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[...]

- O que gosta de fazer no seu tempo livre?

- Beijar você.

Sua fala foi tão repentina que fiquei sem palavras por poucos segundos.

- Outra coisa. - Insisto.

- Tocar você.

- Outra coisa.

Josh se move para a frente, ficando próximo a mim, depositando beijos no meu pescoço, seguindo até meu ouvido, até sussurrar. - Entrar fundo em você.

[...]

[...]

- Seja minha Any.

Abro meus olhos, encarando o mar azul de seus olhos.

- Eu sou sua. - Digo por fim.

[...]

[...]

- O quê foi? - Questiona, logo sorrindo.

- Não sei, sabe quando o momento não precisa de diálogos? Ele é só... ele?

- Sei.

- Eu sinto isso agora. Josh eu posso parecer forte, determinada e destemida mas eu sou um filhote de passarinho na beira do ninho, vendo o mundo que me espera, mas com medo do primeiro salto.

- Eu sei, mas você é uma morena foda, corre atrás do que quer e não tem medo de saltar do ninho, sem ter certeza que as asas vão funcionar.

- Onde estava esse Josh a minha vida inteira?

- Aprendendo a ser esse Josh.

Josh se aproxima, selando nossos lábios em um selinho longo.

- E parece que está no caminho certo. - Digo quando Josh se afasta brevemente.

- Vem cá. - Josh me puxa para seu colo, me fazendo colocar uma perna em cada lado do seu corpo.

Josh retira do bolso um ferrinho fino.

- Me dê sua mão. - Pedi, e estendo a mesma em sua frente.

Josh enrola o ferrinho em volta do meu dedo, dando duas voltas no mesmo, quando termina, leva minha mão aos lábios beijando a "joia".

- Vamos tratar isso como algo nosso também. - Diz encarando o anel que fez.

- Qual o significado?

- Não é um significado, é um momento, nosso momento.

- Gostei.

[...]

Any Gabrielly

Pego o metal que estava no meu bolso e o seguro, encaro o mesmo sentindo uma lágrima correr pelo meu rosto.

- Onde você está meu amor.

Seguro o colar que uso praticamente todos os dias, depois daquela nossa conversa. Fecho os olhos e silenciosamente peço que ele volte pra mim.

Eu posso até parecer egoísta dizendo isso mas não me vejo sem Josh, me tornei dependente dele de uma forma tão intensa que antes me assustava.

Por mais que tudo isso esteja acontecendo, que meu coração esteja apertado, não sinto que ele possa ter... não quero nem pensar.

Ele está vivo, e vai voltar.

Levo as mãos ao rosto, apoiando meus cotovelos nos meus joelhos.

Deixo que tudo que prendia por aparência, por parecer forte sair de mim, que as lágrimas corram livremente sem seca-las.

Hurts so goodWhere stories live. Discover now