Any Gabrielly
Como em uma noite briguei com a minha mãe, bebi até perder o raciocínio, abri meu coração, revelando que estou fudidamente apaixonada pelo meu vizinho, me entreguei a ele e ainda aceitei seu pedido de namoro?
Eu sinceramente espero abrir os olhos nesse momento e ver que não foi um sonho misturado com pesadelo, iguais aqueles sonhos esquisitos que temos de vez em quando.
Abro os olhos e vejo uma janela, a cortina está fechada mas mostra que já amanhanceu, me viro para outro lado, segurando o lençol que cobre meu corpo, eu estou nua e isso já da indícios do que fiz na noite passada.
Vejo que o lugar de Josh está vazio mas seu cheiro ainda é presente na roupa de cama. Me atrevo a pegar seu travesseiro e o abraçar, inalando seu perfume que me trás boas lembranças.
Aos poucos parece que o sonho não era sonho de fato.
Vejo um papel que estava sobre o travesseiro, que caiu quando o puxei. Pego o papel e vejo que é a letra de Josh.
Precisei sair mas deixei seu café da manhã na cozinha, não demoro para irmos juntos pra faculdade.
Beijos, do seu namorado.
JB.
Estou sorrindo como uma idiota quando acabo de ler o que Josh escreveu no pequeno papel. Então é real, nós estamos namorando.
Me jogo no colchão e comemoro como uma maluca, segurando o bilhete em meu peito, eu estou parecendo uma adolescente apaixonada.
Talvez eu esteja e foda-se também, é legal sentir isso. Fico por longos segundos encarando o teto até que meu celular toca, é o alarme.
Que surpresa, eu nunca acordo antes do alarme.
Pego o celular e desligo o mesmo, me levanto seguindo até o banheiro, como Josh já comprou uma escova de dentes pra deixar em seu banheiro pra quando dormirmos juntos faço o que todos fazem pela manhã.
Colocam a alma de volta ao corpo e fazem suas higienes.
Assim que visto uma das suas camisetas, desço as escadas e meus olhos se arregalam, a mesa está posta com diversas coisas, de torradas até frutas.
Esse garoto não existe.
Me sento, logo levando um morango a boca, Josh sabe tudo que eu gosto, pois via meu pai comprar pra mim.
Mesmo eu sendo a única filha com ele, apesar de me dar luxos, meu pai me ensinou a ser pé no chão, por isso não me importo com o cartão sem limites dele, outras meninas, filhas únicas iriam surtar mas eu considero um pedaço de metal com senha.
Fico um tanto chateada por ele não tomar café comigo mas tudo bem, ele teve um compromisso.
Como com vontade, acordei animada e feliz, diferente de ontem, estou me sentido bem. Josh foi como um curativo na minha ferida, só o abraço dele me fez esquecer tudo que minha mãe me disse.
Depois que como subo para seu quarto comendo, troco de roupa e guardado tudo que Josh preparou, assim que saio da casa de Josh vejo o carro do meu pai, ele já não deveria ter ido trabalhar?
Entro em casa vendo Paula retirar a mesa de café da manhã, quando me vê, um sorriso surge em seus lábios.
- Bom dia querida. - A mesma diz alegre, vidno até mim, segurando meu rosto e depositando um beijo na minha bochecha.
- Quê felicidade é essa hein mocinha?
- Obrigada pelo mocinha, e respondendo sua pergunta, eu e sua irmã vamos sair hoje, ela quer fazer compras e seu pai liberou o cartão dele para ela comprar o que quisesse, já que as coisas da sua irmã só chegaram na semana que vem.
- Achei que a minha mãe não fosse mandar...
- E não ia, seu pai conversou com ela e conversou a enviar tudo da sua irmã.
- Ela deve estar furiosa.
- Quer a verdade? - Assinto. - Ela está uma fera. - Nós duas rimos.
- Ela colheu o que plantou Paula.
- Eu sinto pena da sua irmã, ela parecia tão alegre ontem por ver apenas um filme. Ela me disse que a mãe de vocês não fazia isso com ela.
- Isso me parte o coração Paula, saber que minha irmã era sozinha, sem a atenção da nossa mãe.
