dar prazer, fazendo exatamente o que eu estava pedindo para fazer e, sem querer, foi um pouco demais para você. Tudo bem, eu estou bem, prometo a você — garanti, começando a sentir seu corpo relaxar a medida que ela escutava minhas palavras — Ok?

— Ok — respondeu em um tom baixo, como se ainda precisasse de um tempo para compreender tudo que eu havia lhe dito.

— Que tal se passarmos o resto da noite assistindo alguns filmes, hm? — sugeri, sabendo que não poderíamos continuar a cena prévia que estávamos fazendo.

— Depende, você poderia escolher? — Caitlin perguntou, seus dedos brincando levemente com minha mão, a pergunta simples me fazendo perceber que ela precisava de algumas horas sem controlar nada a meu respeito.

— Claro amor — concordei, me inclinando para deixar um breve beijo em seus lábios antes de me levantar.

— Olívia? — ouvi seu chamado baixo e me virei no mesmo instante, notando suas mãos se movendo nervosamente — Posso cuidar de você antes de irmos? — o pedido polido me pegou de surpresa, me fazendo lembrar do ardor que sentia.

— Caity, eu disse, eu estou bem, você não precisa de...

— Por favor — me interrompeu e, dessa vez, notei como era algo importante para que ela se sentisse bem após essa cena, sorri levemente.

— Tudo bem, eu gostaria disso — respondo, vendo seu primeiro sorriso enquanto se levantava — Cama? — perguntei, tendo um leve aceno de compreensão.

Caminhei até a cama, me deitando confortavelmente de bruços, abraçando o travesseiro para conseguir me apoiar melhor. Dessa posição eu conseguia ver minha namorada se movendo um pouco mais confiante pelo quarto, pegando os frascos que sabia serem necessários. Apenas quando estava com tudo em mãos que ela voltou para cama, deixando tudo próximo de si e, como sempre fazia, ligou o som em uma das minhas playlists preferidas com músicas calmas.

Senti suas mãos suavem subirem minha camisa para que ela tivesse acesso a minha bunda. Mordi meu lábio assim que senti o ardor do antisséptico. Porém um alívio percorreu meu corpo, principalmente por não ouvir o pedido de desculpas de minha namorada e apenas a sentir fazendo o costumeiro aftercare que sempre me acalmava. Seus dedos corriam suaves pela minha pele e, a cada certos momentos, sentia seus lábios em minha pele em beijos carinhosos.

Após limpar cada um dos ferimentos, senti a pomada ser aplicada carinhosamente enquanto ela cantarolava a música que tocava ao nosso redor. Ela sabia o quanto eu apreciava isso. Porque, por vezes, eu não era capaz de formar sentenças para uma conversa logo após a cena então preferia ter sua voz tranquila perto de mim, a leve massagem que fazia até que eu me sentisse pronta para sair daqui.

E eu gostava de saber que isso também a ajudava a sair de uma cena, que também era seu próprio aftercare.

Caitlin ainda se levantou, indo guardar tudo que precisou usar. Permaneci deitada, sabendo que ela gostaria de um pouco de espaço e silêncio nesse momento. Mas vi como seus movimentos se tornaram um pouco mais lentos quando ela abriu a porta de nosso closet. Sorri levemente, entendendo exatamente o que estava em sua cabeça.

— Pode ser o short de pano preto, por favor. E eu não quero tirar essa camisa, nem colocar alguma calcinha — murmurei, fazendo minhas próprias escolhas, o que pareceu ser o que ela queria já que rapidamente pegou as roupas.

— Também trouxe um par de meias — comentou, colocando na minha frente como uma pequena sugestão.

— Obrigada, amor — agradeci, me ajeitando na cama e vestindo as peças rapidamente enquanto minha namorada colocava um moletom por cima da regata que vestia, decidindo permanecer sem calças, apenas com a calcinha que usava.

— Pode ir escolhendo um filme? — Caity pediu, me estendendo o controle da televisão em nosso quarto e eu apenas assenti — Já volto — prometeu, saindo do quarto em segundos.

Me recostei na cabeceira da cama, achando rapidamente uma comédia romântica que já havíamos assistido ao menos meia dúzia de vezes. Mesmo assim, assitir novamente seria reconfortante e nos acalmaria. Minha namorada voltou longos minutos depois e sorri ao ver que ela trazia tudo que precisaríamos pelas próximas duas horas: salgadinhos, água, sucos e muitos doces.

— Melhor namorada do mundo! — exclamei, beijando sua bochecha e a ouvindo rir pela primeira vez na noite enquanto se ajeitava entre minhas pernas, suas costas em meu peito.

— Ei — Caity me chamou, quando o filme ainda não estava nem na metade mas já havíamos devorado quase todo o chocolate.

— Oi? — desviei o olhar da tela para encarar os olhos claros da minha namorada que tinham um leve brilho no olhar.

— Obrigada por estar comigo hoje e ter cuidado de mim — agradeceu em um tom tão sincero que, por um momento, senti raiva de toda garota que esteve em sua vida e a tratou como se ela fosse um objeto apenas para providenciar prazer e afeto aos outros.

Mas essa sensação passou no instante que vi o leve sorriso em seu rosto, enquanto ela deitava a cabeça em meu ombro, parecendo genuinamente confortável.

— Foi meu prazer — garanti, tendo o mesmo sorriso antes de sentir seu beijo suave em meu pescoço e a ver voltar sua atenção para a televisão.

**

é isso então né. podem mandar sugestões do que gostariam de ler aqui, qualquer coisa vale, se ficar tímida pode mandar na dm.

aliás vcs estão fazendo até eu as vezes chamar Caitlin de cleitin tá?? Ai ai mas sigo firme. Caitlin é um bebê e esse capítulo prova isso e eu defenderei meu bebê com todas as forças.

Acho que quis falar sobre aftercare para doms e sobre doms tendo limites e etc pq é pouco falado. Eu como sub e eu como Domme preciso de aftercare que são muito diferentes por exemplo mas que precisam se encaixar com o da parceira. Mas é aquilo né, tudo fica bem se tiver uma boa conversa antes e depois.

enfim, sempre aberta a sugestões. Caso queira bater papo eu respondo mais rápido no twitter ou no tumblr, bjs

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