- Hey, achei vocês! - Minha irmã diz arrumando seu colar gótico, com cruzes penduradas.
Eu até gostei dele.
- Não sumimos irmã.
- Você sim, quando fui procurar você já tinha saído e não voltou. - A mesma justifica.
- Precisei espairecer maninha.
- Você está com uma cara boa mocinha. - Paula diz e um sorriso cresce em meus lábios.
- Vem cá. - Pego a mãos de ambas e as puxo para o sofá.
- Vem coisa boa aí. - Minha irmã diz e Paula sorri.
Suspiro lentamente, mordendo meu lábio inferior nervosa.
- Fala Any Gabrielly, eu tô curiosa! - Minha irmã exclama eufórica.
Olho para ambas e sorrio. - Eu estou namorando!
As duas abrem a boca em formato de O, incredulas.
- Eu não acredito! - Minha irmã exclama.
- Conta isso direito menina! - Paula exclama.
- Não tem o que contar, depois que saimos da festa nós...
- Nos poupe disso! - Minha irmã exclama, fazendo Paula rir.
- Depois disso, perguntei o que nós somos pois já havíamos revelado que estávamos apaixonados um pelo outro, e ele me pediu em namoro.
- Sem aliança? - Minha irmã questiona.
- Não precisa de aliança pra formalizar um relacionamento minha querida. - Paula explica.
- Eu preferia a aliança e o pedido comum, com flores em um lugar fofo. - Minha irmã diz dando de ombros.
- Mas eu achei muito fofo a forma que ele a pediu, foi sincero, isso que importa. - Paula explica.
- Agora que já estão a par das informações preciso me arrumar, tenho aula daqui meia hora.
- Então vai lá querida, seu uniforme está em cima da cama. - Paula me avisa.
Subo e tomo um banho rápido, me visto e arrumo meu cabelo que está todo bagunçado e amasado pelo travesseiro. Quando já estou pronta desço vendo que nem minha irmã, nem Paula estão em casa.
Assim que desço as escadas, ouço a buzina qual conheço bem.
Josh.
Abro a porta, vendo o carro de Josh em frente a minha casa. Quando percebo, sorrio como idiota, se apaixonar é uma merda, você parece uma idiota sorrindo pelos cantos.
Caminho até a porta e quando entro, um sorriso gigantesco surge nos lábios de Josh.
- Bom dia.
- Bom dia... namorada.
- Achei fofo o café da manhã. - Digo ao adentrar o veículo.
- Tentei recompensar não estar na cama quando você acordasse.
- Está desculpado. Conseguiu fazer o quê precisava?
- Consegui, tive que ir a cidade vizinha pegar.
- Caraca, isso deveria ser importante.
- O treinador me ligou e disse pra precisava falar com todos os jogadores o quanto antes, então temos que nos apressar. - O mesmo informa.
- Então vamos, você é o capitão, tem que ser o primeiro a estar lá.
Josh assenti e seguimos até a universidade, contei a ele que falei a Paula e a minha irmã que estamos namorando e ele sorriu, ficou feliz que contei e também disse que queria pedir a permissão do meu pai.
Juro que revirei os olhos ao ouvir isso, não estamos no século vinte para essas formalidades mas Josh insistiu e não vejo nada demais nisso, acho até fofo da sua parte.
Assim que chegamos a universidade seguimos até o campo, também vimos Noah, Sina, Bailey e Shivani indo em direção ao campo.
- Quê ótimo, todos estão aqui. - O treinador diz ao ver os jogadores.
- O quê foi treinador, algum problema? - Urrea questiona.
- Não, longe disso. Vocês vão competir fora dos campas da universidade! - O mesmo diz empolgado.
Todos os jogadores comemoram com cumprimentos de mão e coisas de garotos.
- Quando vamos? - Josh questiona.
- Daqui a dois dias. - O mesmo responde.
- Vamos ficar quantos dias? - Urrea questiona.
- Uma semana. - O treinador responde.
- Uma semana sem a minha namorada? - May questiona e Shivani ri.
- Uma semana sem meu namorado! - A mesma repeti mas com entusiasmo, comemorando, nos fazendo rir.